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Arautos do Evangelho – Associação Internacional de Direito Pontifício

Liturgia dominical

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198 Responses to Liturgia dominical

  1. Dário costa says:

    No evangelho de XX domingo Comum Mat.15,21-28.
    Voluntariamente Jesus limitara à palestina o Seu ministério profético de evangelização. O que não excluia a aceitação de outros povos não judaicos, já que o amor ao póximo subplanta a lei, como tal. è é assim que a fé da cananeia obtem de Jesus, a graça da cura. Este gesto de Cristo denota igualmente a sua vontade de ver a Igreja e comunidades cristãs abertas ao mundo e não fechadas em grupinho. admonição ao evengelho deste XX domingo Comum extraido do Missal Dominical, 3ª edição. por Dário costa

  2. Dário Costa says:

    No evangelho do XVIII Domingo Comum S. Mateus dis-nos que, as multidões seguem Jesus. Ele havia curado os doentes. Agora vai saciar a fome daqueles que O seguiam, deixando-os ainda mais admirados. Manda aos discípulos que distribuam o pão. Mais tarde dir-lhes-há o mesmo referindo-se à Eucaristia.
    As nossas comunidades cristãs e grupos do apostolado deverão ser meio de que Jesus se serve para congregar todo o povo para o alimentar com a Sua palavra e o Seu Corpo.
    Cristo é o Alimento por excelência. Levemo-LO a todos os homens.
    (Missal popular Dominical 3ª edição) por Dário Costa

  3. Dário Costa says:

    Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos! Assim prometeu Jesus , antes desubir ao Céu.
    Completada a obra da reconciliação dos homens com Deus, Jesus começa uma vida nova, junto do Pai. A Sua peregrinação pela terra atingiu o seu termo-termo que não é derrota e de esquecimento, mas de triunfo e de glória. Na verdade, aquele que, no “madeiro da Cruz” entregara a Sua vida nas mãos do Pai, para retomar na Ressurreição, entra agora na glória definitiva. A Ascensão, ultimo mistério da vida de Jesus, é portanto, a Sua exaltação suprema, iniciada já com a ressurreição; é a Sua glorificação plena pelo Pai, que, ao senta-l,O à Sua direita, (falando de modo humano), na Sua condição de Filho de Deus e de “Filho do homem” O constitui “Senhor”, centro da histtória do mundo e do homem, dominador dos “principados terresrtes e celestes” (Col.3,22)…
    Intimamente unida da Sua Morte e Ressurreição, a Ascensão de Jesus ilumina assim toda a Sua vida e obra. É a chave dos dos segredos de Jesus: aquele que “desceu” até junto dos homens, na Incarnação, é o Filho de Deus, que, com pleno direito, entra agora no mundo da Glória.
    Este acontecimento real e histórico, que começõu a cumprir-se no momento da Ressurreição, reveste-se de profundas e felizes consequencias para nós. A exaltação e glorificação de Jesus representam as primícias e até a causa da nossa própria glorificação.
    A ascensão de Jesus é o prelúdio da ascensão da humanidade, com efeito, “Cristo sobe, levando cosigo os homens cativos da morte. Ele, o primeiro, Deus incarnado, entra no Céu.” Com Ele, é a nossa natureza corruptivel, divinizada em Jesus, que entra na glória. Desde a Ascensão, o homem tem, portanto a certeza de que, tal qual é (corpo e alma), participará, um dia, desse modo de existência de Jesus.
    Celebração do triunfo da humanidade que, unido ao sofrimento de Cristo, será também unido à Sua Glória.
    (Missal Popular Dominical 3ªedição) Por Dário Costa

  4. Dário Costa says:

    . Mateus no seu evangelho narra que Jesus Se transfigurou para dar aos Seus discípulos o seu horizonte: a Ressurreição
    A tranfiguração de Cristo é obra do Espírito Santo, que em Jesus realiza a Sua identidade de Filho de Deus.
    Por isso quando a humanidade de Jesus foi tranfigurada pelo Espírito Santo, Deus Pai interveio e disse. “ESTE É O MEU FILHO, MUITO AMADO, NO QUAL PUS TODO O MEU ENLEVO, ESCUTAI-O.
    A urígem de Jesus homem é Deus, Deus é o Pai, Jesus é o Filho gerado pelo Espírito Santo no seio virginal de Maria.
    -Em Jesus, triunfou a Filiação divina, revelada no Batismo do Jordão e na Transfiguração. E Jesus, sempre dócil ao Espírito, permaneceu fiel ao Pai até à morte de Cruz.
    Por isso, Jesus não permite que os Seus discípulos falem da transfiguração antes de o Pai o ter ressuscitado dos mortos, antes da Sua fidelidade ao Pai, ter chegado ao fim.
    Só depois de ressuscitado é que Jesus vai procurar Seus discípulos, para lhes dizer, “recebei o Espírito Santo” e a Transfiguração recomeçou naqueles que receberam o Espirito da adopção divina.
    Neste dia, não disseram como no Monte da Tranfiguração: “SENHOR QUE BOM SERIA FICARMOS AQUI”
    -Nesse dia, compreenderam a palavra de Jesus no dia da tranfiguração.
    Nós não estivemos no monte da transfiguração, mas como Pedro Tiago e João, recebemos Aquele Espírito que transfigurou a humanidade de Jesus.
    Onde está em nós e no meio de nós, os sinais do Espírito Transfigurador?
    Não nos transfiguramos. Porquê?
    -O primeiro sinal de que há Transfiguração são aqueles que acolhem com fé o Evangelho, que escutam a Palavra do Senhor. “ESTE É MEU FILHO… ESCUTAI-O”.Sim estamos ainda longe de escutar o Senhor vivo e presente no meio de nós. Por isso é dificil acontecer a Transfiguração entre nós. Transgredimos a ordem do Senhor e falamos da Transfiguração antes da Cruz.
    Somos peregrinos da Páscoa… O senhor, depois de morrer na Cruz, vai voltar ressuscitado ao meio de nós para nos dar o Espirito Santo. “RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”.
    Preparemos esta festa, na oração, no arrependimento, na escuta da Palavra de Deus. Assim, na alegria Pascal recebemos aquele Espírito que nos transfigura. Bendita a transfiguração de Cristo que hoje cebramos.
    extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL DO Saudoso e grande amigo padre António M. Rocha. Por Dário Costa

  5. Jacinto Raposo says:

    Gosto muito de fazer uma leitura antecipada das liturgias dominicais, para poder assistir depois à missa com mais concentração na palavra e melhor entendimento das mensagens proferidas. Esta página permite-me fazer esta reflexão antecipada, incluindo a disponibilização da oração dos fieis que não é de fácil acesso em outros sites. Obrigado. Bem Hajam!

  6. Gostei muito dessa inicitiva, visto que actualmente é preciso acompanhar as mudanças feitas com globalizaçao é essencial que possamos ter as leituras online em parte para poder evangelizar os outros irmao que precisa de ouvir a palavra de Deus

  7. Dário Costa says:

    No Evangelho deste V Domingo Comum, Jesus diz-nos que somos o sal da terra e a luz do mundo ” VÓS SOIS O SAL DA TERRA…VÓS SOIS A LUZ DO MUNDO”
    Sabemos que o sal dá o sabor à comida para que, se torne agradável ao paladar de cada um de nós. Há quem viva para comer, e há quem coma para viver.
    Mas também há, quem já não tenha nada para comer. O corpo que não se alimenta morre; quando não há luz, tropessa e cai; quantas vezes a nossa luz enfraquece? Umas vezes porque o mal do nosso pecado, provoca uma sombra que não deixa ver a Luz que recebemos de Cristo. (outras vezes o orgulho de quem nos quer apagar essa luz que nos acompanha,e que, incomoda quem gosta de viver nas trevas.
    Sabemos o quanto é difícil ser sinal de da Luz de Cristo, no mundo em que vivemos. Mas dos fracos não reza a história. Se cada um de nós conseguice dar um pouco da luz que recebeu de Cristo,não havia tantas trevas neste mundo de ilusões passageiras.
    Quantas vezes parece que escondemos essa Luz, debaixo do alqueire.
    Meditemos nas Palavra de Deus deste Domingo, em que Jesus nos diz:”ASSIM DEVE BRILHAR A VOSSA LUZ DIANTE DOS HOMENS, PARA QUE VENDO AS VOSSAS BOAS OBRAS GLORIFIQUEM O VOSSO PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS”.

  8. Dário Costa says:

    Domingos Comuns
    São aqueles que, na organização do ano litúrgico, não estão vinculados aos mistérios da Vida do Senhor, e que estão distribuidos entre a Epifania e a Quaresma, e desde o Pentecopstes até ao fim do Ano Eclesial.
    São os cristãos que se reunem em cada semana, para ouvirem a Palavra de Deus e celebrarem o Mistério Pascal. (Padre António Mendes Rocha)

  9. Dário Costa says:

    BATISMO DE JESUS.
    Será que Jesus precisava ser batizado? Claro que Não! No Evangelho deste Domingo, S. Mateus no seu evangelho fala-nos dos sinais, no momento do Batismo de Jesus, nas águas do rio Jordão.
    Abriram-se os Céus e o Espírito Santo desceu sobre Jesus, em forma de pomba. A Voz do Pai se ouviu dizendo: “Este é o meu Filho muito amado: n,Ele pus o meu enlevo.
    S. Mateus no seu evangelho,relata-nos os sinais, os acontecimentos, no dia do Batismo de Jesus. O Espírito Santo aparece em forma de pomba e pousa sobre Jesus.
    Em 2005, O saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha, no fim da sua homilia, pegou numa pomba branca, para simbolizar os sinais do Evangelho; das suas mãos, saiu a voar percorrendo o interior da capela, em direção à porta da entrada, que estava aberta; A pomba deu varias voltas por cima das cabeças do Povo de Deus que participava na celebração; podia ter voado para o exterior, mas resolveu dar mais uma volta e pousar no explendor fixo na cabeça da imágem de Jesus crucificado, fixo na parede por tráz do Sacrário da mesma capela, onde permaneceu durante o resto da celebração. Admirado fui buscar máquina fotografica e tirei algumas fotos que muita gente adquiriu e ainda guardo para recordação, desta celebração da Festa do Batismo de Jesus; dezenas de pessoas podem testemunhar os sinais de uma pomba como símbolo do Espírito Santo lançada das mãos do padre Rocha, voando, pousou nos bicos do esplendor da cabeça da imágem de Cristo. No fim da celebração, foi necessário um acólito monir-se de uma cana, para que a pomba se retirace do esplendor onde tinha pousado, apesar dos bicos acentuados onde ela permaceu mais de 30 minutos, durante esse tempo, mudava constantemente as patinhas, talves pelo desconforto dos referidos bicos do esplendor onde pousara.
    Nove anos se passaram, restam as fotos para não esquecer as celebrações do amigo padre Rocha, que tanta falta nos faz. que lá na Glória ele tenha a recompensa pela forma como celebrava para simbolisar os sinais do Espírito Santo
    no dia do Batismo de Jesus. Dário Costa
    Às vezes as palavras entram por um ouvido e saem por outro, mas o que os olhos vêem, ficam sempre na memória. Asim me dizia o saudoso padre Rocha, no fim dessa celebração, do Batismo do Senhor

  10. Dário costa says:

    Através da Palavra de Deus, deste Domingo, podemos compreender que os combates contra os inimigos não se ganham a lutar nos campos de batalha, mas a orar sempre e sem desfalecer.
    Moisés e seus companheiros compreenderam que a vitória sobre os inimigos, passa pela oração.
    Esta experiência de Moisés foi consagrada por Jesus de Nazaré que sem desanimar, orou sempre ao Pai, com lágrimas, clamores e gemidos.
    Oremos também para que o Senhor seja o nosso Juiz.
    Quem orar com a fé de Cristo, vence; porque Deus é misericordioso, mas também é justo. Assim me dizia o saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha,na sua catequese. (Faz hoje 4 anos que ele partiu para a Glória de Deus. que lá na Glória junto do Senhor, de Maria Santíssima e de todos os santos tenha a recompensa pelo bem que fez a tanta gente, que através dele receberam as graças de Deus,que tanto precisavam.
    Dário Costa.

  11. Dários Costa says:

    A fé dá-nos a graça de poder receber de Deus, a cura de tantos males provocados pela lepra do pecado. A fé aponta-nos o caminho que é Cristo ressuscitado, presente na Santíssima Eucaristia e no meio daqueles que se reunem em Seu nome.O remédio é a oração com fé,com humildade,que nos dá a esperança para podermos alcançar a cura para tantos malaes que afetam a humanidade, neste mundo onde todos nós estamos de passagem numa peregrinação a caminho da patria Celeste.
    -O Papa Francisco, lembra-nos, que, a «Oração humilde», forte» e «corajosa» faz «milagres»
    O papa acentuou esta segunda-feira no Vaticano a necessidade de uma oração empenhada e convicta para obter o que está para além da ciência e das possibilidades do ser humano. «[É preciso] uma oração forte, e esta oração humilde e forte faz com que Jesus possa fazer o milagre. A oração para pedir um milagre, para pedir uma ação extraordinária deve ser uma oração envolvente, que nos envolva a todos», afirmou. Para o papa é necessário rezar com o coração: «Uma oração corajosa, que luta para alcançar aquele milagre; não a oração por favor», como a que se faz frequentemente: «Eu rezo por ti: digo um Pai-nosso, uma Ave-maria e esqueço-me».
    Que cada um de nós saiba pedir a jesus, a cura para tantos males, como souberam pedir os dez leprosos. Mas, que ninguém se esqueça de dar graças ao Senhor com fez apenas um dos leprosos; as graças que tantas vezes nos concede o Senhor, e, por vezes,a maioria não sábe agradecer. Dário Costa

  12. Dário Costa says:

    Festa do Corpo de Deus
    Das Obras de S. Tomás de Aquino, presbitero
    (opusculum 57, In festo Corporis Christi, lect. 1-4) (Sec.XIII)

    Oh Precioso e admirável banquete!
    O Unigénito Filho de deus assumiu a nossa carne para nos tornar participantes da divindade, fez-Se homem para fazer dos homens deuses. Tudo quanto assumiu da nossa condição humana, tudo contribuiu para a nossa salvação: ofereceu em sacrificio a Deus Pai o Seu Corpo no altar da cruz para nossa reconciliação, e derramou o Seu Sangue com o preço do nosso resgate e purificação de todos os nossos pecados.
    Mas para que em nós se conservasse perenemente a memória de tão grande benefício, deixou aos seu fiéis, sob as aparências do pão e do vinho, o Seu Corpo como alimento e o Seu Sangue como bebida.
    Oh precioso e admirável banquete, salutar e cheio de toda a suavidade! Que há de mais precioso que este banquete? ~´a Não é a carne de touros e cabritos que se-nos oferece a comer, como na antiga Lei, mas o próprio Cristo, verdadeiro Deus, que se nos dá em alimento. Que há de mais salutar e admirável que este sacramento? Nele se purificam os nossos pecados, aumentam as virtudes e se nutre a alma com a abundância dos dons espirituais.
    É oferecido na Igreja pelos vivos e pelos mortos para que a todos aproveite, já que para todos foi intituido como remédio de salvação.
    Ninguém seria capaz de exprimir a suavidade deste sacramento, no qual se pode saborear a doçura espiritual na sua própria fonte e em que celebramos a memória daquele imenso e inef´vel amor que Cristo nos mostrou na Sua Paixão.
    Para que a imensidade destre amor se gravasse profundamente no coração deos fiéis, quando ia passar deste mundo para o Pai, Cristo, na Sua última Ceia, cele brada na Páscoa com os seus discípulos, instituiu este sacramento como memorial da Sua Paixão, como um cumprimento perfeito das antigas figuras e a mais admirável das Suas obras.
    Este texto das obras de S. Tomás de Aquino é o seguimento das admonições das leituras a cima descritas, extraidas do livro “UMA ESPEIÊNCIA PASTORAL” ano-C do Saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  13. Dário Costa says:

    Festa do Corpo de Deus

    Primeira Leitura. Gen.14,18-20
    Irmãos: …quando Abraão, o Pai da Fé, era peregrino errante, foi surpreendido por um sacerdote que ofereceu a Deus em sacrifício, pão e vinho. Mas hoje, esse sacrifício de pão e de vinho, já é definitivo, foi Jesus que ofereceu na cruz e nós o celebramos em nossos altares.
    Jesus é o Pão vivo descido do Céu.
    Segunda Leitura
    Irmãos: Quando as desabenças entram na comunidade de Corinto, S. Paulo intervém, recordando a celebração do Memorial do Senhor.

    I Cor.11,23-26
    Irmãos: …quando numa comunidade cristã. a celebração da Eucaristia deixa de ser fonte de vida, toda a comunidade se altera com desordens de todo o género.
    E entre nós , como é?

    Evangelho
    Irmãos: S. Lucas, no seu Evangelho, ao referir-se à Eucaristia, narra a Multiplicação dos Pães. “COMERAM E FICARAM SACIADOS”. Saudemos o Senhor que hoje celebra connosco esta mesma Eucaristia.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

  14. Dário Costa says:

    Festa da Santíssima Trindade

    CONSCIÊNCIA DUMA NOVA VISÃO DO MUNDO E DA HISTÓRIA

    O homem não depende das forças económicas, sociais, políticas, culturais.
    Segundo Cristo, depende de um Deus Pai, a quem se tem acesso pelo Seu único Filho, Jesus Cristo;
    e já na história pela comunhão do Espirito Santo, o Homem pode ser ìntimo de Deus, fazendo a experiência da Filiação Divina e viver a Fraternidade Universal. (Padre António Mendes Rocha)

  15. Dário Costa says:

    A liturgia exerce a obra da nossa redenção; sobretudo no divino sacrifício da Eucaristia, para que possamos contribuir, manifestando uns aos outros o Grande Mistério de Cristo, como natureza da verdadeira Igreja, divina e humana, à sombra da qual, os filhos que andam dispersos, se juntem em unidade para que haja um só rebanho e um só pastor. (SC-2)

  16. Dário Costa says:

    Domingo de Pentecostes
    Encerramento das Festas Pascais.

    As primitivas comunidades cristãs compreenderam bem todo o sentido da Ressurreição de Jesus e, ao afirmarem nela a sua fé, tiraram daí todas as consequências.
    A primeira consequência que tiraram–certamente a de maior alcance–foi a de se lançarem imediatamente na aventura do anúncio do Evangelho por todo o mundo de então. O Evangelho de S. Marcos é o Evangelho do anúncio, e, por isso mesmo, um bom testemunho do dinamismo evangelizador da primitiva Igreja. Cristo Ressuscitou, o Mundo todo devia sabê-lo.

    A ressurreição foi, pois, nas primitivas comunidades cristãs, uma ordem de partida, um mandato de missão. Foi, como diz S. Marcos na abertura do seu Evangelho, o verdadeiro “início da Boa Nova de Jesus Cristo”.
    No “início da Boa Nova”. esteve a Ressurreição, a Páscoa, ou melhor, esteve- e estará sempre- Cristo Ressuscitado. E os anunciadores da Boa Nova partiram seguros, porque tinham com eles os Espírito de Cristo, aquele Espírito que o próprio Cristo enviou para a construção da Sua Igreja -o Espírito Santo, que faz do batizado um evangelizador, e do cristão uma testemunha. É o Pentecostes!
    No mundo de hoje, continua a dar-se o “início da Boa Nova de Jesus Cristo”
    porque Jesus Ressuscitou- é a Páscoa- e envia hoje o Seu Espírito aos novos evangelizadores-é o Pentecostes!
    Assim mandou escrever, o saudoso padre António Mendes Rocha, no seu livro,UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL ano-C,ao falar do encerramento das festa Pascais.
    Por Dário Costa

  17. joao vaz says:

    As vossas publicações são ótimas para compreendermos melhor o sentido e o significado das leituras dominicais……parabens!!!!

  18. Dário Costa says:

    No 4º Domingo da Páscoa, jesus dá-nos a conhecer a Sua missão de Bom Pastor do rebanho que o Pai lhe confiou. Jesus é o Pastor seguro para o rebanho. Esta segurança vem-lhe da obediência ao Pai Celeste, provada na Paixão e Morte. No martírio da Cruz, nunca se separou do Pai, por isso, Ressuscitado, pode dizer: “Eu e o Pai somos um. Pastor seguro e eterno como o Pai.
    Jesus diz-nos: As minhas ovelhas nunca hão-de perecer; Nós, ovelhas do seu rebanho, devemos estar confiantes no seu grande amor de Bom Pastor que derramou o Seu sangue na Cruz, para nos dar a conhecer o Pai. Pai,que nos enviou Seu Filho, Jesus, a Porta do Redil,que protege as ovelhas do Seu rebanho. Quem não passa pela Porta é ladrão e salteador,assim nos afirma o Bom Pastor.
    O Papa Francisco na sua homilia de segunda feira dia 22, afirmou que a única porta para entrar no Reino de Deus,para entrar na Igreja é Jesus e quem não entra pela porta “é ladrão ou um bandido, é alguém que quer tirar proveito em benefício próprio. Francisco disse que essa não é a porta autêntica para entrar no Reino do Céu e que os verdadeiros cristãos devem ser humildes, pobres, justos, mansos, ou seja, seguir as Bem-Aventuranças. O Papa criticou que muitas vezes os homens têm a tentação de ser “donos deles mesmos e não ser humildes filhos e servos do Senhor e, que tentam entrar por outras portas ou outras janelas.
    Todos temos acesso à Porta do Reino dos Céus, através de Cristo! Todos temos direito a entrar pela porta que é Cristo, que nos espera de braços abertos até que entrem todas as ovelhas do rebanho que o Pai lhe confiou.
    Pedimos por intercessão de Maria, que nos ajude a perceber que há muitas portas que parecem mais fáceis, confortáveis, mas a verdadeira é Jesus Cristo que deu a vida por nós. Pedimos ao Senhor com humildade, que nos deixe entrar, e que, as ovelhas mais afastadas, possam ouvir a Vóz do Bom Pastor.

  19. Dário Costa says:

    Domingo de Páscoa
    Hoje, a Igreja nossa mãe aparece mais uma vez à face do mundo, adornada com a luz da ressurreição de Cristo. Exulte a terra e alegrem-se os filhos de Deus, porque são chamados, mais uma vez, às alegrias Pascais. É a Páscoa. O pai levantou o Seu Filho Jesus Cristo de entre os mortos. RESSUSCITOU-O.
    A Ressurreição é a vitória de Cristo sobre a Morte.
    É Vida Nova que se acolhe e experimenta pela fé.
    Cristo Ressuscitou. Aleluia Aleluia

  20. Dário Costa says:

    Triduo Pascal
    Ao chegar a Hora de passar deste mundo para o Pai, Cristo despede-se dos seus numa Ceia.
    Promete voltar para celebrar a Nova Ceia do Reino de Deus.
    Quinta-Feira Santa
    Entrega o Memorial Redentor
    “Fazei isto em minha memória”.
    Sexta-Feira Santa
    “Jesus deu um grande grito e morreu”
    Mistério da Eucaristia
    Sábado-Santo
    Jesus descansa no seio da terra depois da morte.
    è o sagrado silêncio da espera
    Mistério da Morte e sepultura.
    Extraido do livro “Uma experiência Pastoral” Ano C, do Saudoso padre António M. Rocha

  21. Reinaldo Dinis says:

    Saudações de Paz e Bem!
    Deste vosso irmão na mesma fé em Cristo Jesus.
    Não venho aqui, ser advogado de ninguém, mas como pecador e ao mesmo tempo, crente no Amor e na Palavra misericordiosa do nosso Deus,
    não poderei de testemunhar, o amor e o dom de receber, com que o Saudoso e Amigo Padre António Mendes Rocha, tratava quem o visitava, e lhe transmitia palavras, que nos faziam reflectir, que sem DEUS, a passagem do homem, por este mundo é a negra Orfandade da vida sem sentido. Dou Glória a Deus, por o ter conhecido.
    Também foi com alguma surpresa, que deixei de ver publicado, no vosso maravilhoso site, as homiliadas, desse bom Padre, escritas pelo Sr. Dário Costa, que conheço pessoalmente, amigo verdadeiro e sem qualquer interesse pessoal, nas publicações, aí inseridas.
    Que o Espírito Santo, ilumine e esclareça, se não deviam reflectir, na continuação das referidas publicações, que até ao Brasil, chegaram através do vosso site e pelos nossos irmãos do lado de lá do Atlântico, eram meditadas.
    Cordialmente, me despeço, desejando a todos os colaboradores dos Arautos, uma Santa Páscoa.
    Deste vosso Amigo e pecador.
    Reinaldo Dinis

  22. Dário Costa says:

    Senhor, neste 2º Domingo da Quaresma, em que, o evangelho de S.Lucas nos mostra a transfiguração de Jesus, eu vos peço:
    Que Jesus, transfigorado no meio de cada um de nós, como filhos de Deus, possamos sentir o brilho da Luz do Espírito Santo do nosso Batismo e do Crisma, a fim de podermos irradiar com essa Luz, os que vivem ao nosso lado. mesmo aqueles que não gostam de nós.

  23. Dário Costa says:

    S. Lucas,apresenta-nos duas formas de pesca:
    -A primeira executada na escuridão da noite, em que o esforso na pesca habitual se traduziu em redes vazias.
    – A segunda, a convite de Jesus Cristo,as redes são lançadas novamente. Apesar do cansaço,surgiu a confiança nas palavras de Cristo; a pesca foi abundante com nos conta o evangelista. Os discipulos acreditaram, deixaram tudo e seguiram Jesus. É preciso acreditar, seguir os ensinamentos de Cristo, e não esquecer aquele mandamento da Virgem Maria, nas Bodas de Canã; “Fazei tudo o que Ele vos mandar”. A Igreja precisa de anunciadores do Evangelho, que saibam lançar as redes da palavra de Deus, de forma convincente, para que a Palavra de Deus seja uma rede lançada para pescar aqueles que andam cansados de uma vida sem sentido, num lago de água estagnada, de sofrimento, e de pecado.
    -Aproxima-se a Quaresma, tempo de conversão; é tempo de mudança, é urgente lançar as redes da palavra de Deus para pescar aqueles que de algum modo se afastaram da Luz de Cristo, vivem na escuridão sem verem o farol que é Cristo, porto seguro onde boia em segurança, a Sua barca que é a Igreja.

  24. Dário Costa says:

    ADVENTO
    Preparar a última vinda de Cristo

    O cristão não aceita o mundo como ele está. Possuido pela frça da luz do Espírito de Cristo deve trabalhar na renovação da face da Terra.
    «Quando estas coisas começarem a acontecer, animem-se e levantem a cabeça, porque já está próxima a vossa salvação».(Lc.21,28)
    Tenham muito cuidado!(…)Não vá acontecer que aquele dia os apanhe de surpresa, pois Ele virá como uma armadilha, sobre todos os abitantes da terra».(Lc.21,34-35)
    Vem Senhor Jesus (Apc.22,20),para manifestar o Novo Mundo e a Nova Terra.
    Extraido do livro”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-C do Saudoso e amigo padre António M.Rocha. por Dário Costa

    • Dário Costa says:

      Irmãos,(…)Estamos a viver em Advento, desde o início do Ano Eclesial, quer dizer,fizemos uma caminhada para, em celebração, ocuparmos o lugar dos pastores do Presépio de Belém, e ficarmos rodeados de luz. Como eles, vemos um Menino deitado numa manjedoura e ouvimos as vozes a cantar e a dizer: nasceu-vos hoje um Salvador.
      Nós somos os herdeiros do Natal. Será possìvel isto acontecer? Sim, é possìvel, é real. Importa vigiar e orar e estarmos atentos. Importa preperar o caminho para o Senhor para que Ele nos encontre.
      É a nossa alegria Natalícia que ninguém nos pode roubar.

  25. Dário Costa says:

    Início do Ano Eclesial
    O que é?
    A Igreja, consciente que o Senhor lhe entregou o Seu Reino, cada ano aceita ser servidora e, com alegria por uma atitude nova de responsabilidade evangélica retoma os «trabalhos do Reino de Deus».

    É o início do Ano Eclesial.
    «e jesus disse ainda:«estejam sempre preparados e de lanternas acesas. Façam como os empregados que estão à espera do Patrão que há-de voltar duma festa de casamento, para lhes abrirem a porta quando ele bater. Felizes são aqueles que o seu Patrão encontrar acordados quando chegar». Lc.12,35-37

    O sentido da História Cristã
    Está na Esperança da «Ùltima vinda de Cristo».
    Preperando e «aguardando em jubilosa esperança a última vinde de Cristo Salvador».(MR)
    O Senhor virá para a festa final.
    Todos ressuscitarão.
    É a caminhada para a plenitude do Ser Humano e do mundo.
    Enviai Senhor o Vosso Espírito e renovareis a face da Terra.
    Felizes os que padecem perseguição por amor da Justiça.
    Os mansos possuirão a Terra.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASOTRAL”ano-C-S.Lucas; do Saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha. por Dário Costa

  26. Dário costa says:

    Ao aproximarmo-nos do fim deste Ano Eclesial, depois de acolhermos o anúncio da Boa Nova, que, em Igreja, nos foi feito por S.Marcos´é altura de fazermos uma revisão pessoal e comunitária da caminhada deste ano, a fim de entrarmos mais conscientemente e mais enriquecidos no Novo Ano Eclesial que se aproxima.(Ano-C, S. Lucas)
    Fomos capazes de ver por detrás do Evangelho de S.Marcos a experiência que os grupos cristãos fizeram depois da Ressurreição? Para eles, a Ressurreição foi “Luz Verde” para o anúncio da Boa Nova. E para nós o que é a Ressurreição de Jesus?
    Conselhos e catequese, que nos deixou o saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  27. joão says:

    gosto,obrigado.

  28. Dário Costa says:

    XXVIII Domingo Comum, ano – B- S.Marcos
    Primeira leitura Sab.2,7-11
    Irmãos: numa época da história, em que a fé foi fortemente contestada, por uma nova cultura, os crentes, no meio de perseguições tiveram de rever a fé, e concluíram:
    -A fé está acima do progresso de toda a ciência e descobertas da inteligência do homem.
    -Pela oração da fé, o crente tem acesso à sabedoria divina.
    Irmãos, a plenitude do encontro da sabedoria divina, com a sabedoria humana, realizou-se em Cristo, o Filho de Deus feito homem. Nós somos os herdeiros de Cristo. O Senhor é a nossa herança.
    Refrão do Salmo: Vós sois Senhor a minha herança.
    Segunda leitura Hebr.4,12-13
    Irmãos, como acabámos de ouvir, neste mundo tudo passa, só a Palavra de Deus, a fé, permanecem. Cristo é a nossa herança. Nós já estamos conscientes disto?
    Evangelho, Mc.10,17-27
    Irmãos, S.Marcos ao ver as comunidades de Roma, perseguidas e martirizadas, acreditou que era possível enfrentar o futuro, com a sabedoria do Evangelho, com a herança de Cristo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dizer que somos seus herdeiros.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, quando os religiosos, dão conta que estão cercados de leis e preceitos, e que Deus está longe da vida, abandonam a prática religiosa ou angustiados interrogam-se: que hei-de fazer? Qual é o Mandamento principal? Assim aconteceu com um praticante da lei de Moisés que se prostrou diante de Jesus e perguntou:” BOM MESTRE QUE HEI-DE FAZER PARA TER COMO HERANÇA A VIDA ETERNA?” E Jesus respondeu-lhe:
    “TU SÁBES OS MENDAMENTOS…”
    O problema era o homem saber e praticar os mandamentos. Sabia e praticava os mandamentos, a consciência do dever cumprido não chegava, não lhe garantia o futuro, pois se era cumpridor, um dia podia vir a ser um transgressor. E vivia na dúvida, se seria premiado ou castigado. E, o cumpridor inseguro respondeu assim: “MESTRE TUDO TENHO CUMPRIDO DEDE A JUVENTUDE”
    Entre este cumpridor e Deus, no meio, estavam leis e preceitos, mas Deus não é lei nem preceito. Deus é o Bom e a Sua bondade não está vinculada a leis ou preceitos.
    “NINGUEM É BOM SENÃO DEUS”
    Os Mandamentos eram dez e os preceitos eram dezenas e dezenas. Onde estava o essencial? Qual era o primeiro mandamento? Qual assegurava o prémio, a entrada no Reino de Deus? A confusão era geral e as discussões entre os doutores da lei e demais religiosos não paravam. Jesus viu a confusão e ouviu as discussões e bem sabia que era o interesse e não o amor de Deus que provocava tais discussões. E, àquele que O procurou, por causa destas controvérsias Jesus apontou-lhe outro caminho, o caminho do amor e não o da lei:
    “JESUS FITANDO NELE O OLHAR, SENTIU AFEIÇÃO POPR ELE E RESPONDEU-LHE: FALTA-TE UMA COISA…”
    Que coisa? Essa coisa, tantas vezes indefinida, oculta do nosso coração, tem um nome. São os interesses do mundo que podem ser muitos. Vão desde os bens, até à imagem que cada um quer apresentar de si mesmo.
    “FALTA-TE UMA COISA: VAI VENDER O QUE TENS, DÁ AOS POBRES E TERÁS UM TESOURO NO CÉU. VEM DEPOIS E SEGUE-ME”
    O homem viu-se diante de dois caminhos:
    -Ou os bens.
    -Ou a Palavra de Jesus.
    Seguiu o caminho dos interesses e, triste continuou envolvido em controvérsias, discussões e dúvidas.
    “MAS ELE, DE SEMBLANTE ANUVIADO…RETIROU-SE ENTRISTECIDO, PPOIS TINHA MUITOS BENS”
    Diante da Palavra de Jesus, este homem fracassou por causa dos interesses.
    Jesus aproveitou esta ocasião para falar aos seus discípulos dos dois caminhos.
    -Aqueles que se deixam conduzir pela Sua Palavra.
    -Aqueles que se deixam conduzir pelos interesses do mundo.
    E, acerca daqueles que se conduzem pelos interesses do mundo nunca entram, ficam sempre do lado de fora, como aquele que viram retirar-se entristecido, para nunca mais se saber dele.
    “MEUS FILHOS É DIFICIL ENTRAR NO REINO DE DEUS”
    Mais ainda, interesses do mundo e Palavra de Jesus não se ajustam como um camelo se ajusta ao fundo de uma agulha.
    “É MAIS FÁCIL PASSAR UM CAMELO PELO FUNDO DE UMA AGULHA DO QUE ENTRAR UM RICO NO REINO DE DEUS”
    Irmãos: ao terminarmos esta reflexão, parece que o caso do rico do Evangelho não tem nada a ver connosco, por não haver aqui ricos. Engano, O caso do Evangelho não é de ricos, mas de obediência à Palavra de Jesus, o seguir Jesus.
    -Ouvi bem esta declaração: Um responsável fora da Igreja dizia assim: nós temos gente na igreja, vão à missa mas no momento próprio, é a nós que obedecem e não à Igreja.(*)
    Quem disse isto teme aquele que se deixa conduzir pela Palavra de Jesus. Ao falar assim, sem saber, tocou na chaga desta comunidade. Pergunto: quem de nós se deixa conduzir pela Palavra de Jesus? O outro afirma: é a nós que obedecem e não à Igreja.
    -O outro que se prostrou diante de Jesus ficou semblante anuviado e entristecido. Há por aí tantos semblantes anuviados e entristecidos, por porem os interesses do mundo acima da Palavra de Jesus. Estes interesses não se ajustam como um camelo não se ajusta ao fundo de uma agulha.
    -Oh comunidade, “FALTA-TE UMA COISA”! Vai vender as obediências ao mundo, desfaz-te delas e terás um tesoiro. Depois deixa-te conduzir pela Palavra de Jesus.
    Extraído do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    (*)Ateu, com mania do poder, que se opunha às obras relacionadas com o estacionamento junto ao adro da igreja da paróquia. Por Dário Costa

  29. Dário Costa says:

    A liturgia cristã é o culto do templo universal que é Cristo Ressuscitado, cujos braços estão estendidos na Cruz para atrair todos ao abraço do amor eterno de Deus. É importante que cada cristão se sinta… no Corpo de Cristo que é a Igreja
    (catequese de Bento XVI 3-Out-2012)

  30. Dário Costa says:

    Digníssimos Arautos do Evangelho.
    Saudações de Paz E Bem!
    Gostaria de continuar a colaborar na liturgia Dominical, publicando as admonições e homilias da autoria do grande amigo e saudoso padre António M. Rocha, que faleceu a 21 de Otubro de 2009; Muita gente amiga, tem manifestado sua alegria pela forma como os Arautos apresentam os seus vários comentários sobre a Liturgia de cada Domingo e, também recordar com saudade, as homilias do amigo padre Rocha, que lutava para ver renovada a Igreja de Cristo, que tanto amava. Há pessoas a pensar que eu desisti, porque a partir do XXV Domingo Comum deixaram de ver o seguimento.
    Depois da alteração da Vossa página, tenho tentado dar continuidade mas não tenho conseguido; Gostaria de continuar.Será que me podem ajudar? Para glória de Deus! Bem-Hajam

  31. Dário Costa says:

    XXVII Domingo Comum, ano-B-S. Marcos
    Primeira leitura Gén.2,18-24
    Irmãos: que se encerra, neste relato bíblico desta leitura?
    Podemos ouvir, como foi maravilhosa a maneira como Deus nos criou.
    -Colocou-nos, acima de tudo quanto criou.
    -Enche- Nos de Dons e, fez do amor nupcial. O sinal e o princípio de todas uniões com o selo de Deus.
    Irmãos: Se o homem nem sempre foi fiel à aliança, com o selo de Deus, Deus foi sempre fiel. Por isso, o Seu Filho feito homem, uniu-se à nossa humanidade e, na Cruz, fez uma Nova e Eterna Aliança, e, assim foi mais maravilhosa ainda amaneira como Deus nos salvou.
    Segunda leitura
    Irmãos: os cristãos vindos do judaísmo, começaram a sentir uma certa “vergonha” de o Messias ter sido condenado à Cruz.
    Como vamos ouvir nesta leitura, o autor da carta aos Hebreus diz-lhes que pela Cruz, Jesus consumou o Seu amor, pelos homens Seus irmãos.
    Heb.2,9-11
    Irmãos, Como acabámos de ouvir, foi admirável a maneira como o Filho de Deus nos salvou.
    -Fez-se homem por nosso amor. E amou-nos até à morte de Cruz.
    Irmãos: qual é a nossa atitude diante daquele Reino que veio pela Cruz?
    Estamos tentados a rejeitá-lo como os hebreus? Ou já aceitámos com a simplicidade das crianças?
    Evangelho; Mc.10,2-16
    Irmãos: S. Marcos no seu evangelho diz-nos que o Reino de Deus vem pela Cruz. Saudemos o Senhor que hoje nos convida a aceitar o Seu Reino com a simplicidade das crianças.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, O evangelho de Marcos, não refere o nascimento de Cristo, mas este evangelho encerra este segredo: Jesus morre na Cruz, para nascer em nós. Este é o nosso natal. Com a Sua Morte e Ressurreição, Jesus fez nascer uma nova raça de gente, os batizados.
    “JÁ NÃO SOU EU QUE VIVO.É CRISTO QUE VIVE EM MIM” disse S. Paulo.
    Não foi por palavras, nem por milagres que Jesus se deu a conhecer. Foi pela Morte e Ressurreição.
    Além da Paixão, Morte e Ressurreição, para se dar a conhecer, jesus serviu-se também da união nupcial, o acontecimento divino das origens da humanidade.
    -O matrimónio, encerra o ministério de uma tal união, que, por esta União, podemos conhecer outra, igualmente divina, e que é parte integrante do Desígnio Salvador de Deus. É a União do Filho de Deus, com a natureza humana, que tem uma relação profunda com a união nupcial das origens.
    Esta nova união de Cristo com a humanidade, é obra de Deus, tem o selo de Deus e, é fecunda, isto é, gera uma nova raça de gente, os batizados.
    Para conhecermos Jesus, temos de conhecer a sua união nupcial com a nossa natureza. Temos de conhecer o Homem Filho de Deus. “VERDADEIRO DEUS, VERDADEIRO HOMEM”, uma união que é obra de Deus. “NÃO SEPARE O HOMEM O QUE DEUS UNIU”
    Os responsáveis religiosos do tempo de Cristo, não aceitaram a união do Filho de Deus com a natureza humana. Por isso não conheceram Jesus e repudiaram-no na Cruz. “ÉS FILHO DE DEUS? Sou. É REU DE MORTE”
    Quais as causas deste repúdio? As mesmas da união nupcial, a dureza do coração.”PODE A HOMEM REPUDIAR A SUA MULHER? MOISÉS PERMITIU…JESUS DISSE-LHE, FOI POR CAUSA DA DUREZA DO VOSSO CORAÇÃO” DUREZA DO VOSSO CORAÇÃO” REPARAI: Jesus toca no fundo dos nós mesmos, toca na “DUREZA DO CORAÇÃO”
    -“A DUREZA DO CORAÇÃO”, é um pecado que vem depois, porque no princípio não foi assim.
    No princípio foi obra de amor de Deus. É pela força de um amor novo, criado por Deus que surge a nova união, nupcial.
    “O HMEM DEIXARÁ PAI E MÃE PARA SE UNIR À SUA ESPOSA E OS DOIS SERÃO UMA SÓ CARNE”
    É assim que Jesus, se situa no meio de nós. Deixou o Pai Celeste, a condição divina e encarnou. ´<E carne da nossa carne, osso dos nossos ossos. Está unido por Deus à nossa natureza. Quem repudiar Jesus, «comete o adultério do coração.
    Já antes de Cristo, quando o Povo de Deus se voltava parta os ídolos, os profetas chamavam-lhe um povo de adúlteros. Os profetas, chamavam a este pecado, o adultério do coração
    Quando Jesus, tinha dificuldades em se fazer compreender, recorria à simplicidade das crianças. Abraçava-as, defendia-a e acolhia-as.
    Quando Jesus, estava a falar de Sua união nupcial com a natureza humana, apresentaram-lhe umas crianças.
    “APRESENTARAM A JESUS UMAS CRIANÇAS”
    -O grupo de Jesus, reagiu mal.”OS DISCÍPULOS AFASTARAM-NAS”
    -Jesus indignou-se.”JESUS AO VER ISTO INDIGNOU-SE” e anunciou uma geração nova, uma nova raça de gente. São os descendentes de Sua união nupcial com a natureza humana. São os filhos do Reino de Deus.
    Jesus anseia por estes nascimentos, por ver nascer aqueles frutos da nova união nupcial. E cheio de entusiasmo exclamou: “DEIXAI VIR A MIM AS CRIANCINHAS”
    A seguir, Jesus disse aos seus discípulos:
    -Que não se tornassem empecilhos.”NÃO OS ESTORVEIS”
    -Que, se não nascessem de novo, não seriam filhos do Reino de Deus.
    “QUEM NÃO ACOLHER O REINO DE DEUS COMO UMA CRIANÇA NÃO ENTRARÁ NELE”.
    Depois, como se estivesse já a ver os filhos da sua união nupcial, com a nossa natureza, Jesus sente-se já, no meio destes filhos que abraça com ternura
    “E ABRAÇANDO-AS COMEÇOU A ABENÇOÁ-LAS, IMPONDO AS MÃOS SOBRE ELAS”
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Já todos percebemos que Jesus não está a fazer as novas leis do Matrimónio que já existia desde as origens.
    Jesus recorre sim à união das origens para se dar a conhecer.
    Entendamos:
    Depois de Eva, a mãe fracassada, vem Maria a Nova Mãe.
    -DEPOIS DA PRIMEIRA UNIÃO NUPCIAL, O PECADO DE ADÃO E EVA, GEROU OS FILHOS DESNATURADOS.”
    -Depois da nova União Nupcial, Cristo com a natureza humana, nasceu uma nova raça de gente, os filhos do Reino de Deus, os Irmãos de Cristo e em Cristo. É aqui, que hoje nos interrogamos. Vamos fazê-lo com coragem e verdade.
    -Os cristãos, hoje, na sociedade, são essa nova raça de gente? Parece que não têm consciência disso. Porquê?
    -Será que os batizados, já não nascem da união Nupcial de Cristo, com a humanidade, figurada na Igreja?
    -Se os cristãos, não são essa nova raça de gente, quais as causas?
    Diz-se que é preciso converter os cristãos. Porquê?
    Será que são filhos desnaturados como disse o profeta? Deixaram de ser filhos da união nupcial com pobre natureza humana? Será o adultério do coração?
    Parece que os matrimónios de hoje são mais parecidos com o de Adão e Eva do que, com o de Cristo com a natureza humana. Depois vêm os filhos desnaturados.
    Irmãos, Cristo por aí anda à procura dos filhos da Sua união nupcial com a natureza humana figurada na Igreja.
    Vamos ser esses filhos. Deixemo-nos encontrar, abraçar por Jesus que nos diz: “DEIXAI VIR A MIM AS CIRANCINHAS”.
    Extraído do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  32. Dário Costa says:

    XXVI Domingo Comum,ano -B-S.Marcos
    Primeira leitura,Núm.11,25-29
    Irmãos:Deus escolheu para Si um povo entre todos os povos da Terra, tirou-o da escravidão do faraó e levou-o ao deserto, onde o organizou e conduziu.
    Nesta leitura podemos ouvir, que, este povo eleito por Deus, não foi um povo dócil ao seu Senhor.
    -Resistiam ao Espírito de Deus e quando aparecia alguém, no meio deles, a colaborar com o Estírito , impediam-nos e acusavam-nos.
    -O mal de inveja e dos ciúmes era tal que anulava as iniciativas de Deus.
    Irmãos:sabemos que a grande vítima da inveja e dos ciúmes, foi o Filho de Deus feito homem, por ser no meio do Seu Povo, dócil ao Espírito que fez d,Ele o modelo do Santo Servidor de Deus, o Seu Pai, e dos homens, seus irmãos.
    Segunda leitura
    Irmãos:o espirito do mundo, entra nas comunidades cristãs e anula a ação do Espírito Santo. como podemos ouvir nesta leitura, S.Tiago denuncia esta situação.
    Tg.5,1-6
    Irmãos: nesta leitura podemos ouvir, o espirito do mundo leva-nos a pôr o que é passageiro acima do que não passa.
    -Quem se deixa levar pelas coisas do mundo, tem a recompensa do mundo que acaba por ser um fracasso, porque é passageira.
    -Quem se deixa conduzir pelo Espírito de Cristo, tem a recompensa de Cristo, que é eterna.
    Irmãos: e nós? Quem nos motiva:o espírito do mundo ou o de Cristo?

    Evangelho Mc.9,38-43.45.47-48
    Irmãos:o vangelho de Marcos fala-nos da recompensa do mundo e da de Cristo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos fala da recompensa de quem O serve.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos,, meditámos nos últimos domingos, que, para se dar a conhecer, o único meio escolhido por Jesus, foi a Sua Paixão, Morte e Ressurreição.”…TINHA DE SER MORTO E RESSUSCITAR”.
    Ele veio para ser o Servo Sofredor do Pai Celeste e não, para ser servido.
    Quem procurar Jesus, fora da Sua Cruz, nunca o conhecerá!
    O verdadeiro discípulo de Cristo, nasce de uma morte. Nasce da morte de Jesus que morreu, para nascer em nós. O verdadeiro discípulo, morre para o mundo e nasce de novo para, Cristo, o Homem-Novo.
    Não há dúvida, foi desta maneira que Jesus chamou os discípulos e se deu a conhecer.
    Ele chama os discípulos para quê? Que quer Jesus, de nós?
    Acaso, ser discípulo de Cristo, é fazer parte de um exército de salvação?É fazer a luta da concorrência dos poderes, como acontece com os partidos políticos? É ser defensor de Cristo?
    Esta é a cegueira das Seitas e, ao longo dos séculos, também a Igreja caiu nesta cegueira.
    -Igreja ao jeito de exército, e cristão ao jeito de soldado…
    Igreja unida ao jeito dos poderes do mundo e, cristão feito soldado da pátria, é para esquecer.
    Mas para que servem os discípulos de Cristo? Servem, para servir.
    Servir o anúncio e o Testemunho de um reino que não coincide com os reinos deste mundo. “O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO” DIZ jESUS.
    E os outros crentes? E as outras religiões? que fazer?
    Quando Jesus enviou os primeiros discípulos, regressaram frustrados.Encontraram um homem a fazer o mesmo que eles faziam e entraram em confronto.
    “MESTRE VIMOS UM HOMEM A EXPULSAR OS DEMÓNIOS EM TEU NOME”
    Surpresa para os enviados de Cristo!…e reagiram com o poder.
    MESTRE…NÓS PROCURÁMOS IMPEDIR-LHO…ELE NÃO ANDA CONNOSCO”
    Os discípulos , em vez de servidores, tornaram-se empecilhos,”NÓS PROCURÁMOS IMPEDIR-LHO…”
    Mas o Mestre , o Santo Servidor, é a fonte de sabedoria evangélica, e diz-lhes,”NÃO O PROIBAIS…QUEM NÃO É CONTRA NÓS É POR NÓS.”
    Os discípulos, no serviço que o Senhor lhes destinou, em vez de aceitarem uma ajuda providencial, reagiram como “donos”,como concorrentes e, perderam a recompensa do serviço do Reino de Deus, mas os outros não.Disse-lhes Jesus:
    “QUEM VOS DER A BEBER UM COPO DE ÁGUA, POR SERDES DE CRISTO…NÃ PERDERÁ A SUA RECOMPENSA”
    Para Jesus a medida do seu discípulo, não é o poder, nem o saber,nem o prestígio social. A medida, é a “CRIANÇA” a quem Ele abraçou e pediu que fosse recebida.
    -Tudo o que se fizer a essa “CRIANÇA,” seja quem fôr, é recompensado por Ele.”NÃO PERDERÁ A SUA RECOMPENSA”
    Tudo o que fizer contra essa “CRIANÇA”,o seu ofendedor, tem de se haver com Cristo.Ele diz: MELHOR SERIA PARA ELE QUE LHE ATASSEM AO PESCOÇO UMA DESTAS MÓS…E O LANÇASSEM AO MAR”
    A seguir, Jesus em tom de parábola, faz um aviso solene aos seus discípulos para que tenham as mãos, os pés e os olhos do servidor e não sejam impecilhos.
    SE A TUA MÃO…SE O TEU PÉ…SE O TEU OLHO É PARA TI OCASIÃO DE ESCÂNDALO…CORTA-O…DEITA-O FORA”.
    Que dizer, o que já não serve é lançado ao lixo. No tempo de Cristo, a lixeira chamava-se GEENA.”LANÇADO NA GEENA”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Dá que pensar…
    -Os discípulos, proibem e o Mestre diz: “NÃO O PROIBAIS”.Porquê? Proibir, não é evangélico. Jesus assumiu “SERVIR”,É o Santo Servidor. Um Jesus a proibir não existe.
    Sendo assim, cai-se na desordem? Não!O amor nunca foi desordem. QUEM VOS DER UM COPO DE ÁGUA…NÃO PERDERÁ A SUA RECOMPENSA…QUEM NÃO É CONTRA NÓS É POR NÓS.
    Há sim desordem, quando apareceram os “proibidores”,dentro ou fora da Igreja. Quem pode negar as guerras religiosas, antigas e modernas? Quem pode negar as inquisições e os tribunais religiosos, de ontem e de hoje? Quem pode negar a marginalização dolorosa, feita por discípulos, que em vez de servirem o Reino de Deus, proibem por inveja ou outras razões? “PROCURÁMOS IMPEDIR-LHO”.Eles por aí andam a dizer é proibido é proibido…
    Que nos diz a parábola do corta-mão e pé e tira o olho?
    Examinemo-nos. Não estarão as comunidades cheias de mãos, pés e olhos que são empecilhos? Que relação têm os teus pés, as tuas mãos e os teus olhos. com o serviço do Reino de Deus? Falta quem mexa,falta quem ande e quem veja.
    Irmãos as proibições não faltam. Faltam servidores, Faltam pés, faltam mãos, faltam olhos. em que ficamos?
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B,do Saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    por Dário Costa

  33. Dário Costa says:

    XXV Domingo Comum-B-S.Marcos
    Irmãos: Que experiência de fé é esta?
    É verdade o que ouvimos nesta leitura?
    Sim, é a experiência que nossos antepassados na fé nos deixaram no Livro da Sabedoria, quando nasceu uma nova cultura que contestava a fé e marginalisava os crentes.
    -As ciladas, os ultrajes, as torturas, a morte infamante, purificam a fé, provam os crentes, confundem e perturbam os adversários da fé.
    Irmãos: esta Sabedoria divina, manifestou-se de um modo admirável e definitivamente nos sofrinentos, na Paixão e na Morte de Jesus Cristo.
    Refrão: O Messias tinha de sofrer, tinha de morrer e ressuscitar.
    Segunda leitura
    Irmãos: S.Tiago apaercebeu-se que o espírito do mundo, começava a entrar nas comunidades cristãs. Por isso escreveu-lhes o que passamos a ouvir.

    Tg.3,16-4,3
    Irmãos: os filhos das trevas perseguem sempre a fé, porque não suportam a presença dos Filhos da Luz, que são para eles uma censura viva. Como acabámos de ouvir, o espírito do mundo, o espírito das trevas,penetra nas comunidades cristãs e anula, nelas, os frutos do Espírito Santo; a justiça a paz e
    a oração, para dar lugar às discórdias e a toda a sorte de conflitos.
    Como é entre nos? Concordamos com os filhos das trevas, ou aceitamos ser perseguidos por eles?

    Evangelho Mc.9,30-37
    Irmãos:S.Marcos no seu evangelho fala-nos do Segredo de Jesus, que é padecer morrer e ressuscitar.
    Saudemos o Senhor que hoje no vem dizer que tem de sofrer, morrer e ressuscitar.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, podemos dizer que a grande obra de Jesus, foi esta:
    Deu-se a conhecer, tal como Deus o Seu Pai o conhecia.Quem conhece Jesus, salva-se.
    Jesus pregava e fazia gestos admiráveis, para se dar a conhecer.
    Acontecia porém que as multidões ouviam as Suas palavras e viam os Seus gestos.Admiravam-se, mas não conheciam, por isso, fizeram de Jesus, um mito, o rei de Israel.
    Sempre que Jesus, se enontrava sòzinho com o Seu grupo, a Sua grande preocupação, era de dar-se a conhecer.
    “JESUS E OS SEUS DISCÍPULOS CAMINHAVAM ATRAVÉS DA GALILEIA…QUERIA QUE NINGUÉM O SOUBESSE.”
    Ora acontecia que os discípulos, tinham a mesma mentalidade das multidões.
    -Quando Jesus lhes disse que, para ser conhecido, tinha de padecer e morrer, Pedro contestou e, Jesus chamou-lhe Satanás.
    “VAI-TE SATANÁS”. Depois Jesus insistiu:
    “O FILHO DO HOMEM VAI SER ENTREGUE ÀS MÃOS DO HOMENS E ELES VÃO MATÁ-LO, MAS-RESSUSCITARÁ”
    Com a insistência, na Paixão, Morte e Ressurreição, como condição para Jesus seu conhecido, os discípulos optaram pelo silêncio e ficaram cheios de medo.
    -“OS DISCÍPULOS NÃO COMPREENDIAM AQUELAS PALAVRAS E TINHAM MEDO DE O INTERROGAR”
    Deixou de haver diálogo, entre Mestre e discípulos. Deixou de haver aprendizagém, e o grupo de Jesus ficou entregue a si mesmo. E, como sempre , um grupo sem Mestre, entregue a si mesmo, o que faz? Discutem uns com os outros. Discute-se tudo, sobretudo querem passar por cima uns dos outros.
    Foi o que aconteceu com os discípulos, marginalizaram Jesus, e ficartam a discutir.
    É pelo tema da discussão que jesus retoma o diálogo com os seus discípulos.
    Pergunta-lhes:
    “QUE DISCUTIÉIS NO CAMINHO?”
    O mito, de Jesus ser o novo rei de Israel, era a cegueira dos discípulos.
    No novo governo, para quem seria o primeiro lugar? Era a discussão cega.
    Os discípulos, foram surpreendidos por Jesus, a discutirem o primeiro lugar e ficaram envergonhados.
    “ELES FICARAM CALADOS, PORQUE TINHAM DISCUTIDO QUAL DELES ERA O MAIOR”.
    A lógica do Evangelho não é a do mundo. No Evangelho, o pequeno é grande e, o grande é pequeno. Por isso Jesus disse-lhes: “QUEM QUISER SER O PRIMEIRO SERÁ O ÚLTIMO”
    A seguir, Jesus fez um gesto impressionante, carregado de força simbólica, Jesus abraçou-se a uma criança.
    “E TOMANDO UMA CRIANÇA, COLOCOU-A NO MEIO DELES ABRAÇOU-A”
    As crianças sentem antes de compreenderem. É assim que se conhece Jesus.
    Sente-se pelo coração, como as crianças. Depois conhece-se.
    Disse Santa Terezinha do Menino Jesus: “Eu sinto uma criança no meu coração”
    Disse-o porquuê?
    Porque recebeu, essa criança, a quem Jesus se abraçou.
    “QUEM RECEBER UMA DESTAS CRIANÇAS EM MEU NOME, É A MIM QUE RECEBE”.
    Quem é esta criança?
    Esta criança, é o Dom da Filiação divina, é o conhecimento do Pai Celeste e do Seu FIlho, feito homem, Pai que Jesus conhecia e amava, que padeceu, sofreu , morreu e ressuscitou, para que todos O conhecessem e amassem também.
    “QUEM ME RECEBER NÃO ME RECEBE A MIM, MAS AQUELE QUE ME ENVIOU”.
    Foi a esta criança que Jesus se abraçou. Quem a recebe torna-se como Jesus, íntimo do Pai Celeste e, encontra a paz, a alegria de ter nascido.
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Temos de nos interrogar:
    -Que discípulos somos nós?
    Somos aqueles que emudeceram e se encheram de medo porque jesus falou da sua Paixão, Morte e Ressurreição?
    Que discípulos somos nós?
    Somos aqueles discípulos que marginalizam o Mestre discutem lugares atrás d,Ele? Sim é o que há mais entre nós. Cristo marginalizado discussões e mais discussoes, por um nada, por um assunto, por uma prioridade, discussões porquê?
    Porque ainda não sabemos que o primeiro é o último, é o servo.
    -Que discípulos somos nós?
    Somos discípulos que ainda não concretizámos o convite de Jesus, para recebermos aquela criança que Ele abraçou?
    Quer dizer, o dom, a graça da filiação divina já germinou e está a crescer em nós?
    Irmãos , já comprendemos o mistério da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus?
    Ele morre para nascer em nós. Ouçamos, pois, hoje o Seu ensinamento.
    “O FILHO DO HOMEM VAI SER ENTREGUE ÀS MÃOS DOS HOMENS E ELES VÃO MATÁ-LO MAS…
    RESSUSCITARÁ. E TOMANDO UMA CRIANÇA, COLOCOU-A NO MEIO DELES, ABRAÇOU-A”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”ano-B- do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  34. Dário Costa says:

    XXIV Domingo Comum,ano-B S. Marcos

    Primeira leitura Is.50.5-10

    Irmãos: ultrapassar as infidelidades a Deus, era o grande problema do Povo da Antiga Aliança.
    Vinham as crises, sucediam.se as infidelidades, renasciam os entusiasmos de começar de novo, mas de novo sucumbiram, chefes e povo.
    Como podemos ouvir nesta leitura, nasceu uma nova esperança para o Povo de Deus.
    Há-de aparecer um servidor da Salvação em fracasso.
    Há-de sofrer, toda a sorte de sofrimentos, mas a força de Deus há-de aguentá-Lo.
    Irmãos: já sabemos quem é este Servo da Salvação que pelo sofrimento alcançara o êxito da Salvação de Deus. Este Servo é Jesus Cristo, o Messias Sofredor.

