Celebração do Corpo de Deus em Lisboa
A Igreja Católica em Portugal celebrou na passada quinta-feira, à semelhança de muitos outros países, a festa do Santissimo Corpo e Sangue de Cristo.
Esta solenidade também conhecida por “Corpus Christi” ou “Corpo de Deus” tem mais de sete séculos de tradição e congrega todos os anos grande número de fiéis, nas respectivas dioceses, para participar daquela que é a mais alta celebração em honra do Santíssimo Sacramento.
Em Lisboa, a comemoração iniciou-se pelas 11h30 com uma solene Eucaristia na Sé Catedral, presidida por D. José Policarpo, Cardeal-Patriarca de Lisboa, e concelebrada por D. Rino Passigato, Nuncio Apostólico em Portugal, e por muitos outros sacerdotes.
Em sua homilia, D. José Policarpo discorreu sobre a relação entre a Eucaristia e a Evangelização, invocando o Mistério Eucaristico como a “fonte desse ardor da caridade que nos leva, no amor de Jesus Cristo e por amor aos homens nossos irmãos, a anunciar Jesus Cristo”. O prelado reforçou ainda esta íntima relação com palavras de Bento XVI, na sua encíclica Sacramentum Caritatis: “A Eucaristia é fonte e ápice não só da vida da Igreja, mas também da sua missão: «Uma Igreja autenticamente eucarística é uma Igreja missionária». […] Não podemos abeirar-nos da mesa eucarística sem nos deixarmos arrastar pelo movimento da missão que, partindo do próprio coração de Deus, visa atingir todos os homens”.
Ao término da Missa, seguiu-se um período de adoração, que se prolongou até às 17h30, horário previsto para o início da concorrida procissão, que integra clero e leigos de todas as paróquias do Patriarcado, trazendo à rua dezenas de estandartes e cruzes procissionais, num colorido que testemunha a múltipla diversidade de comunidades e movimentos eclesiais.
O cortejo percorreu, durante cerca de uma, hora algumas das ruas mais emblemáticas da Baixa lisboeta, acompanhado por cânticos e meditações eucarísticas, que culminaram com a bênção do Santíssimo Sacramento no Largo da Sé, após a qual, sob o olhar atento e ferveroso de milhares de fiéis, D. José Policarpo encerrou a festividade, manifestando o seu desejo de que a experiência que ali se fizera não fosse algo supeficial, mas sempre presente, “mesmo nos momentos de silêncio da nossa vida, como a expressão mais autêntica da nossa fé na Igreja e do nosso desejo de chegarmos ao céu”. Estas palavras tiveram como resposta da assembleia fortes aplausos, enquanto o coro, acompanhado pelo conjunto instrumental dos Arautos do Evangelho, entoava o cântico final.
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