    Refrão: O Messias tinha de sofrer…
    Segunda leitura
    Irmãos: a obra de Jesus, sem a Cruz, ficava sem prova. Como vamos ouvir nesta leitura, S.Tiago teme a fé sem provas, a fé sem obras.
    Tg.2,14-18.
    Irmãos: como podemos ouvir, a fé é sempre uma força de salvação, exige obras, atos, ações salvadoras.
    E se estas ações salvadoras não existem? S. Tiago acaba de nos responder: A fé sem obras está morta.
    Que se passa entre nós? Quais são as nossas ações salvadoras?
    Qual é a nossa fé?
    Evangelho Mc.8,27-35.
    Irmãos: o evangelho de S.Marcos, relata-nos o Segredo de Jesus que chegou ao êxito pelo caminho da Cruz.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem instruir acerca dos seus sofrimentos.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, no evangelho de S. Marcos, Jesus era um Segredo, para quem o via e ouvia. Era o segredo Messiânico. Muitas coisas contraditórias se disseram de Jesus, grandes elogios e severas condenações. A verdade, é que, a maior dificuldade que Jesus enfrentou, foi a de dar-se a conhecer.
    Falou, fez gestos admiráveis, para se dar a conhecer e, foi necessário a Sua morte, para ser conhecido como “FILHO DE DEUS”
    Em certa ocasião, caminhava sozinho, com os Seus discípulos e aproveitou esta situação, para que eles dissessem o que pensavam acerca d,Ele. Interrogou-os assim:
    “QUE DIZEM OS HOMENS QUE EU SOU”
    Os discípulos relataram os boatos, as interpretações do público acerca de Jesus:
    “UNS DIZEM JOÃO BATISTA. OUTROS ELIAS E OUTROS UM DOS PROFETAS”
    Jesus ouviu o que já estava farto de saber. Mas o que estava em causa, não era a opinião pública, mas a condição de verdadeiro discípulo.
    Um discípulo que não conhece o Mestre, nunca pode ser bom discípulo. Jesus tem de ser conhecido, pelos seus discípulos. Por isso interroga-os.
    “E VÓS QUEM DIZEIS QUE SOU EU”?
    Estes discípulos, tinham deixado tudo, para seguir Jesus. Mas, esta opção, fora feita, num clima de entusiasmo, político e religioso. E, Pedro, em nome do grupo, expressou assim esse entusiasmo: “TU ÉS, O MESSIAS”
    A vinda do Messias, era a esperança de um povo, que tinha perdido a sua soberania. Povo colonizado, submetido por um tal poder, que só um Messias super-podesoso, poderia resolver o problema político e religioso deste povo esmagado.
    O entusiasmo, da vinda do Messias super poderoso, para resolver os problemas políticos e religiosos de um povo que não interessa a Jesus.
    Jesus necessita de outro clima, para se dar a conhecer,por isso proibiu os discípulos de falarem d,Ele
    “ORDENOU-LHES SEVERAMENTE QUE NÃO FALASSEM D,ELE A NINGUÉM”
    O entusiasmo, não dá, para conhecer Jesus. Onde, como, qual o contexto, em que Jesus se revela aos seus discípulos? O próprio Jesus o diz. O contexto próprio, para reconhecer Jesus, sem equívocos é a Cruz. O catecismo do conhecimento de Jesus, é a Cruz.
    “JESUS…COMEÇOU A ENSINAR-LHES QUE O FILHO DO HOMEM TINHA DE SOFRER MUITO, E SER REGEITADO… DE SER MORTO E RESSUSCITAR”
    Os entusiastas não gostam, nem aguentam fracassos.
    O entusiasta Pedro, sentiu-se com o ensino de Jesus e, contestou:
    “PEDRO TOMOU-O À PARTE E COMEÇOU A CONTESTA-LO”
    Os entusiasmos dos pecadores do Mar da Galileia, tornaram-se
    “diabólicos.
    -Vêde:
    “JESUS REPREENDEU PEDRO DIZENDO: VAI-TE SATANÁS”
    Jesus juntou a multidão,os seus discípulos e abriu o seu entusiasmo, que é a Cruz, e começou a ensinar:
    SE ALGUÉM QUISER SEGUIR-ME…TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME”
    Seguir Jesus, não é um entusiasmo passageiro. é sim, uma opção de vida ou de morte.
    “QUEM QUISER SALVAR A SUA VIDA PERDÊ-LA-“Á
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Eis a interrogação.
    Que discípulos somos nós? Qual a nossa orígem? Qual o catecismo que nos formou? Foi o catecismo do entusiasmo? Um catecismo ao colo de alguém? Uma catequese de um livro oficial, de preceitos e obrigações religiosas? Se por acaso o nosso catecismo não foi o da Cruz, como hoje afirma o Evangelho. Assim não conhecemos Jesus.
    Quem de nós conhece o Mestre! “QUEM DIZEIS QUE EU SOU?”
    Para se ser, bom discípulo, tem de se conhecer o Mestre, por isso hoje, temos de responder ao Mestre. Mas antes de respondermos pensemos na repreensão que Jesus deu Pedro.”VAI-TE”.
    Será que temos de ir embora, para aprender o catecismo da Cruz, e voltar depois, a chorar, como Pedro?
    Os discípulos de Jesus, entusiasmaram-se com milagres de Jesus, e fugiram da Cruz. Só foram verdadeiros, quando voltarem, atraidos pela Cruz. Então, Jesus, deixou de ser segredo, conheceram-No, ouviram-No e seguiram-No até à morte.
    Irmãos, a Igreja não vive de tempos de entusiasmos, vive Tempos de Cruz. Quem optar pela Cruz, conhecerá Jesus.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo,padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  35. Dário Costa says:

    -Jesus olha para o surdo-mudo e acredita que o Pai vai agir. Por isso toca os ouvidos e a língua do surdo-mudo e diz:
    “EFFATHÁ QUE QUER DIZER, ABRE-TE”
    Eis a obra do Pai Celeste e Jesus o Seu medianeiro.
    “IMEDIATAMENTE SE ABRIRAM OS OUVIDOS DO HOMEM, SOLTOU-SE -LHE A PRISÃO DA LÍNGUA E COMEÇÕU A FALAR”
    A multidão viu o homem a ouvir e a falar, mas não viu a Obra do Pai, nem conheceu Pai e o Seu Filho. E, como Jesus não queria ser aclamado, mas conhecido, disse à multidão.
    “Que não comtassem nada a ninguém”
    A Multidão fica pelos aplausos.
    “FAZ QUE OS SURDOS OIÇAM E OS MUDOS FALEM”
    Mas o Segredo continua, O Pai Celeste e o Seu Filho continuaram a ser uns desconhecidos.
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Já vimos, foi fácil a multidão aclamar Jesus. Aclamar e condenar, às vezes são inconsciências coletivas. Aclamaram Jesus com os ouvidos fechados e, depois, condenaram-NO com os olhos fechados
    -Hoje, nós aqui reunidos, depois de ver mos o gesto de Jesus, a dar ouvidos e fala a um homem, o importante é reconhcermos, a nossa surdez e os nossos silêncios de mudos, perante a Palavra do Pai Celeste. Jesus ouviu-a e proclamou-a, como Filho de Deus e dá também os seus ouvidos, a quem queira ouvir e, a Sua língua, a quem a queira proclamar. Só o Filho de Deus pode fazer isto.
    -Concretamente: Nós, já somos uma comunidade que, como Jesus, ouve a Palavra do Pai e a proclama? Quem somos nós? Somos sudos-mudos?
    _-Não importa. Hoje, Jesus tirou-nos do meio da multidão, trouxe-nos para aqui. Ele está a suspirar por causa da nossa surdez, tem os olhos postos no Seu Pai e, para que os nossos ouvidos se abram, diz de novo:”EFFATHA…ABRE-TE”.
    O Concílio Vaticano II, mal começou, detetou a causa da crise da Igreja. Os cristãos, as comunidades, não ouviam nem proclavavam a Palavra de Deus. Uma Igreja de sudos-mudos e fácil em aclamações.
    “O Concílio escreveu assim: O SAGRADO CONCÍLIO OUVINDO RELIGIOSAMENTE A PALAVRA DE DEUS, PROCLAMA-A COM CONFIANÇA”
    Abriram-se as portas da renovação da Igreja entremos por esta porta, porque Jesus quer curar os surdos -mudos:
    EFFATHÁ… ABRE-TE.
    Extraido do livro, UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL, do saudoso e grande amigo ,padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

    (por lapso, desta vêz, as admonições e homilia do padre Rocha, ficaram divididas em duas partes) As minha desculpas.

  36. Dário Costa says:

    XXIII Domingo Comum ano-B-S.Marcos

    Primeira leituraIs.35,4-7
    Irmãos: como podemos ouvir, o Povo de Deus; apercebe-se do fim do exílio em Babilónia. Porquê?
    Porque começa a reconhecer os pecados que deram orígem a este exílio.
    -O pecado de terem fechado os ouvidos à Palavra de Deus. Tornaram-se surdos.
    -O pecado de não anunciarem a Palavra de Deus aos outros povos. Tornaram-se mudos.
    O arrependimento, trouxe um tempo novo de alegria, a alegria de ouvir e anunciar de um modo novo a Palavra de Deus. Hão-de abrir-se os olhos dos cegos e os ouvidos dos surdos.
    Irmãos: o anúncio de Isaias, cumpriu-se com Jesus de Nazaré que fez ouvir surdos e falar os mudos.
    Refrão: Fez coisas admiráveis
    Os surdos ouvem eos mudos falam

    Segunda leitura
    Irmãos: S.Tiago apercebe-se que o critério das aparências está em subestituir o crit´rio evangélico da dignidade dos filhos de Deus. Por isso, como vamos ouvir nesta leitura, intervem e alerta as comunidades cristãs.
    Tg.2,1-5
    Irmãos: como podemos ouvir, Cristo não julga pelas aparências.
    Por isso os primeiros chamados para o Reino de Deus, são os pobres. Que hoje, os nossos ouvidos se abram para entendermos os critérios de Jesus;que não distingue as pessoas pelas aparências.
    Evangelho Mc.7,31-37
    Irmãos: o evangelho de S.Marcos fala-nos do Segredo de Jesus, a palavra do Seu Pai guardada no Seu Coração.
    Saudemos o Senhor que hoje nos abre os ouvidos para acolhermos a Sua Palavra.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, acerca da Sua or´gem divina, Jesus guardou segredo até à morte. É o chamado Segredo Messiânico. Guardou segredo porquê?
    -Asmultidões interrogavam-se, quando ouviam Jesus e viam os Seus Gestos. Diziam: “TUDO O QUE FEZ É ADMIRÁVEL”
    mAS jESUS RECOMENDAVA QUE NÃO FALASSEM.
    -oS DEMÓNIOS, IRRITAVAM-SE COM, O sEGREDO mESSIÂNICO E, PROVOCAVAM jESUS.
    dIZIAM:”sei quem tu és, és o santo de Deus.”
    Mas Jesus mandava-os calar e afastava-os. Multidões e demónios, reagiam às palavras e aos gestos de Jesus.
    -Jesus tinha pois, uma intenção, ao guardar segredo, acerca das Suas or´gens, porque sabia que seria mal conhecido e em vez de servir o Desígnio do Pai, os homens serviriam-se d,Ele, para alcançar os seus fins, políticos e religiosos.
    Os Judeus, como não conseguiram servir-se de Jesus, os cegos pelos messianismos políticos e religiosos, crucificaram-No.
    -Os demónios, tinham também uma intenção, a de perturbar, confundir e desviar as pessoas da verdadeira orígem do Messias, por isso, o segredo de Jesus, irritava-os.
    Quando os demónios julgavam que tinham conseguido tudo, Jesus quebrou o segredo no tribunal, que O condenou. Jesus confessou ao juiz que era filho de Deus.
    E, logo ao morrer na Cruz o Centurião proclamou: “NA VERDADE ESTE HOMEM ERA O FILHO DE DEUS”
    Com ideias feitas, não podemos conhecer a or´gem divina de Jesus. Quem ouve Jesus e vê os Seu Gestos con preconceitos, é como um surdo. A fé entra pelo ouvido. Primeiro ouve-se a Palavra de Deus que é, como uma semente, depois esta semente germina, é a fé.
    Ouvidos para ouvir, olhos para ver e a fala para proclamar a fé.
    Jesus que nos trtouxe a Palavra do Pai, estava consciente que é assim, por isso percebemos a reação de Jesus, quando lhe apresentam um surdo-mudo. Eis a grande lição do domingo de
    hoje. Um frente a frente, Jesue e um surdo-mudo.
    Quem de nós, está disposto a aceitar este encontro?
    “TROUXERAM-LHE ENTÃO UM SURDO QUE MAL PODIA FALAR”.
    A multidão entrega um surdo-mudo a Jesus e, pede apenas a imposição das mãos. “SUPLICARAM-LHE QUE IMPOSESSE AS MÃOS SOBRE ELE”.
    Irmãos, na Multiplicação do Pães, a multidão, não compreendeu e, quis fazer de Jesus um rei: Jesus, bem sabia, que nestas situações, as multidões, ficam-se apenas pelas aclamações. Jesus não procura aplausos , Jesus quer ser conhecido. Por isso pega no surdo-mudo e, afasta-se da multidão.
    “JESUS, AFASTA-SE COM ELE DA MULTIDÃO”…
    Longe da multidão, está o Pai Celeste, Jesus e o surdo-mudo. Jesus, entre o Pai, e o surdo-mudo, que faz?
    -Jesus, olha para o Pai e suspira. “ERGUENDO OS OLHOS… SUSPIROU”

  37. Dário Costa says:

    XXII Domingo Comum-B-S.Marcos

    Primeira leitura Deut.4,1-2,6-9
    Irmãos: como podemos ouvir, através dos tempos,não foi pelo poder e pela força que o Povo de Deus se distinguiu dos outros povos, mas pela Inteligência e pela Sabedoria, dons do Espírito de Deus, que os homens não podem alcançar por si mesmos.
    Esta Inteligência e esta Sabedoria:
    -Eram dons interiores, que os retos de coração acolhiam ao escutarem a Palavra de Deus.
    -Eram mandamentos, inscritos por Deus nos corações retos e que ninguém podia mudar.
    Irmãos: aquela Inteligência e aquela Sabedoria, que Deus deu ao Seu Povo, tiveram a sua plenitude em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem, que atraiu a Si todos os retos de coração.
    Segunda leitura
    Irmãos: quando há indícios de falta de autenticidade no culto dos cristãos, S.Tiago intervem, pedindo aos batizados que não mudem o que é Sabedoria de Deus. É o que vamos ouvir nesta leitura.

    Tg.1,17-18,21-22,27.
    Irmãos: como podemos ouvir, a autenticidade cristã está nos corações.
    Os retos de coração:
    -Sabem, como Jesus, escutar a Palavra do Pai.
    -Sabem também cumpri-la, como Jesus.
    É esta a inteligência e a sabedoria dos batizados, chamados a serem fermento nas sociedades corrompidas.
    Irmãos: nós estamos preocupados com a autenticidade cristã?
    Somos retos de coração?
    Acolhemos e praticamos a Palavra do Pai?

    Evangelho Mc.7,1-8,14-15,21-23.
    Irmãos: o evangelho de S.Marcos relata-nos que o Segredo da vida de Jesus de Nazaré está no Seu Coração e não nos êxitos exteriores.
    Saudemos o Senhor que hoje nos chama a sermos retos e puros de coração.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, o evangelho de S.Marcos, ao narrar o encontro de Jesus com as multidões, disse: “JESUS…COMPADECEU-SE…ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR”.
    Interrompemos a leitura do evangelho de S. Marcos para meditarmos no evangelho de S.João que Jesus quer ser o “PÃO DA VIDA”,para as multidões oprimidas, com todas as espécies de fomes. Disse Jesus: “EU SOU O PÃO VIVO DFESCIDO DO CÉU”.
    -ao longo de vários domingos, tivemos a graça de meditarmos o Pão Descido do Céu. o Pão da comunhão.
    -Hoje, retomamos o evangelho de S.Marcos, onde se esconde e se revela o Sergredo Messiânico, isto é, neste evangelho, Jesus faz-nos a surpresa de dizer quem é.

    Hoje , o evangelho de Marcos, diz-nos a quem se dirige Jesus.
    -Não se dirige às inteligências, prefere dirigir-se aos corações. Vêde: Os sábios, com a sua sabedoria, não conseguem conhecer Jesus. Um simples, um analfabeto, pode conhecer Jesus , com o coração. Assim, Jesus está ao alcance de todos. Para conhecer Jesus, basta ter um coração reto.

    Vêde como Jesus denunciou a hipocrisia dos corações. No Seu tempo, viu as sinagogas cheias de de praticantes. Muitas vezes, no Templo de Jerusalém, viu e assistiu a cerimónias aparatosas, a cultos esplendorosos, onde se ouviam tocar trombetas de prata.
    Jesus, viu, assistiu e fez denúncia:
    “ESTE POVO HONRA-ME COM OS LÁBIOS MAS O SEU CORAÇÃO ESTÁ LONGE DE MIM”.
    Deus nos lábios…corações longe de Deus…é a hipocrisia, diz Jesus.
    -É-se hipócrita, sempre que se usa Deus nos lábios, sem O ter no coração, ainda que seja para defender um costume, ou uma tradição religiosa. E os hipócritas foram experimentar Jesus desta maneira:
    “PORQUE NÃO SEGUEM OS TEUS DISCÍPULOS A TRADIÇÃO DOS ANTIGOS?”
    Os hipócritas, subestituem os Mandamentos de Deus por preceitos humanos e por tradições. Jesus denuncia-os:
    “BEM PROFETIZOU ISAÍAS A RESPEITO DE VÓS, HIPÓCRITAS…AS DOUTRINAS QUE ENSINAM NÃO PASSAM DE PRECEITOS HUMANOS”
    jesus não prega uma cruzada contra a hipócrisia do Seu tempo, Jesus quer libertar os corações oprimidos, pelas opressões das exterioridades religiosas, porque é no interior, nos corações que Deus se manifesta.
    -As exterioridades, podem enganar e, até anular o que é divino.”É VÃO O CULTO QUE ME PRESTAM”
    “VÓS DEIXAIS DE LADO O MANDAMENTO DE DEUS PARA VOS PRENDERDES À TRADIÇÃO DOS HOMENS”
    -Na interioridade de um coração limpo e tranparente, vê-se Deus.
    “OS PUROS DE CORAÇAO VERÃO A DEUS”.
    Quer dizer, Jesus fala aos corações, fala de dentro para fora. Depois da controvérsia com os farizeus. voltou-se para a multidão e disse:
    “OUVI-ME E PROCURAI COMPREENDER”
    O que é impuro não está fora dos corações.
    “NÃO HÁ NADA FORA DO HOMEM QUE O POSSA TORNAR IMPURO”
    -Tudo o que é impuro veio do coração do homem.
    “O QUE SAI DO HOMEM É QUE O TORNA IMPURO”

    Quanto ao nosso interior, Jesus é radical. Ouçamos:
    “DO INTERIOR É QUE SAEM OS MAUS PENSAMENTOS, IMORALIDADES, ROUBOS, ASSASSÍNIOS, ADULTÉRIOS, COBIÇAS, INJUSTIÇAS, FRAUDES, DEVASSIDÕES, INVEJAS, DIFAMAÇÕES, ORGULHOS, INSENSATEZ”
    Vêde irmãos, o que nos torna indígnos ou dignos. Não somos dignos por fazermos grandes obras. A nossa dignidade está no coração. É aí, que somos dignos ou indígnos.

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Não é facil.
    Jesus reagiu a hipócritas que O provocavam à falsa fé, com o preceito de um lavar de mãos. Para estes opositores de Cristo, o que contava eram as exterioridades sociais, religiosas, até no culto divino.Reinava a hipócrisia.
    -Esta hipocrisia também existe entre nós? Mas como denunciá-la? às vezes é tão disfarçada que nem se dá por ela.
    -Recentemente (*) um grupo de…e cristãos cismáticos por serem opositores da reforma da Igreja, saida do Concílio Vaticano II,e de todos os Papas depois deste Concílio. Depois de uma missa de incenso e latim, foram todos de joelhos, da cruz alta até à capelinha das aparições. O público pasmou.
    Por fora, piedade e devoções. E por dentro?
    cumpriram a promessa e lá partiram para continuarem mal, com o Papa e bispos católicos e mal, com a renovação da Igreja.
    Confiamos que a Santa Mãe, lhes tenha falado ao coração, para que não troquem as intervenções do Espírito Santo por tradições antigas.
    -Mas voltemos às interrogações. a mentalidade dos farizeus e dos escribas que Jesus denunciou, também existem entre nós?
    Este lugar, não é lugar de acusações, mas lugar de interpelações. Assim fez Jesus quando interpelou a multidão.
    “OUVI-ME E PROCURAI COMPREENDER”
    Irmãos, hoje ouçamos Jesus que se deu tão mal com as hipócrisias, sobretudo das comunidades religiosas…Pensemos, tudo o que desfigura uma comunidade cristã, e o mal que nasce no coração dos seus membros, diz o Senhor.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

    (*)”esta homilia foi escrita antes de 2005″

  38. Maria Adelaide says:

    XXI Domingo Comum-B

    Primeira leitura Jos.24,1-2,15-17
    Irmãos: o sucessor de Moisés, estava consciente, de que a conquista da Terra Prometida, dependia da fidelidade ao Deus da Aliança.
    Como podemos ouvir nesta leitura, Josué e a sua família comprometem-se a serem fieis e logo a seguir, todo o povo reconheceu a proteção de Jesus e reafirmou, de um modo novo, a sua fidelidade ao senhor.
    Irmãos: a fidelidade de Josué é um sinal de fidelidade de Jesus ao Seu Pai, a quem obedeceu até à Morte e Morte de Cruz.
    Importa reconhecer nesta fidelidade, o amor do Senhor para com o Seu Pai e sobretudo para connosco, pois morreu por nós.

    Refrão do Salmo: Saboreai e vêde como é bom o Senhor.

    Segunda leitura
    Irmãos: é na cadeia que S.Paulo aprofunda as relações de Cristo com a Sua Igreja.
    Como vamos ouvir nesta leitura, para S.Paulo, a união matrimonial é um ponto de partida para se compreender a união de Cristo com a Igreja.

    Ef.5,21-32
    Irmãos: como podemos ouvir, o amor recíproco de Cristo e da Igreja é um ideal para a vida matrimonial. Trata-se do amor fiel e da obediência amorosa de Jesus Cristo. Diante destas realidades da fé que hoje nos interpelam, digamos como o Apóstolo:”É grande este Mistério, que eu refiro a Cristo e à Igreja.” O importante é sermos fiéis ao amor do Senhor.

    Evangelho Jo. 6,60-69
    Irmãos: S.João no seu evangelho vê no banquete do Corpo e do Sangue de Cristo, o Grande Sinal da fidelidade do amor do
    Senhor.

    Saudemos o Senhor que hoje nos chama à fidelidade do Seu Amor.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, hoje encerramos uma grande reflexão. Durante vários dommingos meditámos o Discurso do Pão da Vida.
    -Com cinco pães, Jesus deu a comer a cinco mil pessoas.
    -Quiseram fazer de Jesus um rei , mas ele retirou-se.
    -O Gesto da Multiplicação dos Pães, provocou grandes polémicas e oposições e, Jesus enfrentou-as todas afirmando:
    “EU SOU O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU”
    Este Pão, o Pão de todas as comunhões, Jesus entregou-o à humanidade, confiando-o à Sua Igreja. É nosso. É Dom de Deus.
    No dia da multiplicação dos Pães, aqueles que foram encarregados por Jesus , de fazer a distribuição do pão multiplicado, esses discípulos que assistiram à reação das multidões e á murmuração dos Judeus, também não apoiaram Jesus.
    “MUITOS DISCÍPULOS, AO OUVIREM JESUS, DISSERAM: ESTAS PALAVRAS SÃO DURAS, QUEM PODE ESCUTÁ-LAS?”
    Jesus, depois de enfrentar as multidões e os Judeus, teve também de enfrentar os discípulos duvidosos e vacilantes.
    Como fêz?
    Disse-lhes que eles estavam destinados, para serem testemunhas de acontecimentos muito maiores que a Multiplicação dos Pães. Estes acontecimentos, seriam a Paixão , Morte, Ressurreição e Ascensão Gloriosa. Aqueles que se escandalizavam com a Descida de Jesus, haviam de ser testemunhas da Sua subida aos Céus.
    -A descida, foi uma surpresa, foi uma notícia feliz, dada por Anjos aos pastores de Belém: “HOJE NASCEU O SALVADOR”
    -A subida, é luta, é o combate da Cruz. É a entrega da Vida. É a Ressurreição e Ascensão.
    Jesus, disse aos discípulos que seriam testemunhas destes acontecimentos.
    “ISTO ESCANDALIZA-VOS? E SE VIRDES O FILHO DO HOMEM SUBIR PARA ONDE ETAVA ANTERIORMENTE?”
    A seguir , Jesus conforta os discípulos, com a promessa da força do Espírito Santo e alerta-os para a fraqueza da carne.
    “O ESPÍRITO É QUE DÁ A VIDA, A CARNE NÃO SERVE PARA NADA.”
    Faz também uma denúncia terrível. Diz aos discípulos que sabia, desde o início, quem o seguia com verdade. Uns não acreditavam e um seria traidor.
    “JESUS BEM SABIA…QUAIS ERAM OS QUE NÃO ACREDITAVAM E QUEM ERA AQUELE QUE O HAVIA DE ENTREGAR.”
    Conhecer Jesus, é um dom, não de Jesus, mas do Pai Celeste.
    “NINGUÉM PODE VIR A MIM SE NÃO LHE FOR CONCEDIDO POR MEU PAI”
    Com esta denúncia, Jesus quis provocar no seu grupo uma crise.
    “MUITOS DOS DISCÍPULOS AFASTARAM-SE E JÁ NÃO ANDAVAM COM ELE”
    É na provação que as pessoas mostram quem são. Nesta crise, um do grupo, Pedro, ficou alarmado e disse:
    “PARA QUEM IREMOS? TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA”
    Nesta crise a fé impôs-se e venceu.
    “NÓS ACREDITAMOS E SABEMOS QUE TU ÉS O SANTO DE DEUS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Pensemos:
    Jesus viu os discípulos duvidosos e a vacilar. Depois do Discurso do Pão da Comunhão, os seus discípulos não tinham feito ainda, a primeira comunhão, com Ele, com o Pai Celeste e uns com os outros.
    Mais ainda, entre eles, havia quem não acreditasse, quem se preparasse para ser traidor: outros não tinham vindo pela
    mão do Pai Celeste.
    “MUITOS AFASTARAM-SE…JESUS DISSE AOS DOZE: VÓS QUEREIS IR EMBORA”
    Jesus provocou uma crise no seu grupo. Quem vai ficar?
    -Hoje, crise e afastamentos, nâo é quase normal nas comunidades cristãs? Quem não sente a crise?
    Falam-se de muitas causas, há muitas opiniões. Mas onde começa a crise?
    A crise começa no pão, dado para a comunhão e que não faz comunhão. Eis a crise: Comunhões que não fazem comunhão.
    Tal, como no primeiro grupo de Jesus, hoje, também falta a fé a alguns.
    Também há quem opte, como Judas, e quem ignore o Dom do Pai Celeste. É a crise da comunhão. Comunhões sem comunhão…
    O Pão descido do Céu, não está a fazer comunhão com o Pai Celeste, com Cristo e de nós uns com os outros em Cristo.
    -Qual a saida desta situação?
    Não será o poder, como pensam muitos. Mais poder mais afastamentos. A saida da crise, começa com aquele alerta, dado por Pedro, quando rebentou a crise no primeiro grupo de Jesus. Pedro disse:
    “PARA QUEM IREMOS SENHOR? TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA…”
    Irmãos; para onde iremos? assim terminamos hoje a reflexão do Discurso do Pão da Vida.”EU SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  39. Dário Costa says:

    XX Domingo Comum; ano-B

    Primeira leitura Prov.9,1-6
    Irmãos: Nesta leitura, podemos ouvir, uma sentença, tirada da experiência da vida, vivida à luz da fé.
    -Os que vivem a vida à luz da fé, descobrem que a verdadeira festa da vida, não é feita apenas num convívio humano de exitos e fracassos.
    -A verdadeira festa da vida, é aquela em que Deus abre à humanidade, as portas do Seu Banquete. Deus gosta de estar com os filhos dos homens.
    Irmãos: todos sabemos que Jesus ao despedir-Se deste mundo, entregou aos Seus discípulos o Seu Banquete, a Sua Ceia e disse: fazei isto em Minha memória.
    Todos sabemos também que a comida e a bebida deste banquete é o Corpo e o Sangue de Cristo. “A Minha carne é verdadeira comida e o Meu sangue é uma verdadeira bebida”.

    Segunda leitura
    Irmãos: como é grande o contraste entre a vida cristã e a vida pagã!…
    Vamos ouvir nesta leitura um reflexão de S. Paulo da cadeia, onde o levou, à pregação do evangelho.

    Ef.5,15-20
    Irmãos: há duas maneiras de viver no mundo. Uma insensata,e outra sensata, isto é, uma verdadeira e outra falsa.
    Como podemos ouvir, S.Paulo diz que os cristãos não podem levar a vida dos insensatos, porque têm a marca do Espírito Santo e conhecem outro Pão, outro alimento dado na Ceia do Senhor: O Seu Corpo e o Seu Sangue.
    Irmãos: que escolhemos? A vida dos sensatos? Estamos a vivê-la? Vêde a insensatez do mundo!…Fugi dela. Comei o Pão do resgate que o Senhor nos dá.

    Evangelho Jo.6,51-58
    Irmãos: S. João no seu evangelho concretiza que o Pão das Multidões é o Corpo e o Sangue de Cristo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem falar do Seu Pão.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, Jesus compadeceu-se das multidões abandonadas, como ovelhas sem pastor.
    Jesus, não ficou apenas compadecido, fez um Gesto Admirável, com cinco pães, deu de comer a cinco mil pessoas. Este Gesto marcou e definiu a relação de Jesus com as multidões, afirmando-lhe: “EU SOU O PÃO VIVO QUE DESCEU DO CÉU”.
    – O Gesto provocou grande entusiasmo, político e religioso, ao ponto de quererem fazer de Jesus um Rei, um Messias político.
    -As afirmações de Jesus, ser Ele o pão descido do Céu,desencadearam uma murmuração generalizada e grandes discussões, sobretudo entre os mais resdponsáveis.
    “OS JUDEUS DISSERAM ENTRE SI: COMO PODE ELE DAR-NOS A COMER A SUA CARNE?”
    Jesus é objeto de constetações, de murmurações e de oposições, mas não deixa de fazer desafios vitais, isto é, viver ou não viver, ter ou perder a vida, valer a pena ter nascido, ou não valer a pena ter nascido.
    “E JESUS DISSE-LHES: SE NÃO COMERDES A CARNE DO FILHO DO HOMEM…NÃO TEREIS A VIDA EM VÓS”.
    Os opositores de Jesus viram-se confrontados,não com o Gesto de Jesus e as Suas palavras, mas com a vida, uma nova maneira de viver, um jeito novo de estar na vida. Com as afirmações de Jesus, a vida deixa de ser uma oportunidade, deixa de ser algo transitório. O nascer para morrer, acaba definitivamente com o Gesto da Multiplicação dos Pães, com as palavras de Jesus, e sobretudo com a Morte e Ressurreição de Jesus, o mistério oculto do discurso do Pão da Vida.
    “QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE TEM A VIDA ETERNA”
    -Corpo entregue e sangue derramado. Sangue libertador da morte na Cruz. O lado aberto, pela lança do soldado, é uma fonte da vida eterna,”TEM A VIDA ETERNA”
    -Vida entregue e não morte. Morreu para entregar a vida, isto é, a Morte e a Ressurreição, uniram-se num único pregão:
    “ANUNCIAMOS SENHOR A VOSSA MORTE PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO” ou, como anuncia Jesus: “QUEM COME A MINHA CARNE E BEBE O MEU SANGUE TEM A VIDA ETERNA E EU RESSUSCITÁ-LO-EI NO ÚLTIMO DIA”.
    O Gesto da Multiplicação dos Pães, foi apenas um ponto de partida. Dele não saiu um rei, como queria a multidão, nem foi abafado com murmurações e discussões como queriam os judeus.
    O Gesto da Multiplicação dos Pães, tem o seu sentido profundo nestas palavras de Jesus:”ASSIM COMO O PAI VIVE, ME ENVIOU E EU VIVO PELO PAI, TAMBÉM AQUELE QUE ME COME VIVERÁ POR MIM”.
    O pão descido do céu, o pão da comunhão da vida. Por ele se faz aquela comunhão da vida que Jesus fez com o Pai Celeste. Pão da intimidade com o Pai, pão dos rmãos, comunhão da fraternidade.
    É este, e não outro, o pão descido do céu. Diz Jesus
    “ESTE É O PÃO DESCIDO DO CÉU”
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Temos de fazer uma interrogação.
    -Hoje e aqui, junto da Mesa da Palavra, e da Mesa da Eucaristia, Jesus ainda nos pode dizer: “ESTE É O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”? É ou não é? Como podemos saber?
    Sabêmo-lo pela consagração. É o Pão adorado, Santíssimo Sacramento, presença real, não é imágem, é verdadeiro corpo, é verdadeiro sangue. Nenhuma dúvida…Ò glória de fé…
    Se pela consagração do Espírito Santo é “PÃO DESCIDO DO CÉU”
    pelos efeitos, não parece”PÃO DESCIDO DO CÉU” será que anulemos os efeitos do PÃO DESCIDO DO CÉU, como queriam os Judeus que murmuravam e discutiam?
    Entre nós, não parece o pão dado para a comunhão. Como é possível?
    Comunhão com o Pai comunhão com os irmãos?!… Quem a procura? Quem a aceita? Quem a deixa fazer?
    -No princípio, o “PÃO DESCIDO DO CÉU” fazia mártires, fazia nascer comunidades e o mundo pagão abismado dizia, como eles se amam!…E hoje? por onde anda a nossa comunhão? É a do “PÃO DESCIDO DO CÉU”?
    Não faltam missas, não faltam sacrários, não faltam ministros extraordinários da comunhão, não faltam comunhões, falta sim a comunhão. por isso irmãos, escutemos o Senhor que vem dizer no meio de nós. “ESTE É O PÃO QUE DESCEU DO CÉU” o pão da comunhão.
    Extraido do livro,”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo,padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  40. Dário Costa says:

    XIX Domingo Comum ano-B

    Primeira leitura I Rs.19,4-8
    Irmãos:como podemos ouvir, o Profeta Elias faz a dura experiência, de um drama humano e religioso.
    -A vida não lhe diz nada, por isso deseja morrer.
    -A fé, parece não ter mudado nada, tudo está como dantes.
    Elias já não podia caminhar mais, deitou-se e adormeceu.
    Mas o sono, deste profeta abatido pela sua missão, é interrompido por Deus, que lhe dá o verdadeiro sustento, o alento divino, a força para caminhar até ao monte de Deus.
    Elias saboreou o pão da caminhada e viu como Deus era bom e partiu ao Seu encontro. Elias não morreu e a fé foi a sua salvação.
    Irmãos: o pão que Elias comeu, foi dado de um modo novo e definitivamente por Jesus de Nazaré.
    Como Elias, saboreemos hoje, o pão da vida e vejamos como o Senhor é bom.

    Refrão do Salmo: Saboreai e vêde como é bom o Senhor.

    Segunda leitura
    Irmãos: anunciar o evangelho publicamente, é diferente, quando o seu anunciador o medita numa cadeia.
    Como vamos ouvir, S.Paulo, no silêncio da cadeia, vê como é diferente a vida cristã da pagã.
    Ef.4,30-5,2
    Irmãos: a vida cristã é a vida do Espírito Santo em cada batizado. Ao contrário, os pagãos não têm a marca do Espírito Santo.
    Como podemos ouvir, S.Paulo intervem na comunidade dos Efésios, para lhes dizer que devem eliminar do meio deles todos os sentimentos pagãos, que entristecem o Espírito Santo.
    Irmãos: e nós? Não fazemos tantas coisas que entristecem o Espírito Santo?
    Alimentemo-nos dos Dons do Espírito, do Pão da Vida e vejamos como o Senhor é bom.

    Evangelho Jo.6,41-52
    Irmãos: S.João no seu evangelho diz que Jesus na multiplicação dos pães, revelou-nos o Seu Pai.
    Saudemos o Senhor que hoje nos fala do Pão do Seu Pai.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, a multiplicação dos pães, foi um delírio coletivo, todos começaram a dizer que a pessoa certa para ser o rei de Israel era Jesus. Jesus fez este Gesto admirável e depois teve necessidade de se esconder. Eles não tinham compreendido.
    Logo no outro dia, Jesus vê-se confrontado de novo, com esta multidão que O esperava na praia, onde Jesus ia desembarcar.Talvês esperassem que Jesus repetisse o Gesto da Multiplicação dos Pães. Mas, agora o Milagre era outro, o milagre de jesus fazer compreeder o significado da multiplicação dos Pães.
    Depois de Jesus lhes dizer:
    “EU É QUE SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”
    Indignaram-se, criticaram e murmuraram.
    “OS JUDEUS MURMURAVAM DE JESUS, POR ELE TER AFIRMADO: EU SOU O PÃO QUE DESCEU DO CÉU”
    Vêde irmãos, a que se chega, quando não entendemos o Evangelho! Como se passa do entusiasmo passageiro à rejeição.
    No dia da Multiplicação dos Pães, viram em Jesus um rei, no outro dia, Jesus já é para eles ocasião de escândalo.
    “E DIZIAM: NÃO É ELE JESUS, O FILHO DE JOSÉ? NÃO CONHECEMOS NÓS O PAI E A MÃE D,ELE? COMO É QUE DIZ AGORA: EU DESCI DO CÉU?”
    Terríveis murmurações do Povo de Deus.
    -Murmuraram contra Deus e contra Moisés quando eram peregrinos no deserto, guiados por uma coluna de fogo.
    -Murmuravam contra os Profetas, quando eles anunciavam a Palavra de Deus.
    -Murmuraram contra Jesus por Ele dizer: “EU DESCI DO CÉU”…
    Que contradição!…Onde aparece um anunciador do Evangelho, surgem logo murmuradores. Porquê?
    O murmurador quer entender com a sua própria inteligência e às vezes sem a ter. Por vezes os distituidos entendem o que não são capazes de entender grandes sábios. Porquê? É que o entendimento da Multiplicação dos Pães, é uma obra do Pai Celeste. Se Jesus é o Pão descido do Céu, para acolher este Pão, tem de se saber quem o dá.
    …”NINGUÉM PODE VIR A MIM, SE O PAI QUE ME ENVIOU O NÃO ATRAIR”…
    O entendimento da Multiplicação dos Pães, não é obra da inteligência dos homens, é milagre, é coisa tão admirável, que tem de ser o próprio Deus a ensinar.
    …”SERÃO TODOS INSTRUIDOS POR DEUS”…Quer dizer, para entendermos a Multiplicação dos Pães, temos de escutar o próprio Deus. quem O escuta recebe o Seu Pão.
    …”TODO AQUELE QUE ESCUTA O PAI E RECEBE O SEU ENSINO VEM A MIM”…
    Tocamos no fundo da questão, Se a inteligência e a força do homem pode tanto,o que é, que Deus tem para nos dar? Deus ainda é preciso? Para quê? Vêde: Sem Deus, quem tem a vida tem a morte. Quando todos disserem temos tudo, não podem esquecer que também têm o pão da morte.
    Com Cristo tudo mudou, qualquer pessoa, pode dizer:-Não tenho nada, mas tenho tudo, tenho o Pão da Vida.
    …”EU SOU O PÃO DA VIDA”…
    Este Pão, é o Dom de Deus que está vinculado ao transitório e o caduco da vida.
    …”QUEM COMER DESTE PÃO VIVERÁ ETERNAMENTE”…
    Quer dizer, Jesus é o nosso Pão, antes e depois de morrermos.
    …”EU RESSUSCITA-LO-EI NO ÚLTIMO DIA”…
    Sem Cristo, nascido na nossa carne, o horizonte do mundo não era a vida, mas apenas amorte. Cristo é o Pão da Vida do Mundo.
    …” E O PÃO QUE EU HEI-DE DAR É A MINHA CARNE QUE EU DAREI PELA VIDA DO MUNDO”…
    Irmãos, terminemos com esta reflexão. Mas como?
    -Eles, naquele tempo. murmuravam porque comparavam O descido do Céu com o filho de José.
    “NÃO É ELE O FILHO DE jOSÉ?”e a murmuração começou…
    E nós a quem comparamos O descido do Céu? A verdade é que as murmurações continuam, até mesmo quando celebramos o banquete do Pão descido do Céu.
    -Eles, naquele tempo, julgaram que entendiam a Multiplicação dos Pães sem a Luz de Deus. Depois murmuraram…
    E nós, não pensamos que entendemos o Evangelho de Deus, sem ser Deus a ensinar? Depois murmurações e mais murmurações.
    Eles, naquele tempo confundiram o Pão da Vida, com o pão da morte.
    “VOSSOS PAIS COMERAM O MANÁ E MORRERAM”
    -E nós, que visão temos do nosso mundo onde o poder da morte é tão grande.
    De um lado a Sida, do outro o cacro ou outra doença, atrás a máquina que pode bater e matar e à frente o precipício. Na esquina o ladrão armado, mais adiante o tiroteio dos confrontos armados e o aborto no seio materno.
    Nós Cristãos vivemos neste mundo, mas o nosso alimento é outro, é o Pão da Vida.
    “EU SOU O PÃO DA VIDA”

    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”ano-B- do saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  41. Dário Costa says:

    XVIII Domingo Comum

    Primeira leitura.Ex.16,2-4,12-15

    Irmãos: aquele povo, liberto da escravidão do Faraó, na caminhada para a terra da liberdade, é submetido por Deus à provação da fome.
    Com
    o podemos ouvir, nesta provação perderam o conhecimento daquele Deus que os libertou da escravidão e murmuraram contra Ele e revoltaram-se contra Moisés.
    -A escravidão do Faraó serviu para conhecerem o Deus libertador.
    -A fome no deserto servirá para O reconhecer de um modo novo.
    Tinham o alimento junto deles e não o conheciam.
    “Que é isto?…Disse-lhes Moisés: é o pão que o Senhor vos dá…”
    Irmãos: o pão anumciado por Moisés, supriu o pão que faltou no deserto. Mas o Pão dado por Jesus é diferente, pois mata outra fome; sacia todos os anseios do coração.
    Jesus é o Pão vivo descido do Céu.
    Segunda leitura
    Irmãos: S. Paulo na cadeia, vê como é diferente a vida pagã, da vida cristã.
    -A vida dos pagãos não passa de uma oportunidade para gozar.
    -a vida cristã, não está vinculada ao passageiro das coisas deste mundo.
    É o que vamos ouvir nesta leitura.
    Ef.4,17,20-24.
    Irmãos: como podemos ouvir, na base da vida cristã está a conversão. O cristão regeita a vida pagã com as suas ilusões, para viver a de Cristo, como homem novo nascido do batismo.
    -A fome dos pagãos é uma. São as fomes do corpo mortal.
    -A fome dos cristãos é outra. A fome dos anseios infinitos do coração.
    Irmãos: qual é a nossa fome?
    A nossa eucaristia, o pão do altar, é resposta à nossa fome?

    Evangelho Jo.6,24-35.
    Irmãos: S. João diz-nos no seu evangelho que a multiplicação do Pães, é o sinal de que Jesus é o Pão dado para a vida do mundo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos dá o Pão descido do Céu.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, a multidão que participou na multiplicação dos pães. não entendeu este gesto de Jesus.
    -Viram apenas em Jesus Aquele que garantia o bem-estar social e político. Quiseram aclamá-lo rei. A multiplicação dos pães, não passou de um entusiasmo passageiro.
    -Jesus consciente do iquívoco da multidão, afastou-se.
    Contudo a multidão ficou interpelada e quando perceberam que Jesus se tinha afastado, tomaram os barcos e foram procurá-lo.
    “A MULTIDÃO VIU QUE JESUS NÃO ESTAVA À BEIRA DO LAGO…SUBIRAM PARA AS EMBARCAÇÕES E FORAM…À PROCURA DE JESUS.”
    Propcuraram Jesus, por causa do pão que os tinha saciado, mas sem perceberem o significado da multiplicação dos pães.
    É pois esta realidade que Jesus tem de enfrentar. Fazer com que entendam o Gesto da Multiplicação dos Pães.
    A Multiplicação dos Pães, foi o primeiro milagre;
    -Entender a Multiplicação dos Pães, só com um segundo milagre.
    “FORAM Á PROCURA DE JESUS, AO ENCONTRA-LO…JESUS RESPONDEU-LHES…VÓS PROCURAIS-ME NÃO PORQUE VISTES MILAGRES MAS PORQUE DOS PÃES VOS SACIASTES”…
    De novo com a multidão, com novas interpelações, Jesus inicia o milagre da compreensão do Gesto da Multiplicação dos Pães.
    -Antes foi o espetáculo de cinco pães para cinco mil pessoas. Foi o entusiasmo das multidões.
    -Agora aparece a desilusão. Jesus disse à multidão:
    TRABALHAI, NÃO PELA COMIDA QUE DESEPARECE MAS PELO ALIMENTO QUE FICA ATÉ À VIDA ETERNA QUE O FILHO DO HOMEM VOS DÁ”
    Os espíritos começaram a ficar suspensos. Viram tanto pão, comeram, ficaram saciados e agora devem procurar outro pão. Mais ainda, devem pedir esse pão Àquele que lá no monte tenha multiplicado os cinco pães. A Multiplicação dos Pães afinal, foi um sinal, de como Deus tinha marcado Jesus, Ele era o Seu enviado.
    “A ELE É QUE O PAI, O PRÓPRIO DEUS, ASSINALOU COM A SUA MARCA”
    -Deus o próprio Pai, marcou Jesus. Porquê?
    O ser humano é uma obra maravilhosa de Deus, porque foi criado à Sua imágem e Semelhança, que depois pelo pecado se apagou. Mas Jesus é uma obra de Deus, ainda mais maravilhosa por isso, acreditar em Jesus é uma obra maravilhosa da graça do Pai Celeste.
    “A OBRA DE DEUS CONSISTE EM ACREDITARDES EM QUEM, ELE ENVIOU”
    A Multiplicação dos Pães é pois o sinal do Enviado de Deus, o que desce do Céu.
    A multidão continua sem ver o sinal e pede mais sinais para acreditar.
    “QUE OBRA REALIZAS?”
    Havia na memória do povo judeu uma recordação viva, a passágem do Mar Vermelho e a travessia do deserto. Nesta aventuta Salvadora, viram obras maravilhosas de Deus. O mar abriu-se e no deserto tiveram como alimento o pão descido do Céu.
    “OS NOSSOS PAIS COMERAM O MANÁ…UM PÃO QUE VEIO DO CÉU”
    Jesus sabia que o passado é a sombra, a imagem da realidade do presente e esta realidade é o próprio Jesus.
    “NÃO FOI MOISÉS QUE VOS DEU O PÃO QUE VEM DO CÉU…EU É QUE SOU O PÃO DA VIDA”
    Estava pois esclarecido o Gesto da Multiplicação dos Pães. Jesus é o Pão da Vida.
    “QUEM VEM A MIM NUNCA MAIS TERÁ FOME E QUEM ACREDITA EM MIM NUNCA MAIS TERÁ SEDE”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão sobre o pão dado para a vida do Mundo?
    É necessário, é importante conhecer quem são os famintos do nosso tempo.
    Para lhes levarmos o Pão da Vida.
    -É necessário,é importante conhecer as regiões da morte, onde estão os desfalecidos sem razões para viver, para lhes levarmos o Pão da Vida.
    -Quem são os famintos do nosso tempo? Já os conhecemos? Jesus conhece-os e foi para eles o pão da verdade, da justiça, da paz, do amor e o pão de cada dia.
    -Quem são os desfalecidos do nosso tempo, sentados nas regiões sombrias da morte, sem razões para viver?
    -Já os conhecemos?
    Jesus conheceu-os e deu-lhes o Pão da Vida, a alegria de terem nascido.
    A Multiplicação dos Pães se não for para nós uma força, será um escândalo.
    Que preferimos?
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  42. Dário Costa says:

    XVII Domingo Comum
    Primeira leitura II Rs.4,12-44

    Irmãos:
    -no meio de um povo, dividido política e religiosamente, onde reinava a rivalidade, o egoismo e o ódio;
    -no meio de um povo, sem capacidade para ouvir a Palavra de Deus.
    Como podemos ouvir, um homem de fé, faz um Gesto Admirável; os esquecidos pela sociedade, as vítimas das rivalidades e dos egoismos, comeram juntas o pão da abundância e ficaram saciadas. Esta refeição e este pão , fazem parte do Desígnio de Deus:
    “HÃO-DE COMER E HÃ-DE SUBEJAR”.
    Irmãos: o anúncio desta refeição e deste pão, cumpriu-se definitivamente com Jesus Cristo.

    Segunda leitura
    Irmãos: a cadeia é para S.Paulo, o lugar da meditação e da oração. É na cadeia, que vê mais claro o evangelho que anuncia. É o que iremos ouvir nesta leitura.
    Ef.4,1-6
    Irmãos: como podemos ouvir, na cadeia S. Paulo é feliz, por servir esta nova iniciativa de Deus na história dos homens;
    -A humanidade pode agora juntar-se num só corpo, unido por um só Espírito. É a Igreja.
    -Há um único Senhor que congrega a humanidade pela mesma fé, a mesma esperança e no mesmo amor de um Deus que é Pai de todos.
    Irmãos, os desunidos, os dispersos, os que se odeiam, podem juntar-se para comer aquele Pão, dado por Cristo para a vida do mundo.

    Evangelho Jo.6,1-15
    Irmãos: no evangelho de S.João, a multiplicação dos Pães, é o Grande Sinal de que chegou a hora de Deus congregar as multidões abandonadas como ovelhas sem pastor.
    Saudemos o Senhor, que hoje está no meio de nós para fazer a multiplicação dos pães.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, com a experiência do envio de Apóstolos, a atuação de Jesus mudou. Pelos Apóstolos, as pessoas encontraram os caminhos que levam a Cristo. “HAVIA SEMPRE TANTA GENTE A CHEGAR E A PARTIR”
    Jesus, viu-se confrontado com multidões. “SEGUIA-O NUMEROSA MULTIDÃO…”
    Que vai fazer Jesus com multidões? Eis o desafio difícil!
    -Jesus, não é um líder político. Por isso não vai fazer comícios.
    -Jesus não vai concorrer ao poder. por isso não promete mundos e fundos, para conseguir o poder.
    -Jesus não é um hábil propagandista que consegue, pôr produtos no mercado, por isso não usa métodos, como aqueles que pregam fenómenos, em feiras e, que juntam à sua volta curiosos. Por isso, Jesus não satisfáz curiosidades.
    -Jesus e as multidões. Que faz? Que lhes vai dar? Elas estão mutivadas.
    No domingo passado, o Evangelho narrou a primeira reação de Jesus, perante as multidões. “Compadeceu-se…eram como ovelhas sem pastor”. Jesus pregava-lhes, ensinava, comunicava.
    Hoje, irmãos, há algo diferente. Jesus passa da Palavra ao Gesto. Isto é, tenta tornar visível, algo que se não vê. Tenta fazer vir ao cimo, algo que está no fundo. É esta, a força do Gesto da Multiplicação dos Pães.
    “ENTÃO JESUS, TOMOU OS PÃES, DEU GRAÇAS…E COMERAM QUANTO QUISERAM”.
    -Como chegou Jesus aqui? Porque fez este gesto?
    -Como entendeu a multidão este Gesto?
    Este Gesto é uma reação de Jesus à fome das multidões.
    “JESUS DISSE A FILIPE: ONDE HAVEMOS DE COMPRAR PÃO PARA LHES DAR DE COMER”
    -Que fome é esta? Que Pão é este?
    Jesus conhece esta fome e sábe qual é o Pão que a mata, “ELE BEM SABIA O QUE IA FAZER.”
    Os discípulos desconheciam as intenções de Jesus e, um, muito admirado, até lhe disse:
    “ESTÁ AQUI UM RAPAZITO QUE TEM CINCO PÃES DE CEVADA…MAS QUE É ISTO PARA TANTA GENTE”.
    Irmãos, a força do Gesto de Jesus é uma Multiplicação. Pegou nos cinco pães do rapáz e multiplicou-os.
    “E COMERAM QUANTO QUSERAM.”
    A força do Gesto de Jesus e a abundância do pão, sem despredício.
    “RECOLHEI OS BOCADOS QUE SOBRARAM PARA QUE NADA SE PERCA”
    Multidões, fome, pão em abundância…
    Perante o Gesto de Jesus, a multidão teve uma reação primária. Comeram mas não perceberam. Reagiu como se tratasse de um gesto político de um profeta que satisfáz, não a fome, mas as ambições políticas de um povo.
    “QUANDO VIRAM O MILAGRE…COMEÇARAM A DIZER: ESTE É NA VERDADE O PROFETA QUE ESTAVA PARA VIR AO MUNDO…”
    Aquela multidão, estava consciente das suas ambições políticas e religiosas, mas não das suas fomes, Jesus retirou-se.
    “JESUS SABENDO QUE VIRIAM BUSCÁ-LO PARA O FAZER REI,RETIROU-SE”
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Como pegar no Gesto de Jesus? como tornar visível o que se não vê? Como fazer vir ao de cima o que está no fundo?
    -Na Multiplicação dos Pães, os discípulos, não conheceram as intenções de Jesus e, a multidão não percebeu o Gesto de Jesus. Eles não queriam o pão de Jesus, queriam sim um rei.
    -E para nós, hoje e aqui, o Gesto de Jesus o que é?
    Eis o difícil!
    O suposto milagre de Moure, da suposta imágem, de Jesus na hóstia, mexeu com as multidões. Muitos já tinham ali um rei, para as suas ambições políticas e religiosas. Mas a celebração sacramental da Multiplicação do Pães, já não mexeu com eles. Porquê?
    -Jesus multiplicou cinco pães, para cinco mil pessoas, que multiplicação é esta?
    Irmãos, um Gesto, um Sinal, não se explica. Ou se entende ou não se entende.
    Como iremos ver e ouvir, nos próximos cinco domingos, o Gesto da Multiplicação dos Pães, gerou uma grande polémica. Até quiseram matar Jesus. Esta polémica, hoje e aqui, volta ao de cima de um modo novo.
    Interroguemo-nos:
    As nossas Eucaristias, as nossas comunhões, ainda têm algo a ver com o Gesto da Multiplicação dos Pães? As nossas comunhões o que são?
    Irmãos, aceitemos hoje o desafio do Gesto da Multiplicação dos Pães.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  43. Dário Costa says:

    XVI-Domingo Comum, ano -B-S.Marcos
    Primeira leitura Jer.23,1-6
    Irmãos: que pode fazer um profeta de Deus, no meio do Seu Povo, perdido por causa dos seus chefes?
    Como podemos ouvir nesta leitura, o profeta Jeremias, violento e compadecido, enfrenta, e denuncia a situação; confia e espera que chegue a hora de Deus.
    -Deus não faltará ao Seu Povo, com chefes dignos e justos.
    -O Povo de Deus, disperso, voltará a reunir-se e a multiplicar-se.
    Irmãos: todos sabemos que os dias esperados por Jeremias chegaram definitivamente com Jesus de Nazaré, que é, no meio do Povo de Deus, o Rei justo; o Pastor Bom; o sacerdote do sacrifício da Cruz; o Profeta do Pai e o Mestre dos Apóstolos.

    Refrão: Ó Senhor Tu envias Apostolos, como novos pastores do Povo de Deus. (Era o refrão do Salmo, que se cantava neste domingo)
    Segunda leitura
    Irmãos: a passagem pela cadeia, é para S, Paulo, um tempo privilegiado. Como podemos ouvir nesta leitura, é na prisão que o anunciador do evangelho compreende melhor que o Reino de Deus não tem fronteiras.O Povo de Deus, é constituido por todos os povos da Terra.
    Ef.2,13-18
    Irmãos: como podemos ouvir, é com uma alegria indizível, que S.Paulo fala da Nova humanidade, que surgiu na história pela graça de Jesus Cristo.
    -Os batizados em Cristo, são a nova família de Deus.
    -A vida dos batizados, faz parte do crescimento do Corpo de Cristo que é a Igreja.
    Irmãos: que nos falta para estarmos concientes de que somos, hoje e aqui, a família de Deus?
    São tantos ainda os muros que nos separam!

    Evangelho Mc. 6,30-34.
    Irmãos: o evangelho de Marcos revela-nos que Jesus, na história da Salvação, é o novo ponto de partida e de chegada.
    Saudemos o Senhor, que está sempre pronto para o regresso daqueles que Ele envia,

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, certamente, ainda recordamos o evangelho do Domingo passado, em que S. Marcos narrava a primeira experiência, de Jesus enviar Apóstolos e, em que Apóstolos, faziam a primeira experiência, de serem enviados por Jesus.
    -Que aconteceu? Ouçamos o Evangelho de hoje.
    “OS APOSTOLOS VOLTARAM PARA JUUNTO DE JESUS E CONTARAM-LHE TUDO O QUE TINHAM FEITO”.
    Certamente Jesus queria ouvir com entusiasmo, os primeiros enviados, a contarem a sua experiência apostólica.
    Jesus, não estava possuido de sentimentos triunfalistas, não era para ouvir dizer aos Apóstolos “Mestre foi um êxito”Jesus queria aprofundar, aquela primeira experiência Apostólica. Por isso, leva-os para um local isolado, para aí os ouvir e, eles poderem também descansar um pouco.
    “VINDE COMIGO PARA UM LOCAL ISOLADO E DESCANSAI.”
    Afinal naquele lugar isolado, os Apóstolos não puderam contar nada, não descansaram e nem sequer tiveram tempo para comer. Começou a chegar muita gente, para ver e conhecer Jesus. Chegavam viam e partiam. quer dizer aqueles que ouviram os Apóstolos falar de Jesus, tornam-se também Apóstolos, compreenderam que Jesus, era um ponto de chegada e um ponto de partida.
    !HAVIA SEMPRE TANTA GENTE A CHEGAR E APARTIR QUE ELES NEM TINHAM TEMPO DE COMER”.
    Jesus e os Apóstolos andavam em demanda de um lugar isolado, para refletir aquela primeira experiência, de fogo apostólico, saido do coração de Cristo. Esta experiência, tornou-se definitiva, no dia de Pentecostes, quando línguas de fogo desceram sobre os Apóstolos e discípulos, reunidos num lugar isolado, o Cenáculo.
    E Jesus, com os Apóstolos, partem de novo, à procura de outro lugar isolado, mas desta vez vão de barco.
    “PARTIRAM ENTÃO DE BARCO PARA UM LUGAR ISOLADO, SEM MAIS NINGUÉM”.
    A tentativa de Jesus e dos Apóstolos procurarem um lugar isolado, era em vão. Quando lá chegaram, já lá estava gente à espera deles.
    “MUITOS PERCEBERAM PARA ONDE IAM E, DE TODAS AS CIDADES ACORRERAM A PÉ PARA AQUELE LUGAR”.
    O resultado da primeira experiência apostólica de Jesus e dos Seus Apótolos, foi este: Jesus e os Apóstolos nunca mais tiveram descanso.
    Lugares isolados, encheram-se de gente e o descanso não foi possível.
    “AO DESEMBARCAR, JESUS VIU UMA GRADE MULTIDÃO E COMPADECEU-SE, ERAM COMO OVELHAS SEM PASTOR”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Terminemos, com uma certeza luminosa, a Igreja é herdeira desta experiência apostólica que estamos a refletir.
    Até dizemos no Credo “creio na Igreja apostólica”. Por isso hoje, perguntamos, por onde anda a nossa fé, na força apostólica dos cristãos? Interroguemo-nos:
    -Jesus, Hoje, é o ponto de partida e de chegada? Se não é, por que será?
    Nos nossos tempos, até parece que Jesus, vive num lugar isolado, onde não chega, nem parte ninguém. Porquê?
    Faltam Apóstolos para abrir caminhos.
    No Horto das Oliveiras, Jesus disse aos Apóstolos: descansai. Eles adormeceram e Jesus entrou sozinho em agonia, até ser preso. Os Apóstolos, descansaram, dormiram, acordaram e fujiram. Maldito descanso.
    Não será esta a situação de muitas comunidades cristãs? Cristo só, em agonia, e á Sua volta os Apóstolos descansados. Não há gente a chegar e a partir. No princípio corriam a pé, nem o mar nem as distâncias o impediam. E hoje? Tantos Apóstolos a descansarem e tantas ovelhas sem pastor. Maldito descanso.
    A força apostólica da Jgreja, não deixa descansar os enviados de Cristo e, nos tempos que correm até os piedosos descansam em rezas e ladainhas, como Levita do Vale de Jericó que descansado pelo cumprimento da lei, passou de lado, sem se compadecer, com aquele ferido que os ladrões abandonaram.
    Tantos descansados! Uns, no dever cumprido. Outros á espera que chegue Cristo, porque o seu comodismo é que há-de ser o ponto de partida e o ponto de chegada.
    Irmãos , tanto havia a dizer do passivismo cristão. Mas, pensemos, quem fez este descanso, não está no céu. O Concílio Vaticano II, deixou a Igreja inquieta. Muitos, nunca mais tiveram descanso. Eu não tenho descanso…(*)
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha. (*)(Grande apologista do Concílio Vaticano II.)
    Por Dário Costa

  44. Dário Costa says:

    XV-Domingo Comum; ano-B-S.Marcos
    Primeira leitura. Am.7,12-15

    Irmãos:como podemos ouvir, a mensagem do Profeta Amós, escandalizou os frequentadores de um santuário e o sacerdote responsável mandou-o fugir.
    -Naquele santuário não se prestava culto ao Deus que ama, salva e perdoa.
    -Tudo eram aparências e epocrisias, de uma sociedade corrompida pelos vícios.
    -Naquele santuário, ouvia-se uma palavra nova e diferente. Era Deus que pelo Profeta Amós, fazia valer os Seus direitos na história dos homens, para converter os pecadores e defender os esquecidos.
    Irmãos: a palavra nova é diferente dita por Amós, foi dita definitivamente por Jesus de Nazaré, que enviou Apóstolos para que fosse anunciada a todo o mundo.

    Refrão:Jesus de Nazaré Envia os seus Apóstolos a anunciar a Boa-Nova,a Boa-Nova do Pai.

    Segunda leitura
    Irmãos: o enviado para anunciar a Boa-Nova de Jesus, quando é preso por causa do evangelho, encontra na prisão aquele retiro que o faz aprofundar o projeto de Deus na história dos homens. Como vamos ouvir,assim aconteceu com o Apóstolo Paulo.

    Ef.1,3-14
    Irmãos: como podemos ouvir, na cadeia S. Paulo não pode anunciar a evangelho, mas na oração e na meditação, contempla o Plano salvador de Deus.
    -Em Jesus Cristo, Deus Pai tomou uma nova iniciativa na história dos homens, é a Igreja.
    -Jesus Cristo, Morto na Cruz, Ressuscitado e elevado à glória junto do Pai, pelo Espírito Santo, anima, assiste e faz crescer a Igreja atrvés dos tempos.
    Irmãos: nós e a nossa comunidade, já sentimos que na história, hoje e aqui, o projeto de Deus, passa por nós?

    Evangelho Mc.6,7-13
    Irmãos: S.Marcos, no seu evangelho, apresenta-nos o Segredo do Messias; Ele é, entre os homens, uma nova iniciativa de Deus Pai.
    Saudemos o Senhor, que hoje nos chama a colaborar nesta nova iniciativa,
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, Jesus é um ponto de chagada e um ponto de partida. Isto é, quem conhece Jesus, não pára, não tem descanso, parte de possuido de um Segredo que é a capacidade de viver e atuar, como Jesus vivia e atuava.
    “OS APÓSTOLOS PARTIRAM”…

    O Evangelho de hoje, relata-nos a primeira experiência de Jesus,ao enviar Apóstolos e, também a primeira experiência dos Apóstolos que Ele enviou.
    “JESUS CHAMOU DOZE APÓSTOLOS E COMEÇOU A ENVIÁ-LOS DOIS A DOIS…OS APÓSTOLOS PARTIRAM”.
    -Um envia…”JESUS COMEÇOU A ENVIÁ-LOS”
    -Outros aceitam e partem….”OS APÓSTOLOS PARTIRAM”

    O que é isto? Que se passa?
    -Jesus envia por quê e para quê? Será uma nova seita que vai nascer?
    -Os Apóstolos, partem como? às cegas? Alienados? Estão fanatizados?
    Hoje, aqui,estamos envolvidos pelo “Mistério”,pelo “Segredo”, pelas razões de vida e de morte, de um grupo de cristãos, de uma comunidade cristã, da Igreja de sempre. Ou a Igreja é Apostólica ou é uma organização com poder. O poder das seitas é muito tenebroso. Querem reunir com um Deus castigador e ameaçador. Só prevêem catástrofes e,até dizem que faltam tantos anos para elas acontecerem.
    Apoiadas no dinheiro, partem como profetas das desgraças, do terror, e amedrontam com demónios, os pobres indefesos.
    Vejamos hoje, que poder deu Jesus aos seus enviados.
    -É um poder luminoso, aquele luz que dissipa as trevas da mente e purifica os corações. O que é impuro, sujo, fica lavado.”DEU-LHES O PODER SOBRE ESPÍRITOS IMPUROS”
    -É um poder sem apoios humanos. Na ida, apoiam-se apenas no bastão dos peregrinos.
    “ORDENOU-LHES QUE NADA LEVASSEM PARA O CAMINHO, A NÃO SER O BASTÃO. NEM PÃO, NEM ALFORGE , NEM DINHEIRO”
    -É o poder dos poderes, dos profetas, que quando partem, não levam cortes que exigem alojamentos nobres. Um teto chega.
    “QUANDO ENTRARDES EM ALGUMA CASA, FICAI NELA ATÉ PARTIRDES”
    -É o poder dos Apóstolos de Cristo, que em nada se compara com os poderes do mundo. Não é o domínio, é o serviço, é o anúncio. Os enviados, são Precursores de Cristo, como João Batista. E diante dos Precursores, Cristo ou é acolhido ou rejeitado.
    “SE NÃO VOS OUVIREM…SACUDI O PÓ DOS VOSSOS PÉS, COMO TESTEMUNHO CONTRA ELES”
    O poder dos Apóstolos de Cristo, é o poder dos simples. Não é o poder sobre pessoas, pelo contrário, é o poder de salvar pessoas oprimidas, seja pelo pecado, ou outras opressões.Os oprimidos pelos demónios, ou pelas doenças de cada época.
    “OS APÓSTOLOS PARTIRAM E PREGARAM O ARREPENDIMENTO, EXPULSARAM DEMÓNIOS E UNGIRAM…DOENTES E AMARAM-NOS”
    Irmãos, Como terminar esta reflexão?
    O Evangelho de hoje, atormenta-nos, inquieta-nos e perturba-nos com esta interrogação: Cristo vivo e presente no meio de nós, já é um ponto de partida e de chegada? Dura interrogação.
    Por vezes não se parte, não há “ida nem volta”. Mas, quando vem alguém, estamos logo na fronteira a pedir o passaporte, como fizeram os de Jerusalém aos Reis Magos que procuravam o Menino de Belém. Não servimos de acesso a Cristo, mas como disse Jesus somos um estorvo.
    -O grupo de Jesus, é um grupo de Apóstolos, que partem com o poder dos simples. Quer dizer, o grupo de Jesus é aberto, não tem fronteiras. Vem o justo, vem o publicano, vêm as Madalenas
    Vêm todos os que querem ver Cristo.
    Irmãos, hoje pensemos no nosso poder, aquele poder que Jesus deu ao seus Apóstolos. “DEU-LHES PODER”,disse Jesus.
    Poder luminoso, poder sem apoios, poder de profetas, poder sem poder não sobre pessoas, mas sobre demónios, os demónios do nosso tempo.
    “EXPULSARAM MUITOS DEMÓNIOS…UNGIRAM…MUITOS DOENTES”.
    Extraido do livro,”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  45. Dário Costa says:

    XIV Domingo Comum, ano-B-S.Marcos

    Primeira leitura Ez. 2,2-5.
    Irmãos: o Profeta, é um sinal da presença de Deus no meio do Seu Povo,porque é pelos Profetas, que Deus fala ao Seu Povo. Como podemos ouvir nesta leitura, o Espírito desperta em Ezequiel, a consciência de profeta e,Ezequiel tem de confrontar-se com um povo, onde predominavam infieis, rebeldes e obstinados.Acolhidos por uns, e regeitado por outros, o Profeta é sempre um sinal de que Deus fala ao Seu Povo.
    Irmãos: Deus falou pelos Profetas. Esta fidelidade cumpriu-se plenamente, com Jesus de Nazaré, porque Jesus é a Palavra de Deus que se fez carne e habitou no meio de nós. Jesus é o Profeta do Pai.
    Refrão: Jesus é o Messias humilde e o Profeta do Pai
    Segunda leitura
    Irmãos: S.Paulo enfrenta a comunidade de Corinto, rebelde e obstinada, confessando que não é nada, diante da missão que recebeu do Senhor, de anunciar o Seu Evangelho. É o que vamos ouvir nesta leitura.
    II Cor.12,7-10.
    Irmãos: Como acabámos de ouvir, o anunciador do evangelho, diante das afrontas, nas adversidaddes, nas perseguições e na angústia, nada pode, mas na sua fraqueza converte-se em força, quando sofre por amor a Cristo.
    Irmãos: S. Paulo acreditava que os fracos, confundem os poderosos, quando acreditam na palavra de Deus.
    Esta fé, já existe na nossa comunidade?
    Evangelho Mc.6,1-6.
    Irmãos: o evangelho de S.Marcos diz-nos que o Segredo do Messias, está em Jesus, ser a Palavra de Deus, viva no meio do Seu Povo.
    Saudemos o Senhor, que é hoje, no meio de nós, o Profeta do Pai.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, quem compreende?!…
    -Onde Jesus devia ser, melhor acolhido, na Sua terra, aí, foi mal recebido.
    Assim que começou a falar, começaram as duvidas e as suspeitas, reduziram-no a um carpinteiro e, desprezaram-no.
    -Onde, Jesus, devia ser mais compreendido, na terra onde se criou, isto é, já dissemos mais que uma vez, “ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS”. a Fé cria a presença de Jesus.
    Portanto,aqui, nós reunidos, somos um espaço próprio, que o Espírito Santo criou, para a presença de Jesus.
    -No passado, Jesus esteve na terra onde se criou.”JESUS DIRIGIU-SE À SUA TERRA”.
    -Hoje, está presente aqui no meio de nós, o espaço onde a fé, criou a Sua presença, “ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS”
    Será possivel comparar estas duas presenças de Jesus, à do passado, na Sua terra e a de hoje no meio de nós?
    -Sim é possivel, porque é a presença de Jesus que o exige. Ele fala-nos da ida à Sua terra, porque hoje e aqui, Ele quer que essa trite visita, não se repita aqui, connosco.
    -Como foi, no passado? Vejamos. Quando Jesus começou a falar na Sinagoga da Sua terra, ficaram admirados com a Sua sabedoria, mas não a aceitaram, por Ele ser um carpinteiro e filho de uma tal Maria, uma mulher do povo, sem prestígio social.
    “NÃO É ELE O CARPINTEIRO, FILHO DE MARIA?”
    Ouviram a sabedoria divina, aquela sabedoria que dissipa as trevas da mente e do coração, e isto não aconteceu.
    Começaram por duvidar e depois seguiu-se a cegueira da mente e do coração.
    “E FICARAM PERPLEXOS A SEU RESPEITO”
    Perante tão enesperada situação e um compotamento cotraditório, Jesus limitou-se a fazer esta denúncia: “UM PROFETA SÓ É DESPRESADO NA SUA TERRA, ENTRE OS SEUS PARENTES E EM SUA CASA”
    Depois, mais tarde, os discípulos O acompanharam, quando O conheceram pela fé disseram que jesus estava admirado, por não haver fé na terra onde se tinha criado.
    “ESTAVA ADMIRADO COM A FALTA DE FÉ DAQUELA GENTE”.
    Quando os de perto se fecham, procucam-se os de longe.
    “PERCORRIA AS ALDEIAS DOS ARREDORES”
    Acabamos de ver, como foi no passado. Foi fácil, o relato está escrito bastou lê-lo com atenção e fé.
    E, agora, no presente como é? Não há relatos para ler, mas há a consciência para examinar, as nossas consciências. Há leituras de acontecimentos, de comportamentos, de mentalidades.
    -Quanto à consciência, cada um examine-se a si mesmo e, depois pode seguir-se ou não, o arrependimento. Entre a consciência de Jesus ninguém se meta.
    Quanto à leitura dos comportamentos, acontecimentos e mentalidades, é preciso um profeta, mesmo desprezado. Jesus, na Sua terra não julgou consciências mas denunciou comportamentos.
    “A FALTA DE FÉ DAQUELA GENTE”
    Há ou não,profetas, para estas denúncias? Como sabê-lo?
    Quem está disposto a aceitar desprezos, por amor a Cristo, esse, é Profeta, profeta desprezado como Jesus. Os cristãos, devem ser profetas de Jesus.
    Entre nós, há comportamentos, mentalidades, e acontecimentos, que revelam, a ausencia do evangelho e de Jesus. Mesmo em pessoas piedosas.
    Hoje, o Profeta desprezado em Nazaré, vai falar apenas de um caso. Ouçâmo-lo:
    Num domingo, um carro entrava com uma deficiente num adro de uma igreja(*). Foi intercetado por alguém que usou de autoridade sua, não recebida.
    O condutor explicou-se e pediu boa educação, e, mesmo assim, foi anatematizado. que fosse à missa a outro lado, como se a missa não fosse de todos. deixou metade do portão aberto e foi chamado e obrigado a feha-lo.
    Este nosso irmão, que usou esta autoridade, comportou-se como os Nazarenos. Ele usou indevidamente o, direito de propriedade. O outro, o do carro, tinha o direito ao acolhimento de Cristo como disse Jesus,”VIM DE FORA E ME ACOLHESTES, VINDE BENDITOS DE MEU PAI”.
    A ausência do Espírito de Cristo, na mentalidade, nos acontecimentos,nos comportamentos, gerou o descrédito dos Nazarenos. Como é que os jovens não hão-de fugir da Igreja?! Eles procuram a autenticidade evangélica…
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Interroguemo-nos!
    -O que aconteceu a Jesus, quando visitou a Sua terra?
    !UM PROFETA SÓ É DESPREZADO NA SUA TERRA”.
    -O que acontece a Jesus quando dizemos:
    “ELE ESTÁ NO MEIO DE NÓS”.
    Extraido do livro”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.Dário Costa

    (*) Quando o padre Rocha tomou conta da última paróquia, a igreja matriz estava a cair, quase em ruinas,por estar fechada à longos anos; logo de início, após ter tomado posse, analisou o edifício, falou com amigos, pediu ajuda e a casa de Deus foi restaurada, desde as paredes, até aos altares e o ambão em talha dourada, (onde algumas vezes tive a alegria de cantar, para a Glória de Deus, o Precónio Pascal).
    Algumas pessoas habituadas a terem missas nas capelas dos lugares onde moravam, não queriam ir à missa à igreja Matriz, a fim de «obrigar» o padre Rocha, celebrar nas capelas. Mas na verdade, havia multidões de pessoas que vinham de fora para o escutarem, que não cabiam dentro do templo recontruido.
    Por esse motivo havia alguém com mentalidades esquesitas que não gostava de receber gente de fora, para ouvir o padre Rocha com o dom de profeta, que preenchiam os lugares que eles não queriam ocupar. (Assim me disse o saudoso padre Rocha). Dário Costa

  46. Dário Costa says:

    XIII Domingo Comum; ano -B-S.Marcos
    Primeira leitura.1,13-15;2.23-25

    Irmãos: quando uma nova cultura, arrogante e sedutora, se apresentava aos homens,como a sabedoria que assegurava um futuro mais feliz, os crentes, sedutores por uma nova maneira de viver, que mantinha o poder da morte, tiveram de rever a fé.
    Como podemos ouvir nesta leitura, os crentes do livro da Sabedoria concluiram:
    -Deus deu a vida ao homem.
    -Não foi Deus quem fez a morte. A morte foi obra do demónio.
    Irmãos: todos os projetos de vida que mantem no seu seio o poder da morte, são projetos da autoria do demónio.
    Todos sabemos que só há um projeto de vida, em que a morte não tem poder. É o de Jesus de Nazaré, que morreu e ressuscitou.
    Segunda leitura
    Irmãos: quando a comunidade de Corinto, se fechou sobre si mesma, deixou de irradiar a sua vida, por isso a morte seria o seu fim. como podemos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para que olhem para o exemplo de Cristo.
    II Cor.8,7,9,13-15
    Irmãos:como podemos ouvir, o grande sinal do amor de Cristo por nós, foi a Sua morte. Era de condição divina, era rico, e fez-se pobre, isto é, veio viver os dias mortais da nossa vida, e enriqueceu-os com a Sua Ressurreição. A morte deixou de ser o fim, para ser o princípio. Nós, pobres mortais,já encontrámos esta riqueza?
    Evangelho Mc.5,21-43
    Irmãos: os cristãos do evangelho de Marcos, conhecem o segredo de Jesus, que dá a vida, pela Morte e Ressurreição.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dar a Sua vida.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Quando Jesus falou ao vento e o mar acalmou,os que iam no barco, admirados, disseram:”QUEM É ESTE HOMEM QUE ATÉ O MAR E O VENTO LHE OBEDECEM?”
    Passados mais de dois mil anos esta interrogação não parou de se fazer, individualmente e coletivamente.
    -Quem é Jesus?
    -Que segredo se encerra, se esconde, nesse homem, que pelas Suas palavras e gestos, toca e ilumina os coraçõs das pessoas?
    Jesus, só uma vez respondeu quando lhe perguntaram, quem era. Foi no tribunal. “TU ÉS O FILHO DE DEUS? SOU”.Ficou, pois, revelado o segredo do Messias de Deus.
    -Revelado a quem?
    Os juizes do tribunal não aceitaram a revelação. Não acreditaram, e condenaram Jesus. “É REU DE MORTE”. Foi a sentença mais injusta de todos os tempos. A justiça foi injustiça, porque faltou a fé. Jesus revelou o Seu segredo, mas em vão, não acreditaram n,Ele.
    Hoje, irmãos, temos a oportunidade de ver duas pessoas que procuraram Jesus com fé, e a fé não falhou. Não foi em vão que acreditaram.
    Foi um homem que tinha uma função pública e uma mulher anónima, no meio de uma multidão.
    -De joelhos aos pés de Jesus o chefe da Sinagoga dizia:
    “A minha filha está a morrer, Vem impor-lhe as mãos, para que se salve e viva.”
    -A mulher, refugiada no seu anonimato, furava por entre a multidão, até tocar em Jesus.
    ” ERA CERTA MULHER…VEIO POR ENTRE A MULTIDÃO…DIZENDO CONSIGO: SE EU, AO MENOS TOCAR NAS VESTES FICAREI CURADA”.
    Um chama por Jesus e Jesus foi.
    “VEM, A MINHA FILHA ESTÁ A MORRER. JESUS FOI…”
    -A outra, fura por entre a multidão e toca na capa de Jesus e ficou curada; Jesus, reagiu á fé da mulher anónima:
    “JESUS NOTOU LOGO QE SAIU UMA FORÇA DE SI MESMO…QUEM ME TOCOU NAS VESTES?”
    Depois, identifica a mulher e publicamente ilugia a sua fé.
    “MINHA FILHA A TUA FÉ TE SALVOU”.
    À mulher que, com fé tocou nas veste de Jesus, ficou curada e Jesus seguiu com a multidão e o pai da menina a morrer. No caminho, houve um incidente; alguém veio com um recado:
    “A TUA FILHA MORREU, PORQUE ESTÁS AINDA A IMPORTUNAR O MESTRE”.
    Uma força contrária, invencível, quer anular a decisão do pai da menina e de Jesus. “VEM…E JESUS FOI”
    E agora a notícia da morte da menina. Jesus está diante de uma morte. Jesus tem diante de Si, o Seu primeiro e ùltimo inimigo, a Morte.
    Calmo, sereno, cheio de fé, Jesus ouviu o recado e disse ao chefe da Sinagoga:
    -“NÃO TEMAS BASTA QUE TENHAS FÉ”.
    E a morte não detem Jesus. Ao chegar a casa da menina morta, vê e ouve a chantagem da morte: gritos, alvoroço, e lamentações. E no reino da morte Jesus proclama a vitória da fé.
    “A MENINA NÃO MORREU ESTÁ A DORMIR”
    Os alaridos cessaram e o riso e a troça, começaram, “RIAM-SE D,ELE”
    Enquanto riam e troçavam, Jesus pega na mão da menina morta e diz:”MENINA , EU TE ORDENO: LEVANTA-TE, ELA ERGUEU-SE…FICARAM TODOS…MARAVILHADOS”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    -Quem não tem fé, não chega a conclusão nenhuma. Quando muito ri-se, faz troça, do que está escrito e da fé dos outros. No nosso tempo, as culturas da morte, estão a expandirem-se cada vez mais. Como Jesus, como o pai da menina ressuscitada e da doente anónima curada, esses os que têm fé, sabem que o triunfo não é o da morte, mas da fé.”Ó MORTE ONDE ESTÁ A TUA VITÓRIA”.
    O relato do Evangelho de hoje, pode gerar também tentações.
    Tantas meninas e meninos mortos, antes e depois de nascer. Tantas doentes anónimas, Jesus afinal não fez mudar nada, Esta maneira de pensar não é da fé, é do raciocínio. E a nossa maneira de pensar qual é?
    O Evangelho gera a fé,é fonte de energias de ressurreição e de vida. O Evangelho, como querem as seitas, não é um código de casos repetitivos. O Evangelho é uma força detonadora, explosiva no meio das sociedades de sempre. O Evangelho é a fé viva.
    -Tantos doentes anónimos e a sangrarem e não podem tocar em Jesus porque não têm fé. E nós tão parados!…
    -Tantos pais com filhos incapazes de viverem e não dizem a Jesus “Vem” porque não têm fé. E nós tão parados!
    Irmãos, acreditemos…tenhamos fé…
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊRNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  47. Dário Costa says:

    Domingo 24-6-2012 dia do Senhor
    Este ano a solenidade do nascimento de João Batista coincide com o XII domingo comum.
    S.João Batista é o único Santo, com a Virgem Maria, de quem a liturgia celebra o nascimento para a terra. Isso se deve certamente, à missão única, que, na História da Salvação, foi confiada a este homem, santificado, no seio de sua mãe,pela presença do Salvador, que mais tarde, fará dele um belo elogio
    (Lc.7,28)
    É o único Santo,além de Maria, Mãe de Jesus,em que se comemora o dia do seu nascimento e sua morte.
    S. João Batista é o último Profeta do Antigo Testamento e o Precursor do Novo. Veio à frente, preparar os caminhos do Senhor.Defeniu-se a si mesmo como uma voz que clama no deserto endireitai os caminhos do Senhor.
    Nas margens do rio Jordão, S.João atinge o climax da sua missão de percursor ao apresentar publicamente Jesus como o “Ungido do Pai” apresentando-O como “O CORDEIRO DE DEUS, QUE TIRA O PECADO DO MUNDO” (Jo.1,29)
    De Jerusalém e de todas as partes da Judeia o povo acorria para ouvir João Batista e fazer-se batizar por ele no rio, confessando os próprio pecados(cf.Mc.1,5).A fama do Profeta batizador cresceu a tal ponto que muitos perguntavam se era ele o Messias. Mas ele ressalta o evangelista negou-o decididamente:”Eu não sou o Messias”(Jo 1,20).Contudo ele permanece a primeira “testemunha” de Jesus, tendo recebido a indicação do Céu.”AQUELE SOBRE QUEM VIRES O ESPíRITO DESCER E PERMANECER É O QUE BATIZA NO ESPÍRITO SANTO”(Jo.1,33). Isto acontece precisamente quando Jesus ,tendo recebido o Batismo, saiu da água. João viu descer sobre Ele o Espírito Santo, em forma de pomba.Foi então que “conheceu” a plena realidade de Jesus de Nazaré, e começou a dá-lo a conhecer a Israel (Jo 1,31)indicando-O como Filho de Deus e redentor do homem.”EIS O CORDEIRO DE DEUS QUE TIRA O PECADO DO MUNDO” (Jo 1,29). De Profeta autêntico, João deu testemunho da verdade sem condescendências. Denunciou as transgressões dos mandamentos de Deus, também quando protagonistas eram os poderosos.
    Assim quando acusou de adultério Hirodes e Hirodiades, pagou com a vida, selando com o martírio o seu serviço a Cristo, que é a Verdade em pessoa. Invoquemos a sua intercessão, juntamente com a de Maria Santíissima, para que também nos nossos dias a Igreja saiba manter-se sempre fiel a Cristo e testemunhar com corágem a sua verdade e o seu amor a todos.
    Extraido de textos Biblicos, e parte das palavras proferidas aos fieis, pelo Papa Bento XVI, durante o Angelus de Domingo dia 24 de junho de 2007
    Por Dário Costa

  48. Dário Costa says:

    XI Domingo Comum;ano-B-S.Marcos

    Irmãos: a maneira de Deus pensar e atuar,é totalmente diferente da nossa.
    Como podemos ouvir nesta leitura, o profeta Ezequiel, denuncia a atuação, dos responsáveis, que violavam a Aliança com Deus.
    -Deus atua com humildade, sem rejeitar os condicionalismos das realidades humanas. A Obra de Deus aparece sempre, ao jeito de uma semente ou de uma planta, que se desenvolvem por si mesmas.
    -Os responsáveis do Povo de Deus, esqueceram a Aliança com Deus, e atuavam a partir das alianças com os reis pagãos, que têm como apoio, o poder e a força. Assim não se faz a Obra de Deus.
    Irmãos: Jesus Cristo, optou pela atuação de Deus, e por isso rejeitou o poder e a força e negou-Se a fazer aliança com o mundo, e colocou-Se ao serviço da Boa-Nova de Deus.

    Segunda leitura
    Irmãos: S.Paulo tem de enfrentar a comunidade de Corinto, que o contesta.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo actua como batizado, isto é, unido a Cristo em quem confia.

    IICor.5,6-10.
    Irmãos: como podemos ouvir, S.Paulo opta por Cristo, Juiz, e quer ir, com toda a Comunidade, ao seu tribunal, para que Cristo Se prinuncie, se é o proceder de Paulo ou dos Coríntios, que está mal.
    Irmãos: grande confiança é a daqueles batizados que se preocupam, em seguir o exemplo de Cristo. É com estes que Deus faz a Sua Obra, como fez com Cristo o Seu Filho e Santo Servidor.

    Evangelho Mc.4,26-34.
    Irmãos: S.Marcos, ao escrever o seu evengelho, revela-nos o Segredo do Messias: Jesus aliou-Se com o Seu Pai, para fazer a Sua Obra.
    Saudemos o Senhor, que hoje nos chama a fazer a Obra de Deus.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, Jesus de Nazaré lutou, batalhou, noite e dia e,consumou a Sua vida, pregado numa cruz, tudo, por causa do Reino de Deus. Até disse ao morrer:”Tudo está consumado”.
    -O Reino de Deus, neste mundo, onde há sempre outros reinos. Como é possível?
    -Como anunciou, como apresentou e explicou Jesus, a vinda deste reino? Quem o entende?
    Hoje, irmãos, Jesus está aqui connosco, para nos fazer entender, o modo, como o Reino de Deus, surge entre nós. Estejamos, pois atentos.
    -Os reinos deste mundo, surgem de batalhas ideológicas, de lutas políticas, de ambições, de combates entre rivais e até de guerras e mortes. Estes reinos, surgem crescem e morrem.
    -O Reino de Deus, não surge assim. Aparece e não morre. Disse Jesus: O Reino de Deus semeia-se, e, como uma semente, nasce e cresce.
    “…DEPOIS DE SEMEADO, COMEÇA A CRESCER…”
    Vamos entender. Ouçamos como Jesus nos explica a vinda do Reino de Deus. É caso para dizer:”Quem tem ouvidos ouça”
    “JESUS PREGAVA-LHES A PALAVRA DE DEUS, COM MUITAS PARÁBOLAS…CONFORME ERAM CAPAZES DE ENTENDER”
    O Reino de Deus, nasce, pois da Palavra de Deus, anunciada, acolhida e entendida.
    Mas atenção: Jesus ao falar do Reino de Deus, usa determinadas comparações.
    São as parábolas.
    As parábolas, dizem muito aos corações retos, bem dispostos e não dizem nada, aos corações indiferentes ou sem sinceridade.
    “E NÃO LHES FALAVA SENÃO EM PARÁBOLAS…”Mas, aos sinceros de coração, Jesus explica as parábolas.
    “MAS EM PARTICULAR, TUDO EXPLICAVA AOS SEUS DISCÍPULOS”
    “TUDO EXPLICAVA”.As parábolas, ficaram escritas, mas as explicações de Jesus não. Porquê?
    Em todos os tempos, Jesus reservou para Si a explicação das parábolas do Reino de Deus. Esta compreenção, é Dom de Jesus, Dom do Espírito Santo e não fruto da inteligência.
    -É assim: o sábio pode não compreender, e, ao seu lado o humilde compreende.
    Ó, humildes, aqui presentes, ouvi a parábola com os vossos ouvidos mortais, e acolhei no coração,
    pela luz do Espírito Santo, a explicação que hoje, aqui e agora, Jesus vos dá sobre o Reino de Deus.
    -O Reino de Deus é semeado como a semente: “É COMO O HOMEM QUE LANÇA A SEMENTE À TERRA”.
    -O Reino de Deus é como uma semente, tem vida em si e, não depende de quem a semeia.O semeador semeou, depois vai à vida, faz noites e dias e a semente está lá no campo, a germinar e a crescer sozinha.
    “DORME E LEVANTA-SE…ENQUANTO A SEMENTE GERMINA E CRESCE.”
    O Semeador, só volta para a colheita. “QUANDO O TRIGO O PERMITE…METE A FOICE”.
    Vêde: neste mundo, a vitalidade do Reino de Deus, é livre como a semente. Só necessita de semeadores.
    Vêde: a semente do Reino de Deus, pode ser insignificante, pequenina e a menor de todas as sementes.
    “É COMO O GRÃO DE MOSTARDA…MENOR DE TODAS AS SEMENTES”
    A semente do Reino de Deus, pode ser insignificante, mas depois , de semeada,germina e cresce e, até serve para abrigo e a para sombra.
    “ESTENDE OS RAMOS…PODEM ABRIGAR-SE À SUA SOMBRA”

    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Estamos a tocar no fundo, de uma instituição que se chama Igreja e que, nos últimos tempos, pelo sopro do Espírito Santo, começou a estar conciente da tal “SEMENTE” e do tal “SEMEADOR” da parábola.
    Foi admirável. Durante três anos, os Bispos do mundo, reuniram-se, foi o Concílio Vaticano II. E, entenderam de um modo novo a Parábola da Semente e do Semeador.
    Interrogaram-se assim: Onde está a semente? Quem são os semeadores? Econtraram a semente… E decidiram semeá-la, com urgência.
    -A força e a urgência de semear, amedrontou muita gente, incomodados com a prioridade de lançar a semente, prferiram refugiar-se na sua passividade religiosa.Não deram conta de que muitos começaram a sair da Igreja, e eles sozinhos no antigamente, sem a capacidade do semeador evangélico, deixando a semente por semear. Depois, apenas dormem e se levantam, sem nada acontecer, sem a semente germinar. Mas confusos, apareceu-lhes a semente a crescer,mas não serão eles os ceifeiros evangélicos.
    -Hoje , irmãos, aqui estamos para o Senhor nos explicar a parábola da semente e do semeador. O Reino dos Céus, nasce da semente lançada à terra. Se não somos semeadores, porque será?
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  49. Dário Costa says:

    X Domingo Comum, ano -B-S. Marcos
    Primeira leitura Gen.3,9-15
    Irmãos: qual é a Imagem de Deus que nos é oferecida, nesta leitura?
    É o Deus castigador? Não.
    É o Deus do amor, o Pai que vem denunciar, uma situação má, criada por um filho desobediente.
    Filho:- onde estás? Que fizestes?
    E Deus não castigou. Traçou um plano Salvador. O Mal não triunfará.
    Irmãos, o plano Salvador de Deus, foi concretizado pelo Seu Filho que se fez Homem e habitou no meio de nós.
    O importante é conhecer Jesus. Ele está no meio de nós, com a Boa-Nova do Reino de Deus.

    Segunda leitura
    Irmãos, quando S. Paulo tem de denunciar as desordens da Comunidade cristã de Corinto, apela para a presença de Cristo Ressuscitado o que vamos ouvir nesta leitura.
    11 Cor.4,13-5,1
    Irmãos, como podemos ouvir, o fundamento e o garante de uma comunidade cristã, é Cristo Ressuscitado. Quando se perde este valor, único e fundamental, cai-se sempre na triste rotina, do passageiro e caduco.
    Como é entre nós?
    A presença do Salvador é viva, e luminosa?
    Evangelho Mc.3,20-35
    Irmãos, S.Marcos no seu evangelho, diz-nos que Jesus só é conhecido quando se conhecer a sua relação com o Seu Pai.
    Saudemos o Senhor que hoje se quer revelar a cada um de nós.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, sem grandes celebrações, até ao fim do Ano Eclesial, domingo a domingo, celebramos no meio de nós, Alguém que se quer dar a conhecer. É Jesus de Nazaré, com Sua Boa-Nova.
    -Conhecer Jesus, é acreditar n,Ele e na Sua Boa-Nova.
    -A Boa-Nova de Jesus, é conhece-lo. É a sua sabedoria. E o Seu jeito de viver.
    A pregação de Jesus, interpelou muita gente.
    “ACORREU TANTA GENTE…QUE NEM SEQUER PODIAM COMER”
    Jesus atraia multidões, mas os parentes de jesus, as autoridades religiosas, não percebiam por quê, e procuravam explicações para este fenómeno.
    -Os parentes de Jesus, pensavam que Jesus tinha enlouquecido, foram procura-lo, para o trazer à força para casa.
    “OS PARENTES DE JESUS, PUSERAM-SE A CAMINHO PARA O DETER…DIZIAM: ESTÁ FORA DE SI.”
    -As autoridades religiosas, os escribas, pensavam que, o que se passava com Jesus, era obra do demónio e, identificaram-no com Satanás.
    “ESTÁ POSSESSO DE BELZEBU…É PELO CHEFE DOS DEMÓNIOS QUE ELE EXPULSA OS DEMÓNIOS”.
    Jesus é um desconhecido,para os da Sua terra e para as autoridades religiosas.
    Mas as multidões, não se pronunciam resistem, seguem, querem conhecê-lo.
    Jesus, quer dar-se a conhecer, até aos Seus opositores. Por isso, chama os escribas e esclarece-os, com autoridade e paciência evangélica. Pede-lhes que se interroguem desta maneira.
    “COMO PODE SATANÁS EXPULSAR SATANÁS?…SE SATANÁS SE LEVANTA CONTRA SI MESMO…ESTÁ PERDIDO”
    Quer dizer, eles,os escribas é que estavam do lado de Satanás.
    Mas , Jesus, adeverte-os, chama-os à conversão, porque são responsáveis religiosos, sem luz de Deus, para poderem ensinar. Estavam cegos, tão cegos, que até diziam que Jesus, “ESTÁ POSSESSO”
    Para estes, ou o perdão, ou obstinação diabólica. Disse-lhes Jesus.
    “TUDO SERÁ PERDOADO…MAS QUEM BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO NUNCA TERÁ PERDÃO…REFERIA-SE AOS QUE DIZIAM , ESTÁ POSSESSO.”
    Depois de falar com os escribas, volta-se para a multidão que se sentou à volta d´Ele. A MULTIDÃO ESTAVA SENTADA À VOLTA DELE.”
    E quando estava a falar à multidão, aconteceu que alguém, chegou com este recado:
    A TUA MÃE E OS TEUS IRMÃOS, ESTÃO LÁ FORA À TUA PROCURA”
    Como os parentes, não tinham conseguido deter Jesus, talvez tivessem ido buscar a Mãe, para O poderem fazer.
    -Momento único, para o Filho de Maria, e para a Mãe de Jesus.
    -Naquele acontecimento, Jesus interroga-se, interroga a Mãe e interroga os parentes. “QUEM É MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS”
    E, a seguir jesus volta-se para a multidão para falar da Sua orígem. A Mãe está presente, mas a orígem de Jesus, é outra. Por isso, deve fazer a vontade do Outro e não a da Mãe e, convida a todos, Mãe parentes e a multidão a fazerem com Ele, essa vontade, a vontade fecunda e eficáz, que gera a nova fraternidade, Para Jesus, a vontade do Pai é o Seu Segredo.
    “QUEM FIZER A VONTADE DE DEUS É, MEU IRMÃO, MINHA IRMÃ E MINHA MÃE”
    Para as autoridades religiosas, Jesus estava possesso, e, para os seus parentes estava louco, mas as multidões, iam conhecendo Jesus. Por isso,aos parentes que o procuravam, Jesus apontou a multidão e disse: “EIS A MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS”
    Irmãos, como terminar este reflexão? Jesus hoje e qui interroga-nos assim: “QUEM É MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS?” De outra maneira, Jesus pergunta: quem sou Eu?
    -Jesus, no meio de nós, é um desconhecido como para os seus parentes, ou confundido, como para os escribas?
    Se é um desconhecido, vamos conhecê-Lo mas nunca pelo caminho das autoridades religiosas, ou dos seus parentes.
    Se o confundimos, com quem O confundimos? Confundimo-Lo, com um Deus, sem corpo longe da vida?
    -Quando se aponta Jesus, como exemplo, logo se responde: mas Ele era Deus. Quem assim responde, não O conhece, arreda-O da vida. Este Jesus não serve,ou melhor poderá servir, para suportar alienações religiosas, pietismos estéreis que não geram fazedores daquela vontade que Jesus fez, até à morte, e morte de Cruz.
    Jesus fez a vontade fecunda, a vontade que gera. Que fizemos desta vontade? Tanta comunidade estéril. Porquê? Hoje Jesus está no meio de nós, para dizer, a todos, os que fazem a vontade do Seu Pai. a todos aqueles que O conhecem.
    “EIS A MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  50. André Vala says:

    Boa tarde
    queria saber como poderia contactar para saber da disponibilidade da banda dos Arautos vir participar numa procissão em hora de Nossa Senhora da Luz, em agosto.

    Obrigado pelo vosso trabalho

  51. Dário Costa says:

    Santíssima Trindade

    Primeira leitura. Deut.4,32-34,39-40

    Irmãos: numa crise, em que o Povo de Deus, se afundava na fé, seduzido pelos deuses das nações pagãs, ergueu-se a voz dos profetas e dos responsáveis, não para anunciar castigos de Deus, mas para curar a cegueira dos seduzidos, para que vissem a sua própria história a Obra de Deus, Criador e Salvador.
    Este mesmo apelo,é hoje escutado por nós, nesta leitura do livro do Deuteronómio.
    Irmãos: hoje,ao celebrarmos a festa da Santíssima Trindade, aceitemos o apelo do livro do Deuteronómio. Olhemos para aquilo que foi criado por Deus. Vejamos como Deus faz uma história de Salvação.
    Assim o amor de um Deus Pai; o amor de um Deus que se fez nosso irmão, um amor de um Deus Espírito Santo, que habita nos nossos corações, e a nossa Bem-Aventurança. Cantemos a Glória do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
    Refrão: Glória ao Pai, glória ao Filho, Senhor;
    Glória ao Espírito Santo, Amor.

    Segunda leitura
    Irmãos: os cristãos da comunidade de Roma, de urígens muito diferentes, quiseram saber qual era a novidade que Jesus Cristo tinha trazido aos homens. Como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo enfrenta com êxito as dúvidas e as discussões desta comunidade.
    Rom.8,14-17.
    Irmãos:Como podemos ouvir, o que Cristo trouxe de novo aos homens, toca a existência de todos aqueles que nasceram neste mundo, que, desde o dia em que nasceram, vivem esmagados pelo horizonte da morte. Em Cristo Morto e Ressuscitado tudo mudou.
    O batizado já não vive bloqueado pela morte, porque é conduzido pelo Espírito, dado por Cristo Ressuscitado. Como Jesus, pode chamar Pai a Deus. Como Jesus é herdeiro da Obra de Deus, na história dos homens.
    Irmãos: hoje, a luz do mistério da Santíssima Trindade ilumina a nossa vida e a nossa morte. O nosso passado e o nosso futuro.

    Evangelho Mt.28,16-20
    Os cristão do evangelho de S. Mateus, viram que as Obras, feitas por Deus na Sua história, se consumaram em Jesus, o Filho de Deus feito homem, com a plenitude do Espírito Santo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos envia a fazer a Obra de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Meus irmãos, depois de encerrarmos o Tempo Pascal, parece que ficamos num vazio, aquele vazio, sentido pelos discípulos de Cristo, no dia da Ascensão.
    -Não há vazio, tudo está preenchido.
    -O Espírito Santo, prencheu com vantagem, a ausência visível de Cristo.
    O que fazia Jesus, sòzinho, agora é feito, por todos aqueles que receberam o Espírito Santo.
    A Obra de Jesus continua, é o garante desta Obra, é o Espírito Santo. Mas que Obra é esta? De quem é? Hoje, Festa da Santíssima Trindade, é o dia, em que contemplamos, a Obra de Deus , Uno e Trino, um só Deus em três Pessoas. “CREIO EM UM SÓ DEUS”.
    Obra de Deus, o Deus Criador do visível e do invisível,”CREIO EM UM SÓ DEUS…PAI CRIADOR”.
    -Obra do Filho, o nascido, gerado por Deus e não criado. Para nós o Redentor, Morto e Ressusitado.
    “CREIO EM JESUS CRISTO…NASCIDO DO PAI…CRUCIFICADO…SEPULTADO…RESSUSCITOU”
    -Obra do Espírito Santo, o Prometido que procede do Pai e do Filho, e que é para nós, o Senhor que dá a vida.
    “CREIO NO ESPÍRITO SANTO, SENHOR QUE DÁ A VIDA E PROCEDE DO PAI E DO FILHO”.
    Esta Obra de Deus, Uno e Trino, é tão admirável que nela encontramos tal gradeza, tal amor, tal profundidade, que o seu horizonte, deixa de estar ao nosso alcance, já não temos capacidade para a ver. Temos de entrar no nosso coração se quisermos entrar na Obra de Deus. É um mistério!…O Mistério da Santíssima Trndade que todos os dias, é para nós, espanto, eperança, alento e conforto.
    -Levantamos a mão, fazendo um gesto em cruz, e dizemos:”EM NOME DO PAI , DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO” e logo encontramos quem nos criou, nos salvou e santifica.
    -Inclinamos a cabeça e dizemos: “GLÓRIA AO PAI E AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO”,e logo o remédio cura as nossas cegueiras, e a nossa vida é verdadeira vida.
    A Obra de Deus, começou com o nome de Criação, adulterada depois pelo pecado. Depois continuou com o nome de Redenção santificadora. Agora , já não há criação, sem redenção, porque Cristo, pelo Espírito Santo, fez de novo todas as coisas.
    -Cristo aposta, num novo nascimento. O importante é nascer de novo. Na Ascensão, a dúvida do nascer de novo, surgiu em alguns discípulos. “MAS ALGUNS DUVIDARAM”.
    -O poder de Cristo, não é o poder dos reinos deste mundo, mas o poder de fazer nascer de novo, para o Reino de Deus.
    “FOI-ME DADO TODO O PODER NO CÉU E NA TERRA”
    -Os enviados de Cristo, partem comprometidos, com o “Nascer de Novo”,é a Graça do Batismo do Espírito.
    “IDE E FAZEI DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, BATIZANDO-AS”
    Os enviados de Cristo, continuam a Obra de Deus, Uno e Trino. BATIZAI: “EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”
    -Antes e depois de morrer, Jesus é um comprometido, com a Obra de de Deus.
    “ESTOU SEMPRE CONVOSCO ATÉ AO FIM DOS SÉCULOS”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão da Santíssima Trindade? Muito simples.-Basta reconhecermos que somos batizados. Esta é a Luz e a graça do Mistério da SS. Trindade.
    A Obra de Deus começou em cada um de nós. Irmão a obra foi começada em ti, leva-a a bom termo.
    Tanta obra começada e que estão paradas ou por acabar. Batizados que esqueceram o seu batismo. Pais, que batizam os filhos e esquecem-se que têm em casa, filhos batizados. Recebe a Luz de Cristo, depois a luz apaga-se.
    -“Eu te batizo:”EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”
    Deopois o Pai é um Deus distante da vida.
    -O Filho, não é amado, nem testemunhado.
    -O Espírito Santo, é o ignorado e o esquecido.
    Irmãos, os batizados até parecem que não têm glória. Os batizados têm de aprender a dizer de novo:
    “GLÓRIA AO PAI AO FILHO E AO ESPÍRITO SANTO”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”, ano -B- do saudoso e amigo, padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  52. Dário Costa says:

    PENTECOSTES
    Cinquenta dias depois da Ressurreição, no Dia de Pentecostes, Jesus Cristo glorificado derrama em profusão o Espírito e o manifesta como Pessoa divina, de modo que a Trindade Santa é plenamente reveleda. A Missão de Cristo e do Espírito torna-se a Missão da Igreja, enviada para anunciar e difundir o mistério da comunhão trinitária.731-732-738 “vimos a verdadeira Luz, recebemos o Espírito Celeste, encontramos a verdadeira fé: adoramos a Trindade indivisível pois foi ela que nos salvou.” (Liturgia Bizantina,Tropária das Véperas de Pentecostes)Por Dário Costa

  53. Dário Costa says:

    PENTECOSTES

    Primeira leitura.Act 2,1-11

    Irmãos: que acontecimento é este? o que significa tudo aquilo que podemos ouvir nesta leitura? Isto aconteceu apenas uma vez, ou ainda acontece? Houve fortes rajadas de vento. Apareceram linguas de fogo. Os Apostolos de Cristo ficaram cheios do Espírito Santo. O povo da rua admirado, cada um ouvia na sua própria língua, o anúncio do evangelho.
    Irmãos: tudo é simples. O que aconteceu foi isto.
    -O Espírito Santo, pegou num grupo de pessoas que estavam reunidas no mesmo lugar, e levou-os a anunciar a Boa-Nova de Cristo.
    – Um grupo de pessoas ficaram conscientes de que eram a comunidade cristã, que pelo Espírito Santo, davam continuidade à Obra de Cristo. Hoje, esse grupo de pessoas em quem o Espírito Santo pegou, podemos ser nós. Hoje. esta comunidade pode ficar consciente que é a continuadora da Obra de Cristo. Hoje é dia de Pentecostes, o Senhor envia-nos o Seu Espírito. Peçamo-lo com fé.

    Salmo: Mandai Senhor o Vosso Espírito,
    e renovai a terra.

    Segunda leitura

    Irmãos, uma comunidade cristã, que não colabora com o Espírito Santo, perdeu a consciência de si mesma.
    Como vamos ouvir nesta leitura, é isto mesmo que S.Paulo diz à comunidade de Corinto, que desobedecia ao Espírito.

    ICor.12,3-7,12-13.
    Irmãos:nesta leitura podemos ouvir,que as nossas capacidades,vêm-nos do Espírito. O nosso recurso é o Espírito Santo. O Espírito manifesta-Se em todos, e cada um tem o seu Dom, para construir a comunidade de Jesus.
    Já é assim entre nós?
    Irmãos:hoje é dia do Pentecostes, acolhamos todos o mesmo Espírito.

    SEQUÊNCIA:
    Vinde ó Santo Espírito…

    Evangelho Jo.20,12-23
    Irmãos: como diz o evangelho de S.João, o grande sinal da presença de Cristo vivo no meio de nós é o Espírito Santo, dado por Cristo Ressuscitado.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dar o Seu Espírito.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos , chegamos ao fim de uma longa caminhada.
    Fizemos celebrações, em que aconteceu de modo novo, a atuação terrena de Jesus de Nazaré, desde o início da Sua vida pública até ao dia em que sobiu ao Céu e desceu o Espírito Santo, prometido por Ele e pelo Pai.
    -Hoje encerramos as Festas Pascais.
    -Hoje é o dia de Pentecostes.
    Começámos esta caminhada de joelhos e a bater com a mão no peito, quando jesus saiu do deserto e nos veio dizer:
    “ARREPENDEI-VOS, ACREDITAI NA BOA-NOVA”. Era o início da Quaresma.
    Com palavras e gestos, o Senhor insistiu na nossa conversão. Chamou os discípulos, teve opositores, mas a Boa-Nova foi provada pela Cruz, pela Ressurreição e pela Ascensão Gloriosa do Senhor.
    Começámos de joelhos e a bater no peito, mas hoje terminamos esta caminhada, também de joelhos e a dizer :”VINDE ESPÍRITO SANTO”, e o Espírito Santo, desce para ser o hóspede dos nossos corações.

    Irmãos, após a ressurreição:
    -Jesus aparece aos seus discípulos, cheios de medo, atrás de portas trancadas e anuncia-lhes a Sua Paz e eles ficaram cheios de alegria.
    “COLOCOU-SE NO MEIO DELES E DISSE-LHES:A PAZ ESTEJA CONVOSCO”
    “OS DISCÍPULOS FICARAM CHEIOS DE ALEGRIA AO VEREM O SENHOR”
    -Apareceu-lhes e enviou-os:
    “ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, TAMBEM EU VOS ENVIO A VÓS”
    Mas eles, não partiram. Como os profetas, ficaram surpreendidos com a ordem de Jesus. É talvez, como Moisés. como Isaias, ou como Jeremias, tivessem respondido, que não eram capazes de falar. Faltava a capacidade!…Mas esta capacidade surgiu, quando Jesus lhes disse :”RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”.
    Receber o Espírito Santo, é um ato, quase sensível, mas invisível. Tal como o vento que se não vê, e é sensível, assim o Espírito Santo, não se vê, mas sopra como o vento.
    Por isso, Jesus ao chegar diz: RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”, foi este o gesto,”SOPROU”.
    “SOPROU SOBRE ELES E DISSE-LHES RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”.
    A cabaram-se os medos e as dúvidas. E, na hora definitiva, na hora de se cumprir a Promessa do Pai e do Filho, na hora da descida do Espírito Santo, os discípulos, sentiram de um modo novo e definitivo, o tal “SOPRO” de Jesus, agora forte como uma rajada de vento e, um “FOGO” misterioso, penetrava-lhes os corações.
    Este acontecimento, inesperado e insólito, até interpelou a cidade de Jerusalém e quantos se encontravam nela, vindos de muitas nações.
    O Espírito Santo, desceu. As portas do cenáculo abriram-se e, na rua, começavam a acontecer os prodígios da graça, a Obra do Espírito Santo, que é a mudança das mentalidades e dos corações, pelo perdão dos pecados. O batismo do Espírito começou:
    “AQUELES A QUEM PERDOARDES OS PECADOS, SER-LES HÃO PERDOADOS”
    Irmãos, como terminar esta reflexão do encerramento das Festas Pascais?
    -No primeiro Pentecostes, o Espírito Santo encontrou mentes e corações disponíveis e, Deus fez maravilhas.
    Neste Pentecostes que pode ser o último, para muitos de nós, o Espírito Santo, encontrará aqui corações e mentes disponíveis? Eis a questão desta celebração:
    Corações novos, e novas mentalidades.
    -O que são corações e mentalidades envelhecidas? A resposta, é o arrependimento, a contrição do coração e da inteligência, necessária para a descida do Espírito Santo.
    O Espírito Santo, desce para renovar todas as coisas; desce para habitar em nossos corações, desce para iluminar as mentes obscurecidas pelo pecado.
    Hoje, ao encerrarmos as festas Pascais, dia de Pentecostes, não feches o teu coração e a tua mente ao Espírito Santo.
    Diz com arrependimento: “VINDE ESPÍRITO SANTO”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -B-,do saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  54. Dário Costa says:

    ASCENSÃO (ano-B-S.Marcos)
    Primeira leitura.Act.1,1-11
    Irmãos: a Cruz, foi para os discípulos a hora do fracasso e a Ressurreição a Boa Notícia inesperada,a alegria inexplicável do regresso do Senhor ao meio dos Seus.
    A Ressurreição e um novo tempo, em que o senhor recorda com os discípulos tudo, quanto disse e fez, antes de morrer.
    Mas, como podemos ouvir nesta leitura, não estava assegurada a continuidade da Obra de Cristo, A Ressurreição seria um fracasso? Seria uma alegria passageira? Seria o princípio da confusão, da última vinda do Senhor, que deixou os discípulos idecisos e parados a olhar para o Céu?
    Irmãos: o Ressuscitado assegura aos Seus discípulos a continuidade da Sua Obra, dizendo-lhes que acreditem na Promessa do Pai.Por isso, o Ressuscitado retira-se para o Pai; é a Ascensão Gloriosa que hoje celebramos.
    O Espírito prometido pelo Pai,desceu, e nos indecisos e nos parados, a Vida, a Palavra e os Gestos de Jesus, repetem-se.
    Irmãos: os homens da Galileia, decidiram-se e partiram cheios da Força do Espírito Santo.

    Segunda leitura
    Irmãos: numa cadeia quando se está preso por amor do evangelho e de Cristo, reza-se e passam-se coisas admiráveis.
    Como vamos ouvir nesta leitura, assim aconteceu com S. Paulo.

    Ef.1,17-23.
    Irmãos:como podemos ouvir, S. Paulo distingue Cristo glorificado junto do Pai, e o Seu Corpo que é a Igreja.E,assim como o Pai manifestou o Seu Espírito em Cristo mortal, assim agora O manifesta também em nós.
    O importante é conhecer o Pai de Jesus Cristo, porque nós os batizados, somos os herdeiros de Cristo em que o Pai manifestou o Seu Desígnio de Salvação.
    Irmãos: o Pai tem entre nós filhos, que O conhecem e amam, para poder manifestar nesses Filhos o Seu Espírito?
    Que pensamos da Promessa do Pai?

    Evangelho Mc.16,15-20
    Irmãos: o evangelho de S.Marcos assenta nesta fé; a Obra de Jesus continua com aqueles onde o Pai manifesta o mesmo Espírito que Se manifestou em Cristo.
    Saudemos o Senhor, que hoje nos envia possuidos da Sua fé.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, no fim do Tempo Pascal, celebramos duas festas, a Ascensão e o Pentecostes. Duas festas que encerram o mesmo mistério. É a fé Pascal e o Espírito Santo que nos dá a conhecer a presença do Senhor, vivo e presente no meio de nós.É pela fé Pascal que recebemos o Espírito Santo que vem habitar em nossos corações.
    -Os olhos, os ouvidos, os sentidos, já não chegam pra conhecer Jesus. Olhar para o céu, querer ver com os sentidos o que só se vê pela fé Pascal, é perder tempo, e até, há perigo de desvios. Foi este o aviso do Anjo da Ascensão do Senhor.
    “HOMENS DA GALILEIA ESSE JESUS, QUE DO MEI0 DE VÓS FOI ELEVADO PARA O CÉU, VIRÁ DO MESMO MODO QUE O VISTES IR PARA O CÉU”.
    Hoje celebramos a festa da Ascensão do Semhor. Esta celebração é uma festa, porquê?
    -Quando Jesus morreu, os discípulos, tiveram muito medo.
    -Quando ressuscitou, as mulheres ao encontrarem o túmolo vazio, ficaram desvairadas.
    -Quando O viram subir ao Céu, os discípulos ficaram parados a olhar para as nuvens, como pessoas sem futuro.
    Mas, da Ascensão, da ausência do Senhor, nasceu uma festa,e nós estamos aqui a celebrá-la.
    Não é tristeza do ausente. É a festa de uma nova presença. Assim proclamou o Anjo da Ascensão.
    “VIRÁ, DO MESMO MODO QUE O VISTES IR PARA O CÉU”
    “VIRÁ”,é o tempo misterioso e vitorioso da espera do Senhor. Não é um vazio. É um tempo prenchido, por Apóstolos, por Profetas, por Mártires, e por muitas outras testemunhas de Cristo Ressuscitado, um verdadeiro exército anónimo, que proclama a glória de Cristo e cantam os Seus louvores.
    Este tempo, é o tempo da Igreja.
    Hoje, e aqui, nós somos herdeiros do programa que Jesus nos deixou, ao subir ao Céu.
    -Até que volte, temos de evangelizar.
    “IDE POR TODO O MUNDO, PREGAI O EVANGELHO A TODA A CRIATURA”
    Este programa, tem de ser obra daquela fé que liberta. Fé que é um contraste permanente, com as opressões do mundo.
    Para o evangelho há salvos, e não oprimidos.
    “QUEM ACREDITOU…SERÁ SALVO…QUEM NÃO ACREDITAR SERÁ CONDENADO.”
    A libertação oferecida pelo Evangelho, é tão admirável que até, os inimigos poderosos desta libertação, em todos os tempos, temem-na, e fogem.
    “OS QUE ACREDITAM EXPULSARÃO DEMÓNIOS”
    -A fé que Jesus nos deixou, é um poder sobre o mal que não é deste mundo. O poder da fé é divino.
    É uma nova linguagem: “FALARÃO NOVAS LÍNGUAS”
    Quem a tem, a fé está imunizada contra os venenos das serpentes deste mundo.
    “SE PEGAREM EM SERPENTES OU BEBEREM VENENO, NÃO SOFRERÃO NENHUM MAL”
    A fé, é remédio divino, para as almas e para os corpos doentes.
    “QUANDO IMPOSEREM AS MÃOS SOBRE DOENTES, ELES FICARÃO CORADOS”
    Assim a Ascensão, a ausência do Senhor, tranformou-se em festa, porque o programa pastoral de Jesus, começou a cumprir-se e o Cristo Imortal, na glória do Pai, e pelo Espírito Santo, nosso cooperador do anúncio do Evangelho.
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Pensemos: – Ou somos como os discípulos da primeira Ascensão, parados, tristes e saudosistas, a olharem as núvens do céu ou fazemos cada dia, a Festa da Ascensão.
    -A Festa da Ascensão somos nós, a dar cada dia, o testemunho do Evangelho “IDE E PREGAI”.
    -A festa da Ascensão somos nós, a dar a cada dia,o testemunho dos salvos, por vezes no meio dos condenados.
    – A Festa da Ascensão somos nós, a fazer cada dia, pela fé a fazer oposição aos demónios do nosso tempo que, como os do passado, temem a fé e fogem.
    -A Festa da Ascensão somos nós que pela fé não temos o veneno daquelas serpentes, que apagam no ser humano a imagem de Deus e desfiguram o nosso mundo e nos impedem de caminhar para a pátria da liberdade.
    -A Festa da Ascensão somos nós, a impor as mãos aos doentes, e esses doentes hão-de descobrir o remédio divino para, todos os seus males.
    Façamos hoje e cada dia, a Festa da Ascensão. Junto do Pai, o Senhor espera a oportunidade, para cooperar connosco no programa que nos deixou. Por que esperamos?
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B, do Saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  55. Dário Costa says:

    6ºDomingo da Páscoa

    Primeira leitura Act.10,25-26,34-35,44-48
    Irmãos:não foi a Igreja que impôs aos pagãos,mas foram os pagãos que interpelaram a Igreja.
    Como podemos ouvir, um pagão, de nome Cornélio,cai aos pés de Pedro e, neste gesto, pedro reconhece que os pagãos também são chamados ao Batismo.
    Pedro e todos os presentes, viram os sinais do Espírito Santo, isto é, compreenderam que o batismo de Cornélio, foi uma iniciativa de Deus e não dos homens.
    Irmãos: O Espírito Santo da Unidade e do amor, dado por Cristo Ressuscitado, é um Dom para todos os homens.

    Segunda leitura
    Irmãos: Como vamos ouvir nesta leitura, S.João alerta as comunidades cristãs para o perigo da sabedoria dos homens se sobrepor ou confundir com a sabedoria da fé.
    1Jo.4,7-10
    Irmãos: como ouvimos, o cristianismo não é um sistema de ideia, nem conjunto de regras, criadas pelos homens. O Cristianismo é a manifestação entre nós, do amor de Deus que tomou a iniciativa de nos enviar o Seu Filho feito homem. Assim podemos estar na comunhão com Deus, ser irmão em Cristo, congregados na Unidade do Espírito Santo.
    Irmãos: a obra do Espírito Santo é fazer entre todos a Unidade e a paz de Deus.
    Esta obra já é visível na nossa comunidade?

    Evangelho Jo,15,9-17
    Irmãos: S. João Evangelista, viu, em Cristo, nas Suas palavras e nos Seus gestos, os sinais da presença do amor de Deus entre nós; saudemos o Senhor que hoje nos vem dizer que o sinal da Sua presença no meio de nós é a fraternidade do amor do Espírito Santo.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos , o Tempo Pascal, aproxima-se do fim.
    -Tempo Pascal, é um tempo marcado por acontecimentos inesperados.
    O primeiro,o grande acontecimento inesperado, foi a ressurreição. Depois, foram as aparições inesperadas do Ressuscitado aos Seus discípulos.
    -O tempo, das aparições inesperadas do Ressuscitado, durou, até que os discípulos chegassem à fé pascal, isto é, até se habituarem à presença do Senhor, a partir do coração e da mente, e não dos olhos e dos ouvidos. A fé pascal, é pois uma iluminação interior da mente e do coração.

    Como homem verdadeiro, a partida deste mundo para o Pai, preocupou muito Jesus.
    -O grupo estava constituido. Como separar-se dele visivelmente?
    -Quem seria o sucessor de Jesus?
    -Nos grupos humanos, quando um chefe morre, logo outro lhe sucede.
    Não aconteceu assim com Jesus Cristo, Jesus,não teve sucessor, mas teve um substituto. Na Igreja, nas comunidades cristãs, o substituto de Jesus, é o Espírito Santo.
    Passar das presença visível de Jesus, para outra presença, a invisível, esta passagem garantida pelo Dom do Espírito Santo, preocupou Jesus.
    Como entender tal passagem? Que fez Jesus, para que os Seus discípulos a entendessem?
    Como sempre, Jesus confiou e entregou ao Pai, a Sua partida deste mundo, a Sua ausência visível.
    Jesus fez tudo isto, no meio do Seu grupo e em forma de oração. Abriu os braços, olhou para o Pai e orou:
    -Orou, para que o Pai guardasse os Seus discípulos
    “ERGUEU OS OLHOS AO CÉU E OROU, DESTE MODO: PAI SANTO, GUARDA-OS EM TEU NOME…”
    -Jesus orou ao Pai para que desse aos dicípulos o dom daquela intimidade, que sempre os uniu. Jesus era um, como o Pai.
    “PAI SANTO…QUE SEJAM UM COMO NÓS”
    -jesus orou ao Pai, para que fossem guardados, da mesma maneira, como o Pai o guadou, nos dias mortais da Sua vida, quando vivia com os Seus discípulos. O Defensor, seria o Espírito Santo prometido.
    “QUANDO ESTAVA COM ELES, GUARDAVA-OS EM TEU NOME…”
    -Jesus orou ao Pai, para que na hora da sua partida, lhe desse o Dom da sua Alegria. O Consolador, seria o Espírito Santo prometido.
    “AGORA VOU PARA TI…QUE , ELES TENHAM…A PLENITUDE DA MINHA ALEGRIA”.
    -Jesus orou ao Pai, para que os Seus dicípulos, no anúncio do Evangelho tivessem aquele mesmo Assistente, que o Pai lhe deu, quando, no dia do Seu batismo, no rio Jordão, o Espírito Santo apareceu em forma de Pomba e o Pai disse: este é Meu Filho ouvi-o, isto é, mandou anunciar a Sua Palavra. Foi esta Palavra, a do Pai que Jesus deu aos Seus discípulos. O Espirito Santo é o Assistente dos que anunciam o Evangelho.
    “DEI-LHES A TUA PALAVRA E O MUNDO ODIOU-OS POR NÃO SEREM DO MUNDO. NÃO PEÇO PARA QUE OS TIRES DO MUNDO, MAS QUE OS LIVRES DO MALIGNO”.
    -Jesus orou ao Pai, para que os Seus discípulos, fossem consagrados, como o Pai O consagrou, para que a palavra que anunciassem fosse no mundo, Palavra Viva, Palavra Espírito e Vida, Palavra Verdade de Deus. O Espírito Santo consagrou Jesus, e consagra todos aqueles que são fieis servidores da Palavra de Deus.
    “PAI…CONSAGRA-OS NA VERDADE. A TUA PALAVRA É A VERDADE”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão do 6º Domindo Pascal?
    Nós, não somos os primeiros discípulos. Por isso estamos em melhores condições, para entendermos que Jesus não teve um sucessor. O Papa é apenas sucessor de Pedro, e os Bispos sucessores dos Apóstolos, Jesus não teve sucessor mas na hora da despedida, garantiu a Sua presença no meio de nós. Deu-nos, tudo, o que o Pai lhe deu, nos dias mortais da Sua vida mortal. O Pai ouviu a Sua oração.
    -Jesus, esteve sempre com o Pai que o guardou e defendeu. é também o Pai de Jesus que nos guarda. quem pensa? Quem acredita? Quem se fia na oração de Jesus?
    -Jesus era íntimo do Pai Celeste. Quem vive esta intimidade confiante?
    -Jesus pediu ao Pai que nos desse a Sua Alegria. Entre nós, esta Alegria é visível? Somos uns tristes? Por ande anda a legria Cristã?
    -Jesus pediu ao Pai que nos desse o mesmo Assistente que O acompanhou no anúncio do Evangelho.
    No testemunho cristão, no serviço do Reino de Deus, quem somos? Somos assistidos ou abandonados? Temos a palavra de qualidade e por vezes, somos uns mudos. Porquê?
    -Jesus pediu ao Pai que consagrasse os seus discípulos. Defacto fomos consagrados no Batismo, no Crisma e comemos o Pão Consagrado. A sociedade, já nota que somos consagrados? Por onde anda a nossa consagração?
    Irmãos, no próximo Domingo, iremos celebrar a separação visível de Jesus. É a Festa da Ascensão do Senhor. Mas hoje pensemos de um modo novo, o Espírito Santo porque vai descer. É aquele Espírito que nos consagra, nos guarda, nos defende, nos assiste, nos anima e nos consola.É Ele o Espírito Santo, o substituto de Cristo visível. Ele faz as ações de Cristo. Ele torna Cristo Visível. Vamos pois recebe-Lo.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -B-, do Saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  56. Dário Costa says:

    5ºDomingo da Páscoa
    Primeira leitura Act.9,26-35

    Irmãos: S.Paulo encontrou Cristo na estrada a caminho de Damasco,mas a sua conversão só foi consumada quando encontrou uma Comunidade Cristã, aquela Igreja visível que ele próprio perseguia.
    Como ouvimos nesta leitura, o convertido da estrada de Damasco, vai a Jerusalém à procura da Igreja visível, para se juntar aos discípulos do Senhor.
    As dificuldades são vencidas e a entrada de Paulo na Igreja, a quem ele perseguia, foi um sinal de que a Igreja, só se edifica e cresce, pelo Espírito Santo, que é a Alma da Igreja.
    Irmãos: é pelo Espírito Santo que a Igreja é um Corpo vivo.É a esta Igreja viva que o Senhor Se refere, ao dizer estas palavras: “Eu sou a cepa e vós as varas”.

    Segunda leitura
    Irmãos: uma Comunidade Cristã, não está organizada nem vive à base de estatutos, ou de leis, porque é um grupo de pessoas diferente de todos. Como vamos ouvir nesta leitura, S. João lembra as Comunidades que são o espelho da vida de Deus.
    1Jo.3,18-24
    Irmãos: Como acabámos de ouvir, a vida de uma Comunidade Cristã, deve ser um prolongamento da Vida de Deus.
    De Deus recebemos o Seu Filho feito homem, que nos amou, e nos ensinou a amar-nos como irmãos e que permanece em nós pelo Espírito Santo.
    Irmãos:a nossa comunidade já é o espelho da vida de Deus?
    -Sentimos a presença do Pai?
    -Sentimo-nos irmãos com o Bom Irmão Jesus?
    -Sentimo-nos assitidos, animados e confortados pelo Espírito Santo?

    Evangelho Jo.15,1-8
    Irmãos: quando S.João no seu evangelho quer falar da Comunidade Cristã, a Igreja visível, para podermos compreender, usa sempre sinais e comparações. Saudemos o Senhor que hoje nos diz que é a cepa e nós os ramos.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, a única razão, o facto, porque somos Igreja, porque somos comunidade cristã, porque estamos aqui reunidos, é a Morte e Ressurreição de Jesus de Nazaré.
    -Ele Ressuscitou e, está vivo e presente no meio de nós.
    -Aqueles que acreditam que o Pai Celeste ressuscitou o Seu Filho Jesus de entre os mortos e recebeu o batismo do Espírito Santo, esses renascidos de novo, o Pai Celeste, reune
    estes em comunidade, a Igreja e a Comunidade Cristã.
    Irmãos, estes filhos adotivos de Deus, os Batizados, o Pai Celeste, deu-lhes o Seu Filho Ressuscitado que está vivo e presente no meio deles.
    Ao longo do Tempo Pascal, temos aprofundado a presença do Ressuscitado no meio de nós.
    -Mas que presença é esta? Quem a sente? Quem a descobre? Quem a vive?
    A Páscoa é a resposta.”VEIO COLOCAR-SE NO MEIO DELES…RECEBEI O ESPÍRITO SANTO… SOU EU MESMO TOCAI-ME UM ESPÍRITO NÃO TEM CARNE NEM OSSOS”.
    A presença do Ressuscitado no meio de nós, é uma presença real, e os sinais visíveis, somos nós reunidos, é a Palavra de Cristo, é a união pelo vínculo da caridade. É a celebração da Ceia Pascal: “TOMAI E COMEI TOMAI E BEBEI”.
    Está no meio de nós, para nos dar o Espírito Santo: “RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”. Para nos conduzir:”EU SOU O BOM PASTOR”.
    Está no meio de nós, para ser o garante, de uma vida pessoal e comunitária que não é apenas uma organização ou uma instituição com poder. No meio de nós, a Sua presença, tem uma tal vitalidade que dá sempre frutos.

    Para compreendermos esta presença do Ressuscitado, ouçamos a comparação que o Senhor usou, para que compreendessemos.
    “DISSE JESUS AOS SEUS DISCÍPULOS: EU SOU A VIDEIRA E VÓS SOIS OS RAMOS”.
    Mais ainda, o Senhor esclareceu que o Pai Celeste cuidadva desta videira.
    “EU SOU A VIDEIRA E MEU PAI O AGRICULTOR”
    Nesta comparação, o Senhor tirou conclusões inevitáveis.
    -O ramo que não dá fruto tem de ser cortado. “MEU PAI CORTA TODO O RAMO QUE NÃO DÁ FRUTO”
    -A videira tem de ser podada.”MEU PAI…LIMPA…PARA QUE DÊ MAIS FRUTO”
    -O ramo, não pode dar fruto por si mesmo. “O RAMO NÃO PODE DAR FRUTO POR SI MESMO”
    Jesus aplica à comunidade cristã, a nós, estas mesmas conclusões.
    Vêde:
    -“PERMANECEI EM MIM EU PERMANECEREI EM VÓS COMO O RAMO…NA VIDEIRA”.
    -EU SOU A VIDEIRA, VÓS SOIS OS RAMOS…SE ALGUEM PERMANECE EM MIM DÁ MUITO FRUTO”.
    -“SE ALGUÉM NÃO PERMANECE EM MIM,SERÁ LANÇADO PARA OUTRO RAMO”. Depois, os frutos dos que permanecem ligados à Cepa, são a glória do Pai.
    “A GLÓRIA DO MEU PAI É QUE DEIS MUITO FRUTO”
    Irmãos, como terminar esta reflexão do 5º Domingo Pascal. Eis a interpelação deste Domingo.
    No meio de nós, o Ressuscitado,já é de facto um ressuscitado?
    Só é possivel sabermos pelos ramos porque estes não podem dar fruto por si mesmos, porque têm de estar ligados à cepa.
    Quais são, os que estão ligados à cepa e quais foram cortados?
    Sabemos que há ramos cortados, que não dão fruto. Quem são?
    Não sabemos, é segredo do Pai Celeste. “MEU PAI É O AGRICULTOR”.
    Mas cada um de nós examine-se a si mesmo.
    O Ressuscitado, já está no meio de nós, Ele, já é para nós aquela cepa da parábola?
    Ouçamos hoje o Senhor que no meio de nós não cessa de fazer este apelo. “EU SOU A VIDEIRA E VÓS SOIS OS RAMOS”.
    “SEM MIM NADA PODEIS FAZER”.
    “MEU PAI CORTA TODO O RAMO QU NÃO DÁ FRUTO”
    Quem de nós se sente interpelado?
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  57. Dário Costa says:

    4ªDomingo da Páscoa
    Primeira leitura Act.4,8-12

    Irmãos: Como podemos ouvir, S.Pedro afirma aos juizes do Tribunal que eles, já não eram servos daquela justiça que constrói a nova sociedade e a nova história, em que Jesus de Nazaré tinha morrido e ressuscitado. Aqueles que tinham feito bem a um doente, em nome de Cristo morto e ressuscitado, eram rejeitados e acusados em tribunal.
    A Igreja nascente, estava bem consciente, que a história, tinha um novo condutor, um novo guia e Pastor, que serviu a justiça libertadora, até à Morte e Morte de Cruz. Por isso Jesus de Nazaré, Morto na Cruz e Ressuscitado pelo Pai,é o nosso Bom-pastor.
    Segunda leitura
    Irmãos:S.João na sua primeira carta alerta as comunidades para os falsos guias.
    Se estes guias não reconhecem que a medida da justiça é Jesus, Filho de Deus, Morto e Ressuscitado, então, são falsos guias.
    É o que podemos ouvir nesta leitura.

    IJo.3,1-2.
    Como podemos ouvir nesta leitura, somos filhos de Deus, e viver como filhos de Deus, é conhecer o admirável amor que Deus nos consagrou, ao entrgar-nos o Seu filho Jesus.
    Se não somos reconhecidos pela dignidade de filhos de Deus, é porque o mundo ainda não conhece que Deus o amou ao ponto de lhe dar o Seu Filho feito homém para o guiar e ser o seu Pastor.
    Jesus, Filho de Deus feito homem, é o nosso Bom-Pastor, que nos conduz à Casa do Pai, para que todos os Filhos possam conhecer e ver o Pai como Ele é.
    Evangelho Jo.10.11-18.
    Irmãos: entender o sentido de um sinal,é compreender uma realidade profunda. No evangelho de S.João,hoje, o Senhor revela-nos o Sinal do Bom-Pastor, para compreendermos que Ele é o nosso Guia.
    Saudemos o Nosso Bom-Pastor.
    Aleluia! Aleluia!…Aleluia!…
    Irmãos, os nossos encontros pascais, são todos admiráveis, porque estamos a fazer a experiência da presença de Cristo Ressuscitado no meio de nós.Esta presença do Ressuscitado não é passiva, tem uma dinâmica própria. Foi preciso Jesus morrer e ressuscitar, para percebermos o que Ele faz no meio de nós. Antes de morrer e ressuscitar,muitos olharam para Ele e não o viram, isto é, não O entenderam. Até aos próprios discípulos, lhes faltou o entendimemto,queriam um caminho de glória. Só entenderam, depois de Ele Ressuscitar,e sobretudo entenderam que Ele lhes abria o entendimento, para O conhecerem. Antes seguiam sem entendimento, por isso fugiram. Depois de ressuscitar seguiram-nO, entenderam o caminho da Cruz.
    Hoje o Senhor está no meio de nós, para nos dar o entendimento do Bom-Pastor que dá a vida e que é diferente do outro pastor pago que foge, abandona o rebanho quando vê vir o lobo. É o pastor mercenário, não é o Bom-Pastor.
    Quer dar-nos a conhecer N`Ele próprio, a diferença entre o pastor que luta contra o lobo no rebanho, do outro pastor, aquele que é pago para guardar apenas o rebanho.
    Eis como Jesus fala de Si como pastor. É o Guia, é o da Frente, é o REI, é o Senhor.
    EU SOU O BOM PASTOR…EU DOU A VIDA.
    Referindo-se aos outros que guardam apenas o rebanho, os chamados mercenários diz:
    O MERCENÁRIO COMO AS OVELHAS NÃO SÃO SUAS, VÊ VIR O LOBO….E FOGE. Conclusão: Um luta contra o lobo até dar a vida. É o Bom Pastor. o outro, o mercenário foge, as ovelhas não são suas.
    O Bom Pastor, luta contra os lobos porquê? Que pastor é este?
    -É o Pastor que conhece as suas ovelhas e elas conhecem-no a Ele.”CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS”.
    -É o Pastor que conhece as suas ovelhas e conhece-as e ama-as como conhece e ama o Pai.
    DO MESMO MODO QUE O PAI ME CONHECE EU CONHEÇO O PAI.CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS E AS MINHAS OVELHAS CONHECEM-ME.
    O Bom-Pastor, primeiro dá-nos a conhecer o Pai,e como Pastor leva-nos ao Pai.
    O modo como nos deu a conhecer o Pai,foi um pastor que entregou a vida. Pastor flagelado, coroado de espínhos, condenado, pregado, morto, descido duma cruz e sepultado. “CONHEÇO AS MINHAS OVELHAS E AS MINHAS OVELHAS CONHECEM-ME DO MESMO MODO QUE EU CONHEÇO O PAI”.
    Este pastor, o Bom Pastor, também conhece outras ovelhas: “TENHO AINDA OUTRAS OVELHAS”. São aqueles que ainda não têm redil, andam perdidos,sem pastor. Mas Jesus diz: “ELES OUVIRÃO A MINHA VOZ”.
    Esta confiaça certa e segura, de Jesus, vem do amor ao Seu Pai: POR ISSO O PAI ME AMA. por isso: DOU A MINHA VIDA.
    Na ovelha perdida, o Bom Pastor retoma a sua vida, a vida do Pai Celeste que brota do Seu coração trespassado na cruz. O Senhor desta vida, a vida do Pai em Cristo e Eterna: NINGUÉM MA TIRA. Dar esta vida, SOU EU QUE A DOU.É o mandamento que Jesus recebeu do Seu Pai: “FOI ESTE O MANDAMENTO QUE RECEBI DO MEU PAI”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão do Domingo do Bom Pastor?
    -É admirável, é genial!…A alegoria do Bom Pastor é um auto-retrato de Cristo, morto e ressuscitado. Esta alegoria encerra a obediência amorosa de Jesus a Seu Pai pelo caminho da Cruz. Quando diz: EU SOU O BOM PASTOR Jesus afirma “FOI ESTE OMANDAMENTO QUE RECEBI DO MEU PAI”. Pela Cruz, Jesus tornou-se o Guia, o da Frente, o Rei, aquele que conduz. Tudo isto se resume nesta expressão: “EU SOU O BOM PASTOR”.Interroguemo-nos. Jesus já é o nosso Bom Pastor? Está no meio de nós e já desempenha a Sua missão de Bom Pastor? Entre nós, há sinais da presença do Bom Pastor?
    -Se a alegoria do Bom Pastor é o retrato de Cristo, ela deve ser também, o auto-retrato de uma comunidade cristã.
    Aqui entramos no difícil. Numa Igreja, com um papa, Bispos e padres, e depois atrás os batizados, entendemos a alegoria do Bom Pastor. Papa pastor universal, Bispo pastor da Diocese, padre pastor da paróquia ou com outra missão. Mas atenção, não é só isto o que vem no Evangelho do Bom Pastor. É muito mais.
    -Bom Pastor só há um, é Cristo morto e ressuscitado. Para desempenhar o ministério do Bom Pastor há muitos. É a Igreja inteira-a Igreja é Pastora, são todos os batizados, nós somos pastores e guias uns dos outros de muitos e variados modos, sobretudo na divina caridade fraternal.
    Existem comunidades com este testemunho? Como é difícil encontrá-las…Por vezes, até nem sabemos, se as comunidades cristãs se parecem mais como matilhas ou como rebanhos.
    “Há lobos no rebanho”,Gritava um santo e o lobo verdadeiro veio pôr-lhe a pata na mão.”HÁ LOBOS NO REBANHO”!
    Para a renovação da Igreja, proclamada pelo Concílio Vaticano II aqueles que começaram a dar a vida por esta renovação, eram acusados de lobos por outros os chamados conservadores. “Há lobos no rebanho” mas os que dão a vida pela renovação da Igreja, não são lobos nem mercenários, são aqueles que conhecem e ouvem a voz do Bom Pastor.
    Hoje o Bom Pastor está no meio de nós. Ouçamos a Sua Voz. Acreditemos que Ele nos defende dos lobos do nosso tempo. Dá-nos a conhecer o Pai, como Ele o conhhece e como as Suas ovelhas O conhecem também.
    EU SOU O BOM PASTOR.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”ano-B- do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  58. Dário Costa says:

    3º Domingo da Páscoa
    Primeira leitura. Act.3,13-15,17-19

    Irmãos: foi primeiro, na cultura judaica e com cristãos nascidos do Judaismo, que a Igreja criou o seu primeiro espaço, para viver e dar testemunho da Ressurreição.
    Como atuava a Igreja nascente?
    Como podemos ouvir, não usava o poder nem a força. Mas à Luz de Cristo, Morto e Ressuscitado, punha questões fundamentais: as de termos nascido e das sociedades onde se vive.
    Para o povo judeu, a questão era esta:-Aquele que negaram e entregaram na Cruz, tinha ressuscitado e estava de novo no meio dos Seus. Com este anúncio, muitos reconheciam que a Cruz tinha sido um erro e, pelo arrependimento, aceitavam o Messias Morto e Ressuscitado.
    Irmãos: sempre que nasce na história uma nova cultura, os cristãos terão de seguir o exemplo da Igreja nascente, que agia a partir da Morte e Ressurreição de Cristo. A renovação do homem e da sociedade só é eficaz, quando se exterminam, as raizes do mal. O sinal desta vitória É Cristo Morto e Ressuscitado.

    Segunda leitura
    Irmãos: como vamos ouvir nesta leitura, S.João escreve às comunidades, recordando-lhes que o defensor dos indefesos, não mporreu, está vivo e pronto para agir.
    I Jo.1-5
    Irmãos: o Cristianismo não se reduz a um conjunto de doutrinas e normas morais. Cristo ao morrer na Cruz identificou-Se com cada homem. E ao ressuscitar voltou vivo ao meio dos Seus.
    Como ouvimos nesta leitura, S. João diz, ser mentiroso, aquele que diz acreditar sem amar os outros.Por vezes, parece que levamos no meio de nós um morto e não um vivo. Porquê?

    Evangelho Lc.24,35-48
    Irmãos: S.Lucas anuncia aos seus irmãos pagãos, a alegria dos grupos do Ressuscitado, Cristo vivo e presente no meio dos Seus.
    Saudemos o Senhor, que hoje se apresenta no meio de nós.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos: a primeira Missa Pascal acendemos as nossas lâmpadas, para receber o Senhor que voltava ao meio de nós ressuscitado pelo Pai. Este gesto terá sido em vão?
    Terá sido na verdade um sinal vivo da fé, que Cristo voltava ao meio de nós, para nunca mais morrer? Ou terá sido um gesto vazio de sentido, de pessoas não convencidas, isto é, com falta de entendimento, para compreender a presença do Ressuscitado?
    Como podemos ouvir hoje no Evangelho, quando os discípulos de Emaus, contavam aos outros discípulos, como tinham conhecido Jesus, inesperadamente, ao referirem o conhecimento, Jesus chegou:
    Jesus apresentou-se no meio deles e disse-lhes; A PAZ ESTEJA CONVOSCO.
    Aqueles que ouviram os testemunhos dos discípulos de Emaus não entenderam: ESPANTADOS CHEIOS DE MEDO JULGAVAM VER UM ESPÍRITO.
    Os discípulos de Emaus eram testemunhas de um acontecimento luminoso e inesperado, tinham conhecido Cristo Ressuscitado e aqueles a quem davam este testemunho, julgavam estar numa “sessão de espiritismo”: JULGAVAM VER O ESPÍRITO. Porquê? Porque não tinham o dom do entendimento da ressurreição.
    Perante um grupo de discípulos, sem o dom do entendimento da ressurreição, Jesus começou primeiro por mostrar o Seu corpo que fora cravado na Cruz, isto é, deu-lhes o dom da compreensão da Sua paixão e morte na cruz. Era o mesmo Jesus.
    VEDE AS MINHAS MÃOS E OS MEUS PÉS, SOU EU MESMO TOCAI-ME E VEDE.
    Grande desafio de Jesus, é um grupo que confundia a Sua ressurreição com atividades confusas de espíritos. Como é facil de falar de espíritos!…Como é exigente dar testemunho de Cristo Ressuscitado!…
    E foi o prÓprio Jesus que desfez a confusão.
    UM ESPÍRITO NÃO TEM CARNE NEM OS OSSOS COMO VEDES QUE EU TENHO.
    Jesus contrapôs a Sua paixão, morte e ressurreição ao mundo dos espíritos.
    MOSTROU-LHES AS MÃOS E OS PÉS. Chegou uma alegria, a alegria Pascal e mesmo assim os discípulos não chegaram à fé da ressurreição. Para verem que Ele era o mesmo Jesus que conheceram antes da morte na cruz, Jesus fez o ato mais banal dos mortais, quis comer:
    TENDES AÍ ALGUMA COISA PARA COMER. Hasvia uma posta de peixe assado e ELE COMEÇOU A COMER DIANTE DELES.
    Cristo visita os Seus discípulos. Para quê? Para dizer: Ressuscitei? Não. Visita os Seus discípulos para falar da Sua Paixáo e Morte, para dar o entendimento daquele acontecimento que fez fugir os discípulos e trancarem as portas da casa onde se esconderam.
    TEM DE SE CUMPRIR TUDO O QUE ERTÁ ESCRITO A MEU RESPEITO.
    A paixão e a morte eram uma profecia constante na boca dos antigos profetas e também na boca de Cristo:O FILHO DO HOMEM TEM QUE PADECER, MORRER E RESSUSCITAR. E entender isto? Entender a cruz é um dom de Cristo Ressuscitado.
    ABRIU-LHES ENTÃO O ENTENDIMENTO PARA ENTENDEREM.
    A compreensão da cruz, é sabermos que Jesus nos tirou do pecado, deixamos a negra orfandade da vida sem sentido e, pelos méritos da Paixão e Morte de Cristo conhecemos o Pai Celeste, somos filhos de Deus, somos batizados na Paixão Morte e Ressurreição. O dom de Cristo Ressuscitado é compreendermos que Jesus está junto do Pai à nossa espera, a interceder por nós. Nós os arrependidos não vivemos dependentes do mundo, mas do Pai Celeste, somos Seus filhos.
    O MESSIAS HAVIA DE SOFRER,E RESSUSCITAR…QUE HAVIA DE SER PREGADO EM SEU NOME O ARREPENDIMENTO.

    Irmãos , como terminar este reflexão pascal?
    -Fomos batizados na Morte e Ressurreição de Cristo. Que ideia fazemos deste acontecimento batismal? A nossa vida tem este sentido, já vivemos ao geito de Cristo? Ou ainda nos falta aquele entendimento, dado pelo Ressuscitado aos Seus discípulos quando os visitava?
    -As chagas de Cristo, nas mãos, nos pés e no peito são as chagas de um vivo e não de um morto. Pelo nosso batismo somos filhos de Deus pela Morte e Ressurreição de Cristo, ou por outras razões? Os batizados, nos tempos que correm, são inferiorizados pelo mundo porque não respondem com o testemunho da Ressurreição. Refugiam-se nas chagas de Cristo, mas de um Cristo morto que ainda não ressuscitou.
    Hoje Cristo vem dizer-nos: NÃO SOU UM ESPÍRITO…PORQUE ESTAIS PERTURBADOS? VÊDE AS MINHAS MÃOS E OS MEUS PÉS, TOCAI-ME SOU EU MESMO. VÓS SOIS AS TESTEMUNHAS DE TUDO ISTO.
    Se quiseres entender estas palavras do Ressuscitado a dizer-nos: TOCAI-ME: isto é, não te prendas às chagas do meu corpo morto. Olha para as minhas chagas do meu corpo ressuscitado e SEDE AS MINHAS TESTEMUNHAS.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B, do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  59. Dário Costa says:

    2ºDomingo da Páscoa-B- S.Marcos
    Primeira leitura Act.4,32-35

    Irmãos:Nesta leitura podemos ouvir,como surgiu na história um modo novo de viver em comunidade.
    -Tinham um só coração e uma só alma, e eram gererosos ao ponto de não serem donos de nada.
    -Que comunidade é esta , onde tudo é tão diferente do mundo, sempre ganancioso, egoista, invejoso e explorador?
    -Irmãos: esta comunidade nova e única, é a comunidade de Cristo Ressuscitado, que assenta na Palavra do Messias morto na Cruz e que pela Ressurreição volta a estar vivo e presente no meio dos Seus, animando-os, assistindo-os e confortando-os pelo Espírito Santo, o Dom da Sua Páscoa.
    -Alegremo-nos e exultemos, porque o Senhor morreu mas Ressuscitou e está vivo no meio de nós.

    Segunda leitura
    Irmãos: como podemos ouvir nesta leitura, as comunidades Cristãs, não são grupos fechados sobre si mesmos como as ceitas religiosas. São Comunidades que estão no mundo, mas pela fé em Cristo Senhor, não dependem do mumdo.
    I Jo.5,1-6.
    Irmãos: Como podemos ouvir, todo o que nasceu de Deus,-o batizado. venceu o mundo, Porquê?
    Porque o Senhor dos batizados, não são os senhores do mundo . O Senhor dos batizados é Cristo, Morto e Ressuscitado.
    Esta fé é a vitória que vence o mundo.
    Irmãos: estamos a celebrar o Tempo Pascal. Importa interrogarmo-nos, qual é o Senhor desta comunidade.
    Se ainda estamos dependentes dos senhores do mundo, estamos vencidos.

    Evangelho Jo.20,19-31.
    Irmãos: o evangelho de S. João, aquele grande sinal, certo e seguro, que tudo muda e transforma, é o encontro com Cristo Ressuscitado.
    Saudemos o Senhor Ressuscitado, que hoje nos visita.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, não podemos esquecer o Gesto Pascal de, com lâmpadas acesas, esperamos de um modo novo o Senhor que voltava das regões sombrias da morte.
    Misticamente morreu verdadeiramente e misticamente também ressuscitou.
    NÓS ANUNCIAMOS A SUA MORTE E PROCLAMAMOS A SUA RESSURREIÇÃO. E neste mundo de pecado e de morte dizemos: vinde Senhor Jesus. No nosso mundo, nós os mortais que vivemos com medo atrás das portas da morte, acolhemos o Senhor de um modo novo e Ele, que morreu e ressuscitou, veio colocar-se no meio de nós.
    “ESTANDO FECHADAS AS PORTAS…VEIO JESUS COLOCAR-SE NO MEIO DELES”
    Acolhemos Jesus, Ele veio colocar-se no meio de nós, para quê?
    – Veio para nos tirar do medo, sairmos da negra orfandade da
    vida sem sentido, e pacificar os nossos corações.
    “DISSE-LHES: A PAZ ESTEJA CONVOSCO”
    -Veio para nos encher de alegria de termos nascido. Valeu a pena nascer, viver e ver cair pela fé os muros da morte. Porque aquele que chegou à Glória, passou pela paixão e morte.
    “MOSTROU-LHES AS MÃOS E O LADO E OS DISCÍPULOS FICARAM CHEIOS DE ALEGRIA AO VEREM O SENHOR”
    -Veio, e foi acolhido para fazer de nós testemunhas da Sua Ressurreição. Na Sua atuação terrena, até à Cruz, fez tudo para nos revelar o Pai. Com a Sua Ressurreição, obra do Pai, envia-nos como o Pai o enviou a Ele.
    “ASSIM COMO O PAI ME ENVIOU, TAMBEU EU VOS ENVIO A VÓS”
    -Veio, foi acolhido e o Seu primeiro gesto tinha de ser este: dar o Espírito Santo prometido. “RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”.
    À Obra do Pai sucedeu-se a Obra do Filho e depois desta começou a Obra do Espírito Santo. Que obra é esta?
    É uma obra que coincide com o tempo da Igreja, são os tempos do Espírito Santo. Neste tempo o mundo encontra pela frente um “batalhão” armado pelo Espírito Santo. Estão num mundo mas não estão retidos no mundo, porque não aceitam a história conduzida pelo satanismo.RENUNCIAS A SATANÁS? Os marcados pelo Espírito Santo respondem: Renuncio.
    “AQUELES A QUEM PERDOARDES OS PECADOS SER-LHE-ÃO PERDOADOS”
    É a liberdade dos filhos de Deus que sem armas, sem planos de guerra, no dia a dia amedrontam os mais poderosos.
    O testemunho da Ressurreição, são armas do Espírito Santo presente nos filhos de Deus, os batizados. É o testemunho que se dá aos “ausentes” isto é, aos não crentes em Cristo Ressuscitado. A estes, o Evangelho marca-os sempre com o nome de “Tomé”, o apóstolo ausente quando o Ressuscitado visitou os Seus discípulos.”TOMÉ NÃO ESTAVA COM ELES QUANDO VEIO O SENHOR”
    E todos à uma, quando ele chegou, “DISSERAM… VIMOS O SENHOR”O “ausente”, o incrédulo exigiu um Cristo com uma identidade da Sua Paixão e da Sua morte. É o mistério da Morte e Ressurreição. ANUNCIAMOS SENHOR A VOSSA MORTE PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO. E Jesus ressuscitado, oito dias deopois repetiu a visita aos Seus discípulos e disse a Tomé:
    “TOMÉ APROXIMA A TUA MÃO E METE-A NO MEU LADO”
    Tomé deixou de ser un “ausente” para se tornar um presente. aceita o Mistério da Morte e da Ressurreição do Senhor.
    Nós com palmas e cânticos recebemos o Senhor que entrou na história, entrou em Jerusalém para morrer. Depois recebemo-Lo com o fulgôr da Sua Luz, Ele é a Luz que entrou na história como ressuscitado, Luz do Mundo. A todos que aderem a Cristo Ressuscitado na história, Jesus chama-lhes: “FELIZES OS QUE ACREDITAM SEM TEREM VISTO”.
    Tomé esteve ausente, não acreditou, porque quis ver e tocar. Depois viu o Senhor, tocou-lhe nas chagas, mas foi a Luz do Ressucitado que o fez dizer: “MEU SENHOR E MEU DEUS”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão deste segundo Domingo de Páscoa?
    -Primeiro, a nossa alegria de termos no meio de nós o ressuscitado da hostória. É que levamos no meio de nós um vivo e não um morto.
    -Segundo, a nossa grande “pobreza” é, porque os sinais da presença do Ressuscitado no meio de nós são insignificantes. Estão reduzidos a celebrações que têm como finalidade, acolhermos o Senhor em assembleia. Mas depois, na vida, individualmente, cada dia,esses sinais não se vêem.
    -Os sinais das primeiras comunidades cristãs que recebiam o Senhor, eram sempre sinais de paz e confiança; de alegria; de serem enviados pelo Pai, como o pai enviou Jesus; a fraternidade; o perdão permanente dos pecados e por fim o testemunho: vi o Senhor, acredito em Cristo, mas Cristo morto e ressuscitado.
    Porque somos comunidades sem testemunho?
    – O Concílio Vaticano II, fez-se para renovar a Igreja, a Igreja de Cristo Ressuscitado, a Igreja uma Primavera permanente de sol e de flores.
    Hoje o Senhor está no meio de nós para dizer que a Sua presença no história passa pela Paixão, Morte e Ressurreição.
    A fé, um cristianismo fundamentado no Cristo histórico é um cristianismo do passado. Qual é o nosso? O nosso tem de ser de ontem, hoje e de sempre. Cristo o Rei Imortal dos séculos.
    “ANUNCIAMOS A VOSSA MORTE PROCLAMMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”,ANO -B-S.Marcos
    do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  60. sandra says:

    ola… quem me pode ajudar? precisava de saber qual é a liturgia do dia 8 de Setembro de 2012…. vou-me casar e queria estar informada!! obrigada Sandra

    Resposta:
    Dia 8 de Setembro é dia da Natividade da Virgem Santa Maria.
    Normalmente, durante o casamento são lidas outras leituras relacionadas com o matrimónio, no entanto, se quiser usar as do dia, elas são as seguintes:

    — 8 Setembro —

    NATIVIDADE DA VIRGEM SANTA MARIA

    Nota Histórica
    A vinda do Filho de Deus à terra, foi preparada, pouco a pouco, ao longo dos séculos, através de pessoas e acontecimentos. Entre as pessoas escolhidas por Deus para colaborarem no Seu projecto de salvação, houve uma, à qual foi confiada uma missão única: Maria, chamada a ser a Mãe do Salvador e cumulada, por isso, de todas as graças necessárias ao cumprimento dessa missão.
    O nascimento de Maria foi, portanto, motivo de esperança para o mundo inteiro: anunciava já o de Jesus. Era a autora da salvação a despontar; «Ela vem ao mundo e com Ela o mundo é renovado. Ela nasce e a Igreja reveste-se da sua beleza». (Liturgia bizantina).
    Felicitando a Mãe do Salvador, no dia do Seu aniversário natalício, peçamos a graça de à Sua semelhança, colaborarmos, generosamente, na salvação do mundo.

    Missa
    ANTÍFONA DE ENTRADA
    Exultemos de alegria no Senhor,
    ao celebrar o nascimento da Virgem Santa Maria,
    da qual nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus.

    Diz-se o Glória.

    ORAÇÃO COLECTA
    Dai, Senhor, aos vossos servos o dom da graça celeste
    e fazei que a festa do nascimento da bem-aventurada Virgem Maria,
    cuja maternidade divina foi o princípio da nossa salvação, aumente em nós a unidade e a paz.
    Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho,
    que é Deus convosco na unidade do Espírito Santo.

    Em vez desta leitura, pode utilizar-se a que se lhe segue.

    LEITURA I Miq 5, 1-4a
    «Quando der à luz aquela que há-de ser mãe»

    Leitura da Profecia de Miqueias
    Eis o que diz o Senhor:
    «De ti, Belém-Efratá,
    pequena entre as cidades de Judá,
    de ti sairá aquele que há-de reinar sobre Israel.
    As suas origens remontam aos tempos de outrora,
    aos dias mais antigos.
    Por isso Deus os abandonará
    até à altura em que der à luz
    aquela que há-de ser mãe.
    Então voltará para os filhos de Israel
    o resto dos seus irmãos.
    Ele se levantará para apascentar o seu rebanho
    pelo poder do Senhor,
    pelo nome glorioso do Senhor, seu Deus.
    Viver-se-á em segurança,
    porque ele será exaltado até aos confins da terra.
    Ele será a paz».
    Palavra do Senhor.

    Em vez da leitura precedente, pode utilizar-se a seguinte:

    LEITURA I Rom 8, 28-30
    «Os que Deus de antemão conheceu, também os predestinou»

    Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Romanos
    Irmãos:
    Nós sabemos que Deus concorre em tudo
    para o bem daqueles que O amam,
    dos que são chamados, segundo o seu desígnio.
    Porque os que Ele de antemão conheceu,
    também os predestinou
    para serem conformes à imagem de seu Filho,
    a fim de que Ele seja o Primogénito de muitos irmãos.
    E àqueles que predestinou, também os chamou;
    àqueles que chamou, também os justificou;
    e àqueles que justificou, também os glorificou.
    Palavra do Senhor.

    SALMO RESPONSORIAL Salmo 12 (13), 6ab.6cd (R. Is 61,10)
    Refrão: Exulto de alegria no Senhor.

    Eu confiei na vossa bondade,
    o meu coração alegra-se com a vossa salvação.
    E cantarei ao Senhor
    pelo bem que me fez.

    ALELUIA
    Refrão: Aleluia. Repete-se
    Sois ditosa, ó Virgem Santa Maria,
    sois digníssima de todos os louvores,
    porque de Vós nasceu o sol da justiça,
    Cristo, nosso Deus. Refrão

    EVANGELHO Forma longa Mt 1, 1-16.18-23
    «O que nela se gerou é fruto do Espírito Santo»

    Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus
    Genealogia de Jesus Cristo,
    Filho de David, Filho de Abraão:
    Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob;
    Jacob gerou Judá e seus irmãos.
    Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara;
    Farés gerou Esrom; Esrom gerou Arão;
    Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson;
    Naasson gerou Salmon; Salmon gerou, de Raab, Booz;
    Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé;
    Jessé gerou o rei David.
    David, da mulher de Urias, gerou Salomão;
    Salomão gerou Roboão; Roboão gerou Abias;
    Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat;
    Josafat gerou Jorão; Jorão gerou Ozias;
    Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz;
    Acaz gerou Ezequias; Ezequias gerou Manassés;
    Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias;
    Josias gerou Jeconias e seus irmãos,
    ao tempo do desterro de Babilónia.
    Depois do desterro de Babilónia,
    Jeconias gerou Salatiel;
    Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel gerou Abiud;
    Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor;
    Azor gerou Sadoc; Sadoc gerou Aquim;
    Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar;
    Eleazar gerou Matã; Matã gerou Jacob;
    Jacob gerou José, esposo de Maria,
    da qual nasceu Jesus, chamado Cristo.
    O nascimento de Jesus deu-se do seguinte modo:
    Maria, sua Mãe, noiva de José,
    antes de terem vivido em comum,
    encontrara-se grávida por virtude do Espírito Santo.

    ORAÇÃO SOBRE AS OBLATAS
    Venha, Senhor, em nosso auxílio o vosso Filho feito homem:
    Ele, que ao nascer da Virgem Maria,
    não diminuiu, antes consagrou a integridade de sua Mãe,
    nos purifique das nossas culpas
    e Vos torne agradável a nossa oblação.
    Por Nosso Senhor.

    Prefácio de Nossa Senhora I [na natividade] ou II

    ANTÍFONA DA COMUNHÃO Is 7, 14; Mt 1, 21
    A Virgem dará à luz um Filho, que salvará o povo dos seus pecados.

    ORAÇÃO DEPOIS DA COMUNHÃO
    Exulte a vossa Igreja, Senhor,
    alimentada por estes santos mistérios,
    na festa do nascimento da Virgem Santa Maria,
    que foi para o mundo inteiro esperança e aurora da salvação.
    Por Nosso Senhor.

    Liturgia das horas
    Dos Sermões de Santo André de Creta, bispo

    (Sermão 1: PG 97, 806-810) (Sec. VIII)

    O que era antigo passou. Tudo se renova

    Cristo é o fim da lei; Ele nos faz passar da escravidão da lei para a liberdade do espírito. N’Ele está a perfeição da lei, porque, sendo o supremo legislador, deu pleno cumprimento à sua missão, transformando em espírito a letra da lei e recapitulando em Si todas as coisas. A lei foi vivificada pela graça e foi posta ao seu serviço, formando com ela uma composição harmoniosa e perfeita. Cada uma delas conservou as suas características próprias, sem alteração nem confusão; mas o que na lei havia de penoso e servil tornou se, por uma transformação divina, fonte de suavidade e liberdade, e deste modo, como diz o Apóstolo, já não somos escravos dos elementos do mundo, nem oprimidos pelo jugo da letra da lei.
    O mistério de Deus que Se faz homem e a consequente divinização do homem assumido pelo Verbo representam o compêndio perfeito dos benefícios de Cristo em nosso favor e o aniquilamento de toda a vã presunção da natureza humana. Mas convinha que a esplendorosa e surpreendente vinda de Deus aos homens fosse precedida por uma alegria especial que nos preparasse para o dom grandioso e admirável da salvação. Este é o significado da festa que hoje celebramos, porque o nascimento da Mãe de Deus é o princípio desses bens prometidos, princípio que terá o seu termo e conclusão na predestinada união do Verbo com a carne. Hoje nasce a Virgem Maria; será amamentada e crescerá, preparando se deste modo para ser a Mãe de Deus, Rei de todos os séculos.
    Deste nascimento nos vem um duplo benefício: por um lado, eleva nos ao conhecimento da verdade; e por outro, liberta nos de uma vida escravizada à letra da lei. De que modo e em que condições? A luz dissipa as trevas e a graça liberta nos da escravidão da lei. Esta é uma solenidade de confins entre o Antigo e o Novo Testamento: a verdade substitui os símbolos e as figuras, e a nova aliança substitui a antiga.
    Cantem e exultem todas as criaturas e participem condignamente na alegria deste dia. Juntem se nesta celebração festiva os céus e a terra, tudo o que há no mundo e acima do mundo. Porque hoje é o dia em que o Criador do universo edificou o seu templo; hoje é o dia em que a criatura prepara uma nova e digna morada para o seu Criador.

  61. Ana Neto says:

    Olá Arautos do Evangelho eu um dia fui ver os Arautos a Raimonda Paços de Ferreira e adorei ver vos a fazer aquela cerimónia tão bonita

  62. Dário Costa says:

    Domingo de Páscoa

    Ritos Iniciais
    1.Cântico de Entrada
    2.Saudação
    3.Ato Penitencial

    Admonição
    Hoje, a Igreja nossa mãe aparece mais uma vez à face do mundo, adornada com a luz da ressurreição de Cristo. Exulte a terra e alegrem-se os filhos de Deus, porque são chamados mais uma vez, às alegrias Pascais. É a Páscoa. O Pai levantou o Seu Filho Jesus Cristo diante dos mortos. RESSUSCITOU-O.

    Glória a Deus nas alturas

    Liturgia da Palavra
    Admonição
    A Ressurreição e a vitória de Cristo sobre a Morte.
    É Vida Nova que se acolhe e experimenta pela fé.
    Ouçamos, agora, em oração e recolhimento, a Palavra de Deus que nos anuncia a Ressurreição e a Vida Nova.
    Leituras
    (como lecionário)
    Salmo, de meditação

    Aclamação ao Evangelho
    “Cristo, nosso Cordeiro Pascal, foi imolado, celebremos esta Festa na pureza e na verdade”
    Aleluia

    Irmãos, os peregrinos da Páscoa chegaram, não à velha Jerusalém mas à Nova Cidade que também se chama Jerusalém, a Igreja porque cada ano nos reunimos para celebrar os mesmos acontecimentos, da velha e da Nova Jerusalém.
    -Receber o Rei Messias, com palmas e ramos de oliveira e a cantar, “Bendito O que vem em Nome do Senhor”.
    -Erguer e adorar a Cruz onde o Messias foi crucificado.
    -Descer da Cruz o Messias e sepultá-Lo, amortalhado num lençol.
    Irmãos, hoje os peregrinos da Páscoa, reunem-se para acolher Aquele que morreu e foi sepultado. O Pai Celeste ressuscitou-O de entre os mortos e Ele voltou ao meio dos seus, para nunca mais morrer. O Ressuscitado da história, o Rei Imortal dos Séculos, está vivo e presente no meio de nós. Somos um povo acima dos outros povos.
    -Glória a Cristo Crucificado!
    -Glória a Cristo Ressuscitado!
    Volta, regressa, com outra Missão, a Missão de, até ao fim dos séculos, dar o Espírito Santo àqueles que pelo batismo se tornaram filhos de Deus.
    O regresso do Ressuscitado, foi uma surpresa inesperada que até provocou o pânico daquelas mulheres, que foram de madrugada ao sepulcro para acabar de enterrar Aquele que tinha sido sepultado à pressa,porque era sol-posto quando O desceram da Cruz.
    -Houve pânico junto do túmulo, porque quando pensavam que não lhes era possível rolar a grande pedra da entrada, viram-na fora do sítio.
    -Houve pânico, porque quando entraram no túmulo, estava lá um jovem vestido de branco.
    -Houve mais pânico ainda, quando este jovem, o enviado Celestial,lhes disse:”NÃO VOS ASSUSTEIS: PROCURAIS JESUS DE NAZARÉ, O CRUCIFICADO? RESSUSCITOU , NÃO ESTÁ AQUI. ALI ESTÁ O LUGAR ONDE o HAVIAM SEPULTADO.”
    Irmãos, estas Santas Mulheres, fugiram em pânico do túmulo, porque havia uma revolução no reino da morte.
    “ELAS SAIRAM E FUGIRAM DO TÚMULO, POIS ESTAVAM A TREMER E FORA DE SI, E NÃO DISSERAM NADA A NINGUÉM, PORQUE TINHAM MEDO…”
    Partiram de casa carinhosas, para ungir o Corpo do Senhor e, voltaram aterradas, porque no túmulo vazio, receberam de um anjo, a missão de irem dizer que Jesus tinha ressuscitado.
    “IDE, POIS, DIZER AOS SEUS DISCÍOULOS E A PEDRO”…
    Sim, regressaram com uma missão que parecia aterradora, o Pregão Pascal que faz a revolução fatal do reino da morte. Parecia impossível ir dizer a discípulos medrosos que obedecessem a um morto e, que esse morto esperava por eles na Galileia. Mas a mentalidade e o coração destes discípulos, iluminou-se: O que morreu está vivo.
    “ELE VAI À FRENTE, PARA A GALILEIA. LÁ O VEREIS, COMO VÔ-LO TINHA DITO”
    Todos ficaram aterrados, até que o terror, o susto e o pânico se transformou em alegria, quando reconheceram a voz do Ressuscitado que lhes dizia:
    “A PAZ ESTEJA CONVOSCO…RECEBEI, O ESPÍRITO SANTO…FICARAM CHEIOS DE ALEGRIA!”
    É a alagria Pascal.É a alegria daqueles -a nossa- que cada ano acendem as suas lâmpadas para acolher Aquele que regressa vitorioso das regiões sombrias da morte. É a alegria daqueles que celebram a vitória de Cristo sobre a morte.
    “Onde estás ò morte”
    “Ò morte onde está a tua vitória?”
    Irmãos, hoje e aqui, tudo é Triunfo e Glória, tudo é Luz, e nós próprios estamos envolvidos e iluminados pelo esplendor do Rei Eterno, Nosso Senhor Jesus Cristo, Morto e Ressuscitado.
    Irmãos terminemos esta reflexão, possuidos desta fé luminosa, nos cristãos levamos no meio de nós um Vivo e não um morto é o fundamento de uma comunidade cristã.
    O pânico do túmulo vazio já passou. Não tenhamos medo, pois havemos de descer também ao túmulo e não ficaremos lá.
    Somos batizados na Morte e Ressurreição de Cristo. Anúnciamos Senhor a Vossa Morte, proclamamos a Vossa Ressurreição.
    “VÓS NÃO TENHAIS MEDO…NÃO ESTÁ AQUI: RESSUSCITOU!”
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  63. Dário Costa says:

    Vigília Pascal
    Admonição
    Jesus, despedindo-se dos Seus,partiu para o Pai, pelos caminhos tenebrosos da morte. Nesta despedida, afirmou aos discípulos que choravam: “Vou mas volto”.
    Desde então até aos nossos dias, esta promessa faz reunir os Seus discípulos para celebrar o regresso do Senhor, que volta das regiões sombrias do sepúlcro e da morte.
    Aqui estamos, pois, irmãos,possuidos da mais vibrante esperança e da mais luminosa certeza: O Pai levanta o Seu Filho Jesus Cristo de entre os mortos. Ressuscita-O!
    Esta é a Hora Triunfal!
    Esperemos o Senhor, que vem glorioso; Ele é a Luz que dissipa as trevas da nossa mente e do nosso coração.
    Vigilantes, celebremos o mistério desta santíssima noite com o gesto de acender no meio de nós, uma luz, (o Círio Pascal)porque Cristo, saindo do túmulo ressuscitado, é a Luz da nossa vida, é a Luz do mundo.

    Rito da Luz
    Acende-se o Círio Pascal, canta-se três vezes “Eis a Luz de Cristo!” a que o povo responde “Graças a Deus”, ao mesmo tempo que se acendem as velas dos ministros e fieis.

    Admonição
    Cheios de alegria, acolhamos, agora a palavra dum irmão nosso, que cantando,nos vai anunciar as Festas Pascais.

    Precónio Pascal
    Liturgia da Palavra
    Admonição
    Com cânticos e luzes, recebemos o Senhor que regressa glorioso do túmulo.
    Voltemo-nos agora para outra Luz, a Palavra de Deus.
    É na meditação silenciosa que a Luz do Espírito dissipa as trevas da nossa mente e do nosso coração.
    Cristo, Ressuscitado pelo Pai, está no meio de nós e faz de novo todas as coisas.
    Esta é a Hora da Nova Criação, da Nova Humanidade, da Nova Páscoa.
    Que o nosso coração, nesta noite, seja dócil à Palavra Criadora.
    I Leitura
    Tempo de silêncio
    Meditação
    Irmãos: Quando a terra estava vazia e não tinha forma, o Espírito de Deus arrancou dela os campos verdejantes, os rios e os mares, as montanhas e as florestas, as árvores e as flores e a abundância de todos os frutos. Fez surgir as aves e os répteis e todos os animais, Por fim o Espírito de Deus fez surgir o homem, o rei da criação.
    Nesta noite santíssima, esse mesmo Espírito de Deus Criador está aqui, no meio de nós para fazer surgir neste mundo de pecado e de morte, novas criaturas, uma Nova Humanidade e um Novo Mundo.
    Irmãos,acolhamos esse Espírito Santo, que é o fruto do encontro de Cristo com o Seu Pai.
    Por isso, cantemos com fé.

    Salmo:
    Enviai, Senhor o Vosso Espírito e renai a face da terra.

    II Leitura
    Meditação
    Irmãos: Moisés preocupado com a sorte do seu povo, que morria na escravidão do Egito, sem saber o que fazer, encontra-se com Deus, no Monte Horeb. E o fruto do encontro de Moisés com Deus, foi a libertação do seu povo. Abriu-se o Mar Vermelho, e a Terra da Liberdade foi alcançada.
    Meus irmãos, superior a este encontro de Moisés com Deus, é Jesus de Nazaré com o Seu Pai. Deste encontro brota a nossa libertação e e libertação do mundo inteiro.
    Cantemos, com fé, as maravilhas de Deus.

    Salmo
    Deus fez Maravilhas; O seu nome é “Senhor”!

    III Leitura
    Meditação
    Irmãos: O Profeta Esequiel, ao ver o seu povo caido em tão grade crise, comparou-o a um cemitério, a um grande campo de ossos. Esequiel não desesperou, porque conhecia Aquele Espírito que dá vida aos mortos, que faz de novo todas as coisas.
    Irmãos, é esse mesmo Espírito, que nos é oferecido nesta noite, porque Ele brota infalivelmente do encontro de Cristo com o Seu Pai.
    Cheios de fé, acolhamos e recebamos esse Espírito, que vem do Pai e de Cristo Seu Filho Bem-amado.

    Salmo
    Como suspira o Veado, pelas correntes das águas…

    IV Leitura
    Meditação
    Irmãos: Como S.Paulo, que podemos ouvir, não concordemos com o mundo de pecado e de morte. Voltemo-nos sim, para o Mundo Novo, porque nós somos os ressuscitados com Cristo. Por isso, depois de uma Quaresma de conversão e penitência, cantemos agora Aleluia, o cântico triunfal da vitória sobre o mundo velho de vícios e opressões.
    Cantemos, de pé, O ALELUIA, o cântico do Mundo Novo!
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Recordo com saudade o zelo do padre Rocha,nos preparativos das Festas Pascais; com o seu grande Dom do acolhimento, ajudou a converter tanta gente, que durante a Quaresma se reconciliaram com Deus, para de espírito limpo festejar a grande Festa da Igreja, e que a seu pedido,tantas vezes cantei o Precónio, na noite da Vigília Pascal.
    Por Dário Costa

  64. Dário Costa says:

    Domingo de Ramos, ano -B-S.Marcos

    Irmãos, os Peregrinos da Páscoa chegaram a Jerusalém, reuniram-se às portas desta cidade e receberam Jesus de Nazaré, o Peregrino da Nova e Eterna Páscoa.
    -Sabemos pela informação do Evangelho, como foi esta receção. Jesus chegou com os seus discípulos, montado num jumentinho.”OS DISCÍPULOS…LANÇANDO CAPAS SOBRE O JUMENTINHO FIZERAM MONTAR JESUS”
    -Sabemos também pela informação do Evangelho:
    “EQUANTO JESUS CAMINHAVA O POVO ESTENDIA AS SUAS CAPAS NO CAMINHO. TODA A MULTIDÃO…COMEÇOU A LOUVAR… A DEUS EM ALTA VOZ…DIZENDO: BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR”
    -Sabemos pelo Evangelho que os opositores exigiram de Cristo que repreendesse os seus discípulos. Mas Jesus respondeu-lhes:
    “SE ELES CALAREM CLAMARÃO AS PEDRAS”.
    Hoje e aqui não estamos a recordar o que diz o Evangelho acerca da entrada de Jesus em Jerusalém. Estamos a celebrar, isto é, hoje somos nós que O recebemos com aclamações.
    Hoje e aqui,somos nós, que viemos com palmas e ramos de oliveira, para receber Jesus de um modo novo e num mundo diferente. Só não é diferente a oposição contra Jesus: “MESTRE REPRENDE OS TEUS DISCÍPULOS” diziam os farizeus.
    Também não é diferente a ignorância da multidão que cantava:
    “BENDITO O REI QUE VEM EM NOME DO SENHOR”
    -Os responsáveis religiosos temiam a mudança pregada por Jesus. A fé de Jesus fazia cair as velhas estruturas religiosas de um povo que se julgava o centro do mundo. por isso procuravam dar a morte a Jesus.
    A multidão cantava: “BENDITO O REI QUE VEM EM NOME DO SENHOR”
    Não eram opositores de Jesus. Por isso, na Sexta feira seguinte,correram para o adro do tribunal a gritar “CRUCIFICA-O. CRUCIFICA-O” Quer dizer, o mundo sabe, como de um seguidor de Jesus, se fáz um opositor: “OS FILHOS DAS TREVAS SÃO MAIS HÁBEIS DO QUE OS FILHOS DA LUZ”
    Precisamente, para que não aconteça o mesmo connosco, como aconteceu com aqueles que a cantar vitória, recebiam Jesus, nesta celebração de Ramos em que também cantamos “BENDITO O QUE VEM ENM NOME DO SENHOR”, Depois desta aclamação, ouvimos a narração da Paixão do Senhor. Porquê?
    Sem o Dom da Sabedoria da Cruz, o mundo terá a habilidade, artes e manhas, para nos fazer passar de discípulos a opositores de Cristo, mas deixando-nos na terrível ilusão que somos discípulos. Só a Sabedoria da Cruz, não nos deixa enganar. Para que isso não aconteça, basta pensar como um mundo rejeita a Sabedoria da Cruz. O medo, certas palavras e reações, para que não pareça mal a outros, logo deixamos cair no chão, aquele Ramo que hoje erguemos para receber o Senhor Jesus. Quando assim é estamos no meio dos opositores de Cristo.
    Aqueles que foram gritar em tribunal, “CRUCIFICA-O”, aqueles que por medo fugiram; aqueles cegos, mudos e surdos, paralíticos e leprosos que Jesus curou, meteram-se em casa. Na Sexta Feira Santa, Jesus carregando com a Cruz, caminhando para o Calvário, viu no chão, os ramos daqueles que dias antes tinham cantado: “BENDITO O REI”.
    Largaram os ramos no chão e correram para o tribunal!..
    -Quem foi que interrogou Jesus assim? “TU ÉS O REI DOS JUDEUS? ÉS O MESSIAS” Quem disse?:”SOLTA BARRABÁS. CRUCIFICA-O” Estes que pediram a morte de Cristo, foram os Seus opositores, juntamente com aqueles que atiraram para o chão os ramos depois de terem cantado, “Bendito o Rei”.
    -E Jesus? com os seus discípulos a dormir, Jesus orava assim no Horto das Oliveiras: “Abbá Ó Pai…A minha alma está numa tristeza de morte”
    Depois foi a prisão condenado à cruz, flagelado, coroado de espinhos e na cruz, gritava ao Pai: “PAI PERDOAI-LHES”
    -Por fim, ao morrer, um militar pagão, o Centurião romano foi o primeiro a colher o fruto da Paixão e Morte na Cruz, conheceu o Pai e exclamou: “Na verdade este homem é filho de Deus”
    Irmãos, como terminar a reflexão deste Domingo de Ramos?
    Ò Cristão olha para a tua Palma. é a Palma da vitória dos batizados ou a Palma que serviu apenas numa cerimónia e deppois fica abandonada? é aquela Palma que Jesus, ao passar com uma cruz às costas para o Calvário viu caida no chão? é a Palma da ingratidão, vai morrer para que o Pai seja conhecido, muitos fugiram, negaram-no, atirando fora a Palma com que O aclamaram.
    -Ó Cristão olha para a tua Palma. Não é a palma dos triunfos passageiros deste mundo. Não é a Palma da Morte mas da vida. Nas orígens os batizados acompanhavam à sepultura os corpos dos mártires, levando palmas e cantando,hossana! Hossana!..
    Ó cristão olha para a tua palma. É a palma do eleito, do escolhido, do ungido no batismo e no crisma. A palma do peregrino que acompanha Jesus até ao Calvário, como Madalena a pecadora, ou como João o discipulo amado.
    -Ó Cristão olha para a tua Palma, és eleito, mas pensa nos outros que foram espoliados da dignidade de filhos de Deus. Cairam na droga, nos vícios do mundo, vítimas de guerras e de sociedades de consumo, dividida em exploradores e explorados. Pensa num mundo desfigurado pelo satanismo que quer ocupar o lugar do Espírito Santo.
    Hoje e aqui , pensemos todos naqueles que não têm a Palma, nem nas mãos nem no coração. São os vencidos, os cansados da fé ou ignorantes. Pensemos naqueles que atiraram a Palma para o chão. Quem são estes? Estarão também junto de nós?
    Louvemos o Senhor, alegremo-nos porque hoje e aqui somos os eleitos, os chamados para, com palmas na mão cantarmos:
    “BENDITO O QUE VEM EM NOME DO SENHOR”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”-B- do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  65. Dário Costa says:

    V Domingo da Quaresma, ano-B-S.Marcos

    Primeira leitura.Jer.31,31-34

    Irmãos: O Povo de Deus, corria atrás das coisas passageiras deste mundo: reinos,glórias, poder, política…e Deus procurava os corações sinceros e arrependidos para gravar neles a Sua Lei Santa. Como podemos ouvir nesta leitura, quem andou atrás do perdido, perdeu-se. Quem, diante de situações sem saida,se voltou para o amor de Deus salvou-se.
    Irmãos: foi assim que fez Jesus,que disse: “Eu, uma vez elevado, atrairei todos a Mim”. Não quis a glória do mundo nem quis atrair ninguém a Si por razões humanas.
    Segunda leitura
    Irmãos: cristãos nascidos do Judaismo, perante as perseguições,e outras humilhações sociais, começaram a ter saudades do passado. Como vamos ouvir nesta leitura, o autor da carta aos hebreus, diz-lhes, que o sofrimento foi a sabedoria de Cristo, apesar de ser Filho de Deus.

    Hebr.5,7-9
    Irmãos como ouvimos nesta leitura, nos dias mortais da Sua vida, Jesus não optou pela glória do mundo. Colocou-se entre Deus e os homens, e fez preces e súplicas , com gemidos e lágrimas. Deus ouviu-O a nosso favor. Jesus convida-nos a seguir o Seu exemplo. Coloquemo-nos entre Deus e os homens, naquele lugar que todos rejeitam, por ser o lugar dos crucificados.
    Irmãos: Nós e a nossa comunidade já tomámos este lugar?

    Evangelho Jo.12,20-33
    Irmãos: no evangelho de S.João, os Gestos de Jesus revelam que Ele é o Dom de Deus e a Sua Cruz revela a Sua Glória.
    Saudemos o Senhor que hoje nos quer atraír pela Sua Cruz.

    Glória a Vós, Cristo…

    Irmãos, na 5ªEstação Quaresmal, o Senhor junta os Peregrinos da Páscoa, para lhes falar da Paixão e Morte, desta maneira:
    “QUANDO EU FOR ELEVADO DA TERRA, ATRAIREI TODOS A MIM, FALAVA DESTE MODO PARA INDICAR DE QUE MORTE IA MORRER”´.
    Depois desafiava assim os peregrinos da Páscoa:
    ” SE ALGUÉM ME QUISER SERVIR, QUE ME SIGA E ONDE EU ESTIVER, AÍ ESTARÁ TAMBÉM O MEU SERVO”
    Meditemos no que diz o Senhor, no início da Sua vida pública.
    Disse: “Vinde e segui-me, e agora diz:
    “SE ALGUÉM ME QUISER SERVIR, QUE ME SIGA”
    Porque fala o Senhor assim? A quem o Serve está num caminho de glória e de honra.
    “SE ALGUÉM ME QUISER SERVIR…MEU PAI O HONRARÁ”
    Jesus está consciente e confiante na obediência que o Pai lhE traçou, o Caminho da Cruz.Aproxima-se a Paixão e Morte na Cruz. Não ora ao Pai assim: “SALVA-ME DESTA HORA” pelo contrário, ora bem alto: “PAI GLORIFICA O TEU NOME”. As multidões não viram o Pai, mas ouviram a Sua Voz dizer:
    “JÁ O GLORIFIQUEI E TORNAREI A GLORIFICÁ-LO”
    O Pai Celeste falou e Cristo foi glorificado. Porquê? Porque o jeito de Jesus viver, as Suas Palavras, os Seus Gestos, a Sua Paixão e a Sua Morte tinham um objetivo: dar a conhecer o Seu Pai. Tirar-nos da negra orfandade da vida sem sentido, como disse Jesus: “NÃO FOI POR MINHA CAUSA QUE ESTA VOZ SE FEZ OUVIR, FOI POR VOSSA CAUSA”.
    Jesus esclarece a Sua Morte aos Peregrinos da Páscoa.
    -Ela é como a semente: “SE O GRÁO DE TRIGO…NÃO MORRER, FICA SÓ…SE MORRER, DARÁ MUITO FRUTO”.
    Assim é a Morte de Cristo. Morre o Filho de Deus, para nascerem os filhos adotivos de Deus para o Pai ser conhecido.
    -A Morte de Jesus é como uma vida útil e fecunda, uma vida ao serviço da vida. Uma vida que valeu a pena ter nascido.”QUEM AMA A SUA VIDA PERDE-LA HÁ. QUEM DESPREZA ASUA VIDA…COSERVALA-HÁ PARA A VIDA ETERNA”.
    jesus sábe que valeu a pena ter nascido, pois sabe que morrer é uma glória. Próximo da morte diz: CHEGOU A HORA EM QUE O FILHO DO HOMEM VAI SER GLORIFICADO…SE MORRER, DÁ MUITO FRUTO”.
    A Cruz, é uma árvore que atrai porque produz belos frutos.
    “QUANDO FOR ELEVADO, ATRAIREI TODOS A MIM”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão da 5ª Estação Quaresmal? Pensa, medita e arrepende-te.
    -Se Cristo elevado na Cruz não te atrai, ainda não O conheces, nem conheces o Seu Pai.
    Peregrino da Páscoa, no arrependimento da Cruz, vê o teu batismo vê a glória de teres nascido.
    Se não entenderes que a morte de Jesus, é como um grão de trigo, deitado à terra e que nasce para dar muito fruto ainda não conheces o Pai Celeste. És orfão. Os grãos de trigo, a nascer ou nascidos, somos nós filhos de Deus. Peregrino da Páscoa, no arrependimento da Cruz, revê o teu batismo a tua vida de filho de Deus.
    Se não vês na Cruz a Glória de Cristo e a tua glória, ainda não conheces em ti a presença do Espírito Santo. A tua vida não é fecunda, é vida estéril, como a árvore que não produz fruto. Vida sem testemunho. Peregrino da Páscoa, repensa o teu Crisma, porque fostes marcado com o selo do Espírito Santo.
    -Se não conheces que a morte de Cristo é o julgamento do mundo, não entendes que Judas na Última Ceia saiu, separou-se dos outros e não comeu o Pão da vida Eterna, o Corpo de Cristo.Peregrino da Páscoa repensa como vens à Mesa da Ceia do Senhor. A tua missa como é? União ou separação dos outros, fraternidade, amor fraterno, pão dos peregrinos da vida eterna? É a tua missa que julga a tua vida. Peregrino da Páscoa, repensa como comungas. Já pensas que a Missa é a Glória do Pai do Filho e do Espírito Santo e a tua?
    Hoje, jesus veio ao meio de nós Peregrinos da Páscoa, para dizer: “QUANDO EU FOR ELEVADO DA TERRA ATRAIREI TODOS A MIM”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  66. Dário Costa says:

    A Cruz
    Anúncio de Jesus de Nazaré
    ” Por cima da Cruz puseram um letreiro com o motivo da condenação que dizia: “O REI DOS JUDEUS” (Mc.15,26).
    -Assim terminava a caminhada do Homem Jesus de Nazaré, o anunciador da Boa-Nova do Reino. Anúncio falhado? Missão cumprida como qualquer profeta? Não.
    -Assim terminava o “SEGREDO” que envolvia esse Homem desde o seu aparecimento em público, “segredo” que não deixava ver quem se escondia por detrás das Suas Palavras que atraiam multidões, e dos gestos libertadores que Ele realizava.
    O coteúdo do “Segredo” não tinha mais razão de ser: tinha, sido asfixiado publicamente no cimo de uma Cruz. O que dantes era “Segredo” é agora do domínio público.
    A Cruz é o Sim ao plano do Seu Pai, de salvar todos os homens pela morte de Seu Filho. A Ele aderiu com toda a liberdade, e com a decisão que não podia voltar a trás.
    A cruz é o sinal que define o Messianismo de Jesus na história. Depois da confissão de Pedro (em Cesareia de Filipe) Jesus afirmou que era necessário que o Messias sofresse, coisa que se opunha totalmente às concepções messiânicas judaicas do Seu tempo, defensoras de um Messias triunfalista, à maneira de Salomão e de David.
    Pela Cruz, Jesus mostra que o Seu Messianismo é diferente de todos os Messianismos da História, de natureza ideológica, mais ou menos triunfalistas. Os primeiros cristãos compreenderam bem que lhes bastava a anunciarem a Cruz para anunciarem toda a Boa Nova de Jesus de Nazaré, para desvendarem todo o Seu “Segredo”.
    Hoje, a Cruz de Jesus tem de voltar a ser Anúncio, Boa Nova, Sinal, para os homens do nosso tempo, a fim de que eles possam dizer o que o oficial do exército romano exclamou diante da Cruz de Jesus: “Este homem era realmente o Filho de Deus (“Mc.15,39) A Cruz tem de ser Anúncio a começar por nós cristãos, que tantas vezes a deturpamos.
    É urgente anunciar ao mundo de hoje o Evangelho da Cruz!
    Assim mandou escrever, o saudoso padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  67. Dário Costa says:

    O IV Domingo da Quaresma, também chamado “Domingo Laetare” ou Domingo da Alegria, ou ainda o Domingo das Rosas.
    O IV Domingo da Quaresma recebe estes nomes porque neste dia, a Antífona de Entrada da Eucaristia: “Laetare, Irusalem… “Alegrai-vos, Jerusalém, reuni-vos, todos que a amais; regosijai-vos com alegria, vós que estivestes em tristeza; exultai e sereis saciados com a consolação que flui do seu seio” (cf.Isaias 66,10-11).
    Neste Domingo a cor litúrgica passa de roxo para Rosa para representar “a legria” da proximidade da páscoa.
    “Domingo das Rosas” porque na antiguidade os cristãos davam rosas, como presentes; é aqui que surge a “Rosa de ouro”
    No século X surgiu então a tradição da “Benção da Rosa”, ocasião em que o papa, no IV Domingo da Quaresma, ia ao Palácio de Latrão à Basílica Estacional de Santa Cruz, em Jerusalém, levando na mão esquerda uma rosa de ouro que significava a alegria pela proximidade da Páscoa.Com a mão direita o papa abençoava a multidão.Regressando, processionalmente a cavalo,com a sua montaria conduzida pelo prefeito de Roma. ao chegar,o Papa presenteava o prefeito com a Rosa de Ouro, em reconhecimento pelos seus atos de respeito e homenágem.
    Daí, então teve início de oferecer a “Rosa de Ouro” a personalidades e autoridades que mantinham boas relações com a Santa Sé; como prícipes, imperadores, reis…
    O príncipe condecorado, recebia a “Rosa de Ouro” em solene cerimónia, sendo acompanhado pelo Sacro Colégio dos Cardeais.
    No inicio do século XVII passou a ser ofertada a rainhas e princesas. Mas se um monarca estivesse presente em Roma no Domingo Laetar, ele poderia receber a Rosa de Ouro. Em 1895 foi criado um novo ofício chamado Potador da Rosa ou Zelador da Rosa, cargo não hereditário, destinado a príncipes católicos…Este cargo foi posteriormente extinto.
    Depois do concílio Vaticano II, a condecoração pontifícia passou a ser presente dos Papas à Nossa Senhora; como aconteceu em Fátima em 1987 pelo papa Paulo VI e em 2007 por Bento XVI,
    A melhor oferta que podemos oferecer ao senhor,é a mudança de vida, a conversão, que nos nos traz a Alegria da Luz Pascal.
    Por Dário Costa

  68. Dário Costa says:

    IV-Domingo da Quaresma,-B-S.Marcos

    1ª-leitura II Cr.36,14-16,19-23

    Irmãos: podemos ouvir, nesta leitura,a narração do fim triste de uma época de história do povo de Israel.
    Os corações endoreceram-se e, ninguém teve coragem nem lucidez para entender as advertências dos mensageiros de Deus.
    Nesta crise de fé, o amor de Deus tentou poupar o Seu Povo, à vergonha de cair nas mãos dos pagãos e de ficar privado do Sinal da Sua presença, o Templo.
    Irmãos: o amor de Deus quis assim poupar o Seu Povo, mas mais tarde, este amor de Deus pelo Seu Povo não poupou o Seu Filho à vergonha da Cruz.
    Jesus levantado na Cruz, passou a ser o Sinal do amor de Deus pelo mundo.

    Segunda leitura
    Irmãos: para S.Paulo, o tempo da cadeia, é o tempo da meditação profunda e serena. O evangelizador pára, reflete e escreve. como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo põe os seus escritos, a circular pelas comunidades cristãs, fundadas por ele.

    Ef.2,4-10
    Irmãos:Como podemos ouvir, para S. Paulo, evangelizar é anunciar a nova iniciativa do amor de Deus, que nos amou ao ponto de nos dar o Seu Filho feito homem.
    O sinal desta Obra da Misericórdia de Deus, é a Graça de Cristo, aquele Dom, pelo qual podemos viver, os dias mortais da nossa vida, em união com Cristo morto e ressuscitado.
    Irmãos: a vida de cada um de nós e a vida da nossa comunidade reflete esta iniciativa do amor de Deus?
    Cristo está vivo no meio de nós? Estamos unidos a Ele e por Ele?

    Evangelho Jo. 3,14-21.
    O Evangelho de S.João, fala dos sinais do Dom do amor de Deus pela humanidade.
    Saudemos o Senhor que pregado na Cruz, é hoje para nós o Sinal do Amor de Deus.

    GLÓRIA A VÓS, CRISTO…

    Irmãos:
    -Na 1ª Estação Quaresmal, os peregrinos da Páscoa viram Cristo tentado pelo demónio, para nos dar a vitória sobre todas as tentações.
    -Na 2ª Estação Quaresmal,na Transfiguração mostrou-nos a Glória da Cruz, pela Luz da Ressurreição.
    -Na 3ªEstação Quaresmal, com o Gesto do chicote no Templo, e com a profecia, DESTRUÍ ESTE TEMPLO, falou-nos da Nova Eterna Aliança. Para trás, tudo se tornou velho e surgiu o Novo Templo da Vida Nova.
    -Na 4ª Estação Quaresmal, Jesus revela aos peregrinos da Páscoa, o sentido da sua própria Páscoa. Jesus vai a Jerusalém, para dar cumprimento definitivo ao gesto de Moisés. Quando o Povo de Deus atravessou o deserto, encontrou um campo de serpentes. Todos estavam em perigo de vida. As serpentes picam e matam. Então Moisés, cheio da fé e da Força de Deus, sem medo, apanhou uma serpente e amarrou-a no alto de uma vara. Na serpente, presa e elevada na vara, todos viram a morte vencida e avançaram sem medo para a Terra Prometida.
    “ASSIM COMO MOISÉS ELEVOU A SERPENTE NO DESERTO TAMBÉM O FILHO DO HOMEM SERÁ ELEVADO PARA QUE TODO AQUELE QUE ACREDITA NELE TENHA A VIDA ETERNA”
    Como os peregrinos no deserto, assim os peregrinos da Páscoa, caminham para Jerusalém, para olharem, não para a serpente que Moisés prendeu na vara, mas para olharmos para outro poste, chamado a Cruz do Calvário. Nesta Cruz, vê-se a morte vencida, a vitória sobre a morte. No Antigo Testamento, o povo de Deus passou por cima de serpentes venenosas e não morreu. O Povo do Novo Testamento, nós, neste mundo passamos por cima do mundo, da morte e olhando para a Vitória da Cruz, não morreremos. Oh morte, onde está a tua vitória?
    “PARA QUE… TODO AQUELE QUE ACREDITA NELE TENHA A VIDA ETERNA”
    Na Cruz que elevou Jesus, vemos a vitória de Deus a nosso favor.É a vitória do amor do Pai Celeste que nos deu o Seu Filho feito homem.
    “DEUS AMOU TANTO O MUNDO QUE NOS DEU O SEU FILHO UNIGÉNITO”
    Para salvar o escravo, entregou o Seu Filho. Para que os perdidos voltassem à casa do Pai. “ENTREGOU O SEU FILHO PARA QUE TODO O HOMEM… NÃO PEREÇA.”

    Aquele que os peregrinos da Páscoa, ao chegarem a Jerusalém, vão encontrar levantado numa Cruz, é um condenado. Jesus foi condenado à morte e morte de cruz. É uma grande contradição o Inocente foi condenado e o culpado foi poupado ao castigo. Quem compreende isto? EIS O MADEIRO DA CRUZ NO QUAL ESTAVA SUSPENSO O SALVADOR DO MUNDO. Cristo condenado e o mundo salvo. Quem copreende isto e acredita, está salvo. Quem não acredita, está condenado. Está salvo porquê? Está condenado porquê? Condenado porque nascemos marcados com a morte, a morte é um horizonte. A fé na morte de Cristo que na Cruz é o Salvador do Mundo, temos o horizonte da vida eterna.
    “QUEM ACREDITA NELE NÃO É CONDENADO, MAS QUEM NÃO ACREDITA JÁ ESTÁ CONDENADO”
    A causa desta condenação não é Deus, é uma cegueira. Foi por cegueira que os judeus condenaram Jesus. Não viram, estavam cegos. ” A LUZ VEIO AO MUNDO E OS HOMENS AMARAM MAIS AS TREVAS DO QUE A LUZ”.
    Cegueira pecaminosa, não viram a Luz,precisamente porque a luz ilumina, denuncia, põe à vista a maldade que se esconde nos corações. Esta malícia, escondida, aparece nas más ações. Os corações falsos, impuros e hipócritas dão guarida aos demónios da mentira. Todo o mal, tem orígem no coração dos seres humanos que odeiam a luz.
    “TODO AQUELE QUE PRATICA MÁS AÇÕES ODEIA A LUZ”
    É a luz que separa a verdade da mentira, o dia da noite, o bem do mal,os retos de coração dos maldosos.
    “QUEM PRATICA A VERDADE APROXIMA-SE DA LUZ”
    Irmãos, como terminar esta reflexão da 4ª Estação Quaresmal?
    -Terminamos com um desafio. No deserto Moisés desafiou o povo para caminhar atrás de uma serpente atada no alto de uma vara. Acreditaram, aceitaram um desafio e chegaram à terra prometida.
    Hoje, é Jesus que nos fáz este desafio:”O FILHO DO HOMEM SERÁ ELEVADO”. Elevado na Cruz, para quem o quiser seguir. Seguir não para a morte, mas para a terra da liberdade, para a terra dos que vencem o mundo.
    -Que fé é a nossa? A nossa fé dá para seguir alguma coisa? Que vemos na Cruz? Já aceitámos a cruz como um sinal de amôr de Deus e por nós?
    “DEUS AMOU TANTO O MUNDO QUE ENTREGOU O SEU FILHO UNIGÉNITO”
    -Nós não somos os condenados, somos os salvos pela Cruz e por vezes caimos na contradição de aceitar a condenação do mundo.A Cruz é a luz da salvação: “A LUZ VEIO AO MUNDO”. Há quem odeie a luz da Cruz. Cristão sem cruz, cristão sem luz. Cristão sem luz, cristão nas trevas.
    É a Cruz que denuncia as obras más. Cristão sem Cruz, cristão que procede mal, cristão condenado.
    Hoje nesta 4ª Estação Quaresmal, Cristo veio ao nosso encontro, para nos desafiar desta maneira:
    DEPOIS DE EU SER ELEVADO NA CRUZ, ATRAIREI TODOS A MIM. Deixa-te atrair.Segue Cristo crucificado e terás a vida e a luz da vida e a glória.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -B- S. Marcos; do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa.

  69. Antonia Parra says:

    Gosto muito de acompanhar os comentários deste site, eu faço parte da liturgia de minha paroquia , e isso me ajuda muito por que as vezes fico sem inspiração e vcs me ajudam muito obrigada. Deus abençõe a todos …

  70. Dario Costa says:

    3ºDomingo da Quaresma-B-S.Marcos

    Primeira leitura Ex.20,1-3,7-8,12-17

    Irmãos: Como podemos ouvir nesta leitura, Deus quis, que ficassem gravadas na memória do Seu Povo, duas recordações, duas imágens Suas, que nunca podessem ser alteradas ou esquecidas.
    -Deus é o Único Senhor do Seu Povo, e a Sua Imágem são os Mandamentos da Aliança do Monte de Sinai.
    -Deus é o Único Libertador, Salvador, do Seu Povo. Este acontecimento deve ser recordado, no sétimo dia-o Sábado-o dia em que Deus descansou depois de ter criado tudo quanto existe.
    Não observar o Sábado, o dia em que deus descansou da Obra da Criação;não cumprir os Mandamentos do Sinai, é dar oportunidade a que surjam novas e falsas imágens de Deus,e novos preceitos, feitos pelos homens,ao serviço dos grandes deste mundo.
    Irmãos: Foi contra estes desvios que Jesus de Nazaré, numa festa da Páscoa Judaica, usou o “chicote no Templo”.

    SEGUNDA LEITURA
    Irmãos:acomunidade cristã de Corinto,desviou-se de Cristo, que na Cruz é Senhor e Salvador,para atender a sabedoria dos senhores e salvadores deste mundo.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para dizer que o Senhor e Salvador que pregou em Corinto, foi Cristo Crucificado.

    1 Cor.1,22-25.
    Irmãos: a Imágem de Cristo,isto é, o testemunho, da comunidade cristã de Corinto, não era o de Cristo Crucificado. Assim nesta comunidade, Cristo já não era Senhor nem Salvador.
    Cristo crucificado,para os judeus foi um escândalo e para os gregos foi loucura.
    E para nós o que é?
    -O trono, d.Aquele que é Nosso Senhor, é a Cruz.
    -O poder d,Aquele que é nosso Salvador, é a Cruz.
    A “loucura de Deus”,a Cruz-é Sabedoria. A “fraqueza de Deus” -a Cruz-é poder.
    Irmãos somos como os coríntios, andamos nós também desviados de Cristo Crucificado?
    Fazemos outras imágens de Cristo?
    Cristo presente no meio de nós, é Senhor e Salvador?

    EVANGELHO Jo.2,13-25
    Irmãos: o evangelho de João, é o evangelho do testemunho, porque João entrou no sentido profundo dos Gestos de Cristo.
    Saudemos o Senhor que hoje repete para nós o Gesto do “Chicote no Templo”.

    GLÓRIA A VÓS, CRISTO…

    Irmãos, nesta 3ª Estação Quaresmal, estamos a qui reunidos para vermos, com um chicote na mão, o autor do Mandamento Novo: Amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Não anda atrás dos transgressores da Lei, dos pecadores públicos e dos hipócritas. Jesus com o Seu chicote atua num lugar sagrado,o Templo de Jerusalém. “JESUS FEZ ENTÃO UM CHICOTE DE CORDA” Parece inconcebível!…Jesus o amor, com um chicote!…E no Templo de Jerusalém. Porquê?
    “QUE SINAL NOS DÁS QUE PODES PROCEDER DESTE MODO?” Disseram os Judeus.Jesus não estava cotra pessoas. Jesus estava contra uma situação.
    -O templo erguido para Deus acolher os Seus filhos e ouvir os seus gemidos, perdoar-lhes os seus pecados; estava transformado numa casa de comércio numa grande empresa.
    O Templo erguido como um sinal de um Deus presente no meio do Seu Povo, um Deus que salva e perdoa.
    Templo onde se cantavam os louvores de Deus e o Céu e a terra se tocavam, estava desfigurado. Estava convertido num grande poder económico nas mãos de grandes senhores que eram sacerdotes, levitas,ansiãos e outros exploradores que colhiam naquele local sagrado o ouro e a prata, e os produtos da terra dos pobres explorados.”JESUS ENCONTROU NO TEMPLO VENDEDORES …CAMBISTAS.”
    Os adros do Templo eram espaços para feiras para os de perto e de bancos para os de longe que traziam a moeda de urígem, sem segurança. porisso tinham de recorrer ao câmbio da moeda forte exigida pelo Templo.
    Que pretendes Jesus? Com o sinal do chicote, Jesus pretende uma mudança radical.”NÃO FAÇAS DA CASA DE MEU PAI CASA DE COMÉRCIO…DESTRUÍ ESTE TEMPLO”
    Jesus sábe que nos planos do Pai tudo tinha passado tudo era velho até o Templo e a Santa Aliança. Com Jesus tudo passa a ser novo. Nova Aliança. Novo Templo. Novo Povo. Não é uma renovação nem zelo como pensavam os discípulos quando se recordaram das palavras de Jesus:”DEVORA-ME O ZELO PELA TUA CASA”.
    Jesus sabe que tudo tinha de mudar de raiz e começar de novo.
    “DESTRUÍ ESTE TEMPLO E EM TRÊS DIAS O LEVANTAREI.” O gesto do chicote no Templo e a Profecia de Jesus sobre a destruição do Templo não provocou grandes reações por parte das autoridades e do povo. Somente alguns perguntaram.”QUE SINAL NOS DÁS QUE PODES PROCEDER ASSIM?” E jesus respondeu e eles não compreenderam. Mas depois da ressurreição os doiscípulos recordaram-se das palavras de Jesus. Em Jerusalém naqueles dias Jesus acolhia doentes e curava-os e muitos acreditaram.
    Irmãos, como terminar esta reflexão da 3ªEstação Quaresmal!
    -Ao meditar e escrever esta reflexão continuamente me vinha à memória a nossa Igreja. Porquê?
    Jesus não aceitou a decadência religiosa do Seu tempo. Os mandamentos de Deus já não estavam nem no coração nem na mente do Seu Povo. Jesus quis uma mudança radical. Com a Sua Morte e ressurreição o Templo Glorioso caiu e não ficou pedra sobre pedra.
    -Mas atenção a Igreja não pode estar sujeita a mudanças radicais porque foi fundada por Cristo; mas está sujeita a reformas que devem partir sempre do Espírito Santo presente nela.
    Foi o caso do Concílio Vaticano II. O Papa João XXIII, viu a Igreja envelhecida,viu a Igreja a necessitar de renovação, e cheio do Espírito Santo pegou no chicote do Espírito e fez o Concílio Vaticano II o Concílio da renovação da Igreja.
    _-Cristo encontrou um templo de cambistas e vendedores que assenta num grande poder económico, aproveitado pelos oportunistas que se apoderavam do ouro e da prata do culto do Templo.E o que faz o Vaticano II? Viu uma Igreja envelhecida onde não brilhava a Luz do Evangelho desvasada do mundo.
    João XXIII pegou no chicote dizendo:”Eu acredito no Espírito Santo presente na Igreja. S.Paulo na sua conversão exclamou: É duro recalcitrar contra o aguilhão, quer dizer comparou o Espírito Santo a um aguilhão e Jesus a um chicote. No dia de Pentecostes o Espírito Santo manifestou-se em fogo e vento forte.No nosso tempo manifestou-se num Concílio infalível, para a renovação da Igreja.
    -Qual é a nossa atitude perante o “chicote”, perante o aguilhão,perante o fogo e o vento, sinais do Espírito Santo do Concílio Vaticano II?
    Sabemos e vemos muitos batizados adultos jovens e crianças desertarem do Novo Templo da Igreja.
    Outros ficam, mas ignorando o Concílio, recalcitrando contra os sinais do Espírito Santo que renova a Igreja e a face da Terra.
    -Jesus derrubou os cambistas e correu com os vendedores. No Concílio Vaticano II, as sombras, os pecados da Igreja são outros. Um por exemplo: entre os cristãos e nas comunidades cristãs não há fraternidade cristã. Há relações fictícias, a vitalidade das comunidades perdeu-se.
    Jesus veio ao meio de nós, com o chicote com o fogo e com o aguilhão do Espírito Santo para renovar a Igreja:
    “DESTRUÍ ESTE TEMPLO” disse Jesus aos judeus. Renovai a Igreja com o chicote o aguilhão, o fogo e o vento forte do Espírito Santo diz-nos hoje Jesus pelo Concílio Vaticano II.A Igreja não se renova com palavrinhas mansas e com água benta. Falta-nos a luz e a força do Espírito Santo.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  71. Dário Costa says:

    Quaresma
    Caminhar para a Páscoa
    Que devem fazer os cristãos

    Quaresma:Tempo propício para o quarto Sacramento

    1º-Batismo 2º-Confirmação 3º-Eucaristia 4º-Penitência

    -Batismo: Novo nascimento. incorpopração na família de Deus.
    irmãos de Cristo. Filhos do Pai Celeste.

    -Confirmação: Marcados pelo Espírito Santo. Conduzidos pelo
    Espírito. Santificados pelo Espírito Santo.

    -Eucaristia: Banquete do Reino de Deus.Comer o outro pão, o
    Pão da Ressurreição e da Vida. Pão descido do
    Céu, o garante da peregrinação para a vida
    eterna.
    -Penitência: A revisão do Batismo, da Confirmação e Eucaristia
    pelo arrependimento.

    -Quarto Sacramento, Sacramento Luminoso,oportunidade única para fazer a revisão dos três primeiros Sacramentos, do início da vida cristã. Batismo,Confirmação, Eucaristia.
    -O quarto Sacramento interroga, interpela, acorda e chama os batizados, os crismados, e os que comem o Pão Consagrado, a fim de se confrontarem com o Batismo, o Crisma e a Eucaristia.

    QUE DEVEM FAZER OS CRISTÃOS

    CONFRONTO ARREPENDIMENTO RECONCILIAÇÃO

    -Como vives a tua vida de batizado, de filho de Deus? Ainda rezas ao Pai? (Pai Nosso).
    -Como Jesus, és íntimo do Pai Celeste? Por onde anda a tua fé? CREIO EM DEUS PAI.

    -Tornaste-te pródigo? Já te esqueceste que és batizado. E se saiste da Casa do Pai? Que fazer? Voltar.Voltar à intimidade do Pai Celeste que Te disse. “Tu és meu Filho muito amado”.

    -Como vives a tua vida de Crismado,de marcado definitivamente pelo Espírito Santo? Como Jesus segues o Caminho do Espírito? Ou segues o caminho da carne?
    Em Adão triunfou a carne, mas em Jesus triunfou o Espírito. Qual é a tua opção?
    _Como andas a comer o Pão Consagrado no Altar do Sacrifício?
    É uma rotina sem exigências, ou um ato consciente? Comungar é comer o Pão dos peregrinos da Vida Eterna.O Pão dos discípulos de Cristo Morto e Ressuscitado. Como comungas?

    A caminhada para a Páscoa do “Sacramento Luminoso”.
    O tempo da revisão do Batismo, do Crisma e da Eucaristia.

    O QUARTO SACRAMENTO conceder-te-há a graça da absolvição e na tua vida brilhará a “LUZ PASCAL”.

    Recomendações do saudoso padre António Mendes Rocha, no início
    de cada Quaresma, aos peregrinos a caminho da Páscoa.
    por Dário Costa

  72. Dário Costa says:

    II Domingo da Quaresma,ano-B-S.Marcos

    1ªleitutura Gén.22,1-2,9,10-13,15-18
    Irmãos:Como podemos ouvir nesta leitura, Deus pôs à prova um pai estremoso: -Abraão-.
    Pediu-lhe a imolação de Isaac, seu filho, o filho da promessa.
    Deus exigiu a este pai, já velho e provado,que levasse seu filho ao altar, que o matasse, para ser depois cosumido pelo fogo. E Abraão aceitou esta exigência. Obedeceu a Deus.
    -Como é grande este mistério!…Que pediu Deus a Abraão?
    -Deus não pedia a morte de Isaac, pedia a obediência amorosa da fé, do Pai Abraão.
    -Deus não queria o olocausto do filho, queria a Tranfiguração do Pai. Em Abraão morreu o pai segundo a carne, e ressuscitou o Pai dos Crentes, a descendência numerosa como as estrelas e as areias.
    Irmãos: a provação de Abraão, repetiu-se de um modo novo e definitivo em Jesus de Nazaré.
    -Deus Pai pede a Seu Filho Jesus a obediência amorosa até à morte da Cruz.

    Segunda leitura
    Irmãos: quando as dúvidas acerca de Cristo, invadiram a comunidade de Roma, como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervem para esclarecer que em Cristo, Deus está definitivamente do nosso lado.
    Rom.8,31-34
    Irmãos:Como ouvimos, Deus está do nosso lado. Porquê?
    Porque quis que Seu Filho conhecesse a nossa carne, os inimigos do homem.
    Os nossos inimigos são:-o popder das seduções e a força das mentiras do satanismo.O pecado e a morte. E Cristo venceu estes inimigos. Morrendo destruiu a morte. Ressuscitando deu-nos a vida.
    Irmãos: o batismo na Morte e na Ressurreição, é uma Transfiguração. Somos figuras novas, diferentes daqueles que estão e são do mundo.
    Vivemos a fé da Transfiguração.

    Evangelho Mc.9,2-9.
    Irmãos:para Marcos, a Boa-Nova de Jesus é sobretudo uma força transformadora do homem e da sociedade. É Transfiguração.
    Saudemos o Senhor, que hoje,vem transfigurar-Se no meio de nós.
    Glória a Vós, Ò Cristo…

    Irmãos, na primeira Estação Quaresmal, vimos o Senhor a ser tentado. Satanás, tenta, quer que Cristo abandone o projeto do Pai, o caminho da Cruz o único possível para nos dar a conhecer o Pai.
    Ao meditarmos a Tentação de Cristo ficámos conscientes: os batizados também são tentados. Nós somos tentados, por isso cada ano temos de fazer a revisão do nosso batismo. Foi pelo batismo que aderimos ao projeto de Deus realizado e cumprido por Cristo. Neste mundo o nosso projeto de vida e o de Jesus: nascer,morrer,ressuscitar.
    Importa saber o que é nascer, morrer e ressuscitar Dom do nosso batismo,vida luminosa,vida dos que sairam da negra orfandade da vida sem sentido. Vida dos filhos de Deus renascidos pela Morte e Ressurreição de Cristo.

    Hoje, nesta Segunda Estação Quaresmal, vemos o Senhor Transfigurado no meio de nós.
    “NAQUELE TEMPO, JESUS TOMOU CONSIGO PEDRO TIAGO E JOÃO E…
    NUM ALTO MONTE TRANSFIGUROU-SE DIANTE DELES”
    TRANSFIGUROU-SE! Porquê? Que foi a transfiguração? Hoje e aqui o Senhor transfigura-se diante dos Peregrinos da Páscoa. Porquê? Importa compreendermos esta transfiguração porque hoje e aqui ela acontece para nós, para os Peregrinos da Páscoa já batizados.
    Jesus vai a caminho de Jerusalém onde sofrerá a Paixão e Morte na Cruz. Mas antes quer confirmar os seus discípulos no caminho da Sua glória, a Glória da Cruz que não aceitavam nem compreendem, por isso, Jesus transfigurou-se.Cristo é outro, é o Cristo da Luz da Glória, até as Suas vestes eram Luz. Quer dizer, a transfiguração foi uma antecipação da ressurreição. Jesus o Rei Imortal dos séculos.
    “TRANSFIGUROU-SE…AS SUAS VESTES TORNARAM-SE RESPLANDECENTES”
    Na transfiguração os discípulos viram outro Cristo, o Cristo da Glória;aquela Glória interpelou-os e eles disseram:”MESTRE COMO É BOM ESTARMOS AQUI”.
    Mas etavam atemorizados. Aquela nuvem que durante o dia, guiava o Povo de Deus na dura travessia do deserto envolveu-os deixaram de ver a Glória de Cristo e ouviram outra voz que vinha da núvem.”DA NÚVEM FEZ-SE OUVIR UMA VOZ: ESTE É O MEU FILHO MUITO AMADO: ESCUTAI-O”

    Estamos a tocar no fundo do Mistério da Transfiguração a Glória de Jesus a dar-nos a conhecer o Pai pelo caminho da Cruz. A nossa glória de Filhos de Deus está na Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo.
    Cristo-Homem não era orfão tinha um Pai que falou na Transfiguração:”ESTE É MEU FILHO MUITO AMADO”
    Jesus quer dar-os o Seu Pai e foi na Cruz que consumou o projeto de nos tirar da negra orfandade da vida sem sentido.
    Deu-nos o Seu Pai deu-nos também a Sua vida a do Espírito Santo que nos foi dada no Batismo.
    Esta é a Tranfiguração que hoje e aqui está a acontecer. Cristo transfigurou-se.Cristo transfigurou-nos a todos e esta transfiguração começa quando ouvimos a Sua Palavra.”ESTE É O MEU FILHO… ESCUTAI-O
    Escutar o Evangelho aceitar o Evangelho e a Transfiguração começa com a nossa conversão. Para os discípulos a Transfiguração começou quando ela acabou:”ESTE É MEU FILHO… ESCUTAI-O” De repente Cristo Glorioso desaparece e os discípulos viram-se diante daquele Jesus que lhes disse :Vinde e segui-me.
    Depois:”JESUS ORDENOU-LHES QUE NÃO CONTASSEM NADA A NINGUÉM…ENQUANTO…NÃO RESSUSCITASSE DOS MORTOS”
    Estava feita a interpelação da Glória dos Batizados.Os discípulos desceram o monte da Transfiguração e perguntaram uns aos outros:”O QUE SERIA RESSUSCITAR DOS MORTOS?”
    Irmãos, como terminar esta reflexão da segunda Estação Quaresmal?
    -Aqueles que assistiram à Transfiguração acabaram a perguntar uns aos outros”O QUE SERIA RESSUSCITAR DOS MORTOS”? E nós, que vivemos depois da Ressurreição e que vamos a caminho da Páscoa temos alguma coisa para perguntar uns aos outros? Acaso estamos antes da Transfiguração ou depois da Ressurreição? Antes era o medo da Cruz o desconhecimento total da Glória de Jesus. Antes preferiam um Messias revestido de glória do poder do mundo. E nós que Cristo preferimos? Que interrogação tremenda.
    -Uma coisa é certa: A vida dos batizados está marcada pela Cruz, por isso,andamos longe da Glória de Cristo. Somos comunidades sem glópria.Filhos de Deus sem glória. Eu te marco com o sinal da Cruz, foi o primeiro gesto do nosso batismo.Pela Cruz a Glória.
    Quando um cristão é chamado a dar a cara por causa de Cristo,desculpem a comparação do ditado popular: Fogem, como o diabo da Cruz.Depois limitam-se ao pietismo, a fazer e a ensinar rezas; enfeitam altares e andores;fazem promessas e rezinhas e outros refúgios. Não querem a Glória da Cruz não querem a conversão não querem a revisão do batismo. Às atitudes de Cruz chamam imprudência e tomam posições confusas para não dizer hipócritas.
    -Interroguemo-nos. A Transfiguração já começou entre nós? O Pai disse:”É O MEU FILHO…OUVI-O”
    Dizem que os cristãos de hoje não querem o Evangelho. Se assim é, a nossa transfiguração ainda não começou. O nosso batismo está adormecdo.Cristo Glorioso não está no meio de nós.
    Somos batizados fugitivos da Transfiguração como os primeiros discípulos fugiram da Cruz.
    Irmãos, hoje, a transfiguração de Jesus acontece no meio de nós, para vermos a Glória da Cruz o início o meio e o fim da nossa conversão: TRANSFIGUROU-SE DIANTE DELES”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”ano-B-do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  73. Dário Costa says:

    1º Domingo da Quaresma,ano-B-S.Marcos

    Primeira Leitura Gén.9,8-15

    Irmãos:ao ouvirmos esta leitura,percebemos que é possível começar de novo. Mais ainda é possível nascer de novo.
    -Quando Deus, já não podia tolerar mais a maldade dos homens, Deus ecolheu Novo Pai-Noé-e uma nova humanidade, a sua descendência.
    -Quando a rotura, entre Deus e a humanidade, parecia consumada para sempre, Deus fez uma Nova Aliança com a humanidade e garante que as forças do mal , não hão-de destruir o homem e a terra, a sua casa.
    Irmãos:
    -Começar de novo, nascer de novo, foi a Boa-Nova de Deus a Noé.
    Noé acreditou, esteve em desacordo com o mundo e surgiu uma nova humanidade.
    -Começar de novo, nascer de novo,é a Boa-Nova de Jesus Cristo aos homens.
    Quem acreditar e aceitar estar em desacordo com o mundo, isto é,quem se arrepender, será uma nova criatura, de um mundo novo.

    Segunda leitura

    Irmãos:Quando o mundo deu conta, que havia homens e mulheres, jovens e crianças a viverem e a pensarem de uma maneira diferente,-estes eram os batizados o mundo opôs-se e perseguia os cristãos. como vamos ouvir nesta leitura, S.Pedro, anima as comunidades, dizendo-lhes que os batizados são cidadãos de um mundo novo, porque regeitaram o corrompido, o velho.

    1 Pe.3,18-22
    Irmãos: nesta leitura podemos ouvir: como as águas que nos tempos de Noé separaram o mundo novo do velho mundo corrompido, fazendo nascer uma nova humanidade, assim também a água do batismo de Cristo, separa o mundo novo, do velho e faz nascer as novas criaturas, os batizados em Cristo.
    Irmãos ao celebrarmos a primeira estação quaresmal, devemos refletir:
    -Estamos ou não em desacordo com o mundo, regeitado por Deus?
    -Serviu-nos de alguma coisa sermos batizados?

    Evangelho Mc.1,12-15.
    Irmãos: tudo pode ser diferente, pelo arrependimento, tudo pode nascer de novo. Esta é a Boa-nova do Evangelho de Marcos.
    Saudemos o Senhor que hoje nos chama ao arrependimento.

    GLÓRIA A VÓS,Ò CRISTO…
    Irmãos, esta nossa missa, hoje chama-se Estação. Estamos aqui estacionados porque vamos a caminho da Páscoa. Vamos celebrar o grande e único acontecimento que provocou uma virágem única na vida de cada ser humano seja ele morto ou vivo.
    -Com este acontecimemto. terminou a negra orfandade da vida sem sentido.O ser humano, deixou de estar entre o nascer e o morrer.
    -Com este acontecimento, nós pobres mortais podemos ser ìntimos de um Pai que é a nossa alegria, a alegria de termos nascido. É como se estivessemos mortos e voltassemos à vida.
    -Com este acontecimento o “vale de lágrimas”, o nosso mundo, deixou de ser um desterro, para ser um caminho, por onde os peregrinos partem, à procura de outra pátria, a casa do Pai de todos os pródigos.
    Hoje, nesta Primeira Estação Quaresmal, nós temos de encontrar, ou já encontrámos, aquele caminho que leva à Casa do Pai. Como saimos da negra orfandade da vida sem sentido; como começamos a ser peregrinos neste “vale de lágrimas”; e como saimos deste desterro que é o nosso mundo?
    A saida, o caminho, o sermos peregrinos, nesta vida terrena o dom do nosso batismo. Somos batizados. Eis pois porque chegou o tempo da Graça para fazermos a revisão do nosso batismo.Assim o exige a festa pascal que vamos celebrar, a festa dos batizados.
    O que aconteceu quando fomos batizados? O batismo configurou-nos com Cristo.Hoje nesta primeira Estação Quaresmal, olhamos para Cristo fonte e urígem do nosso batismo. Onde vemos Cristo? antes de iniciar a Sua vida pública, vemo-lo num deserto. Só depois, se apresentou em público, por exigência de Espírito Santo.
    “O ESPÍRITO SANTO IMPELIU JESUS PARA O DESERTO”.
    Que fez Jesus no deserto durante quarenta dias? Fez a experiência do Povo de Deus o Seu Povo que levou quarenta anos a atravessar um deserto para chegar à Terra Prometida; nesta travessia do deserto este povo foi tentado, passou fome e sede. Mas Deus não lhe faltou com a Sua proteção para vencer a tentação de regressar à terra da escravidão.Para lhe matar a sede deu-lhe a beber da Água do rochedo.Para lhe matar a fome deu-lhe o Pão descido do Céu. Assim Jesus experimentou também a tentação.
    “JESUS ESTEVE NO DESERTO QUARENTA DIAS E ERA TENTADO POR SATANÁS”
    Ninguém!…VIVIA COM ANIMAIS SELVAGENS. Que retiro…Sòzinho naquele deserto jesus meditava nos planos do Pai Celeste o caminho da Cruz, o único caminho possível, para Jesus dar a conhecer aos homens o Seu Pai. Arrancá-los à negra orfandade dos pródigos, a aguardarem porcos e proibidos de comer com eles. Nesse deserto, na tentação, na fome e na sede, o Pai Celeste deu-lhe anjos para o servirem. OS ANJOS SERVIRAM-NO, e assim venceu a tentação, a fome e a sede.
    O triunfador do deserto avançou para o meio dos homens a pregar o Evangelho com uma força única, a força e o poder do Espírito Santo consciente que o tempo da orfandade iniciado com o pecado de Adão, tinha passado. Por isso, pregava assim:
    “CUMPRIU-SE O TEMPO E ESTÁ PRÓXIMO O REINO DE DEUS.”
    No meio dos homens apontava um novo caminho, único e possível que muda a mentalidade e o coração. É o Evangelho.
    “ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO”
    Irmãos terminemos a Primeira Estação Quaresmal, conscientes que somos batizados. Por isso:
    -Importa fazer a revisão do nosso batismo. Porquê? Porque fomos configurados em Cristo. Nós batizados, somos no mundo figuras de Cristo, não pela santidade dos santos dos altares, mas como pecadores arrependidos que acreditam no Evangelho. iniciemos pois hoje e aqui a revisão do nosso batismo.
    -No mundo, somos pecadores, quer dizer, desfigurados pelo pecado, mas a quem Cristo pelo batismo deu a vida do Filho de Deus. Importa pois, fazer a revisão do nosso batismo que nos fez filhos de Deus.
    -No mundo somos pobres pecadores, que pelo batismo se lançaram na aventura de percorrer o caminho do perdão, fiados no Evangelho de Jesus. Pai perdoai-nos.
    Importa pois fazer a revisão do batismo, se ele é caminho da vida.
    -No mundo somos cristificados pelo batismo. Embora sempre tentados e fragilizados pelo pecado sabemos pedir ao Pai: NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO.Como é importante fazermos a revisão do nosso batismo.
    -No mundo somos pecadores batizados que juntos,são um sinal do Reino de Deus e rezamos: PAI NOSSO QUE ESTAIS NOS CÉUS.Importa fazer a revisão do nosso batismo pela oração.
    -O Pvo de Deus no deserto e depois de Cristo, foi tentado. Povo de Deus tentado para chegar para voltar à escravidão.Cristo tentado para abandonar os planos do Pai e aceitar os planos do poder e da glória do mundo. E nós batizados,no mundo de hoje quais são as nossas tentações? Estamos tentados pelas cegueiras do nosso mundo,com as suas ilusões passageiras,com as sociedades do consumo? Por ventura queremos regressar às ilusões de Adão?
    Quem escolhemos para ponto de referência da nossa vida. Adão ou Cristo?Adão escolheu a morte. Cristo escolheu a vida pelo caminho da Sua paixão e morte.
    Irmãos, hoje nesta primeira Estação Quaresmal, Cristo está no meio de nós, como homem tentado, mas triunfador das tentações, da fome e da sede vem dizer-nos: ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO, é a revisão do nosso batismo.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B do saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  74. Dário Costa says:

    Ao iniciarmos esta Quaresma- a Grande preparação para a Páscoa- há questões inquietantes que nós devemos pôr:
    -Serão os grupos cristãos, hoje, capazes de anunciar ao mundo Cristo Crucificado?
    -Que vai ser a nossa Páscoa: uma descoberta e uma adesão a Cristo crucificado, ou apenas mais uma ocasião para sentimentalismos vazios?
    Os cristãos de hoje, serão capazes de responder aos apelos que o Espírito faz à Sua Igreja- a sua renovação e a Evangelização do Mundo Moderno?

    -A renovação da Igreja e a Evangelização do mundo só avançam com aqueles que aceitarem o Mistério da Cruz de Cristo.

    Ao iniciarmos esta Quaresma, ouvindo e refletindo a Palavra de Deus, importa, com verdade, rever pela raiz a nossa condição de cristãos no mundo de hoje.

    -SEM PENITÊNCIA NÃO HÁ PÁSCOA:
    “…O nosso Salvador Jesus Cristo, ao dar aos Apostolos e aos seus sucessores o poder de perdoar os pecados, instituiu o Sacramento da Penitência, para que os fieis,que depois do batismo cairem no pecado, se reconciliem com Deus, pela renovação da graça. A Igreja tem, de facto, a água do batismo e as lágrimas da penitência,”(Ordo Poenit. 2).
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”, ano -B- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  75. vitoria campos says:

    Salvé Maria pois eu, tenho aprendido muito com as liturgia diária que mandam para o meu email,estou muito agradecida das coisas maravilhosas que me mandam que, a Nossa Senhora e o Espírito Santo vos ilumine a todos os Arautos.
    que para São a minha segunda familia

  76. Dário Costa says:

    VII Domingo Comum

    Primeira leitura Is.43,18-19,21-22,24-25

    Irmãos: na história do Povo de Israel o acontecimento de exílio fez com que alguns se interrogassem: acaso Deus libertou outrora o Seu Povo para voltar de novo à escravidão?
    A pequena minoria que assim refletiu, encontrou de novo o amor do seu Deus que perdoa e liberta e pelo arrependimento acolhe uma nova iniciativa de Deus, que suplanta as do passado e viu acontecer um novo êxodo.
    Irmãos, hoje, quem de nós acredita, como as pequenas minorias do exílio de Babilónia?
    Hoje, aceitamos que a Boa Nova de Jesus é a última iniciativa de Deus na história?
    Porquê hoje, tantos cristãos vivem voltados para o passado, sem capacidade para acolher novas iniciativas do Espírito? Acreditamos no amor e no perdão de Deus!
    “JESUS DISSE AO PARALÍTICO: OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS”

    SEGUNDA LEITURA

    Irmãos: a comunidade de Corinto trocou a Palavra de Deus pelas ideias dos falços pregadores, e deliram com as suas novas doutrinas. A vítima desta situação foi S. Paulo, que fundou a comunidade pelo verdadeiro anúncio do evangelho.Humilhado, caluniado, difamado e até agredido, S. Paulo sabe o que é ser apóstolo: é estar seguro na fé de que Deus é fiel à Sua Palavra, como podemos ouvir nesta leitura.

    II Cor.1,18-23
    Irmãos, hoje se sente e se vê na Igreja Universal o drama da Evangelização. Uns passam a certidão de óbito ao Evangelho quando dizem que não se compreende, não é acessível ou dizem até que é fonte de desunião na Igreja. Outros, pequenas minorias,como S. Paulo acreditam e esperam, seguros na fé de que a Palavra de Deus Se há-de cumprir.
    Nós onde nos situamos?

    EVANGELHO Mc.2.1-12

    Irmãos, os cristãos do evangelho de Marcos, enfrentavam todas as dificuldades e tudo suportavam para anunciarem a Boa Nova de Jesus Cristo.
    Saudemos o Senhor, que é no meio de nós, a Boa Nova de Deus.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, depois de Jesus chamar discípulos, nasceu um grupo, tocado por estas palavras de Jesus: VEM E SEGUE-ME.
    Este grupo tinha de ser evangelizado. Não entraram em escolas e universidades. O Mestre, era Jesus e eles os alunos, ouvindo e vendo. Ouvir as palavras de Jesus e ver os Seus gestos admiráveis. Este é o método certo e seguro que forma os discípolos de Cristo Jesus; quase nunca falava com eles a sós, ou em grupo. Os discípulos etavam no meio das multidões, para verem e ouvirem.
    SOUBE-SE QUE ELE ESTAVA EM CASA, JUNTARAM-SE TANTAS PESSOAS QUE JÁ NÃO CABIAM SEQUER DIANTE DA PORTA E JESUS COMEÇOU A PREGAR-LHES A PALAVRA.
    A aula, o anúncio da Palavra estava a começar, quando se deu um acontecimento insólito. As telhas da casa começaram a sair do sítio, abriu-se um buraco e não era um vendaval. Quatro homens trouxeram um paralítico e desceram-no pelo buraco do teto, deitado numa enxerga e colocaram-no aos pés de Jesus.
    “TROUXERAM-LHE UM PARALÍTICO…DEVIDO À MULTIDÃO…DESCOBRIRAM O TETO…E…DESCERAM A ENXERGA EM QUE JAZIA O PARALÍTICO.”
    As palavras com que Jesus acolheu o paralítico foram estas:
    “FILHO OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS…ESTAVAM ALI SENTADOS ALGUNS ESCRIBAS
    As autoridades religiosas, ensinavam ser um castigo de Deus a paralisia do homem que descido pelo buraco do telhado.
    Assim a parelisia, seria um ato justo de Deus, pensavam e ensinavam eles.
    O conflito dos ESCRIBAS com Jesus foi duro. Jesus usou as palavras de ternura até chamou FILHO ao paralítico: FILHO OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS.
    Jesus colocou diante dos escribas e de todos os presentes, um paralítico santo. Santificou-o quando lhe disse:
    FILHO OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS. E o paralítico ficou santificado.
    O Deus de Jesus, não era o mesmo dos escribas que começaram a dizer:
    ESTÁ A BLASFEMAR…SÓ DEUS PODE PERDOAR PECADOS.
    Para as autoridades religiosas, as palavras de Jesus foram como, se caísse o próprio Templo de Jerusalém. A doença,a paralisia deixou de estar acima das pessoas. Não era sinal de pecado, mas para se poder manifestar a glória de Deus.
    Jesus hergueu-se e fez o maior desafio da história. Perguntou aos escribas: QUE É MAIS FACIL? É ver no paralítico um pecador ou um santo? QUE É MAIS FÁCIL? É continuar paralítico, ou restituir-lhe o andar?
    Pois Bem. PARA SABERES QUE O FILHO DO HOMEM TEM NA TERRA PODER DE PERDOAR OS PECADOS EU TE ORDENO DISSE ELE AO PARALÍTICO: LEVANTA-TE TOMA A TUA ENXERGA E VAI PARA CASA.

    Toda aquela gente, escribas e demais religiosos que ali estavam a pensar que o paralítico era um castigado, FICARAM MARAVILHADOS E GLORIFICAVAM A DEUS DIZENDO: NUNCA VIMOS COISA ASSIM.
    -Eis as maravilhas: compreenderam e acreditaram que para Deus os Seus filhos são mais que quaquer doença.A doença é menos, viram um paralítico santificado; OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS.
    -Viram a maravilha de ouvirem em palavras humanas, o Filho do Homem proclamar o perdão:
    O FILHO DO HOMEM TEM NA TERRA O PODER DE PERDOAR.
    -Viram a maravilha do paralítico santificado da enxerga:
    TOMA A TUA ENXERGA E VAI PARA CASA
    -Viram esta maravilha: o paralítico chegou dependente duma enxerga a descer pelo teto da casa. Depois viram-no com enxerga às costas. A enxerga, isto é, a doença é que dependia dele.
    TOMOU A ENXERGA E SAIU DIANTE DE TODA A GENTE

    Irmãos, como concluir esta reflexão?
    – E ouvindo as suas palavras e vendo o Gesto admirável do perdão e da cura do paralítico, jesus quis ensinar os seus discípulos. “Ouvir e ver” era o modo como Jesus ensinava. Além dos discípulos somos nós que ouvimos e vemos. Mas o quê? Temos de Sair daqui diferentes, depois de ouvirmos e vermos o Gesto da cura do paralítico. Diferentes no pensar. Diferentes no coração. Temos de sair a pensar como Jesus, que pensava e sentia como Deus o Seu Pai.
    E nós como sentimos e pensamos? Se estivessemos na casa e víssemos descer pelo telhado da casa um paralítico, também estaríamos contra Jesus a dizer como os escribas: ESTÁ A BLASFEMAR, por ter tratado um pecador com ternura: fILHO OS TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS. Como estamos longe do Evangelho, do pensar e do sentir de Jesus, como aqueles que levaram o paralítico a Jesus.
    Cheio de ternura Jesus chamou filho ao paralítico pecador. E nós que somos pecadores, como nos tratamos uns aos outros?
    Por vezes até nos alegramos com o pecado dos outros em segredo e publicamente.
    -Levantar o doente do seu desânimo afundado em depressões, sem meios para enfrentar a doença, um peso na família é o ensinamento de Jesus. Há tantas maneiras de diszer ao doente LEVANTA-TE. É a força da caridade que é tão grande e opera maravilhas. Até existe para doentes uma Unsão Santa que é sacramento. Até disto nos esquecemos?
    Hoje o Senhor, veio ao meio de nós para que ouvíssemos e vissemos o seu sentir para com os pecadores e doentes.
    Depois de vermos e ouvimos o Gesto de Jesus, queremos falar e sentir com o Ele? Cada um examine-se a si mesmo.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B- do Saudoso e grande amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  77. Dário Costa says:

    VI Domingo Comum-B-S.Marcos

    Primeira leitura,Lev.13,1-44-46.

    Irmãos: desde muito cedo que o Povo de Deus, começou a ter consciência de ser,entre os outros povos da Terra, um Povo Santo.
    A regra da santidade era esta:
    -Pôr Deus,acima de todas as criaturas e de todos os deuses.
    -Testemunhar, perante os outros povos, que Deus é Santo, isto é, só Ele é o único ponto de apoio do Seu Povo.
    Também, desde muito cedo, o Povo de Deus,entende que certas realidades, contradizem a santidade de Deus, por isso isolava-as.
    A consciência do Povo Eleito, de ser um Povo Santo, era obra do Espírito Santo, mas as leis como se cocretizava esta consciência, eram obra dos homems, sempre sujeita à caducidade do Tempo.
    Irmãos: foi Jesus de Nazaré, que trouxe, ao Povo de Deus, a nova e definitiva lei de Sua santidade, que é o próprio amor de Deus, a caridade. Por isso acolhe e cura os leprósos, porque não os reconhece através de uma lei, mas através do amor.

    Segunda leitura
    O caso da comunidade de Corinto, corrompida nos costumes e na fé, era a ausência do amor de Deus, da caridade.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo denuncia que os coríntios, procuravam os interesses pessoais e não os dos outros. Faltava o amor de Deus nos corações.

    ICor.10,31-11,1
    Irmãos: como podemos ouvir, o amor de Deus, a caridade é uma realidade interior, dos corações, que dá sentido a tudo quanto é exterior, quer seja comer ou beber,servir os outros, ou mesmo orar.
    Irmãos: a acusação de S.Paulo feita aos cristãos de Corinto, também pode ser feita à nossa comunidade?
    Quais são na nossa comunidade os sinais do amor de Deus?
    Também vivemos para os nossos próprios interesses, esquecidos do amor de Deus?

    Evangelho Mc.1,40-45.

    Irmãos: a Boa-Nova de Jesus está presente em cada acontecimento do evangelho de Marcos.
    Saudemos o Senhor que hoje, na cura de um leproso, nos revela a Sua Boa-Nova.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãs; durante toda a Sua vida pública, Jesus ocultou a Sua orígem divina, Intitulava-se a Si mesmo o Filho do Homem. Pôs de lado a Sua divindade e no meio de nós, quis ser homem, verdadeiro Homem.
    Quando fazia gestos admiráveis, que se podiam atribuir ao poder divino, Jesus recomendava sempre, como ouvimos hoje na cura do leproso:”ADVERTIU SEVERAMENTE, DESPEDIU-O: NÃO DIGAS NADA A NINGUÉM.”
    Jesus só falou da Sua orígem divina-Filho de Deus-quando já não interessava às multidões. Disse-o no tribunal, quando lhe perguntaram se era Filho de Deus e jesus respondeu: TU O DIZES, SOU. Também na cruz,o centurião quando O viu morrer disse: NA VERDADE ESTE HOMEM É O FILHO DE DEUS.
    Jesus escondeu sempre a Sua orígem divina. No meio de nós, quis ser homem , só Homem. Porquê? Porque foi por nós homens que se fez homem.Aqui começa e acaba, o amor de Cristo pela humanidade: por causa de nós homens.
    A atuação terrena de Jesus, não é uma revolução divina que os anjos podian fazer. a atuação terrena de Jesus é a revolução do Filho de Maria, do Filho do Homem, para os homens.
    Nestes últimos domingos, temos visto Jesus à procura de discípulos. Conseguiu um pequeno grupo e quis ensiná-los na sua própria escola: OUVIR E VER. Quis que ouvissem a Sua Palavra e vissem os Seus Gestos Admiráveis. Palavras de Jesus,Gestos de Jesus, são o segredo da revolução para uma nova humanidade. Jesus ensina, mentaliza, usa a fé, para colocar os Seus discípulos, diante duma humanidade nova, com homens novos.
    Hoje o Evangelho, coloca-nos diante desta nova humanidade, dando-nos como modelo exemplar um leproso.
    VEIO TER COM JESUS UM LEPROSO E SUPLICOU-LHE:
    SE QUESERES PODES CURAR-ME. JESUS ESTENDEU A MÃO, TOCOU-LHE E DISSE: QUERO: FICA LIMPO.
    Depois o leproso ficou um homem novo de corpo e alma.
    “NO MESMO INSTANTE O DEIXOU A LEPRA E ELE FICOU LIMPO.”

    Jesus curou um leproso. que significado tem esta cura?
    -Se foi para fazer apenas bem àquele leproso, Jesus não procedeu com justiça porque havia naquele tempo milhares de leprosos, e Jesus não os curou. Assim a cura de um leproso seria uma injustiça.
    -A cura do leproso, foi um dos gestos mais revolucionários em que Jesus manifestou as suas preocupações com a situação da pobre humanidade, tão humilhada, tão condenada, confrontada com doenças horríveis e com todos os males das sociedades injustas de explorados e exploradores.
    -Com o Gesto da cura do leproso, Jesus revelou que o ser humano é sempre mais do que a doença, A doença é sempre menos do que o homem. Não foi uma pregação, foi um gesto, um facto real, foi o início de uma boa nova, vejamos:
    JESUS…TOCOU-LHE E DISSE: QUERO, FICA LIMPO.
    Por lei, era proibido tocar num leproso, mas JESUS TOCOU-LHE. O leproso era tido por um castigado, um pecador público. Jesus deçlarou que na verdade ao dizer: QUERO: FICA LIMPO não era pecador público. Lepra e pecado naquele tempo identificavam-se. lepra no corpo e pecado na alma, mas jesus mandou o leproso curado mustrar-se aos sacerdotes.
    VAI MOSTRAR-TE AOS SACERDOTES.
    Jesus mandou guardar segredo, porque queria que vissem nele, irmão, um homem e não um Deus. Que vissem nele uma humanidade nova, para um homem doente e pecador. No caso era o leproso.
    O mundo, a humanidade doente e pecadora não aguenta e até rejeita a nova humanidade incarnada em Jesus. Quando o leproso começou apregoar a sua cura, Jesus não podia entrar nas cidades, teve de refugiar-se nos lugares desertos. Mas mesmo assim,a fé de muita gente levava-os a procurar Jesus.

    Irmãos, como terminar eta reflexão? Como é difícil!…
    Há dois mil anos, Jesus tocou o leproso e disse: QUERO: FICA LIMPO. Há dois mil anos Jesus proclamou que doente é mais que a doença.Ó grande desgraça!…Os batizados ainda não aprenderam, nem praticam o Quero de Jesus.
    -Nas urgências dos hospitais os doentes esperam longas horas…por vezes os médicos nos bares. Nos hospitais falta o necessário, por muitas e variadas razões sendo sempre os responsáveis os culpados.
    -Nos serviços de saúde particulares, não há esperas porque há dinheiro. Aqui o doente já é mais. Porquê? Nos serviços de saúde do estado o doente já é menos que a doença. Porquê?
    Tantos doentes esquecidos e abandonados às vezes pela própria família. Até já há nações a decretarem a eutanásia, isto é, uma lei que permite pôr fim à vida do doente. Aqui a vida do doente é menos do que a doença, traição ao Evangelho.
    Nós cristãos, já não ouvimos nem entendemos o encontro de jesus com o leproso.
    Para Jesus o leproso era mais que a lepra e foi curado.

    Irmãos, hoje Jesus está no meio de nós, para vermos um leproso ir ter com Ele e dizer-lhe: PODES CURAR-ME. Prostrado diante de Jesus foi tocado e jesus disse-lhe: FICA LIMPO.
    Que pensamos, que sentimos da revolução de Jesus. O ser humano é mais do que a doença.A doença é menos que o ser humano…
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”-B- do Saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  78. Dário Costa says:

    O concólio V.II nos diz: a musica sacra será tanto mais santa quanto mais estiver unida à ação liturgica,mais delicadamente a oração,favorecendo a união do povo de Deus que deve participar nos ofícios divinos celebrados solenemente com o canto, em que os ministros sagrados e toda a assembleia participa animadamente para glória de Deus e santificação dos fieis.(SC:112)
    Que ninguém participe na Eucaristia, como mudos, espetadores: mas que, todos ponham a sua voz ao serviço da Igreja de Cristo,unidos, para Glória do Pai do Filho e do Espírito Santo.Isto é “IGREJA”

    Santo Agostinho dizia: é melhor cantar um cântico velho com um coração novo, do que cantar um cântico novo, com um coração velho.
    O coral litÚrgico,é para ajudar toda a assembleia, para que, participe animadamente e não como estranhos; Recordo com saudade, as celebrações presididas pelo saudoso padre António Mendes Rocha, que antes de celebrar, junto do ambão manifestava a sua alegria, perante o povo ali reunido, que não cabia no templo, mas que dentro ou fora estava atento para aprender o canto em que depois participava de alma e coração; era assim o padre Rocha, que sabia unir o Povo de Deus, que preparava sempre com grande sabedoria divina, o canto e a Palavra de Deus,que fortalecia a fé de todos,ricos ou pobres, ali reunidos. Também a vóz que Deus me deu esteve e estará sempre ao serviço de Deus e do Seu povo. quem canta reza duas vezes.Sempre para glória de Deus.
    Por Dário Costa

  79. Amadeu Barros Sousa says:

    Bom dia.
    O vosso Site de sugestão de cânticos para a missa dominical é um espetáclo.
    É uma pena não ser semanal.
    Sem mais de momento,
    Obrigado

  80. Dário Costa says:

    Dia 5 de Fevereiro de 2012

    5ºDOMINGO COMUM -B-S.Marcos

    Primeira leitura Job.7,1-4,6-7
    Irmãos: Não tem faltado, na história dos homens, pensadores dotados,cheios de vigor e de coragem,capazes de pensarem a vida e o mundo.Cada génio, pensa a vida de um modo, para ser também vivida e enfrentada de um modo novo.São os movimentos culturais.Mas as culturas nascem e desaparecem, deixando as pessoas no silêncio, isto é,o homem,continua sem saber quem é.
    Como podemos ouvir nesta leitura,Job, sofre a angústia, o dramático silêncio daqueles que não encontram resposta para a vida.
    -As noites de amargura terminaram, o silêncio quebrou-se, quando Job, reconheceu que não passava de um pobre mortal. Interrogou-se, procurou e encontrou a resposta para a vida,
    Essa resposta, que Job procurou no meio de dúvidas e de angústias, foi dadda aos homens, definitivamente e em palavras humanas, por Jesus de Nazaré.
    Procuremos, pois, em Jesus a Palavra da vida.

    Senhor nós te procuramos.Jesus Tu nos dás a vida.

    Segunda leitura

    Irmãos: as divisões e contendas da comunidade de Corinto, não são apenas divergências humanas que se apaziguam, com boas palavras.
    Como vamos ouvir nesta leitura, as divisões entre os cristãos de Corinto, são um sinal de que o Evangelho ainda se não cumpriu.

    I Cor.9,16-19,22-23,
    Irmãos : como uvimos, a iniciativa do anúncio do Evangelho não é dos homens, mas de Deus.Por isso, a intervensão de S. Paulo na comunidade de Corinto, é uma obediência a Deus. Se intervem,é por causa do Evangelho, é uma obrigação.
    Irmãos: na nossa comunidade, não são também abundantes os simais de que o Evangelho não se cumpre?
    Aceitamos o Evangelho como uma iniciativa de Deus?
    Que surjam aqui intervenções por obediência do Evangelho.

    EVANGELHO Mc.1,29-39

    Irmãos: no evangelho de S. Marcos, Jesus anuncia a Boa Nova por obediência a Alguém que ama e conhece; é o Seu Pai. Saudempos o Senhor, que hoje intervem na nossa comunidade com a Palavra do Pai Celeste.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, Jesus iniciou a sua vida pública depois do martírio de S.João Batista usando este slogan; “arrependei-vos e acreditai no evangelho…o Reino de Deus está próximo”.
    É este o objetivo de Jesus; levar-nos ao arrependimento, a acreditar na nossa mentalidade do Evangelho e acolher o Reino de Deus.
    Este objetivo de Jesus começou a concretizar-se com os primeiros discípulos que deixaram tudo para O seguirem.

    Que métodos vai Jesus usar, para que o Seu primeiro grupo seja um grupo de arrependidos, que aceitam e acreditam no Seu Evangelho, e estejam convencidos que o Reino de Jesus chegou?
    Jesus, não começa por fundar seminários, escolas ou univercidades. O método de Jesus ensinar é: ver e ouvir.
    -Os discípulos tinham de ouvir os ensinamentos de Cristo, o Evangelho.
    -Os discípulos tinham de ver e compreender a atuação e os gestos admiráveis de Jesus.

    Hoje ouvimos uma narração admirável de palavras e gestos, ouvidos e vistos por Tiago,joão, Simão e André.”JESUS SAIU DA SINAGOGA E FOI COM TIAGO E JOÃO A CASA DE SIMÃO E ANDRÉ”.
    Ouviram e viram, o que Jesus disse e fez, para os ensinar, isto é, para os levar à mudança de mentalidade,à fé do Seu Evangelho e compreenderem que o Reino de Deus havia chegado.
    Hoje e aqui, já não é Tiago, João, Simão e André. Hoje e aqui, somos nós os escolhidos, para ouvir a Palavra de Jesus e ver a sua atuação, que é um Sinal do Reino de Deus.

    Foi para ouvir que Jesus abriu os ouvidos aos surdos.Foi para ver e compreender os Seus gestos admiráveis, que Jesus abriu os olhos aos cegos. Pessamos pois a graça da cura espíritual, para hoje e aqui, podermos ver e ouvir Jesus e acreditarmos no Evangelho e no Reino de Deus presente no meio de nós.
    -Que estamos nós a ver?
    “A SOGRA DE SIMÃO ESTAVA DE CAMA COM FEBRE. JESUS…TOMOU-A PELA MÃO E LEVANTOU-A”
    Que significa este gesto de Jesus? Alguém, pela doença estava retido, preso, e jesus libertou, para chegar à fé do Seu Evangelho, e mostrar como Deus quer reinar no meio de nós.
    -Que estamos a ver? “JÁ DEPOIS DO SOL POSTO TROUCERAM-LHE TODOS OS DOENTES E POSSESSOS A CIDADE INEIRA FICOU REUNIDA DIANTE DA PORTA”.
    Que significa este acontecimento? Os habitantes daquela terra descobriram Jesus, fonte de uma nova energia. Viram como era o Reino de Deus. Não era poder? Era amor a “TODOS OS DOENTES”.
    -“QUE ESTAMOS A VER? jESUS COROU MUITAS PESSOAS…E EXPULSAVA MUITOS DEMÓNIOS…NÃO DEIXAVA QUE OS DEMÓNIOS FALASSEM PORQUE SABIAM QUEM ELE ERA”.
    Que significam estas curas? Que significa mandar calar os demónios? Os habitantes daquela terra, ficaram a saber que a doença é menos do que a pessoa. A pessoa é sempre mais do que a doença. Curar até ao fim. Nunca matar. Por isso Jesus, não deixava falar os demónios, autores e adVogados das leis da morte e das doenças.

    Que trabalheira passou Jesus à porta da casa de Pedro. Demanhã estava exausto. Por isso,”DEMANHÃ MUITO CEDO RETIROU-SE PARA UM SÍTIO ERMO E AÍ COMEÇOU A ORAR”.Foi orar porquê? Porque naquela tarde, não fez o serviço de corandeiro, nem de médico, nem de enfermeiro, nem de bruxo, como alguns lhe chamavam.Depois, naquela tarde de trabalho, o Servo do Reino do Pai Celeste, foi orar, foi oferecer ao Pai, as suas canseiras, foi à fonte da energia divina, o Pai fonte de toda a santidade. Os que viram e ouviram, quando Jesus se retirou, correram à procura dele, talvez para agradecerem. Disseram-lhe “TODOS TE PROCURAM” Jesus que não se deixa prender por louvores deste mundo, respondeu:VAMOS A OUTRO LUGAR…PARA ISSO É QUE EU VIM”.

    Irmãos,como terminar esta reflexão? Interroguemo-nos.
    -Como queremos conhecer Jesus Cristo? Como Ele quer ser conhecido? Pelo método ver e ouvir, ou queremos conhece-lo à nossa maneira? Ouvi-lo, vê-lo,encontramos arrependimento, acreditamos no Evangelho e percebemos que o Reino de Deus já chegou. Se queremos conhecer Jesus à nossa maneira, nunca o procuramos, nem o conhecemos, não damos valor ao Evangelho e nunca damos pelos sinais do Reino de Deus entre nós.
    -Interroguemo-nos.Hoje e aqui, vimos Jesus no meio de doentes e de possessos do demónio? Vimos gente que O procura dia e de noite? Vimos gente surpreendida por sair de Jesus uma nova energia? Este Cristo já está no meio de nós? Já é fonte de uma nova energia para expulsar os demónios do nosso tempo?
    Estes demónios, são sempre soberba,ira,luxúria sexual, inveja,ódios e muitos outros sinais da presença do demónio. Todos os novos tempos têm novos demónios. Quem os expulsa? Quem são os possessos.
    Todos os tempos têm também Cristo morto e ressuscitado, terror dos demónios, vencedor da morte.
    Irmãos, os primeiros dicípulos seguiram Jesus e disseram: “TODOS TE PROCURAM”. Nós pertencemos ao núnero daqueles que procuram Jesus?!…
    Extraido do livro”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”ano-B- do saudoso e amigo, padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  81. Dário Costa says:

    4ºDomingo Comum,ano-B-S.Marcos

    Primeira Leitura Deut.18,15-20
    Irmãos:através dos tempos, foram muitas e sempre diferentes crises, que o povo da fé teve de enfrentar.Estas crises, venceram-se sempre, com aqueles que acolheram sempre a Palavra de Deus, anunciada pelos profetas.
    Como podemos ouvir nesta leitura,numa grave crise da fé, os responsaveis do Povo de Deus,alertados pelo Espírito, compreenderam que o Deus da Aliança chamava a contas.
    -Primeiro, porque não anunciavam a Sua Palavra.
    -Segundo, porque em vez da Palavra de Deus, anunciavam a palavra dos homens e, pior ainda, falavam em nome dos deuses dos pagãos.
    Por fim, acolheram a Palavra de Deus e converteram-se.
    Irmãos: O puder e a autoridade da Palavra de Deus, manifestou-se definitivamente em Jesus de Nazaré. Ele é a última Palavra, o Messias sofredor, o Profeta do Pai.

    SEGUNDA LEITURA

    Os cristãos de Corinto, ainda não tinham compreendido que a Palavra de Cristo prOjetava uma nova luz, sobre todas as realidades da vida. Por isso, como vamos ouvir nesta leitura, a desorientação entrou na comunidade de Corinto.
    I Cor.7, 32-35
    Irmãos: As realidades da vida e do mundo, não são a última palavra. A última Palavra pertence a Cristo, Como acabámos de ouvir nesta leitura, os cristãos solteiros que pensam no casamento, ou já casados, e os outros que estão noutro estado de vida, não podem pensar que estão dispensados dos apelos do Espírito Santo, porque a última Palavra pertence a Deus, mesmo quando chega a morte.
    Irmãos: diante da realidade da vida, já acreditamos que a última Palavra não pertence aos homens, nem à morte nem à vida,mas a Deus? Que pensamos da autoridade da Palavra de Jesus? No meio de nós Ela tem poder?

    Evangelho Mc.1,21-28.

    Irmãos: O evangelho de S.Marcos, ensina que o poder e a autoridade da Palavra de de Jesus, é o Seu Segredo e também o dos cristãos.
    Saudemos o Senhor que hoje nos revela o poder da Sua Palavra.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, “Jesus fez-Se homem”, é um dos nossos, mas só O conhece quem entra numa dinâmica de arrependimento. Quem se não arrepende, não O conhece.
    -Como conhecer Jesus?
    -O conhewcimento de jesus, não é fruto do estudo, de uma aprendizagem e muito menos de uma imposição. O conhecimento de Jesus é o Dom de Deus, é o Segredo que se pode observar, nas manifestações da Vida, da Palavra e dos gestos de Jesus.
    Hoje, irmãos, o evangelho, coloca-nos diante de uma manifestação de Jesus, isto é o Seu Segredo, mostra-se quando falava em Cafarnaum.
    “ESTAVA JESUS EM CAFARNAUM…E COMEÇOU A ENSINAR”
    Os ouvintes ficaram maravilhados. Porquê?
    “TODOS SE MARAVILHAVAM COM A SUA DOUTRINA”
    Porquê?
    Porque as Palavras de Jesus, não eram a repetição de ensinamentos aprendidos.
    As Palavras de Jesus, eram a revelação de algo que se escondia em Jesus. Tinham autoridade, isto é, não vinham da memória de Jesus. Ao falar, Jesus desdobrava a Sua alma e mostrava a Sua orígem por isso, não se confundia com os doutrinadores, os mestres religiosos, doutores da lei, escribas e fariseus.
    “ENSINAVA COMO QUEM TEM AUTORIDADE E NÃO COMO OS ESCRIBAS”
    Os ensinamentos,embora religiosos, dos escribas, não tinham a oposição de ninguém, mas a Palavra de Jesus tinha grande oposição. tinha a oposição dos mestres religiosos em geral e, dos demónios.
    “NISTO APARECEU… UM HOMEM COM UM ESPÍRITO…QUE DISSE EM ALTOS BRADOS: QUE TENS QUE VER CONNOSCO, JESUS DE NAZARÉ”
    Forças ocultas, satânicas querem calar Jesus. Poquê? Porque a Palavra de Deus se manifesta em Jesus, com todo o Seu poder. Jesus e a Palavra de Deus, identificam-se em Jesus e, os demónios sabiam-no.
    “UM ESPÍRITO IMPURO…DISSE: VIESTE PARA NOS PERDER? EU SEI QUEM TU ÉS!
    Neste momento algo escondido se manifestou. Jesus falou e a Palavra de Jesus foi uma ordem para os demónios e um assombro para os presentes.
    “DISSE-LHES JESUS NUM TOM SEVERO: CALA-TE E SAI DESTE HOMEM.O ESPÍROTO IMPURO…SAIU DELE”
    Os ouvintes ficaram assombrados e interrogavam-se acerca do que se manifestara em Jesus.
    “QUE VEM A SER ISTO? UMA NOVA DOUTRINA, E COM QUE AUTORIDADE. ATÉ MANDA NOS ESPÍRITOS IMPUROS”
    Depois, foram-se embora e anunciavam o que se tinha manifestado em Jesus.
    “E LOGO A FAMA DE JESUS CORREU POR TODA A PARTE”

    Irmãos , como terminar esta reflexão?
    Certamente com esta pergunta. Qual é o nosso Cristo?
    -O nosso Cristo é o Cristo dos escribas, um Cristo sem manifestação. Um Cristo que repete ensinamentos. Um Cristo de palavra sem autoridade?
    Estes, eram oposição à manifestação de Jesus.
    -O nosso Cristo é o Cristo do “Espírito impuro” que sentia Jesus acima dele, com uma autoridade, capaz de o perder e por isso foi expulso.
    Este medo de pôr, Jesus acima, de tudo, não será um drama entre nós?
    -O nosso Cristo, é o Cristo das interrogações? “QUE VEM A SER ISTO?” São interrogações, que raras vezes o princípio de uma resposta.
    Irmãos, entre nós, o Segredo de Jesus, não estará por desvendar-se?
    Temos Cristo, mas falta-nos a Sua manifestação, essa epifania passa por nós, somos nós.
    Se queremos falar de Cristo sem O conhecer, corremos o risco de ouvir o que Jesus disse ao espírito impuro “CALA-TE”.
    Irmãos,mas quem pode calar aqueles que conhecem Cristo?
    Extaido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” Do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  82. Dário Costa says:

    Terceiro Domingo Comum-B- S. Marcos

    PRIMEIRA LEITURA Jon.3,1-5,10

    Irmãos:em todos os tempos, as comunidades cristãs, correram o perigo de se fecharem sobre si mesmas e isolarem-se do mundo.
    Como podemos ouvir, foi numa destas crises, que surgiu o profeta Jonas.
    Jonas, não é um profeta como os outros. Ele próprio incarnou o drama,daqueles que só sabem condenar o mundo, porque ignoram a “porta da penitência”, por onde entram os arrependidos e regressam os pródigos.
    -Em todos os tempos, Nínive, será a imágem do mundo “as grandes massas” que esperam aquele anúncio que é princípio de nova vida.
    Irmãos: depois de Grandes hesitações, Jonas acabou por partir e a sua palavra, provocou uma nova maneira de viver. Mas, a nova vida, nasceu definitivamente, quando Jesus saiu da oficina de Nazaré e partiu a anunciar o arrependimento e a dizer: “Vinde e segui-Me”.

    SEGUNDA LEITURA
    Irmãos: Os Coríntios confundiram a conversão cristã,-a nova vida- com a mudança de modos de viver.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para dizer que a conversão dos Discípulos de Cristo é uma nova vida, que nada tem a ver com o mundo onde tudo passa e o tempo que é breve.

    I Cor.7.29-31.
    Irmãos: comno podemos ouvir, a conversão, não é a escolha de um modo de viver, mas uma nova vida, a conversão, não é a escolha de um modo de viver, mas uma nova vida, a configuração com Cristo morto e ressuscitado. Os modos de vida passam, mas o Reino de Cristo não terá fim.
    Irmãos: a nossa conversão ainda é confusa como a dos Coríntios? A nossa conversão já é a dos discípulos d,Aquele, que disse, ao passar: “Vinde para a morte e para a ressurreição”? Estamos convencidos que o mundo passa e que o Reino de Cristo não terá fim?

    EVANGELHO Mc.1,14-20.

    Irmãos: S.Marcos narra no seu evangelho que os verdadeiros discípulos sáo aqueles que seguem Cristo para a morte e ressurreição.
    Saudemos o Senhor que hoje nos diz, “Vinde após Mim”.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, Jesus só começou verdadeiramente a sua atuação terrena, quando teve conhecimento da prisão de João Batista:
    “DEPOIS DE JOÃO TER SIDO PRESO,JESUS PARTIU PARA A GALILEIA E COMEÇOU A PREGAR O EVANGELHO DE DEUS.
    Início da vida pública de Jesus; início do anúncio da chegada do Reino de Deus.
    “CUMPRIU-SE O TEMPO ESTÁ PRÓXIMO O REINO DE DEUS.”
    O que é o Reino de Deus? Jesus mal abriu a boca para pregar começou assim:
    “ESTÁ PRÓXIMO O REINO DE DEUS, Disse mais.Disse que o tempo se tinha cumprido, isto é, já não há tempo para esperar o reino de Deus, porque o Reino de Deus chegou. Ou se entra nele ou se fica de fora. Mas voltamos á pergunta.O que é o Reino de Deus? Na instrução primária, começamos a aprender o que eram os reinos, as nações. Aprendemos que o reino de Portugal não era o da Espanha ou de outra nação qualquer. Ficámos a saber que eramos portugueses. Nos mapas, as nações e os reinos são bem desenhados, cada um com as suas próprias fronteiras.E o Reino de Deus onde fica? Onde está o mapa com o Reino de Deus desenhado? O mapa do Reino de Deus somos nós reunidos, na unidade do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

    Jesus disse: O MEU REINO NÃO É DESTE MUNDO.Não tem fronteiras, não vem no mapa mundi. Mas está entre nós. Como saber o que é o Reino de Deus? Há sinais, e um sinal certo e seguro do Reino de Deus que se vê a olho nu, é a Igreja.Vede que exigência; IGREJA SINAL DO REINO DE DEUS.
    jesus ao pregar o Reino de Deus, disse que era para todos. Estava em todas as nações sem fronteiras.
    A Igreja existe para isto mesmo, para ser atavés dos tempos um sinal do Reino de Deus, mas se não é, torna-se um contra sinal. São sempre contra sinal, aqueles que são Igreja visível, mas não entram no Reino de Deus, pela verdadeira Porta. Qual porta? Então o Reino de Deus tem uma porta? Sim. O próprio Jesus ao anunciar a chegada do Reino de Deus, disse:
    “EU SOU A PORTA”. esta é a Porta, a entrada para o Reino de Deus.
    ” ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO”. O arrependimento e a Boa Nova de Jesus, são na terra,porta por onde se entra no Reino de Deus.
    Deus reina, Deus gosta de estar com aqueles que acreditam no Evangelho e mudaram a mentalidade e o coração. Mentalidades Novas, corações novos, aí está Deus a reinar. Aqueles que o Evangelho não mudou a mentalidade e o coração, esses, ainda não entraram no Reino de Deus, ficaram de fora.
    No início da vida pública de Jesus ardia no seu coração o fogo de anunciar a chegada do Reino de Deus e de juntar a si os discípulos para o serviço deste reino.
    Isto começou a acontecer,quando João Batista apontou Cristo a dois discípulos: EIS O CORDEIRO DE DEUS. Hoje é o mesmo Cordeiro de Deus que passa nas praias do mar da Galileia e diz a dois irmãos pescadores:
    “VINDE COMIGO…ELES DEIXARAM LOGO AS REDES E SEGUIRAM-NO”.
    A chama do chamamento começou a formar um grupo, mais ainda, na mesma praia viu dois irmãos Tiago e João e chamou-os. “ELES DEIXARAM LOGO O SEU PAI ZEBEDEU…E SEGUIRAM jESUS”.
    E até aos nossos dias, o fogo do chamamento de Jesus, ainda não se apagou.
    Interroguemos os Santos vivos no reino de Deus na terra.

    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    -Anunciar o reino de Deus é facil até há ceitas que o anunciam. O próprio Jesus também avisou os seus discípulos: se vos disserem que o Reino de Deus está aqui ou acolá, não os sigais. Porquê? Porque o Reino de Deus não depende apenas do Seu anúncio, depende na entrada deste reino.
    Jesus um dia disse: “EU SOU A PORTA”. A porta por onde se entra no Reino de Deus, é o verdadeiro arrependimento dos que acreditam no Evangelho de Jesus: “ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO”.
    Esta é a porta do Reino de Deus.
    Quem não entra por esta porta, fique certo que fica de fora. E nós, já estamos dentro ou fora do Reino de Deus? Acreditar no Evangelho é uma condição para entrar no Reino de Deus. Como lidamos com o Evangelho? Quem procura ouvi-lo com fé? às vezes subestituimos o Evangelho por qualquer devoção. Há lugar para tudo, menos para o Evangelho.
    -O concílio Vaticano II proclamou tempos de arrependimento e de Evangelho. Tempos novos, novas mentalidades e corações novos. E o Concílio não é entendido, por vezes regeitado.

    Hoje Jesus veio ao meio de nós para nos dizer ARREPENDEI-VOS E ACREDITAI NO EVANGELHO…VINDE COMIGO…E SEGUIRAM JESUS.
    Nós em que ficamos?
    Extaido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -B- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  83. Dário Costa says:

    Domingos Comuns
    São aqueles que, na organização do Ano Litúrgico não estão vinculados aos Mistérios da Vida do Senhor, e que estão distribuidos entra a Epifania (Reis) e a Quaresma, e desde o Pentecostes até ao fim do Ano Eclesial (Cristo Rei)
    Os cristãos reunem-se em cada semana para ouvir a Palavra de Deus e celebrarem o Mistério Pascal.
    O Domingo é na Igreja Portuguesa, objeto de reflexão e renovação pastoral,”cuidar da assembleia dominical é a forma principal de construir a comunidade, de idificar a Igreja de Cristo”,como afirma a “Instrução Pastoral sobre o domingo e a sua celebração. Assim mandou escrever o Saudoso Padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  84. Dário Costa says:

    II Domingo Comum, ano-B

    Irmãos: o Povo de Deus, organizado em tribos, aspirava a ser uma nação entre as nações e ter também um rei, como os outros povos.
    Esta aspiração trouxe dúvidas e inquietações.
    -Uma nação como as outras nações, que assentam no poder e na força? Não.
    -Um rei, como os reis pagãos, que tem súbditos e dominam? Também não.
    Como ouvimos nesta leitura, o porta-voz de Deus para enfrentar as dúvidas do Seu Povo,foi uma débil criança – o Pequeno Samuel-.
    -Samuel, ao escutar na fé a Palavra de Deus, aprendeu a ser profeta e abriu os novos caminhos ao Povo de Deus,para ser entre as outras nações, uma Nação Santa e um Povo de Reis.
    Irmãos: Samuel, ao ser interpelado por Deus, soube dizer: “falai senhor, que o Vosso servo escuta” e tirou o pecado da infidelidade do Povo de Deus.
    Mas quem tirou definitivamente este pecado do Povo de Deus e do mundo, foi o Cordeiro de Deus, isto é: foi Cristo imolado na Cruz.

    Segunda leitura
    Irmãos: aquelas ideias pagãs que só valorizavam a alma e desprezavam o corpo, entraram na comunidade de Corinto. Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para falar da grandeza da vocação cristã. O Batizado é Templo do Espirito Santo.

    I Cor.6,13-15,17-20
    Irmãos: como podemos ouvir, nos batizados o corpo não anda por um lado e a alma por outro.
    Cristo não chama almas, chama pessoas com corpo, para nestes corpos habitar o Espírito Santo. Os discípulos de Jesus são pessoas deste mundo.
    -Cristo não morreu por almas, morreu por pessoas com um corpo, que como Ele hão-de morrer e ressuscitar.
    Os discípulos de Jesus não são os anjos, são pessoas deste mundo.
    Irmãos : nós os discípulos de Cristo, os chamados, os batizados,como os da comunidade de Corinto, esquecemo-nos que o nosso corpo é Templo do Espírito Santo?
    Deixamo-nos arrastar pela mentalidade do mundo de hoje, em que muitos entregam o seu corpo à imoralidade?

    Evangelho Jo.1,35-42

    Irmãos: S. João ensina no seu Evangelho, que o conhecimento de Jesus é uma experiência da Fé. Ver Jesus é acreditar.
    Saudemos o Senhor, que nos chama a conhece-Lo

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, na celebração do Batismo do Senhor e, aqueles que assistiram, ficaram abismados, quando o Céu se abriu, o Espírito Santo, desceu em forma de pomba e o Pai Celeste falou:”ESTE É O MEU FILHO MUITO QUERIDO”. A multidão, talvez tivesse ficado atemorizada. Porquê?
    Porque o Céu onde Deus habitava, estava longe da vida, donde vinha sobretudo castigos e maldições. Céu, onde habitava o Deus castigador. O Céu abriu-se e não vieram castigos. Desceu o Espírito Santo, o Pai falou em termos muito carinhosos. Chamou a um homem, filho querido, nele sentiu a Sua complacência.
    Como são diferentes os tempos. Antes, no Céu que se abriu, reinava o Deus castigador, o Deus das leis. Depois, o Céu abriu-se e o Deus do amor revelou-se. Já todos podemos dizer: “Sou um amado de Deus”.

    Porque é que Deus, antes deu a lei, deu os Mandamentos a Moisés e só séculos depois se abriu o Céu?
    Hoje , S. João Batista revela este Desígnio de Deus, quando estava com dois discípulos , junto do Rio Jordão.
    “ESTAVA JOÃO BATISTA COM DOIS DOS SEUS DISCÍPULOS”
    O Evangelho não diz que João estava a batizar, diz apenas que Jesus ia de passagem.
    “VENDO JESUS QUE PASSAVA”
    João Batista aproveitou a passagem de Jesus, pelo local onde tinha sido batizado, para falar do Céu aberto. Como e quem o abriu? Certamente foi obra do Pai que falou, do Espírito Santo que desceu em forma de Pomba, mas sobretudo foi obra do Filho de Deus feito homem, com aquela obediência amorosa, cujo sinal é o caminho da Cruz. Amou-nos até à morte de Cruz.
    S. João no seu Evangelho, diz isto mesmo servindo-se do Cordeiro Imolado no altar do Templo pela Páscoa. É o Cordeiro Pascal. Aquele cordeiro oferecido a Deus, morto e a sangrar no altar do Templo.Este Cordeiro é simbulo, sinal de Cristo pregado na Cruz. Esta obediência de Jesus ao Pai, teve e tem o mérito de abrir os Céus. Revelou-nos o Seu Pai, tirou-nos da negra orfandade da vida sem sentido e o Espírito Santo desceu para habitar nos nossos corações. Já não há distâncias entre o Céu e a Terra. Por isso João Batista, ao assistir ao Batismo de Cristo, compreendeu que jesus vinha tomar definitivamente o lugar do Cordeiro Imolado no altar do Templo. E ao ver passar Jesus exclamou: “EIS O CORDEIRO DE DEUS.”
    Não sabemos como os discípulos entenderam João Batista, quando disse: “EIS O CORDEIRO DE DEUS”. Terão os discípulos pensado na restauração do reino de Israel? Não sabemos, mas o que é certo, é que eles seguiram Jesus.
    “OS DOIS DISCÍPULOS… SEGUIRAM JESUS”.
    Jesus percebeu que era seguido, voltou-se e disse-lhes: “QUE PROCURAIS?” E os discípulos perguntaram: “ONDE MORAS?”
    Jesus respondeu com a maior transparência possível e simplicidade: “VINDE VER”.

    ONDE MORAS disseram os discípulos, VINDE VER disse Jesus. Este encontro foi o início de uma história de todos aqueles que querem ser discípulos de Jesus, segui-lo, serem cristãos.
    Os Discípulos foram e passaram o dia com Jesus. Deste encontro não sabemos nada, o que sabemos, é que à tarde André a quem João Batista apresentou o Cordeiro de Deus e O seguiu, à tarde já andadva ancioso e apaixonado, correndo pelas ruas à procura de seu irmão Simão. Encontrou-o e disse-lhe: “ENCONTRÁMOS O MESSIAS…E LEVOU-O A JESUS.”
    Outro encontro, outro a chegar à casa de Jesus, ONDE MORAS, outro a quem jesus disse através do irmão VINDE VER.Jesus não falou, fitou os olhos, leu-lhe o coração e mudou-lhe o nome.
    “FITANDO OS OLHOS NELE, JESUS DISSE: TU ÉS SIMÃO CHAMAR-TE-HÁS CEFAS QUE QUER DIZER PEDRO.”
    O Cordeiro de Deus, o Imolado na Cruz, não afasta, não mete medo, atrai. ONDE MORAS…VINDE VER. Mais tarde disse-lhes: “Depois que eu for levantado da terra atrairei todos” a mim.
    Irmãos; como concluir esta reflexão?
    -Quantos e grandes problemas, se põem aos cristãos de hoje, aos discípulos de Cristo.
    Na catequese, nas pregações, na Igreja em geral, qual é o modo e a pedagogia para se dar a conhecer o Cordeiro de Deus?
    Cristo será mesmo conhecido ou é aquele que os homens conhecem como crianças?
    -Em todas as Missas,ouvimos as palavras de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus.” Como reagimos? É sinal que somos seguidores do Cordeiro Imolado? É prova que já perguntamos a Jesus ONDE MORAS? É prova que mora no meio de nós, imolado como cordeiros no altar de Jerusalém?
    Se não entendemos João Batista, não sabemos onde Cristo mora, isto é, não O conhecemos, não sabemos onde mora e passamos a vida a dizer: “Ele está no meio de nós”.
    -Quando André e João, perguntaram a Jesus ONDE MORAS? Jesus respondeu VINDE VER e eles foram. E à tarde André corria a dizer ao irmão: ENCONTRÁMOS O MESSIAS. Quem de nós já disse a alguém: eu encontrei o Messias? Acaso somos cristãos que ainda não encontrámos Jesus? Se não o anunciamos é porque ainda não O encontrámos. Diz-se que é difícil encontrar Jesus no meio dos cristãos reunidos.
    -Interroguemo-nos ONDE MORAS…VINDE VER.
    Hoje a voz de João Batista ouviu-se no meio de nós a dizer: EIS O CORDEIRO DE DEUS. Quem de nós O segue?
    Extraido do livro”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B- do Saudoso e amigo padre António Mendes Rocha.
    Por Dário Costa

  85. Madalena Diogo says:

    Agradecia que me enviassem a partitura do cantico “GUIADOS POR UMA ESTRELA” em que o refrão é “VIMOS A SUA ESTRELA NO ORIENTE E VIEMOS ADORARA O SENHOR” (repete-se)
    O meu muito obrigada por todas as informações prestadas.
    Um Feliz Ano Novo

  86. Dário Costa says:

    EPIFANIA-ano-B

    Primeira leitura Is.60,1-6

    Irmãos: nesta leitura podemos ouvir, os gritos de esperança, que sentiam na sua carne a necessidade de uma renovação para o Povo de Deus, que saia de um exílio e encontrava na sua própra pátria, novos vexames e humilhações.
    -A renovação parece tardar, mas a fé aproxima o que ainda vem longe.
    -A verdadeira renovação só começa, quando todos os povos da Terra começarem a descobrir que Jerusalém é um sinal universal do Desígnio Libertador de Deus na história dos homens.
    Irmãos: tudo isto começou a cumprir-se, quando os reis pagãos chegaram a Jeusalém para adorar o Messias, Salvador de todos os povos, Rei e Senhor de todas as nações.

    Refrão do Salmo:VIRÃO ADORAR-VOS, SENHOR, TODOS OS POVOS DA TERRA.

    Segunda leitura
    Irmãos: é na cadeia que S. Paulo faz o ponto à sua missão de anunciador do evangelho.
    Como vamos ouvir nesta leitura, a pregação do evangelho aos pagãos e a reconciliação destes com os judeus, nas novas comunidades cristãs, era para S. Paulo o sinal de salvação universal em Cristo.

    Ef.3,2-3,5-6
    Irmãos: como acabámos de ouvir, um pregador do evangelho exulta de alegria na cadeia, porque em Jesus Cristo, se cumpre o Desígnio de Salvação para todos os povos da Terra.
    Irmãos: alegremo-nos, ou ao menos respeitamos, que os outros, os de fora,também são, como nós herdeiros da salvação de Cristo?
    No Seu Desígnio Salvador, Deus Pai reune na Sua Igreja, todos aqueles que acreditam em Cristo.
    Nós somos uma comunidade que está ao serviço do Desígnio de Deus?

    Evangelho Mt.2,1-12
    Irmãos: o evangelho de Mateus, narra que o povo judeu não esteve atento ao Desígnio de Deus, por isso rejeitou o Messias Prometido. Saudemos o Senhor, que hoje nos mostra que é recebido pelos de longe, quando os de perto O rejeitam.
    Aleluia! Aleluia!…Aleluia!

    Irmãos, hoje somos convidados a olhar, a contemplar e meditar,a caminhada da nossa vida cristã.
    Interroguemo-nos: se nascessemos apenas para morrer, a vida seria apenas uma oportunidade para gozarmos, assim diziam as primeiras filosofias dos pagãos.
    -Valeu a pena termos nascido? Não é verdade que vivemos tempos em que os abortos são em maior número do que os nascimentos?!.. Não é verdade que parlamentos da nossa Europa, já votaram a eutanásia?!…Numa palavra, vivemos numa cultura de morte. Maldita vida, com os seus desesperos.
    Hoje nós estamos aqui reunidos, porque neste mundo onde tantos caem nas trevas e nas sombras da morte, nós cheios de alegria, podemos ver uma grande Luz. É o que celebramos nesta Festa da Epifania do Senhor que quer dizer “MANIFESTAÇÃO DE LUZ”
    Não é uma manifestação local, é uma manifestação universal, tal como as estrelas que podem ser vistas por todos, porque nunca se apagam.
    “NÓS VIMOS A SUA ESTRELA NO ORIENTE E VIEMOS ADORÁ-LO…A ESTRELA QUE… SEGUIA À SUA FRENTE, PAROU SOBRE O LUGAR ONDE ESTAVA O MENINO”.

    Estas palavras de um conto religioso, foram inceridas no Evangelho de S. Mateus, por inspiração do Espírito Santo. É o conto dos Reis Magos.Este Conto, também podia ser uma parábola de Jesus, mas não é.Ele esconde a vitalidade das suas comunidades cristãs nascidas do judaismo.Eram comunidades de contradição, como disse o velho Semeão na apresentação do Menino Jesus no Templo: “Este menino é um sinal de contradição”. Estas comunidades no meio de um povo que rejeitou o seu Messias, eram também sinais de contradição, vocacionadas para a rejeição e para o martírio. Mas é sempre assim: quando os de perto não querem, vêem os de longe. Pereseguidas em Jerusalém, instalaram-se no norte e no sul da Palestina e juntaram-se a elas, gente de territórios vizinhos que ao passarem por Jerusalém, perguntaram às autoridades.
    “ONDE ESTÁ O REI DOS JUDEUS QUE ACABA DE NASCER?”

    Quando se pedia esta informação, Jerusalém tremia.
    “HERODES FICOU PERTURBADO E COM ELE, TODA A CIDADE DE JESUSALÉM”.
    Tinham-no crucificado, mas simulavam concelhos, consultavam os livros proféticos, praticavam a política das aparências e dos segredos de Estado.
    “HERODES MANDOU CHAMAR SECRETAMENTE OS REIS… ENVIOU-OS A BELÉM… E DISSE QUANDO O ENCONTRARDES, AVISAI-ME PARA QUE EU TAMBÉM VÁ ADORÁ-LO”.
    As afirmações e decisões da política, só duram enquanto não chega a luz da verdade.
    “OUVIDO O REI, PUSERAM-SE A CAMINHO”, mas a luz da Estrela voltou a brilhar para os conduzir.
    “AO VER A ESTELA SENTIRAM ENORME ALEGRIA”, depois “VIRAM O MENINO COM MARIA SUA MÃE”.
    “ABRINDO SEUS TESOUROS…OFERECERAM-LHE PRESENTES E REGRESSARAM À SUA TERRA, POR OUTRO CAMINHO”
    Assim escaparam aos planos secretos de Herodes que ordenou a matança dos Inocentes.
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    – O conto dos Reis Magos, é o retrato vivo de uma comunidade viva. Os de longe chegam e encontram Jesus vivo e presente:
    “VIRAM O MENINO COM MARIA SUA MÃE”.
    Uma comunidade cristã, ou é mãe fecunda, ou estéril. Qual é o sinal da nossa comunidade? É esteril ou fecunda? Hoje o mundo acusa a Igreja que é estéril, não gera , não dá à luz.
    Hoje, que nos diz a chegada dos Magos a Jerusalém? Chegaram e deram testemunho: o Messias nasceu,vimos a Sua Estrela. Onde está Ele? Jerusalém transformou a boa notícia, em notícia má. Não sabiam sequer o lugar profético do nascimento de Jesus.João mais tarde, também se queixou, está no meio de vós , quem não conheceis. Isto também acontece connosco? Ainda não sabemos que Cristo está no meio de nós?
    -Nós somos os herdeiros da luz da Estrela, a luz de Cristo. Mas o mundo não está convencido. Porquê? Somos da Nova ou da velha Jerusalém?
    Quando a luz do Concílio Vaticano II, brilhou para renovação da Igreja muitos e até bispos, fizeram como em Jerusalém. Ficaram pertubados e geraram perturbação na Igreja que está por renovar.
    -Como os Magos, perguntemos com insistência “Onde está o Rei dos Judeus que acaba de nascer?”
    Uma coisa é certa , está no meio de nós e não o conhecemos.
    A Estrela do Concílio Vaticano II, brilha, importa segui-la,
    importa que a Igreja se renove.

    Irmãos, Jesus nasceu e está no meio de nós para, hoje, podermos dizer:
    “NÓS VIMOS A SUA ESTRELA E VIEMOS ADORÁ-LO”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. por Dário Costa

  87. Dário Costa says:

    Festa da Maternidade Divina
    Santa Maria Mãe de Deus
    Primeira leitura Núm.6,22-27.
    Irmãos: quando os hebreus, se preperavam, para iniciar a aventura, a travessia do deserto, em direção à Terra prometida, Deus intervem, para dizer, que quer também, estar presente para tomar parte nessa aventura.
    A Sua presença, será de benção, de proteção e de paz, para uma caminhada de quarenta anos, o tempo que levou a travessia do deserto.
    Irmãos: neste dia, de Ano Novo, iniciamos também no tempo, uma nova aventura, de mais um ano. Iniciemo-la com fé,porque a Virgem Mãe, concebeu e deu à luz um Menino que é Deus Connosco,é a sua presença no meio de nós, é benção, proteção e paz.
    A maternidade Divina, é um Dom, para iniciarmos mais um ano com esperança segura.

    Segunda leitura
    Irmãos: quando os missionários judeus, vindos de Jerusalém, desorientavam as comunidades cristãs da Galácia, ao defenderem a prioridade da lei Judaica e não o evangelho, como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervem e diz, que ao nascer o Filho de Deus, o tempo da lei chegou ao fim.
    Gal.1,4-7
    Irmãos: como podemos ouvir, ser cristão, não é uma questão, nem de leis, nem de religião, mas uma vida, a vida dos filhos de Deus. Pelo Dom da Maternidade Divina, os cristãos libertaram-se, da negra orfandade da vida sem sentido, e passaram a ser Filhos de Deus. Nos seus corações, habita o Espírito que clama:
    “ABBA O PAI”.
    Irmãos: ao inaugurarmos mais um Ano Novo, iniciemo-lo, conscientes que a Maternidade de Maria, é o Grande Sinal libertador, que garante o futuro dos tempos.
    Evangelho Lc.2,16-21.
    Irmãos: para S. Lucas, o maior acontecimento da História, é a Maternidade Divina. Jesus é o Salvador.
    Saudemos o Senhor, que hoje nos vem dizer que é o Salvador, nascido de Maria.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, hoje Dia de Ano Novo, o nosso Papa… dá voz, à paz entre os homens, para que seja anunciada, servida e sobretudo para que os cristãos sejam na sociedade instrumentos de paz:
    Por isso hoje o dia de Ano NOvo, é dia de opção, para se dizer: “Não à violência, sim à paz. Hoje é o Dia da Paz”.
    Para nós a festa, a alegria e a esperança do Ano Novo e opção do “Dia da Paz”,brotam de uma Maternidade única, que assinalou a humanidade. Uma Maternidade que permanece através dos tempos e chegou aos nossos dias, porque tem a urígem na Palavra de Deus. É a Maternidade de Maria de Nazaré, que em Belém deu à luz o Messias, Filho de Deus.
    Sendo esta Maternidade início de Novos Tempos e de uma Nova Humanidade onde há pessoas aí, hoje é Belém.
    Todos os lugares são Belém, onde vivem aqueles que, como outrora os pastores, encontraram a Maternidade Libertadora.
    “OS PASTORES DIRIGIRAM-SE À PRESSA PARA BELÉM, E ENCONTRARAM MARIA E JOSÉ, E O MENINO”.
    Esta é a novidade que alerta as pessoas e, as faz partir a toda a pressa para Belém, onde encomtram e vêem um Menino numa mangedoira, e ouvem da Sua Mãe, a Palavra esclarecedora, de que Seu Filho é diferente dos outros meninos.
    “ASSIM QUE O VIRAM COMEÇARAM A CONTAR O QUE LHES TINHAM ANÚNCIADO SOBRE AQUELE MENINO”.
    Que foi dito aos pastores? Eles ouviram de Maria aPalavra da fé; Palavra iluminadora que esteve na urígem da Sua Maternidade:”Cumpra-se em mim segundo a Tua Palavra” disse Maria, para conceber o Seu Filho. Os pastores encontraram no Presépio a fé na Palavra de Deus, que fez de Maria, a Mãe do Messias.
    “MARIA FIXAVA TODAS ESTAS PALAVRAS E PENSAVA NELAS NO ÍNTIMO DO SEU CORAÇÃO”
    Como mais tarde disse Jesus na Sua Vida Pública, a Palavra de Deus e a Maternidade de Maria, identificaram-se:”A MINHA MÃE E OS MEUS IRMÃOS SÃO AQUELES QUE ESCUTAM A PALAVRA DE DEUS E A GUARDAM”. Com estas palavras, Jesus identificou para sempre a Maternidade de Maria, Sua Mãe.
    Ano Novo, o Dia da Paz, exigem de nós é anúncio desta Maternidade ao nosso mundo, cada vez mais forte, mas em que os homens, são cada vez mais débeis e mais orfãos, porque não sábem quem os gerou.
    Irmãos, terminemos aceitando hoje, ser interrogados por aquela Maternidade, encontrada pelos pastores de Belém.
    -A realidade de Belém, já existe no meio de nós? Aqui já é Belem?
    -Aqueles que hoje estão nas condições dos Pastores de Belém, os que não contam para a sociedade, já sabem onde fica o Presépio de Belém.
    -E a Maternidade de Maria , está presente no meio de nós.
    -A Palavra fecunda que gera a liberdade dos Filhos de Deus cumpre-se em nós e por nós?
    SANTA MARIA MÃE DE DEUS ROGAI POR NÓS…
    Extraido do livro”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” Ano-B, do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  88. winstrol says:

    Olá, eu adoro seu portugal.blog.arautos.org blog. Existe algo que posso fazer para receber atualizações, como uma assinatura ou alguma coisa? Lamento que eu não estou familiarizado com RSS?

  89. Dário Costa says:

    NATAL DO SENHOR
    Primeira leitura Is.9,1-6

    Irmãos: como podemos ouvir,quando em Israel se sucedem os desastres nacionais, quando a guerra abala a vida dos povos; quando os condutores e os legisladores do povo de Israel recorrem às vizinhas nações pagãs e aos seus ídolos; quando a fé de Israel parece agonizar, um profeta ergue a voz para anunciar um misterioso nascimento: sinal de uma intervenção salvadora de Deus.

    Irmãos: hoje, dia de Natal, não temos dúvidas; hoje sabemos quem é esse Menino prometido: é o Menino de Belém, nascido da Virgem Maria.
    Possuidos de tão grande alegria, celebremos com cânticos a festa do Seu Nascimento.
    Refrão do Salmo: HOJE NASCEU O NOSSO SALVADOR JESUS CRISTO SENHOR”

    Segunda leitura
    Irmãos: S. Paulo foi o primeiro Apóstolo que avançou com o anúncio do evangelho no mundo pagão e ao escrever a um convertido, o seu companheiro Tito, diz-lhe que o nascimento de Cristo fez mudar a vida dos homens e do mundo. é a mensagem que vamos ouvir nesta leitura.

    Tit.2,11-14
    Irmãos: Hoje, dia de Natal,estamos dispostos a aceitar as exigências do Nascimento de Cristo?
    Alegremo-nos e aceitemos a Vida Nova que nos tráz hoje o Menino de Belém.

    Evangelho Lc.2,1-14
    Irmãos: As primitivas comunidades lançaram-se na aventura do anúncio do Evangelho, conscientes pela fé que o nascimento de Cristo tinha mudado definitivamente a humanidade e a história.

    Saudemos o Senhor que hoje surge no meio de nós com a Luz e a alegria do Menino de Belém, Filho da Virgem Maria.

    Aleluia1 Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, chegámos ao Presépio de Belém!…Hoje é dia de Natal!…
    Interroguemo-nos: como chegamos ao Presépio de Belém, como um rio chega ao mar. As águas juntam-se nos regatos, ribeiros , lagos e rios. E correm, furam montanhas, atravessam longas planícies e chegam aos mares.
    Assim nós hoje também. Tudo começou quando alguém nos avisou: “acautelai-vos e vigiai”,não se dê o caso de serem encontrados a dormir. E,este alguém, a Palavra de Deus Espírito e vida,disse-nos: “VOU ENVIAR À TUA FRENTE O MEU MENSAGEIRO QUE PREPARA O TEU CAMINHO”. Este Mensageiro pregava a mudança da mente e do coração e como sinal de penitência, fazia um batismo na água do Rio Jordão.
    Este alguém que recebeu o Espírito Santo no seio da sua mãe, sabemos quem é. É S.joão Batista.
    Quando as autoridades religiosas e políticas lhe perguntaram: “Então quem és tu? Ele respondeu:SOU TESTEMUNHA DA LUZ.
    SOU A VOZ. EU BATIZO EM ÁGUA, MAS NO MEIO DE VÓS ESTÁ ALGUÉM QUE NÃO CONHECEIS.

    Hoje e aqui, verificamos:
    -Depois do testemunho da Luz, veio a Luz claríssima, brilhante como o sol: é o Menino de Belém.
    “OS PASTORES VIRAM-SE CERCADOS DE LUZ”
    -Depois da Voz, veio a Palavra. A Palavra fez-se carne e habitou no meio de nós.
    É o Menino de Belém.
    -Depois do Mensageiro que preparou o caminho, veio o Senhor, o Menino de Belém, deitado nas palhas do Presépio.
    ELE É O NOSSO CAMINHO.
    -Depois do Batismo de água, chegou o Batismo do Espírito Santo. O Batismo do Menino de Belém, concebido pelo Espírito Santo, no seio virginal de Maria.
    Hoje e aqui, dia de Natal, verificamos que o nascimento de Jesus não foi um mero acaso. Ele é o Prometido e ao chegar o tempo de se cumprir esta Promessa, nós tivemos a graça de fazer a experiência do Advento, de termos uma testemunha da Luz, e ouvirmos uma voz a clamar, de termos um Mensageiro a guiar-nos o caminho e,chegamos e estamos no Presépio de Belém. A Promessa de Deus cumpriu-se.
    Alegrai.vos!…Exultai de alegria, estamos no Presépio de Belém a cantar com os Anjos. “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS”.
    Antes de nós, os primeiros a chegar ao Presépio de Belém, foram Maria e José.”JOSÉ SOBIU…DA GALILEIA…À JUDEIA CIDADE DE DAVID A FIM DE SE RECENCIAR COM SUA ESPOSA QUE ESTAVA PARA SER MÃE.”
    Chegaram sem Mensageiro, não ouviram a voz de João Batista, procuraram uma hospedaria, e não tiveram lugar.Mas esta recusa, esta situação não parou o tempo, nem anulou o Desígnio de Deus.
    “CHEGOU O DIA DE ELA DAR À LUZ”.
    Nasceu Jesus, terminou a missão de João Batista. o preparador dos caminhos, porque Ele, o nascido de Maria, é o Caminho.”Eu sou o Caminho”. Assim que nasceu, tornou-se o Caminho sobretudo para os pecadores e para os mais humildes.
    “HAVIA NAQUELA REGIÃO UNS PASTORES QUE…VIGIAVAM DE NOITE OS REBANHOS”
    Estes marginais, estes pastores foram os primeiros a ouvirem a menságem do Natal. Um anjo disse-lhes:
    “NÃO TEMAIS…NASCEU-VOS HOJE…UM SALVADOR QUE É CRISTO SENHOR”.
    E logo se juntou uma multidão de anjos a cantar:
    “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS”
    Irmãos, como terminar esta reflexão natalícia?
    -Cegamos à gruta de Belém e já estamos a ver a Luz testemunhada por João Batista? Os pastores viram-se cercados de luz. E nós?
    -Chegamos ao Presépio de Belém e já verificamos que a voz de João Batista deixou de se ouvir, porque a Palavra de Deus fez-se Carne. A Palavra de Deus é o Menino de Belém. Já sabemos acolher a Palavra de Deus?
    -Chegamos ao Presépio de Belém, e o Mensageiro que ia à nossa frente desapareceu, porque encontramos o caminho certo e seguro, esse caminho é o Menino de Belém. É verdade que já o encontrámos?
    -O batismo de água do Jordão terminou, pois o Menino de Belém veio para nos batizar no Espírito Santo. Ele próprio foi concebido pelo Espírito Santo no seio virginal de Maria.
    Irmãos, a Luz, a Palavra de Deus, o Caminho de Belém, o concebido pelo Espírito Santo, nascido no presépio de Belém, hoje são para nós os dons do nosso Natal, que celebramos num mundo de trevas, porque regeita a Luz, a Palavra de Deus e o Caminho de Cristo.
    Que os Anlos neste mundo de pecado e de morte,venham cantar connosco a alegria do Natal.
    “GLÓRIA A DEUS NAS ALTURAS E PAZ NA TERRA AOS HOMENS POR ELE AMADOS”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” (ano-B) do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  90. Dário Costa says:

    4º Domingo de Advento-B (S.Marcos)

    Primeira leitura II Sam.7,1-5,8,11-16
    Irmãos: como podemos ouvir, Deus toma iniciativas na história, fazendo com que os planos dos homens sejam os de Deus, e os planos de Deus os dos homens.
    -David pensa em construir um Templo,para garantir a continuidade da presença de Deus no meio do Seu povo.
    -Deus garante ao Rei David,uma descendência, vinculada à vida do Messias.
    Esta esperança cumpriu-se, quando o Anjo Gabriel disse a Maria de Nazaré que o filho que ia conceber por obra do Espírito Santo, era descendente de David.
    Irmãos: como o Anjo Gabriel, saudemos a cheia de graça,que concebeu pelo Espírito Santo o Messias Filho de Deus e descendente de David.

    Segunda leitura
    Irmãos: quando a comunidade cristã de Roma, vacilava por não entender ainda o mistério de Cristo,como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para dizer que a firmeza de uma comunidade cristã vem do plano salvador de Deus, revelado em Jesus Cristo.

    Rom.16,25-27
    Irmãos: como podemos ouvir, o Filho de Deus fez-se homem, para cumprir o plano salvador de Deus que dá sentido à história do mundo e ao fato de termos nascido.
    A festa do Natal que vamos celebrar, é para nós e para a nossa comunidade, a revelação do Mistério daquele Deus que nos ama, salva e perdoa?

    Evangelho Lc.1,26-38.
    Irmãos: Lucas no seu evangelho, anuncia aos pagãos que na Virgem de Nazaré se cumpriu o plano de Deus, quando Ela concebeu pelo Espírito Santo.
    Saudemos o Senhor, Filho de Deus e de David.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, iniciar um ano eclesial, significa que o Senhor confia em nós. Assistidos e animados pelo Espírito Santo, estamos assim capacitados,para fazer acontecer, a atuação terrena de jesus de Nazaré.” CRISTO DE ONTEM, DE HOJE E DE SEMPRE”.
    -Cristo é o Prometido e o Esperado. Esta graça do Advento do Senhor,está à nossa disposição, no início de cada ano eclesial. Sabemos em quem acreditamos.
    -Fazer acontecer o Advento do Senhor, significa que temos de fazer acontecer, o Seu nascimento. Nós cristãos , temos esta missão a cumprir, no mundo.
    Aqui estamos,para nesta celebração, fazermos a passagem à festa, à celebração do Nascimento de Cristo. O Natal do Senhor acontece.
    Vamos fazer acontecer o Natal do Senhor. Vamos cantar:”HOJE NASCEU O NOSSO SALVADOR”.
    Mas como? Como fazer acontecer entre nós e no nosso mundo, um acontecimento que se deu há mais de dois mil anos? Eis a questão desta celebração.
    -Para fazermos acontecer o Natal hoje e aqui temos de nos voltar para Maria, a eleita por Deus Pai para Mãe do Senhor. Maria, hoje ensina-nos.
    -Para fazermos acontecer o Natal, hoje e aqui ouçamos a Mãe eleita do Senhor.
    Ela está connosco. Que fez Maria para fazer acontecer o Natal?
    Maria acreditou na Palavra de Deus. Maria, é o modelo de quem acredita.Pela fé, Maria abriu o Seu coração, à vontade de Deus.
    “EIS A ESCRAVA DO SENHOR FAÇA-SE EM MIM SEGUNDO A TUA pALAVRA”.
    Maria fez este ato de fé e o Natal aconteceu. Mas atenção, antes do Natal de Belém, algo aconteceu, e, se não acontecesse, não haveria Natal. Antes de Belém, está a desconhecida cidade de Nazaré, onde, longe dos centros do poder, uma jovem pobre e simples, se abandonou ao Espírito Santo que a visitou. A sua entrega, foi tão completa que ela recebeu o ESpírito Santo.
    ” MARIA…CONCEBERÁS…O ESPÍRITO SANTO VIRÁ SOBRE TI…O SANTO QUE VAI NASCER, SERÁ CHAMADO FILHO DE DEUS”.
    A obra do Espírito Santo, amedrontou Maria, quer dizer, os planos de Deus, ultrapassam os planos dos homens. Maria ficou sem nenhum apoio humano. E pela fé conheceu os possíveis de Deus.
    “EU NÃO CONHEÇO HOMEM…NÃO TEMAS MARIA…A DEUS NADA É IMPOSSÍVEL”.
    Quer dizer, a geração de Jesus, pertence à fé, porque é parte itegrante do Desígnio de Deus. A virgem de Nazaré, compreende inesperadamente, pela fé, que está dentro do Desígnio de Deus.
    -Deus visitou-a, por um Mensageiro. “O ANJO GABRIEL FOI ENVIADO POR DEUS A UMA VIRGEM”.
    -a virgindade, o favor de Deus, a Graça, e o Espírito Santo, convergem para um acontecimento, divino e humano. “O SANTO QUE VAI NASCER SERÁ CHAMADO fILHO DE DEUS”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Hoje e aqui Maria de Nazaré, está connosco, para nos ensinar e ajudar, a fazer acontecer o Natal, porque Ela, está presente, em todos os natais. Mas atenção, Maria exige-nos, o que Deus, a Ela exigiu.
    Hoje, Maria exige-nos um coração dócil ao Espírito Santo. às vezes, temos o coração cheio de tudo, e o Espírito Santo está ausente.-Como Maria deixemos que o Espírito encarne,para que Cristo viva entre nós.
    Hoje, Maria exige-nos que procuremos a Graça, o arrependimento. O Filho de Deus que vai nascer, assume a nossa condição de pecadores, aceita a nossa miséria e lava-nos de toda a culpa.restitui-nos a dignidade de Filhos de Deus.
    -Como Maria contemplemos o Menino do Presépio.
    Hoje, Maria covida-nos a compreender a Bondade de Deus, revelada na Encarnação do Seu Filho. Em Cristo, Deus desceu ao nível da nossa baixeza. Vede e contemplai a Bondade de Deus!…No Seu Filho feito homem está solidário connosco, e deu a conhecer o amor entre os homens, o amor fraternal.
    -Como Maria exultemos no Senhor.
    Com fé, com um coração dócil ao Espírito Santo, com sentimentos de contrição, extasiados pela Bondade de Deus, com Maria, vamos fazer acontecer o Natal.
    “AVÉ Ó CHEIA DE GRAÇA”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  91. Dário Costa says:

    3ºDomingo do Advento ano-B-S.Marcos
    (Domingo da Alegria)

    Primeira leitura.Is.61,12,10-11
    Irmãos: Como podemos ouvir,é admirável o modo, como o profeta Isaias, enfrenta a situação trágica do Povo de Deus, reduzido a extrema miséria.
    -Não se apresenta como o defensor dos preceitos e da moral.
    -Isaias, quer ser portador d,Aquele Espírito, que se aproxima dos esquecidos, consola os corações amargurados e,é liberdade para os oprimidos.
    -Isaias não quer ser um profeta de desgraças , mas mensageiro da alegria de Deus.
    Irmãos: Isaias é apenas uma imágem de Cristo. Aquele que veio definitivamente cheio do Espírito Santo foi Jesus de Nazaré, que a Virgem Mãe concebeu do Espírito Santo e, João Batista, anunciou estar para chegar. Cantemos o testemunho de João.

    “João veio para dar testemunho da Luz, mas ele não era a luz” (bis)
    Segunda leitura
    Irmãos: Como podemos ouvir nesta leitura, S.Paulo sente as dificuldades,das jovens comunidades cristãs, que têm de dar testemunho de Cristo no mundo pagão que as rodeia.

    1 Tes.5,16-24
    Irmãos: como ouvimos, o primeiro testemunho de um grupo de batizados, reunidos à volta de Cristo, é a alegria cristã, dom do Espírito Santo que brota do coração. Irmãos: estes sinais da preseça de Cristo no meio de nós já existem? Estamos ou não reunidos à volta de Cristo?

    Evangelho Jo.1,6-8,19-28
    Irmãos. S. João no seu evangelho diz-nos quais são os sinais da presença de Cristo no meio de nós.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    Irmãos, não podemos compreender o Advento, sem pensar no que há-de vir: “Virá depois de mim, quem é mais forte do que eu”. Esta é a graça, o dom do Advento.Quem estiver na expetativa, daquele que há-de vir, está na graça do Advento e o que virá, será acolhido com o dom de Deus.
    A Samaritana estava ainda no Advento do Messias, Jesus disse-lhe: se tu conhecesses o Dom de Deus. E ela, que vivia no Advento conheceu e recebeu este Dom.
    No Advento que estamos a celebrar, o evangelho fala-nos muito de um Mensageiro. A vocação deste Mensageiro, é precisamente anunciar que o Advento estava a chegar ao fim, o prometido por Deus, estava para chegar.
    A História da Salvação, foi feita por aqueles que foram fieis à promessa de Deus.
    Souberam viver em Advento. Estes fiéis, por vezes pequenos grupos, passaram a fé da promessa, de geração em geração. A vinda do Senhor, era uma esperança certa e segura. Assim, viveram na graça do Advento. Acreditaram na fidelidade de Deus. Deus é fiél.
    O fim do Advento Histórico é assinalado pela grande figura do ultimo profeta, João Batista. Chamou-se Mensageiro; Ministro de um batismo de água; voz que brada no deserto; iniciador de novos caminhos e por fim testemunha da luz.
    “VEIO COMO TESTEMUNHA PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ”.
    Para muitos, sobretudo para os responsáveis religiosos, apesar de não sair das margens do Jordão, João Batista começou a ser um perturbador e semeador de confusão, Quer dizer, apesar de estar longe dos centros do poder, começou a ter uma grande oposição, até o submeteram a interrogatórios e fizeram dele um réu. Na verdade, mais tarde, não escapou à cadeia e ao martírio. Cortaram-lhe a cabeça. Embora longe dos centros do popder, João Batista viu-se envolvido pela trama do poder político e religioso.
    “ENVIARAM DE JERUSALÉM SACERDOTES E LEVITAS”.
    A intenção destes sacerdotes e levitas, não era receber o batismo de água. João até lhe chamou raça de víboras. Vinham como inquisidores e começaram a interrogá-lo, a fim de o apanhar em contradições.
    E o interrogatório começou: “QUEM ÉS TU?” Perante o desconhecido, os retos do coração perguntam e têm sempre resposta, como aconteceu com Moisés diante da Sarsa Ardente. “Quem és tu?” E Deus respondeu: “Eu sou aquele que sou.”Ou então como Paulo, o perseguidor da Igreja, quando a caminho de Damasco, Cristo lhe apareceu e ele lhe perguntou:Quem és tu? Sou Cristo a quem tu persegues. Respondeu Jesus.
    Também João Batista foi interrogado. “QUEM ÉS TU?” Os mal intencionados, tiveram de se confrontar com a verdade,”EU NÃO SOU O MESSIAS”.
    Os inquisidores farisaicos apertam o interrogatório: “Então és Elias? És profeta? E João foi firme: NÃO SOU.
    Por fim recorreram ao poder da autoridade. “QUEM ÉS TU, TEMOS DE LEVAR A RESPOSTA A QUEM NOS ENVIOU” E joão respondeu:EU SOU A VOZ QUE CLAMA NO DESERTO”.
    Depois vem a polémica do batismo;”ENTÃO PORQUE BATIZAS?” joão respondeu:O meu batismo é apenas uma predisposição para se conhecer aquele que está no meio de vós e que não o conheceis.
    “AQUELE QUE VEM DEPOIS DE MIM…EU NÃO SOU DIGNO DE LHE DESATAR A CORREIA DAS SANDÁLIAS” E joão definiu-se apenas como uma testemunha.
    “VEIO COMO TESTEMUNHA PARA DAR TESTEMUNHO DA LUZ”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão do interrogatório de João Batista pelos fariseus:”QUEM ÉS TU?”
    -Na História da Salvação, todos aqueles que foram enviados a abrir os novos caminhos de Deus, os mal intencionados desconfiavam, perturbavam-se e agiam contra. E os Mensageiros de Deus, eram submetidos a interrogatórios, processos de tribunal e condenações. Nem Cristo escapou.
    -Os tempos de João Batista passaram, mas a Igreja nascente estava consciente que era Mensageira como João Batista por isso seguiu os seus caminhos. Antes anunciavam Cristo. Depois nasciam comunidades cristãs.O mundo pagão reagia e interrogava os batizados:Quem sois vós.”QUEM ÉS TU?” Já sabemos que muitos sofriam o martírio.
    -Há mais de cem anos que o mundo descristianizado interroga a Igreja: Igreja quem és tu?.. E a Igreja calava-se quando não condenava. Mas uma nova ideologia surgiu e num discurso célebre perguntaram: Igreja que dizes de ti mesma? para que serves? quem és tu?
    -No momento próprio um Papa Santo, sem medo, cheio de fé, esperança e caridade, o Papa João XXIII quis responder ao mundo e dizer o que era a Igreja. A resposta demorou três anos, foi o Concílio Vaticano II. Neste Concílio a Igreja disse quem era. Interroguemo-nos: quem de nós já conhece esta resposta,dada hà mais de quarenta anos e que muitos filhos da Igreja não a conhecem, nem a sábem dar ao mundo.
    -João Batista quando o interrogaram, disse que era “TESTEMUNHA DA LUZ”. E nós batizados no Espírito Santo somos mais, somos batizados no Espírito. Onde estão as testemunhas do Espírito, Somos testemunho ou contra testemunho?
    Na hora da despedida o Senhor limitou-se a dizer: sêde minhas testemunhas. Onde estão elas? Este Domingo é chamado Domingo da Alegria porque joão Batista veio ao meio de nós para nos dizer:”nO MEIO DE DE VÓS ESTÁ ALGUÉM QUE NÃO CONHECEIS”.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  92. Dário Costa says:

    É no silêncio, que melhor se pode ler refletir e meditar na palavra de Deus.
    É no silêncio que se ouve a Voz de Deus, aquilo que Ele tem para nos dizer através das leituras e do Evangelho de cada semana. É a Boa Nova de Jesus Cristo, que nos dá forças para continuar esta peregrinação na terra, a caminho da Pátria Celeste! Assim me dizia o saudoso e amigo padre António Mendes Rocha, quando eu o visitava, em momentos que ele escrevia as suas homilias, do Domingo seguite e me pedia para eu ler e dar a minha opinião. Que grande sinal de humildade, neste homem cheio da Fé de Cristo,com o grande Dom do acolhimento e sinais de santidade, que, no início de cada semana depois de ler e meditar na palavra de Deus, desenhava a cabeça de um burrinho e uma flor de liz: depois, na sua oração, dizia: “Espírito Santo, sou eu, esta figura de burro, que acabei de desenhar, ajudai-me a perceber o que acabei de ler e meditar,tocai-me o coração com a Vossa Luz, para poder escrever, nesta folha de papel, tudo aquilo que devo transmitir aos meus irmãos, na homilia do próximo Domingo; tudo para Glória de Deus.” Assim ouvi da boca do saudoso padre Rocha,poucos meses antes, da sua partida para a Glória de Deus; ao perguntar-lhe, o porquê, daquele desenho da cabeça do burrinho na parte superior, do lado esquerdo, nas folhas, do rascunho de cada uma das suas homilias. A sua preocupação depois, era passar a limpo tudo o que tinha escrito; as suas homilias, por inspiração Divina. Não faltou quem o fizesse, também não faltou quem ajudasse a pôr por ordem todas essas homilias a fim de serem publicadas em tres livros, “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” com a sua orientação, de onde são extraidas, e publicadas por intermédio dos Arautos do Evangelho, em portugal, para louvor e glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém

    Bem Hajam! Arautos. Que todos unidos na mesma fé, possamos neste tempo do Advento, contemplar com a virgem Maria, o rosto do Seu amado Filho, Jesus Cristo. por Dário Costa

  93. Dário Costa says:

    2ºDomingo Advento-B- S.Marcos

    Primeira leitura Is.40,1-5-9-10
    Irmãos:
    -Nos momentos difíceis, a quem devemos ouvir?
    -Na incerteza e na dúvida, que caminhos devemos seguir?
    Como ouvimos nesta leitura, nas noites do exílio de Babilónia, ergueu-se a voz de um profeta, a proclamar o amor, a salvação e o perdão de Deus.
    -A Palavra que salva é a de Deus.
    -O Caminho a preparar, é também o de Deus.
    Irmãos: quando os tempos são difíceis e não se vêem os caminhos do futuro, nunca faltam os enviados de Deus, com a palavra do amor, da salvação e do perdão.
    -Assim aconteceu nos tempos do exílio, e o povo arrependido, preparou o caminho de Deus.
    -Assim aconteceu no tempo de João Batista, e o povo que ouviu este profeta, preparou o caminho de Cristo.

    Segunda leitura
    Irmãos: quando o cristianismo deixou de ser uma novidade e as comunidades cristãs se aperceberam que a Última vinda de Cristo, não era um acontecimento imediato, a Igreja passou pela crise do desânimo.
    Como vamos ouvir nesta leitura, a intervenção dos responsáveis diz qual a voz que se deve ouvir e o caminho que se deve preparar.
    II Pe. 3,8-14.
    Irmãos: como ouvimos nesta leitura, as quixas e lamentações, nada resolvem.
    -O importante é chegar ao arrependimento, porque Deus é lento em castigar e paciente com os pecadores.
    -O importante é preparar o caminho do Deus da paz, que tem para nós outro reino, o Seu Reino.
    Irmãos: nós também não somos poupados às crises da história.
    Quando elas surgem, que nos diz a paciência de Deus?
    Sabemos que a saída está em prepararmos um caminho ao Senhor?

    Evangelho Mc. 1,1-8
    Nas horas de dúvida e de incerteza, o evangelho de Marcos diz-nos que devemos ouvir a Voz de Deus e preparar-Lhe o Caminho.
    Saudemos o Senhor que hoje nos proporciona ouvir a Sua Voz.
    Aleluia! Aleleluia! Aleluia!

    Irmãos, depois da inauguração do Ano Eclesial, neste 2º Domingo do Advento, somos surpreendidos pela voz de um profeta:
    “VOU ENVIAR À MINHA FRENTE O MEU MENSAGEIRO QUE PREPARARÁ O TEU CAMINHO”
    Este pregão faz-nos olhar para a frente, e procurar esse mensageiro de Deus. A sua voz brada num deserto, isto é, no silêncio, no interior dos corações, longe dos poderes e das barafundas deste mundo. O mensageiro é uma pessoa concreta, com palavras também muito concretas e objetivas e o seu modo de viver, de vestir e de falar, é o de uma pessoa que não está dependente dos poderes do mundo. Está livre, para o Espírito Santo.

    Quando Cristo já estava no meio dos homens e, os homens ainda não O conheciam, apareceu um Mensageiro que importa conhecer. É João Batista.
    “APARECEU JOÃO NO DESERTO”
    Este Mensageiro de Deus, vinha dar a conhecer caminhos, ao alcance de todos, para conhecerem o Messias de Deus. São estes os caminhos que João Batista apontou:
    -“PROCLAMAR UM BATISMO DE PENITÊNCIA PARA REMISSÃO DOS PECADOS”.
    -“VAI CHEGAR DEPOIS DE MIM QUEM É MAIS FORTE QUE EU”
    -“EU BATIZO-vOS NA ÁGUA, MAS ELE BATIZAR-VO-HÁ NO ESPÍRITO SANTO”.

    Para conhecermos Cristo, vivo e presente no meio do Seu Povo, João entendeu que não era possível,sem a mucança da mente e do coração. Para João, o sinal desta mudança, foi o batismo do Rio Jordão. E muitos entenderam este sinal de mudança.”ACORRIAM A ELE…E ERAM BATIZADOS POR ELE NO RIO JORDÃO”
    Para conhecer Cristo Vivo e presente, o próprio João Batista confessou que ele próprio, não passaria de um menor, pertencia ao número dos caídos e dos fracos.
    Aquele porém que estava para chegar é o forte.
    “É MAIS FORTE DO QUE EU E NÃO SOU DIGNO DE DESATAR-LHE AS CORREIAS DAS SANDÁLIAS”
    Para conhecer Cristo, vivo e presente no meio dos Seus,o batismo de água no Rio Jordão, não era suficiente. Era apenas uma boa disposição interior, uma boa vontade. Faltava-lhe a luz do Espírito Santo.
    “EU BATIZO-VOS NA ÁGUA, MAS ELE BATIZAR-VOS-HÁ NO ESPÍRITO SANTO”

    Neste tempo de Advento, temos que descobrir quem é o da frente:
    “VOU ENVIAR O MENSAGEIRO À TUA FRENTE”
    O da frente não é Cristo, é um Mensageiro enviado por Deus. Onde está? Hoje e aqui, brada a sua voz. Aqui o podemos ouvir. No deserto, isto é, o silêncio dos nossos corações, interiorizar a Palavra de Deus,para podermos sair da nossa situação de pecadores.É o tal Batismo de Penitência.
    “ACORRIAM A ELE CONFESSANDO OS SEUS PECADOS”.
    Este, o da frente,o Mensageiro João Batista, por ser o da frente, abre-nos o caminho: “PREPARA O CAMINHO”
    Qual caminho? “EU BATIZO-VOS NA ÁGUA MAS ELE BATIZAR-VOS-HÁ NO ESPÍRITO sANTO”
    Este é o nosso caminho, anunciado por João Batista, o Batismo de Cristo.
    Somos batizados com o Espírito Santo,
    “ELE BATIZAR-VOS-HÁ NO ESPÍRITO SANTO”

    Irmãos, como terminar esta reflexão do segundo Domingo do Advento?
    -Responde: já descobriste e conheces o que vai à tua frente? O que abre e prepara o teu caminho?
    -Responde: já conheces ou andas perdido nos labirintos da vida? Já conheces os sinais certos e seguros, da mudança da mente e dos corações anunciados por João Batista?
    Já pensaste nestes sinais? Sabes quais são? Sabes o que é possivel ser diferente? Sabes que de pecador, podes passar a pecador arrependido, e que o arrependimento é verdadeiro, é a festa comum , do Céu e da terra.
    -Junto ao Rio Jordão,como Mensageiro de Cristo, João Batista limita-se a fazer a festa do perdão.
    “ACORRIAM A ELE E ERAM BATIZADOS”. Batismo de João, sinal da festa daquele que veio depois dele, procurar os pecadores, a comer com eles, arrancando-os à orfandade da vida sem sentido.
    -Na tua vida, neste tempo do Advento, João Batista já é o teu Mensageiro, o que prepara o teu caminho, e que te oferece o batismo de penitência, para te encontrares com Cristo de um modo novo.

    Irmãos, hoje aquele evangelista, S. Marcos que recebemos no Domingo passado, está no meio de nós, para iniciar connosco, de um modo novo, o seu Evangelho:”PRINCÍPIO DO EVANGELH0 DE JESUS CRISTO” Que hoje e aqui, aconteça o princípio do Evangelho de Marcos:
    “UMA VOZ CLAMA NO DESERTO: PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” (ano-B- S.Marcos) do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  94. Dário Costa says:

    ADVENTO significa “Vinda”
    O Advento prepara a vinda do Senhor.
    Em cada tempo litúrgico ou em cada festa
    “A Santa Igreja celebra a obra salvadora de Cristo” (M.R.nº1)
    num triplice plano- No passado, no presente e no futuro.

    Ao longo deste Novo Ano Eclesial,com o Evangelsta S. Marcos, o anunciador da Boa NOva, vamos proclamar.
    ANUCIAMOS SENHOR A VOSSA MORTE,
    PROCLAMAMOS A VOSSA RESSURREIÇÃO,
    VINDE SENHOR JESUS!
    Viver o Advento é iluminar a nossa existência com a fé de Cristo, transformar a nossa vida, num esforço de conversão, para acolhermos o Salvador no nosso coração e faze-lo chegar ao coração dos nossos irmãos.
    Na liturgia do Advento, duas grandes figuras nos são apresentadas como guias e modelos a seguir, na preparação para o Natal:
    – João Batista,precursor de Jesus, aquele que veio preparar os caminhos do Senhor, cuja pregação, é um convite à conversão como indispensável condição para a salvação.
    – A Virgem Maria, “a Serva do Senhor” que se entregou, plenamente,à Sua vontade e esperou, na alegria, a Sua Vinda ao mundo.
    Que cada um de nós saiba dizer como Maria: “Eis a escrava ou escravo do Senhor”, que eu seja capaz de fazer a Vossa vontade. Vinde Senhor Jesus, nascer no meu coração.
    Por Dário Costa

  95. Dário Costa says:

    ADVENTO

    Início do Ano Eclesial
    Início do Ano Eclesial é, para a Igreja, o mesmo que dizer.
    “Início da Boa Nova de Jesus Cristo” entre os homens.
    O Ano Eclesial é sempre a unidade de tempo de que a Igreja dispõe para anunciar a Boa Nova, a oportunidade única e que se não repete, de dizer ao mundo quem é Jesus.
    No início é necessário um esforço de conversão para nos tornarmos disponíveis para este anúncio.
    O sentido da História Cristã está na esperança, cada ano renovada, para a vinda do Senhor Jesus Cristo que virá na plenitude do Seu Reino. De ano para ano, é necessário estar vigilante.

    PREPARAR O NATAL
    O primeiro grande acontecimento deste Ano Eclesial é a celebração do acontecimento de Jesus Cristo, o Filho de Deus.
    É Deus que vem habitar entre os homens, fazer entre nós a Sua morada.
    Por mais estranho que pareça à primeira vista, S. Marcos não apresenta o nascimento de jesus. A razão é que S. Marcos não quis escrever uma vida de Jesus, mas simplesmente anunciar uma Boa Nova. E a Boa Nova é que Jesus “é realmente o Filho de Deus”. Mas isto só aparece claro na Cruz, onde Jesus”nasce” como salvador do Mundo.
    Esta perspetiva de S. Marcos quanto ao Mistério da Encarnação,
    abre também perspetivas novas para a celebração do Natal nas nossas comunidades cristãs: o anúncio de Jesus Cristo provoca o “Natal” entre os homens faz “nascer” como Salvador e dá-lhe um lugar na hitória, e,entre nós, ao lado dos mais humildes.
    Preparar o Natal deve ser um motivo para os grupos e comunidades cristãs reverem o sentido do seu anúncio. Jesus está entre nós? Como?
    Celebrar o Natal é celebrar Jesus Cristo, o “acontecimento” que nós anunciamos para a vida do mundo, a Boa Nova.

    Ó Ceus do alto orvalhai!…
    Ó justo, ó núvens chovei,
    Germine a terra o seu Deus
    Ó Jesus Cristo nascei, nascei…
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”.Ano-B-(S. Marcos)
    Do saudoso padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

    1º DOMINGO ADVENTO-B-(S.Marcos)

    Primeira leitura.Is.63,16-17;64,1,3-8

    Irmãos: é impressionante esta leitura do profeta Isaias.
    É a oração da fé pura e confiante.
    É a consciência pecadora, de um povo que acorda do seu pecado.
    Pobre e miserável, como um pródigo, bate à porta da casa do Pai, para “gritar”.

    “SENHOR, SOIS NOSSO PAI!…PORQUE NOS DEIXAIS…ENDURECER OS CORAÇÕES…”FICASTES INDIGNADO POR SERMOS PECADORES; HÁ MUITO QUE O SOMOS, MAS SEREMOS SALVOS….SOIS NOSSO PAI.”

    O Profeta esteve atento e vigilante e, no momento próprio, como um sentinela, gritou, para acordar o povo infiel, que dormia no seu pecado.
    Irmãos: ao inaugurarmos este Novo Ano Eclesial:
    – O “grito” do Profeta chega até nós.
    – Hoje é o momento próprio para acordar, para vigiar e estar atento.

    SEGUNDA LEITURA
    Irmãos: quando as desordens, divisões e toda a sorte de paixões, empobrecem a comunidade de Corinto, S. Paulo intervem e começa, por afirmar que aquela comunidade, foi enriquecida, com todos os dons da graça de Cristo.
    É o que podemos ouvir nesta leitura.

    I Cor.1,3-9
    Irmãos: Como ouvimos nesta leitura, a comunidade de Corinto caiu na infidelidade. Como acordar esta comunidade deste pecado? S. Paulo insiste na fidelidade de Deus, que chamou os Corintios a Cristo.
    Neste primeiro Domingo do Advento, importa que a nossa comunidade, acorde dos seus pecados.
    Eis o grito do Apóstolo: “FIEL É DEUS, POR QUEM FOSTES CHAMADOS A TER PARTE COM SEU FILHO, JESUS CRISTO”.

    EVANGELHO Mc. 13,33-37.

    Irmãos: o Evangelho de Marcos, afirma , que o cristão, não pode dormir, para poder “gritar” no momento próprio. em que o Senhor vem. Saudemos o Senhor que hoje, nos vem dizer, para estarmos vigilantes.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos,sem aquelas exterioridades que costumam abrilhantar as inaugurações; sem bandas de música, foguetes e outros sinais de festa; sem a presença de autoridades ligadas a poderes deste mundo, nós, com toda a simplicidade, estamos hoje aqui reunidos, para fazermos uma grande inauguração: É a inauguração do Novo Ano Eclesial, ou Litúrgico.
    Que há de novo, quando os cristãos inauguram no tempo o seu Ano Novo?
    Hoje e aqui, o que se esconde para nós neste Ano Novo? São dificeis os segredos de Deus. São mistérios. Ano Novo, ano das celebrações dos mistérios do Desígnio de Deus que acontecem de um modo novo.Não são explicações, são verdadeiros acontecimentos. É fazer acontecer de um modo novo, uma intervenção de Deus que parece estar adormecida e se torna presente numa celebração.
    Vamos pois tornar o passado presente. Deus não está no passado, Deus está no presente e no futuro. Como é possivel,tornar presente o passado? É o segredo, o mistério das nossas celebrações.
    Há duas “chaves” que S. Marcos nos entrega hoje, por ser o Evangelista principal do Novo Ano Eclesial. por isso nós o saudamos e aceitamos com alegria; essas duas “chaves” que ele nos oferece para abrir o futuro.
    “QUANDO VIER O DONO DA CASA…NÃO…VOS ENCONTRE A DORMIR”
    “O QUE VOS DIGO A VÓS DIGO A TODOS: VIGIAI”
    Esta chave, estas palavras disse-as jesus aos seus discípulos em tom de aviso:”ACAUTELAI-VOS E VIGIAI”. A razão de ser desta prevenção, desta vigilância, era um tal MOMENTO por eles ignorado, mas iria chegar. A sentinela está sempre alerta, porque de MOMENTO pode chegar alguém,um inimigo. Se estiver a dormir, o inimigo pode tomar o quartel num MOMENTO.
    “PORQUE NÃO SABEIS QUANDO CHEGA O MONENTO”.
    “Que MOMENTO é este? Até parece uma linguagem enigmática.
    Quando Jesus fez este aviso, estava rodeado de discípulos desprevenidos e inconscientes, sem vigilância. Ia chegar o MOMENTO decisivo e eles a dormir.
    -Era o MOMENTO da Paixão e Morte na cruz e os discípulos distraidos e absorvidos com a restauração do Reino de Israel.
    Ia chegar o MOMENTO da prisão de Jesus e eles a dormir
    -Era o MOMENTO da partida de jesus deste mundo para o Pai, era o MOMENTO de cada discípulo assumir a sua missão, na ausência visível de Cristo e fugiram com medo dos judeus.
    -Sem vigilância desconheciam o MOMENTO da intervenção de Deus na Historia da Salvação, a morte e ressurreição.
    Com esta celebração, estamos a inaugurar o Novo Ano Eclesial.
    As intervenções na História da Salvação, vão acontecer de um modo novo, porque as vamos celebrar neste ano que inauguramos.
    -Assim como os nossos antepassados na fé, acreditaram na Promessa do Redentor e viveram esse grande Advento à espera que ele chegasse, assim nós também vamos fazer esta experiência. É preciso acordar para estarmos atentos e vigilantes, para vivermos este Advento.
    -Assim como os nossos antepassados na fé acreditaram na promessa do Redentor, que se cumpriu no seio virginal de Maria-a Encarnação- assim nós também iremos ver no Presépio de Belém um Menino Deus que se fez homem. É o Natal.
    -Assim os nossos antepassados na fé, acreditaram, compreenderam e esperaram a vinda do Reino de Deus pela Cruz, Morte e Ressurreição e Ascensão Gloriosa, assim nós também porque somos filhos do Reino de Deus.
    -Assim como os nossos antepassados na fé, acreditaram na descida do Espírito Santo, e viram nascer a Igreja, assim nós também somos filhos da Igreja viva que peregrina neste mundo e é visível sobretudo quando celebramos o Ano Eclesial que hoje temos a dita de inaugurar. Visível sobretudo quando celebramos a Eucaristia.
    Irmãos, como terminar esta reflexão da inauguração do Novo Ano Litúrgico? é Tão simples:
    -Levemos connosco a primeira leitura do Evangelho deste Novo Ano.O Evangelho de S. Marcos. No dDomingo passado fechamos o Evangelho de S. Mateus e hoje S. Marcos aparece-nos pela frente a dizer:
    “VIGIAI PORQUE CHEGARÁ O MOMENTO”
    -Que MOMENTO é este? É o MOMENTO da Graça. Somos os amados de Deus que tem momentos para intervir na nossa vida e na vida do nosso mundo.
    Hoje, no início do Ano Eclesial o Senhor vem dizer-nos que não quer encontrar-nos a dormir:
    “ACAUTELAI-VOS E VIGIAI” O MOMENTO da intervenção da graça chegará, mas não nos pode encontrar a dormir.
    -O pecado de dormir é o pior pecado da Igreja. Na história sempre que chegam novos tempos, a Igreja dorme, o caso das separações. Católicos para um lado protestantes e Ortodoxos para outro. Nos nossos tempos, a Igreja viu-se confrontada com novas ideologias a imergirem num mundo de trabalho, a era industrial, era um novo mundo até que um iluminado da Igreja, João XXIII convocou o Concílio Vaticano II. Este Papa Santo quis acordar a Igreja por dentro.
    Hoje saudemos S. Marcos e pedimos que escreva nos nossos corações as palavras do seu Evangelho.
    “…CHEGARÁ O MOMENTO…VIGIAI QUE NÃO VOS ENCONTRE A DORMIR”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-B-(S. Marcos)
    do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  96. Dário Costa says:

    FESTA DE JESUS CRISTO
    REI E SENHOR DO UNIVERSO

    Jesus Cristo é Rei
    Jesus, o condutor da história, e representante de todos os homens junto de Deus, traz a resposta mais universal e decisiva para os grandes inigmas do Homem e da história: as injustiças, o pecado e a morte. Jesus é o Rei Verdadeiro, a quem o Pai entrega a “última palavra” para dizer ao homem toda a verdade acerca de si mesmo.
    É Rei dum Reino cuja lei fundamental, o que conta é o Amor.

    Com a festa de Cristo Rei, a Igreja encerra o seu Ano Eclesial. confessando assim a sua confiança no Reino do Senhor Jesus, o Único Senhor do Universo.
    Assim pediu para escrever o saudoso padre António Mendes Rocha, no seu livro,”Uma Experiencia Pastoral” do ano -A-
    Por Dário Costa

  97. Dário Costa says:

    XXXIV Domingo Comum
    Ultimo Domingo do Ano -A- (S. Mateus) CRISTO REI

    Primeira leitura Ezeq 34, 11-12,15-17

    Quando o Povo de Deus vivia a tragédia do exílio de Babilónia; um povo sem pátria, sem rei e sem Templo; um povo disperso como um rebanho sem pastor; como vamos ouvir nesta leitura, um profeta ergue a sua voz para anunciar esta feliz nova: Deus vai intervir, como Pastor do Seu Povo.
    Irmãos: a intervenção definitiva de Deus, como Pastor do Seu Povo, aconteceu com Jesus de Nazaré.
    Regeitado e abandonado numa Cruz, será para sempre aquele Bom Pastor que há-de reunir o Povo de Deus. E Ressuscitado, será o Rei Imortal daquele Reino que veio pela Cruz.
    Ao celebrarmos a Festa de Cristo-Rei, proclamemos com alegria a realesa do nosso Rei e Senhor.

    Salmo,refrão:

    Segunda leitura

    Irmãos: para S. Paulo, a crise da comunidade de Corinto era um sinal de que Cristo Ressuscitado, o Novo Homem, não reinava ainda.Reinava sim, o Homem Velho das paixõs e dos conflitos, Adão.
    É o que vamos ouvir nesta leitura.

    I cor 15, 20-26,28

    Irmãos: Como podemos ouvir, uma comunidade cristã, é o lugar e o espaço do Rei Glorioso, porque Cristo Ressuscitado, recebeu do Pai Celeste o poder real. sobre todos os poderes,até o da própria morte.
    Irmãos: a nossa comunidade já é um espaço onde reina Cristo- Rei?

    Evangelho Mt 25,31-46

    Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho diz-nos que foi pelo caminho da Cruz que Jesus reina na história.
    Saudemos o Senhor que hoje Se revela o nosso Rei Imortal.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos: com a festa de Cristo-Rei, Terminamos o Ano Eclesial.
    Como o terminamos? A celebração deste Domingo, é bem diferente dos outros.
    – Nos outros domingos, ou preparamos ou repetimos a Páscoa. Quer dizer, Cristo escondeu-se no meio de nós onde reina, vive e está presente, pelo Dom do Espírito Santo.
    Neste domingo, somos chamados a olhar, não para o Crito Morto e Ressuscitado, vivo e presente no meio de nós, mas para a última manifestação de Cristo. O que está escondido manifesta-se. Jesus veio para pregar o Reino de Deus e este Reino ficou escondido na história. tendo a Igreja como sinal. Mas Cristo virá de novo, para manifestar o Reino que Pregou.O Reino escondido manifesta-se.Como será esta manifestação? Tem de ser um julgamento e o Juiz é o Rei Imortal dos Séculos, o vencedor da morte. A manifestação de Cristo é Gloriosa.

    “QUANDO…VIER NA SUA GLÓRIA…ENTÃO HÁ-DE SENTAR-SE NO SEU TRONO GLORIOSO”
    Quando e Rei Imortal dos Séculos se sentar no seu trono, todos têm de comparecer, diante d,Ele. “TODAS AS NAÇÕES SE REUNIRÃO NA SUA PRESENÇA”.
    Não é pela força da lei que Cristo Glorioso manda reunir os povos da terra.
    Manda-os reunir, porque se colocou à frente de todos, como um pastor à frente de um rebanho. Quis ser o da frente, aceitando todas as consequências de um Guia, fiel àqueles que conduz. Foi por ser o da frente, por se tornar Pastor do Seu Povo, que foi pregado numa cruz.
    Irmãos, o trono glorioso, é a Cruz transfigurada. Aquele que foi humilhado na Cruz, já se manifestou na madrugada, da ressurreição e, a partir deste momento, a Cruz transfigurou-se, isto é,passou a ser um Trono Glorioso. Quando chegar o momento de se manifestar o Rei-Glorioso, com a Cruz Gloriosa, o que acontecerá? Terá de acontecer uma separação.
    “ELE APARTARÁ AS PESSOAS UMAS DAS OUTRAS, COMO O PASTOR SEPARA AS OVELHAS DOS CABRITOS”.
    -Quem seguir o Bom-Pastor que nos seus dias mortais e, sobretudo na Cruz, se identificou com aqueles que não contam, o pobre em geral, o imigrante, o marginalizado, os que choram, os que clamam justiça, os que não tem poderes a defendê-los, os que não recorrem à guerra, os perseguidos, os insultados e aqueles de quem se diz mal, estes indefesos, a quem o evangelho chama Pequeninos, no dia da manifestação do Rei Glorioso, ouvirão assim:

    VINDE BENTITOS DE MEU PAI, RECEBEI COMO HERANÇA O REINO, QUE VOS ESTÁ PREPARADO DESDE A CRIAÇÃO DO MUNDO”.

    – Quem não seguiu o Bom-Pastor que se identificou com os que não contam no dia da manifestação do Rei-Glorioso, ouvirá assim:

    “AFASTAI-VOS DE MIM, MALDITOS, PARA O FOGO DO INFERNO…”

    Irmãos, que julgamento é este? Será o dia da inquisição divina? Não é, porque a manifestação do Rei-Glorioso, no Trono Glorioso da Cruz, será o dia da Grande Queixa e do Grande Agradecimento. O rei Glorioso, quando se queixa ou agradece, é verdadeiro Juiz. “TIVE FOME…SEDE…VINHA DE FORA…ANDAVA DESPIDO…CAÍ DOENTE… ESTIVE NA PRISÃO…”

    – E o Rei Glorioso queixa-se daqueles que o não atenderam, e estes perguntam-lhe:”…QUANDO É QUE TE VIMOS COM FOME, OU COM SEDE…E NÃO TE PRESTÁMOS ASSISTÊNCIA.” E o Rei-Glorioso respomde-lhes assim:

    “NA MEDIDA EM QUE NÃO O FIZESTE A UM DESTES MAIS PEQUENINOS TAMBÉM A MIM O DEIXASTE DE FAZER”

    “VINDE BENDITOS DE MEU PAI, RECEBEI COMO HERANÇA O REINO…”Assim agradece o Rei da Cruz Gloriosa.
    “AFASTAI-VOS DE MIM” Assim se queixa o Rei da Cruz Gloriosa.
    Irmãos, como terminar a reflexão desta festa que é, apenas, uma antecipação da manifestação do Rei-Glorioso, na Cruz Gloriosa? O que vale hoje e aqui, é a graça, o dom desta antecipação.Como entendê-la, como recebê-la? É tão fácil.
    – Sigamos o Rei-Pastor, quer dizer, como Ele aceitamos aquilo que o mundo lhe fez, desde as palhas do Presépio até à Cruz do calvário. Indefeso, caluniado, regeitado, perseguido e abandonado, era o bendito do Pai Celeste.”Bendito o que vem em nome do senhor”.
    – VINDE BENDITO AO MEU PAI…”
    – Mas hoje, saibamos ouvir a queixa antecipada. “AFASTAI-VOS DE MIM”. “AFASTAI-VOS” Porquê? E Castigo? E a hora da pena, dada pelo Juiz Divino?
    Enganaste-vos. Hoje, Festa de Cristo-Rei,qual é a palavra antecipada do Rei Glorioso que se manifesta também antecipadamente, nesta celebração?
    – Aos que O seguem, aceitando o que o mundo lhe fez, Ele diz:
    “VINDE BENDITOS DE MEU PAI”. Quem de nós ouve hoje, esta voz?
    – Aqueles para quem Ele não é Rei, diz:
    “AFASTAI-VOS…” Quem de nós não vê que é assim?
    Irmãos, que Jesus seja entre nós o Rei-Pastor.
    Extraido do livro,”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”, do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  98. Dário Costa says:

    Trigésimo terceiro Domingo Comum, (ano -A-S. Mateus)
    Primeira leitura Prov 31,10-13,19-20,29-31

    Irmãos: ao longo da História da Salvação, nos diálogos de Deus com Seu Povo, a figura da Mulher, foi o símbolo daquele povo que Deus escolheu para Si e com quem fez uma Aliança eterna.
    Como podemos ouvir nesta leitura, o autor do livro dos Provérbios, ao referir-se ao Povo de Deus,invoca o símbolo dessa mulher, de valor único, fiel na aliança matrimonial, e sempre com o regaço cheio de frutos do seu trabalho.
    Irmãos: com Jesus, o símbolo da mulher do livro dos provérbios, tornou-se definido em Maria de Nazaré, figura da Igreja, o Novo Povo de Deus.
    Foi a Esta Mulher, a Igreja, que Jesus tomou por Esposa e a quem na hora da partida deste mundo para o Pai, quis confiar a Sua Missão.

    Salmo: Refrão

    Segunda leitura

    Irmãos: O regresso de Cristo, a Sua Última Vinda perturbava a comunidade dos Tessalonicences e,como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem, para dizer, que o mais importante, não é propriamente a Vindo do Senhor, mas aquela missão que os cristãos têm de cumprir na ausencia de Cristo.

    I Tes 5,1-6

    Irmãos: como podemos ouvir, se na ausencia de Cristo, não cumprimos aquela missão que o Senhor nos confiou, corremos o risco de sermos apanhados por aquela “súbita ruina” que é: sermos encontrados pelo Senhor com as mãos vazias.Como estamos neste momento? Também enterramos o Talento que o Senhor nos confiou?

    Evangelho Mt 25,14-30

    Irmãos: S. Mateus, no seu Evangelho, afirma que a causa da regeição de Cristo na Cruz, foi a falta de uma fé vigilante.
    Saudemos o Senhor que hoje nos chama à vigilância evangélica.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos : antes de se manifestar glorioso e eterno, o Reino de Deus, na história dos homens passa por crises.
    – A crise de muitos não entrarem, por não quererem ou chegarem tarde. Ficaram diante da porta fechada, a gritar como desesperados “Senhor abre-nos a porta. E ele respondeu, não vos conheço”.
    – A outra crise do Reino de Deus, são os que entraram, receberam o Dom e, por preguiça ou por medo, tornaram-se servos inúteis.

    “TIVE MEDO E FUI ESCONDER O MEU TALENTO NA TERRA… ENTÃO O SENHOR RESPONDEU-LHE: SERVO MAU E PREGUIÇOSO…”

    Hoje, irmãos, nós os filhos do Reino de Deus, confrontamo-nos com este Dom, o Dom de entrarmos no Reino com a possibilidade de outros entrarem também. Cada um de nós recebeu o seu Dom. Não interessa comparar os dons, quem tem o maior ou menor, como fizeram os fariseus com os Dez Mandamentos da Lei de Deus, quiseram saber qual era o maior e acabaram por não cumprir nenhum.
    – O importante é que cada um recebeu segundo a sua capacidade.

    “A UM DEU CINCO… A OUTRO DOIS E A OUTRO UM SÓ CONSOANTE A CAPACIDADE… DE CADA QUAL”.

    O importante é o sentido do serviço do Reino de Deus,o que se deve fazer para que o Reino de Deus cresça. O Senhor “irrita-se” com aqueles que lhe querem devolver o que receberam sem o mérito do serviço.
    Como hoje nos diz a Parábola dos Talentos, o que distingue os servos, não é o número de talentos, mas o serviço.

    “O QUE RECEBEU CINCO…FOI LOGO FAZÊ-LOS RENDER…UM QUE RECEBEU UM SÓ FOI…ESCONDER O DINHEIRO DO SEU SENHOR”

    Irmãos, o senhor da parábola, não apreciou nos servos o temor, o respeito pela autoridade, e a honra passiva pela ausencia do senhor. O senhor da parábola apreciou sim, com alegria, o serviço, a diligência, o cuidado e a fidelidade daqueles que lhe apresentaram os resultados do seu serviço e recompensou-os largamente.

    “…EXCELENTE E FIEL SERVIDOR…VEM TOMAR PARTE NA ALEGRIA DO TEU SENHOR”

    Como é diferente a atitude, para com o servo passivo, aparentemente sério e respeitador, mas preguiçoso e inútil.

    “SERVO MAU E PREGUIÇOSO…”

    Irmãos, quanto aos filhos do Reino de Deus, a Parábola dos Talentos, não fica pelos servos excelentes ou maus. A parábola vai muito longe e, como sempre, a lógica do Evangelho, é outra, não é nossa, nem dos juízes do mundo.
    – Quanto ao servo inútil, diz a parábola, o que tem ser-lhe há tirado, e passará para junto daqueles que não quiseram entrar e ficaram do lado de fora, por chegarem tarde.

    “AO SERVO INÚTIL LANÇOU-O ÀS TREVAS LÁ DE FORA”

    – Quanto ao servo cuidadoso, diz a parábola, receberá a recompensa que foi destinada aos inúteis e terá de sobejo.

    “ÁQUELE QUE TEM, DAR-SE-Á MAIS E TERÁ DE SOBEJO”.

    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Todos estamos diante do mesmo Senhor na qualidade de servos do Seu Reino.
    Que resultados temos para lhe dar?
    – Onde estás ó “EXCELENTE E FIEL SERVIDOR?”
    – “SERVO MAU E PREGUIÇOSO” Quem és?
    – “SERVO INÚTIL”,esá ainda aqui ou já foi posto lá fora?
    Quer queiramos quer não, temos de reconhecer que há entre nós, sinais de servos inúteis.
    Que é feito de tantos esforços ou de tantas iniciativas? Estudo e refleção da Biblia, encontros para tudo quanto era serviço organizado do Reino de Deus. Como estes encontros terminavam em angústia. Por culpa de quem?
    – O Senhor da Parábola disse ao fiel servidor “VEM TOMAR PARTE NA ALEGRIA DO TEU SENHOR”. Os nossos encontros não eram nada disso. Talves sim, se cumprisse a última sentença da Parábola dos Talentos, acerca do servo inútil. “AÍ HAVERÁ PRANTO E RANGER DE DENTES”. Como o Evangelho é tão claro.
    Irmãos, não vos entusiasma e enche de esperança esta palavra do Senhor:
    “EXCELENTE E FIEL SERVIDOR…VEM TOMAR PARTE NA ALEGRIA DO TEU SENHOR”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  99. Dário Costa says:

    Trigésimo segundo Domingo Comum
    Primeira leitura (Sab 6, 13-17)

    Irmãos: quando uma nova cultura irrompia na história e arrastando os insensatos, sempre desprevenidos, por não terem consigo a reserva da luz da vida, como podemos ouvir nesta leitura, os prudentes não se perturbam, porque tinham consigo a sabedoria divina e recorreram a ela.
    Irmãos: O dom da sabedoria divina atingiu a sua plenitude com Jesus Cristo que nos deu a Sabedoria evangélica, aquela fé que é a luz para podermos ir ao Seu encontro.

    Salmo.Refrão

    Segunda leitura
    Irmãos: como vamos ouvir nesta leitura, a sabedoria que comanda a história deste mundo é a Vinda de Cristo, para os vivos e para os mortos.

    I Tes 4,12-17

    Irmãos: como podemos ouvir, o grande “grito” da história, é o anúncio da ressurreição de Cristo. Do Túmulo vazio de Cristo nasceu a verdadeira esperança dos vivos e dos defuntos. é a consolação dos vivos e a paz dos que morrem.
    Irmãos: A Ressurreição de Jesus, já é aquela luz que podemos acender a qualquer hora, mesmo na hora da morte?

    Evangelho Mt 25,1-13

    Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho ensina que só pela fé na luz da Ressurreição, podemos ir ao encontro de Jesus.
    Saudemos o Senhor que hoje vem ao nosso encontro.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, o Ano Eclesial, o litúrgico, aproxima-se do fim.
    -Como encaramos este fim? Com indiferença? Anos sempre iguais, Domingos sempre iguais? O final do ano Eclesial, não nos interroga? Nas celebrações da fé, acaso, somos rotineiros?
    -Chegados ao fim do Ano Eclesial,estamos conscientes, que o Advento e o Nascimento de Cristo, acontecem de novo, porque os celebramos?
    Estamos conscientes que o anúncio da vinda do Reino de Deus, A Paixão, A Morte, A Ressurreição de Cristo, A Ascensão Gloriosa e a Descida do Espírito Santo, aconteceram de de um modo novo, porque celebramos estes acontecimentos?
    Nós, nas celebrações, fazemos acontecer de um modo novo, a atuação de Jesus de Nazaré.Que figura fazemos ou fizemos,com estas celebrações?
    Irmãos, a parábola do Evangelho de hoje, não só nos interpela, também nos julga e define a situação dos cristãos no mundo, sobretudo a dos praticantes.
    Aqueles que dizem “acredito” mas não celebram a fé, podem ser melhores e terem até mais fé, mas nós que podemos ser piores, temos vantagens ao celebrarmos a fé. A vivência e a caminhada cristã, é mais luminosa. Nas celebrações da fé, há sinais de Cristo, Vivo e Presente no meio dos Seus.Esses celebrantes podem caminhar com Cristo, passar por onde Ele passou e chegar onde Ele chegou.
    Todos estes valores, estes dons, estão à nossa dispposição, com a Vinda do Reino de Deus, mas exigem de nós uma tal atenção e vigilância que, sem esta vigilância evangélica, corremos o risco de ficar de fora, isto é, cumprimos mas sem uma participação, ativa e consciente. Assim, não damos pelas horas, nem pelos dias da presença do Senhor no meio de nós. Hoje ouçamos o aviso do Senhor:

    “EM VERDADE VOS DIGO: NÃO VOS CONHEÇO…VIGIAI PORQUE NÃO SABEIS O DIA NEM A HORA”.

    Irmãos; com esta sentença, Jesus avisou e preparou os seus discípulos, para a Sua nova presença, no meio deles, como mortal.
    -Antes, foi uma presença mortal. Chamou discípulos que O seguiram até morrer na cruz. Viveu no meio deles como mortal.
    -Depois, com a Ressurreição, Jesus inicia uma nova presença, que exige vigilãncia, porque a Ressurreição, não tinha hora marcada. Tinham de esperar atentos que ela acontecesse.
    Vêde, como o Senhor distingue os vigilantes dos que dormem. Na parábola, a comparação é penetrante e interpelativa. Nela distinguimos claramente aquele que é prodente, daquele que é insensato.

    “AS INSENSSATAS AO TOMAREM AS SUAS LÂMPADAS, NÃO LEVARAM AZEITE…AS PRUDENTES LEVARAM AZEITE…”

    Depois, vem o tempo da espera, a tal hora e o tal dia chega. A Ressurreição aconteceu com Jesus, como um “ESPOSO” chegou, sem hora nem dia marcados. Que aconteceu? Alguém gritou: “AÍ VEM O ESPOSO”, isto é, ressuscitou ou ainda, “Ele está no meio de nós,”
    -Esta hora é uma hora feliz para os prudentes.

    “LEVANTARAM-SE…E COMEÇARAM A PREPARAR AS LÂMPADAS”.

    -Esta hora foi uma hora de grande confusão, para os insensatos.

    “DAI-NOS DO VOSSO AZEITE, QUE AS NOSSAS LÂMPADAS ESTÃO A APAGAR-SE…IDE ANTES COMPRÁ-LO”.

    Irmãos, depois seguiu-se a hora da decisão.

    “AS QUE ESTAVAM PREPARADAS ENTRARAM…A PORTA FECHOU-SE”.

    As “ISENSSATAS”, ao chegarem encontraram a porta fechada, bateram e ouviram uma voz dizer; “NÃO VOS CONHEÇO”.
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Muita atenção:
    Esse grito “AÍ VEM O ESPOSO” ou seja, ressuscitou ou ainda, ” Ele está vivo no meio de nós”, já é um grito da história. Esse grito ouviu-se hoje e aqui quando dissemos: O Senhor esteja convosco. Ele está no meio de nós. ouviu-o também quem pela rádio assiste à nossa celebração.(*)
    Com este grito, prudentes e insensatos acordam. Depois, é que vem a confusão.
    -Há quem não tenha azeite para acender a lâmpada. Foram comprá-lo e quando chegaram a porta estava fechada. Bateram e ouviram “NÃO VOS CONHEÇO”.
    Quer queiramos quer não, na parábola de hoje, há uma visão da Igreja, das Comunidades Cristãs e até da vida dos cristãos.
    -As lâmpadas não cessam de se acender: “Recebe a Luz de Cristo”.”Eis a Luz de Cristo”.
    -Mas, na hora do grito, “Ele está no meio de nós”, falta o tal azeite, mais ainda, há quem não acorde. Tantos Cristãos, a segurarem nas mãos lâmpadas apagadas!…Comunidades Cristãs, em que Cristo vive e presente no meio delas, não há luz, não há uma lâmpada acesa. Quando se adormece e se acorda sem luz é a noite que continua.
    Irmãos, ao chegarmos ao fim do ano Eclesial, ouçamos o grito evangélico: ” AÍ VEM O ESPOSO”.
    Extraido do livro:”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -A- do Saudoso e amigo Padre António Mendes Rocha.
    (*)(As missas celebradas ao Domingo pelo padre Rocha eram então transmitidas pela Rádio “Voz do Entroncamento”.Por Dário Costa

  100. Dário Costa says:

    O “Dia de Todos os santos”
    Visa celebrar todos os cristãos que se encontram na Glória de Deus, tenham ou não sido canonizados.
    Entre eles,recordo com profunda saudade, a minha querida e saudosa mãe que me ensinou a rezar,desde pequenino; com 5 anos, me levava pela mão até à igreja onde fui batizado e ali junto do Sacrário, minha boa mãe orava de joelhos, comigo a seu lado, falava com jesus como se o estivesse a ver, e lhe pedia com muita humildade, as Graças de que tanto precisava, para criar os filhos que tanto amava: saude,e o pão de cada dia;(num acidente ficara sem parte da tíbia, e caminhou com dificuldades, de moletas, durante 8 anos). Pelo bem e oração que ela fazia e pela caridade que tinha para com os mais pobres, Deus conceu-lhe a grande graça de começar a caminhar sem o auxilio de moletas, criou 6 filhos, com grandes dificuldades viu-os crescer na fé frutos do seu amor e bom exemplo,oração em família,o terço em que ele contemplava os Mistérios, como ele referia sempre; faleceu com 92 anos,à 14 anos no dia de Natal como era o seu desejo,depois de receber a Sagrada eucaristia, das mãos do filho mais velho (meu irmão)e com um simples ar de sorrizo, pronunciou as mesmas palavras de Cristo:”MEU DEUS A VÓS ENTREGO O MEU ESPÍRITO” e assim partiu para a Glória de Deus.
    Que agora faça parte dos Bem-aventurados.

    Entre eles também está o saudoso e amigo padre António Mendes Rocha, que me acolheu em momentos que a minha cruz era bem pesada, valeu-me a força da oração a Deus, por intermédio de Cristo e sua Mãe Maria Santíssima, sem esquecer alguns Santos que se veneram na Igreja e de que eu sou devoto, como Santo António, S. Francisco de Assis, santa Teresinha de Jesus, etc.

    O saudoso padre Rocha fez-me perceber que o “Santo é o pecador que não desiste de seguir os caminhos de Deus”.

    Os Santos atingiram a “Sabedoria da Cruz e por esse meio chegaram ao Mistério de Cristo.

    Santo é o peregrino a caminho da Pátria Celeste, que carrega a cruz de cada dia, quando cai, se levanta, com objetivo de seguir os passos de Cristo e assim poder chegar à Feliz Glória da Ressurreição. (Assim me dizia o saudoso e amigo padre Rocha, durante longas viágens que fizemos juntos,conduzindo-o no seu carro, quando a sua idade e seu estado de saúde já não permitia conduzir.
    Com a ajuda do padre Rocha,cresci mais na fé, o que recebi através dele, quero ir partilhando com quem pretender ler as suas homilias que através dos Arautos do Evangelho, têm sido publicadas. Aos Arautos do Evangelho, os meu agradecimentos, e que o Saudoso padre Rocha, agora, um dos Bem-Aventurados,interceda junto de Deus, por aqueles que querem levar a todos o Sua Palavra, o Evangelho de jesus Cristo, que nos mostra a Sua Luz e nos faz chegar à santidade.
    O Saudoso padre António Mendes Rocha,está sepultado no cemitério junto à igreja da freguesia do Paço-Torres Novas, ultima paróquia a que ele presidiu. A seu pedido,coloquei na sua campa, uma cruz em pedra mármore, e alguns marcos também de pedra igual, à volta, unidos por simples correntes; como ele me pediu, não há nesse local fotos, nem datas, mas sim uma grande menságem do Evangelho de São Lucas: “ALEGRAI-VOS, PORQUE OS VOSSOS NOMES ESTÃO ESCRITOS NOS CÉUS.” (Lc.10,20)
    Faz hoje dois anos, que eu cumpri este seu pedido, tal como ele escreveu num dos seus cartões (que ainda guardo)ao manifestar-me os seus ultimos desejos, cerca de dois meses antes de partir para a Glória de Deus. Por Dário Costa

  101. Dário Costa says:

    O dia de Todos os Santos
    A solenidade de Todos os Santos, vem do século IV.
    Em Antioquia celebrava-se a festa de todos os Mártires no 1º Domingo depois do Pentecostes.
    A celebração foi introduzida em Roma na mesma data no século VI.
    No ano 835 esta celebração foi tranferida pelo Papa Gregório IV para o 1º dia de Novembro.
    Fonte: Canto e Paz,escrito por Kátia Lima. Por Dário Costa

  102. Dário Costa says:

    Trigésimo Domingo Comum

    Primeira leitura; Mal. 1, 14b-2, 2, 2b. 8-10

    Irmãos:na primeira leitura, Deus mostra-se indignado, porquê?
    – Deus indignou-se,porque aqueles que estavam entre Ele e o Seu Povo, favoreciam os abusos da autoridade.
    – Deus indignou-Se, porque sendo Ele o “grande Rei” do Seu Povo,aqueles que Ele chamou para o Servir,impediam o Pastor Eterno de conduzir o Seu Povo.
    Irmãos: esta situação do Povo de Deus, terminou definitivamente, quando o Filho de Deus feito homem se colocou entre o Seu Povo e os poderes deste mundo, para o defender e salvar das tiranias deste mundo.
    Por isso cantemos a alegria de jesus no meio de nós.

    Refrão do salmo

    Segunda leitura

    Irmãos: como podemos ouvir nesta leitura,o pregador deste Evangelho, sábe e conhece por experiência própria a força de salvação do Evangelho que anuncia.
    I Tes. 2,7-9,13
    Irmãos : como podemos ouvir, a grande preocupação de S.Paulo é esta:
    – Que os Tessalonicences não perdessem o dom admirável do Evangelho da Salvação, que anunciou com o risco da própria vida.
    – Dar aos Tessalonicences o testemunho dos sacrifícios que passou para servir o Evangelho.
    Irmãos: que apreço é o nosso pelo Evangelho de Cristo? Já o perdemos?

    Evangelho Mt 23,1-12

    Irmãos: S. Mateus deixou o testemunho do poder e da força do Evangelho de Jesus.
    Saudemos o Senhor que hoje nos revela a força do Seu Evangelho.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, as comunidades do Evangelho de S. Mateus tinham esta certeza luminosa: o Reino de Deus tinha chegado, pela morte e ressurreição de Jesus.
    Esta certeza, fazia nascer uma vida comunitária nova.diferente das comunidades tradicionais, organizadas à volta da Lei, os Dez Mandamentos, e da palavra dos profetas. As comunidades do Evangelho de S. Mateus estavam lúcidas e conscientes, do “antes” e do “depois”, ou seja, da diferença.
    – Antes aqueles que congregavam o povo de Deus, faziam-no com a autoridade de Moisés, como se dizia, sentavam-se na “CADEIRA DE MOISÉS” e exigiam honras de mestres, de doutores, e usavam e abuzavam de um falço paternalismo, para se imporem à comunidade, como “maiores”.
    Depois segundo o Evangelho de S. Mateus,estes mestres, estes doutores, este paternalismo caem, para dar lugar aos servidores, aos menores segundo o Evangelho.
    “AQUELE QUE FOR MAIOR, ENTRE VÓS, SERÁ O VOSSO SERVO.
    QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”.

    Irmãos, Jesus, ao referir-se aos responsáveis religiosos do Seu tempo, usou a linguagem de quem anuncia que algo terminou. Acabou o tempo,para aqueles que se sentavam na “CADEIRA DE MOISÉS”,para congregar e ensinar o Povo de Deus. Começou um tempo novo, o tempo daqueles que se reunem à volta de Cristo Morto e Ressuscitado, o Santo servidor do Pai Celeste.
    – No tempo da “CADEIRA DE MOISÉS”, aqueles que se sentavam nela, impunham preceitos e tradições, fazendo dos Mandamentos fardos pesados, mas só para os outros e, em toda a parte, exigiam os lugares de honra.
    ” NA CADEIRA DE MOISÉS, SENTARAM-SE OS ESCRIBAS E OS FARIZEUS…ELES DIZEM E NÃO FAZEM, ATAM FARDOS PESADOS…AOS OMBROS DOS HOMENS…TUDO O QUE FAZEM É PARA SEREM VISTOS…GOSTAM QUE OS TRATEM POR MESTRES”

    – No tempo da “CADEIRA DE MOISÉS” era assim, mas nos tempos Messiânicos, Jesus diz que nas comunidades cristãs, o Pai é só um, o Pai Celeste

    “UM SÓ É O VOSSO MESTRE…UM SÓ É O VOSSO DOUTOR, O MESSIAS”.

    Diz ainda, se alguém que quer ser grande, faça-se servo de todos. Esse é o maior, é o exaltado.

    “QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO E QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO”.

    Irmãos , como terminar esta reflexão?
    O tempo da “CADEIRA DE MOISÉS”, passou. Já não existe a instituição dos fariseus,dos escribas e dos doutores da lei. Mas, o farisaismo, pode existir. O aviso do Senhor, aí está no Evangelho de hoje. Que fazer, para sabermos que somos comunidades cristãs e não de fariseus?.
    Eis o caminho certo:
    – Chamar pai aquele que é o Pai verdadeiro, o Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, isto exige logo que temos de ser irmãos verdadeiros.
    – Ouvir o nosso Mestre, o Messias Jesus. Ele não nos sobrecarrega com fardos, como antes faziam os fariseus. Ele alivia-nos, dizendo: “o meu peso é leve, a minha carga suave”.
    -Ouvir o nosso Doutor, o Messias, Jesus. Ele transmite-nos tal sabedoria que ninguém, poderá ser tão douto,(instruido) como nós. O nosso Doutor, ensinana-nos sabedoria divina.
    Irmãos, hoje, no Evangelho, não ouvimos um ataque de Jesus aos fariseus.Ouvimos sobretudo, um apelo divino.
    – Vêde: que lugar damos no meio de nós, ao Pai Santo e verdadeiro. Não somos herdeiros d,Ele, nós é que somos a Sua herança.
    – Vêde: como o nosso Mestre é pouco ouvido. Às vezes, ouvimos tudo e todos e não ouvimos o nosso Mestre. Porquê? Ele vivo e presente no meio de nós, é pouco ouvido.
    – Vêde: os cristãos são pouco doutos,não sábem falar de Cristo. Porquê? Porque não acolhemos a sabedoria do nosso Doutor, Jesus. Falta-nos sabedoria evangélica.
    Pensemos: um só é o nosso Pai, o nosso Mestre, o noso Doutor, Jesus Cristo.
    Extraido do livro: “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”. ano -A-, do saudoso padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa

  103. Dário Costa says:

    O saudoso e amigo padre António Mendes Rocha, foi durante a sua vida um peregrino a caminho da Pátria Celeste (como tantas vezes ele dizia.O seu amor a Deus e à Sua Igreja fundada por Seu Filho Jesus Cristo,refletia-se na postura e no olhar de uma fé viva e pura que irradiava a mente do saudoso padre Rocha,quando alguém abatido pelo sofrimento lhe batia à porta a pedir por seu intermédio as graças e a Benção de Deus. Era um servo de Deus que sabia acolher,escutar e amar o próximo; semeou a Semente da palavra de Deus, que converteu tanta gente que o queria escutar.
    Dia 21 deste mês (sexta feira)faz 2 anos que o saudoso padre Rocha partiu para o Senhor.
    Será celebrada Missa por sua intenção,às “19 horas,” na capela do lar Padre Américo no Nicho do Rodrigo- Torres Novas, local onde celebrou tantas vezes a Santa Eucaristia,(depois de atingir a idade que o brigou a deixar a ultima paróquia da freguesia do Paço-Torres Novas) pregou a Palavra de Deus, acolheu e converteu tanta gente, junto dos seus aposentos, onde tantos anos convivi e com ele aprendi a ser um humilde peregrino neste mundo passageiro a caminho da Pátria Celeste.
    Que o Senhor lhe dê a recompensa, na Sua Eterna Glória, pelos frutos que através do Seu servo padre António Mendes Rocha, milhares de pessoas receberam, e pelas graças Deus que através dele, continuam a ser recebidas. por Dário Costa.

  104. Dário Costa says:

    Trigésimo Domingo Comum
    Primeira leitura. Ex 22.21-27

    Irmãos: Como ouvimos, o Povo, salvo da escravidão do Faraó, procura a identidade do seu libertador.
    – Quem será Ele? Como se chama ? Onde mora?
    – E o Deus Libertador de escravidões, identifica-Se no imigrante, na viuva, no órfão, no maltratado, no endividado, no angustiado.
    – E o Deus Libertador de escravidões, identifica-Se indignando-se com os sistemas opressores, que geram escravos.
    Irmãos: a identidade definitiva de Deus, é Jesus Cristo, a imágem d,Aquele Deus que ama salva e perdoa.
    Deus é amor.

    Salmo. Refrão:

    Segunda leitura

    Irmãos: a vocação e a missão de uma comunidade cristã, é ser um sinal, um meio pelo qual Deus se mostra próximo dos homens pelo Seu Filho Jesus Cristo.
    É o que vamos ouvir nesta leitura.

    I Tess 1,5-10

    Irmãos:Como podemos ouvir, uma comunidade cristã, tem autenticidade quando irradia a sua vida, quando a Palavra de Deus ressoa à sua volta, numa palavra quando evangeliza.
    Irmãos: é assim entre nós? Somos uma comunidade fechada sobre nós mesmos, ou aberta ao mundo? Os outros que não crêem, não adoram, não esperam e não amam, são para nós próximos ou distantes? Por nós eles podem encontrar a próximidade de Deus?

    Evangelho Mt 22,34-40

    Irmãos: S. Mateus, no seu evangelho, anuncia a Boa-Nova, é Deus perto de nós e nós de Deus, no Seu Filho feito homem.
    saudemos o senhor que hoje nos fala dos caminhos do Seu amor.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, como nos foi dado ouvir, ao longo de todo o Verão, na leitura do Evangelho segundo S. Mateus, Jesus pagou na Cruz, o anúncio do Reino de Deus.
    – Anunciou a sua vinda e, por parábolas,explicou como era entre nós, a presença do Reino de Deus. Não se confundia com os reinos deste mundo, como Ele disse no tribunal de Pilatos: ” o Meu Reino não é deste mundo.”
    – Jesus declarou também que os senhores dos reinos do mundo, não são os senhores do Reino de Deus. O único Senhor é Jesus.”A Deus o que é de Deus”.Irmãos, hoje o Senhor, do Reino de Deus, vem dizer-nos qual é a lei do Seu Reino.Todos os reinos têm de ter leis, senão são anarquias. O Reino de Deus, também tem uma lei.Qual é? Jesus começõu por revelar, aos seus opsitores, a Lei do Reino de Deus. Estes desconfiavam de Jesus e a desconfiança era tão grande, que até O acusaram de Ele querer ser o Rei dos judeus. E a sentença apareceu escrita no cruz:”Jesus Nazareno Rei dos Judeus”.
    Como fizeram os opositores de Jesus? Foi muito simples. A lei já existia, eram os Dez Mandamentos que tinham sido dados por Deus a Moisés. Por isso, era impossível uma lei nova.
    Mas os doutores da lei, que estudavam e ensinavam os Dez Mandamentos, tinham grandes dúvidas. Entre os dez qual seria o maior? É pois, com esta dúvida sem solução, que um doutor da lei, enfrenta Jesus.

    “OS FARIZEUS, OUVINDO DIZER QUE JESUS TINHA FEITO CALAR OS SADUCEUS, REUNIRAM-SE EM GRUPO E UM DOUTOR DA LEI PERGUNTOU A JESUS PARA O EXPERIMENTAR: MESTRE QUAL É O MAIOR MANDAMENTO DA LEI?”.

    Irmãos, os Dez Mandamentos eram um Dom de Deus, e Deus tinha uma intenção quando os deu ao Seu Povo, mas aqueles que os ensinavam, reduziram-nos a leis tradicionais. Eram pois, a lei, a força da lei, aquela lei que dividia a sociedade em cumpridores e transgressores, e que fazia de Deus um “polícia” a ver quem transgredia para castigar. Esta lei, já era mais uma maldição que uma benção. E Deus, mais um castigador do que o Deus do amor.
    – E Jesus responde aos seus opositores com a intenção de libertar tantos oprimidos, por trangressores à lei e denunciar os hipócritas que só eram cumpridores, para serem vistos pelos outros.
    Eram dez Mandamentos e os hipócritas perguntavam a Jesus qual era o maior.
    Os Dez Mandamentos reduzidos a leis, não se sabia de facto qual era o maior, mas os mandamentos divinos, deve-se saber,o que é que Deus pretende,quando os deu ao Seu Povo.
    Irmãos, com os Dez Mandamentos Deus pretende promover o Seu Amor, entre o Seu povo.
    Assim,Jesus, esclareceu o doutor da lei mal intencionado.

    “JESUS RESPONDEU: AMARÁS, COM TODO O TEU CORAÇÃO, COM TODA A TUA ALMA…ESTE É O MAIOR…O SEGUNDO…É SEMELHANTE A ESTE: AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO”.

    É esta a intenção de Deus.

    “NESTES DOIS MANDAMENTOS SE RESUMEM TODA A LEI E OS PROFETAS”.

    Irmãos terminemos esta reflexão. Como? Interroguemo-nos.
    Tanto Jesus, como o doutor da lei, aceitam os Dez Mandamentos, mas não estão de acordo. Em quê? Porquê? Eis o desacordo:
    – O doutor da lei via nos mandamentos uma lei para se cumprir e o resultado, era uma sociedade, dividida em cumpridores e transgressores, em que a hipocrisia era o maior pecado.
    -Jesus via nos Mandamentos, o Desígnio de Deus, para promover o Seu Amor.. Não há cumpridores nem transgressores. Nem sempre há é possivel cumprir, mas há sempre a possibilidade de Amar. O amor é possível.
    Eis a questão de hoje:
    Nós, hoje e aqui, a quem seguimos? O doutor da lei,ou Jesus? Não valem palavras. Entra dentro de ti, e examina a tua mentalidade,porque dentro da Igreja, há muitos, com mentalidade do doutor da lei. “O que está escrito é para se cumprir”, dizem hoje os “doutores” em Cristo, que nunca leram o Evangelho.
    Vamos promover o amor,dizem aqueles que no Amor de Cristo vêem uma semente nova, a nascer todos os dias. É o Mandamento novidade, o Novo.

    “AMARÁS O SENHOR TEU DEUS…AMARÁS O TEU PRÓXIMO”.

    Extaido do livro “UMA EXPERIÊNCIUA PASTORAL” ano -A- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha, que partiu para o Senhor no dia 21-de Outubro de 2009. Ano em que ele previa morrer. Assim me disse um dia, (nos seus aposentos.) Por Dário Costa

  105. Dário Costa says:

    Vigésimo Nono Domingo Comum. Ano -A-(S. Mateus)
    Primeira leitura Is 45,1,4-6

    Irmãos,como podemos ouvir, nesta leitura, Deus “consagrou” um imperador pagão, para servir o Seu Desígnio Salvador, a favor do Seu Povo, humilhado no cativeiro da Babilónia.
    – Espanto, ou escandalo? Nem uma coisa nem outra:
    Tudo foi simples.Um imperador reconheceu que o Reino de Deus estava acima dos reinos deste mundo e deu a Deus o que era de Deus.
    Irmãos: Jesus proclamou, definitivamente, a sabedoria do Reino de Deus, frente aos reinos deste mundo, quando declarou aos Seus opositores, que dessem a César o que era de César e a Deus o que era de Deus.

    Refrão do Salmo:

    Segunda leitura
    Irmãos: S. Paulo vê que as comunidades cristãs estão indefesas, perante a perpotência do mundo pagão que as esmaga e persegue.
    Como podemos ouvir nesta leitura, a força da comunidade cristã é a sua vida de fé, de esperança e de caridade.

    1 Tess 1,1-5

    Irmãos: Como ouvimos, a fé, a esperança e a caridade de uma comunidade cristã, é o verdadeiro sinal do Reino de Deus.
    A fé, a eperança e a caridade, não dependem dos reinos deste mundo mas de Deus.
    Como é entre nós? Estamos a pagar o tributo aos Césares deste mundo, ou somos aqueles que esperamos o mundo que há-de vir?

    Evangelho Mt 22,15-21

    Irmãos: as comunidades do evangelho de S. Mateus assumiram a vinda do Reino de Deus, no meio dos reinos que as esmagavam.
    Saudemos o Senhor que hoje convida os filhos do Reino de Deus, a dar ao Pai aquilo que Lhe pertence.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, os Filhos do Reino de Deus, não o são por mérito próprio, nem por privilégio. Nascem da conversão e entram no Reino de Deus, por um convite honroso. “E A SALA DO BANQUETE ENCHEU-SE DE CONVIDADOS”.
    Hoje irmãos, vamos refletir a situação dos Filhos do Reino de Deus, que não são os filhos do reino do mundo, mas estão no mundo.”VÓS ESTAIS NO MUNDO ,MAS NÃO SOIS DO MUNDO”.
    Como conciliar estas duas presenças? Estais, mas não sois?
    Certamente que os discipulos, ouvintes e até opositores de Cristo se aperceberam desta situação.
    Aperceberam-se, porque viram o jeito de Jesus viver.Estava no mundo, fazia parte da sociedade, mas vivia como Filho de Deus. Não era do mundo.
    Irmãos, o facto de Jesus estar no mundo e não ser do mundo gerou tal confusão, era tão dificil e perigosa de aceitar esta situação que a oposição de Cristo resolveu pegar nesta aparente contradição da vida de Cristo.

    “OS FARISEUS REUNIRAM-SE PARA DELIBERAR SOBRE A MANEIRA DE SURPREENDER JESUS NO QUE DISSESSE”

    O objetivo era atacar a condição de Jesus, de estar inserido numa sociedade e sem ser dela. Para confundir Jesus,enviaram-lhe gente dependente dos poderes religiosos e dos poderes políticos, dependentes deles os fariseus e do rei Herodes.

    “ENVIARAM-LHE ALGUNS DOS SEUS DISCÍPULOS JUNTAMENTE COM HERODIANOS.”

    Irmãos, ser Filho do Reino de Deus e estar no mundo, é uma condição que toca sobretudo no poder dos poderosos e foi por isso que provocaram jesus com a lei dos impostos.

    “É LICITO PAGAR OU NÃO O TRIBUTO A CÉSAR?”

    Os que fizeram esta pergunta, fizeram-na com malícia, e Jesus denunciou-a.

    “PORQUE ME TENTAIS HIPÓCRITAS?

    Jesus exigiu-lhes que mostrassem a moeda do tributo, interrogando-os.

    “DE QUEM É ESTA IMÁGEM E INSCRIÇÃO?”

    – Parecia a hora do triunfo. Os poderosos procuram sempre os triunfos do dinheiro e as suas caras aparecem sempre gravadas nas moedas e notas, para assinalar os anos do seu reinado.
    – O rosto de Jesus, não dá para cunhar as moedas porque é chagado e coroado de espinhos.
    Serve apenas para marcar o reinado da Cruz, que não se confunde com os reinados dos homens. Por isso disse aos seus opositores.

    “DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS”

    – Para César,é tudo o que se relaciona com os reinos deste mundo, Poder, glória, força, dinheiro e morte.
    – Para Cristo, é tudo e só o que se relaciona com o Reino de Deus. Serviço,humildade,amor,perdão,santidade,graça, morte e ressurreição.
    Irmãos , como necessitamos de corágem para terminarmos esta homilia.
    – Como necessitamos de corágem para reconhecermos que ainda não somos aqueles Filhos do Reino de Deus que estão no mundo e não são do mundo.
    Acontece que movidos não sabemos por qual zelo, que prontamente damos “A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR” e negamos “A DEUS O QUE É DE DEUS.” Que contradição!…Depois vem a ilusão. Não vamos dar exemplos que são muitos, o importate é reconhecer a situação.
    – Queremos ser de Deus e somos apenas de César.
    – Julgamos que somos Filhos do Reino de Deus e somos os discípulos dos fariseus e os herodianos.
    – Deviamos estar no mundo como cidadãos daquele futuro Reino. O Reino de Deus, cuja manifestação está garantida pela Ressurreição.
    Em vez de sermos sinal do Reino de Deus somos um contra-sinal.
    Irmãos,por aí andam os “herodianos” a mostrarem e ameaçarem com a moeda do tributo. E o medo de César instalado há muito, em nós e no meio de nós, atua de tal maneira que tudo parece pertencer a César.

    “DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR E A DEUS O QUE É DE DEUS.”

    Para quando? Só quando formos Igreja.

    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano -A- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. por Dário Costa

  106. Dário Costa says:

    Vigésimo Oitavo Domingo Comum. Ano -A- (S. Mateus)

    Primeira Leitura. Is 25,6-10

    Irmãos: Deus tirou um povo da escravidão, escolheu-o para Si e fez com ele uma Aliança. Este Povo, pertence a Deus, acabou por colocar o bem-estar da vida acima daquele Deus que o amou e salvou. Quer dizer, o Povo de Deus caiu na infidelidade.
    Ao ouvir-mos esta leitura, quando os desastres nacionais e as ameaças dos inimigos pareciam merecidos castigos, o Deus ofendido, anuncia ao Seu Povo, outro bem-estar, e convida-o para o Seu próprio Banquete. Quer dizer, em vez de castigos veio a salvação.
    Irmãos: esse bem-estar e esse banquete anunciados pelo profeta Isaias, concretizou-se com Jesus de Nazaré. É o banquete do Pai Celeste.
    -Com Jesus chegou a bem-aventurança do Reino de Deus.
    -Jesus deu-nos o banquete do Reino do Pai Celeste.
    Aceitamos pois o convite para aquele banquete que o Pai Celeste preparou para todos os povos da Terra.

    Refrão: O SENHOR PREPAROU O BANQUETE PARA TODOS OS POVOS DA TERRA:

    Segunda leitura
    Irmãos: como vamos ouvir nesta leitura, é da cadeia, onde sofre as privações dos prisioneiros, que S. Paulo dá aos Filipenses o seu maior testemunho evangélico. Paulo não vive dependente do bem-estar do mundo.

    Filip 4,12-14,19-20
    Irmãos: como ouvimos, a bem-aventurança evangélica, não é aquela que depende dos bens materiais. Nas grandes privações, de uma cadeia, S. Paulo não quer estar dependente das comunidades que fundou.
    Irmãos: que testemunho damos nós, da bem-aventurança evangélica?
    Jesus convidou-nos para um banquete. Que pensamos deste banquete?

    Evangelho Mt 22,1-14

    Irmãos: ~S. Mateus, no seu evangelho, compara a vinda do Messias, a um banquete de casamento. Saudemos O Senhor que hoje nos chama ao Seu banquete.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, há meses, domingo a domingo, temos meditado o Mistério do Reino de Deus, isto é, o jeito, a maneira como Deus quer estar vivo e presente no meio de nós.
    – Com Jesus e pelo poder da Cruz, o Reino de Deus veio, está no meio de nós, escondido como um tesouro, para quem o procura e como uma semente que germina por si.
    – Jesus ensinou aos Seus discípulos que os Filhos do Reino de Deus nascem de uma mudança, a conversão, e assim os pecadores, os da má vida, podem ser os primeiros a entrar, e a tornarem-se Filhos do Reino de Deus.
    Hoje, irmãos meditamos, numa parábola que os Filhos do Reino de Deus são Filhos, por aceitarem um convite honroso, como honrado é aquele, a quem um rei convida para a boda do casamento do filho, o herdeiro real.

    “O REINO DOS CÉUS É COMPARADO A UM REI QUE PREPAROU O BANQUETE NUPCIAL PARA O SEU FILHO”

    Irmãos, por isso os Filhos do Reino de Deus são confrontados com um convite único, para uma festa real.

    “ENVIOU OS CRIADOS A CHAMAREM OS CONVIDADOS”
    É a festa do casamento do filho do rei. É a união nupcial. Nestas núpcias, a parábola não fala da noiva porque aqueles a quem, primeiro, foi dirigida aparábola, sabiam que a noiva eleita era aquele povo que Deus escolheu para Si, o Povo Eleito. Deus amava este povo e deu-lhe como Noivo, Esposo, o Seu Filho feito homem, O messias esperado.
    Irmãos, é muito estranho, quase incompreensível, o povo que esperou a chegada desse Noivo, o Messias Prometido, na hora da festa da união nupcial, na festa da Nova e Eterna Aliança, os convidados de honra, os primeiros para os primeiros lugares, os distinguidos com convites especiais, declinaram o convite e não quiseram ir à festa.

    ” MAS ELES NÃO QUISERAM VIR”

    Mas o rei prepara o banquete e insiste no convite.

    “MANDOU…OUTROS CRIADOS…DIZEI AOS CONVIDADOS: OLHAI QUE TENHO O BANQUETE PREPARADO…VINDE PARA O BANQUETE”

    A dedicação e a insistência do rei não encontraram eco no coração dos convidados. eles não fizeram caso.

    “SEM FAZEREM CASO, DIRIGIRAM-SE,UM PARA O SEU CAMPO E O OUTRO PARA O SEU NEGÓCIO”

    As relações do rei com os convidados deterioraram-se e do convite amigável passou-se ao conflito.

    “APODERARAM-SE DOS CRIADOS DO REI, TRATARAM-NOS MAL E MATARAM-NOS”

    Irmãos, que há-de fazer um rei quando os covidados assacinam os portadores do seu convite.Ficou indignado. Tem o banquete preparado e não desiste da festa.
    Mas atenção, faz sentir aos convidados indígnos e assacinos, que perderam, uma festa ao verem as suas residências a arder e a serem vítimas da guerra que provocaram.

    ” O REI…ENVIOU OS SEUS EXÉRCITOS, PARA…INCENDIAR-LHES AS CIDADES”

    Irmãos, como terminar esta reflexão desta parábola dramática para os primeiros convidados e feliz para os segundos? Terá a ver connosco. Sim tem e é dificil dizê-lo e emtendê-lo.
    Os convidados são chamados para a festa da união de Cristo com a natureza humana, a festa viva e presente no meio dos Seus.
    -E eu pergunto: esta união nupcial de Cristo com esta comunidade já existe? Cristo vivo e presente no meio de nós já é uma festa, Ele já é o esposo desta comunidade?
    -O convite está de pé? A festa há-de fazer-se. Com quem?
    -“ELES NÃO QUISERAM VIR”. Eles não fizeram caso. Isto não vos impressiona? Tantos convites… tantas regeições…Pensai: as razões daqueles que não aceitaram o convite são falsas. A razão é o pecado da infidelidade. Depois foi o incêndio da cidade. Não há por aí quem se defronte com o “fogo” da infidelidade?
    Irmãos aceitemos o convite, vamos e façamos a festa da união em Cristo. Se estás longe, o criado bate-te à porta, com o convite. Aceita, vem: “O BANQUETE ESTÁ PRONTO”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso e grande amigo, padre António Mendes Rocha. por Dário Costa e colaboração de Reinaldo Dinis.

  107. Reinaldo Dinis says:

    Vigésimo Sétimo Domingo, Ano – A- S. Mateus

    Primeira Leitura Is 5, 1-7

    Irmãos: que pensa e que sente um profeta, no meio de um povo que deu em decadência, por causa da sua infidelidade?
    Como ouvimos nesta leitura, o profeta Isaías pensa e sente como Deus.
    – Aquele Povo, eleito entre todos os povos da terra, já não escuta os hinos de amor daquele Deus que o escolheu.
    – Aquele Povo Eleito é semelhante a uma vinha, plantada com toda a ternura, mas que só produz uvas azedas e, o seu proprietário fica desolado. E a vinha vai tornar-se um baldio.
    Irmãos: Jesus sabia que era o último enviado, a essa Vinha que Deus plantou, Jesus sentiu-Se pelos maus tratos que os agricultores da vinha deram àqueles enviados que mandou para receber os frutos da vinha. Por isso, hoje, nós, que somos aqui a Vinha do Senhor, cantemos com o profeta.

    Refrão: A VINHA DO SENHOR É A CASA DE ISRAEL

    Segunda Leitura

    Irmãos: um cristão, quando escreve da cadeia, que tem ele a dizer?
    Como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo escreve da cadeia aos Filipenses para falar da alegria cristã.

    Fil 4, 6-9

    Irmãos: como ouvimos, nós cristãos, só somos diferentes dos outros que o não são porque esperamos o Senhor.
    Não fazemos nem vivemos num mundo à parte, vivemos com os outros, mas com horizontes de ressurreição e de vida.
    Irmãos: já sabemos em que somos diferentes dos outros? Damos testemunho da nossa alegria cristã?

    Evangelho Mt 21, 33-43

    Irmãos: S. Mateus afirma claramente que aquele povo que rejeitou Cristo na Cruz, deixou de ser a Vinha do Senhor.
    Saudemos o Senhor que hoje visita a Sua Vinha que somos nós.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, quando alguém dá um parecer acerca de um problema proposto, esse alguém ao pronunciar-se é como se fosse um juiz.
    No Domingo passado vimos o Senhor a pedir um parecer aos príncipes dos sacerdotes, acerca de dois irmãos: um era desobediente mas arrependeu-se. O outro aparentava ser obediente mas nunca obedecia.
    – Neste Domingo, voltamos a ouvir o Senhor a pedir novamente um parecer aos príncipes dos sacerdotes. Fá-lo, contando-lhes primeiramente uma parábola acerca de um proprietário que plantou uma vinha.
    “ UM PROPRIETÁRIO… PLANTOU UMA VINHA…DEPOIS ARRENDOU-A…E PARTIU PARA LONGE “

    Irmãos, esta parábola tem um carácter dramático porque exprime a maior infidelidade do Povo de Deus. Mais dramática ainda porque envolve neste drama os principais responsáveis.
    Na parábola, Jesus responsabiliza os príncipes dos sacerdotes pelos profetas rejeitados e mortos. Mais ainda, Jesus também responsabiliza os responsáveis religiosos, pelo maior drama de sempre: a rejeição e condenação à morte do Messias Prometido.

    “POR FIM MANDOU-LHES O SEU PRÓPRIO FILHO…AO VEREM O FILHO DISSERAM: ESTE É O HERDEIRO, MATAMO-LO E FICAMOS COM A HERANÇA…E MATARAM-NO ”

    Irmãos, os príncipes dos sacerdotes e os demais responsáveis, ao ouvirem esta parábola de Jesus, que terão pensado? Viram diante de si o Rejeitado, o Condenado e o Abandonado numa Cruz? Quais as razões profundas da parábola de Jesus? Era uma queixa? Era para mostrar que estava consciente da sua missão de filho assassinado pelos rendeiros, naquela vinha – o Povo de Deus – que o seu Pai plantou com tanto amor?
    A finalidade da parábola, não era uma queixa nem Jesus a lastimar-se. Com a parábola, Jesus pede um parecer aos responsáveis.

    “QUANDO VIER O DONO DA VINHA QUE FARÁ AOS VINHATEIROS? ELES RESPONDERAM: MANDARÁ MATAR…ESSES MALVADOS E ARRENDARÁ A VINHA A OUTROS”

    Irmãos, Jesus não aceitou o parecer dos seus inimigos, porque não é de vinganças. Referindo-se à sua morte na cruz, disse que era uma obra admirável. A Sua morte, a Sua cruz, serviam, como serve uma grande rocha, na esquina de uma casa. Quem for contra esta pedra, ou se ela cair sobre alguém esses ficarão esmagados.

    “QUEM CAIR SOBRE ESTA PEDRA FICARÁ DESPEDAÇADO E AQUELE SOBRE QUEM ELA CAIR SERÁ ESMAGADO”

    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    – Os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, ao ouvirem a Jesus a Parábola da Vinha, estariam conscientes de que eles próprios, pertenciam ao número daqueles servos que eles matavam? A verdade é que eles responderam que a vinha devia ser tirada aos assassinos e arrendada a outros. Foi uma conclusão lógica.

    – Qual é hoje a nossa conclusão? Fala-se muito de crise da Igreja mas pensa-se pouco ou nada, que a Vinha do Senhor, a igreja, até parece que está a ser tirada a uns e dada a outros. Não é apenas uma impressão.
    As estatísticas falam de milhares e os nossos olhos vêem tantos agrupamentos a que chamamos seitas e eles intitulam-se Igrejas de Cristo e Reino de Deus.

    “SER-VOS-Á TIRADO O REINADO”

    Quem se impressiona com esta sentença de Cristo? Acaso entre nós já haverá vazios? E o Reino de Deus? Cada um que se interrogue a si mesmo.
    Irmãos, hoje Jesus veio ao meio de nós, para repetir a parábola da Vinha. Terá perdido o seu tempo, como perdeu com os príncipes dos sacerdotes? A eles foi-lhe tirado o Reino de Deus. E a nós, o que está a acontecer ou acontecerá?

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa, com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  108. Dário Costa says:

    Vigésimo sexto Domingo Comum, ano -A- (S. Mateus)
    Primeira leitura Ez 18,25-28
    Irmãos: quando uma corrupção minou por dentro o Povo de Deus, ao ponto de regressar de novo, à antiga escravidão, no meio desse povo infiel, só se ouviam vozes a dizer que o culpado era Deus.
    Como ouvimos nesta leitura, o profeta Ezequiel enfrenta a situação e clama que só acusam Deus, aqueles que não são capazes, ou não querem assumir, a responsabilidade porque são livres.
    Quem não é capaz de se assumir,quem não quer o arrependimento, diz sempre assim: “Não tenho culpa”, ou “Deus é culpado”.
    Irmãos: perante esta situação, Jesus disse-nos que a unica saida é o arrependimento.
    Na parábola, o filho, primeiro disse “Não”; depois arrependeu-se e disse “Sim”.

    Refrão do salmo.

    Segunda leitura
    Irmãos: humilhado numa cadeia e esquecido de todos, S. Paulo assumiu o seu “Sim” ao Evangelho.
    É o que vamos ouvir nesta leitura.

    Fil 2,1-5 (Forma breve)

    Irmãos:Como ouvimos, aqueles que disseram “Sim” ao Evangelho, não o disseram por razões humanas, mas por arrependimento, por conversão.
    Irmãos: e nós? Perante o Evangelho dissemos “Sim” ou “Não”?

    Evangelho Mt 21,28-32

    Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho, diz que perante Jesus, somos chamados a dizer “Sim” ou “Não”.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem pedir o “Sim” do arrependimento.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, a vida pública de Jesus de Nazaré foi animada por um “fogo” que ardia no Coração de Cristo. Este “fogo”era a ânsia que Jesus tinha de dar a conhecer e fazer compreeder o Reino de Deus.
    Deus voltava a reinar no meio dos homens e com homens. Esta realidade era a certeza do Messias de Deus que tudo enfrentou, até a morte e morte de Cruz.
    – Jesus anunciou e usou muitas comparações para fazer compreender aos Seus discìpulos como era o Reino de Deus.
    – Jesus esclareceu os Seus discípulos que os sinais do Reino de Deus só se captam pela fé.
    – Jesus disse que os Filhos do Reino de Deus nasciam não pela vontade dos homens mas de uma conversão.
    Hoje, irmãos, mais uma vez,nos encontramos reunidos, para O Senhor, com a Parábola dos dois filhos, nos esclarecer, se somos ou não Filhos do Reino de Deus.
    Esta parábola que hoje nos é dirigida, Jesus dirigiu-a primeiro às autoridades religiosas do Seu Tempo.

    “DISSE JESUS AOS SUMOS SACERDOTES E AOS ANCIÃOS DO POVO, QUE VOS PARECE?”

    Que pretende Jesus?Que pede a estas autoridades religiosas que só admitem Deus, prémios e castigos? Deus, para estes, reina apenas e só, para recompensar os que cumprem a lei e para castigar aqueles que a transgridem. Não era o Reino de Deus. era sim o reino da lei.
    Irmãos, o Reino de Deus, que não entrou pelo sim à Lei, entrou pela conversão.

    “FILHO VAI HOJE TRABALHAR PARA A VINHA…NÃO QUERO”
    Este filho passou a ter estatuto dos desobedientes, dos trans gresores da Lei.Para os Sacerdotes e anciãos do povo, nada havia a fazer senão pôr-lhe o rótulo de pecador público.
    Irmãos, um valor mais alto se levantou. Jesus revelou o poder do arrependimento.

    “DEPOIS…ARREPENDEU-SE E FOI”

    É com estes que Deus reina. Os Filhos do Reino de Deus nascem do arrependimento.

    “DIRIGIU-SE AO SEGUNDO FILHO E FALOU-LHE DA MESMA MANEIRA. ESTE RESPONDEU-LHE: EU VOU SENHOR, MAS DE FACTO NÃO FOI”

    Este filho, com o seu sim de boca, conseguiu manter as aparências de cumpridor. Para ele o importante era o sim das aparências, aquelas aparências que os sumos sacerdotes tinham transformado em valores sociais,em que se cultivavam no quotidiano, as falsas relações. Era o reinado da mentira. Há os que se entendem bem, no reino da mentira. Memtira, também pode ser uma “arte”, mas sempre diabólica.
    Irmãos, Jesus faz falar os representantes da sociedade das aparências, perguntando-lhes:

    “QUAL DOS DOIS FEZ A VONTADE DO PAI?…ELES RESPONDERAM-LHE: O PRIMEIRO”

    Não foi o que disse “EU VOU”, foi o que disse “NÃO QUERO”. Estava pois aberta aos arrependidos, a porta do Reino de Deus e a prioridade seria dada à multidão daqueles que tinham sido rotulados como transgressores.

    “EM VERDADE VOS DIGO: OS PUBLICANOS E MULHERES DE MÁ VIDA VÃO ANTES DE VÓS PARA O REINO DE DEUS”
    E Jesus acusou os Seus opositores, que não queriam admitir o arrependimento. Com a pregação de João Batista, os transgressores arrependeram-se, mas eles não.

    “E VÓS QUE BEM O VISTES NEM DEPOIS VOS ARREPENDESTES”

    Irmãos. como terminar esta reflexão da parábola dos dois filhos? “NAO QUERO ” e foi, “EU VOU” e não foi.
    – Um ficou pelas aparências… e manteve a mesma atitude interior.
    – Outro caiu em si e a atitude interior mudou radicalmente.
    – Estes dois filhos da parábola obrigaram os opositores de Cristo a reconhcer um, pela mudança do íntimo, obedeceu verdadeiramente e, o outro, desobedeceu pela obediência aparente.
    E, a nós, que nos diz esta parábola?
    Os íntimos não mudam… As aparências praticam-se, cada vez mais…
    “Sei lidar com todos,” dizia alguém entre nós. Com que jeito?
    Pela prática das aparências, ou pelas mudanças interiores?
    Este é, entre nós, o maior obstáculo.Por isso nunca se avança na conversão, no testemunho, na vida comunitária.
    Os íntimos não mudam. Irmãos, ouçamos o aviso do Senhor:

    “OS PUBLICANOS E AS MULHERES DE MÁ VIDA VÃO ANTES DE VÓS PARA O REINO DE DEUS”
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” do saudoso padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa e colaboração de Reinaldo Dinis.

  109. Dário Costa says:

    Vigésimo quinto Domingo Comum. Ano-A,(S. Mateus)
    Primeira leitura. Is 55.6-9

    Irmãos: Como vamos ouvir, o profeta Isaias aponta a saida para a crise de um povo, caído na ruina e na desolação. A saida é só esta:
    – Acreditar e procurar a Bondade de Deus que só se encontra pela conversão.
    – Abandonar aqueles deuses que se acomodam aos pecados dos homens.
    Irmãos: foi este o caminho que Jesus traçou definitivamente. O caminho diferente é o próprio Jesus, que é no meio do Seu povo o Santo de Deus, em desacordo com o mundo e princípio de conversão.
    Jesus é no meio de nós o Santo de Deus.

    Refrão do Salmo

    Segunda leitura

    Irmãos:Como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo, humilhado numa cadeia, por causa do Evangelho, vive a própria humilhação de Cristo que veio habitar no meio dos homens pecadores, mas em desacordo com o pecado.

    Filp 1,20-24,27

    Irmãos: como acabamos de ouvir,
    -não é Cristo que Se adapta ao mundo, mas o mundo a Cristo, convertendo-se;
    -não é Cristo que Se adapta a nós, mas nós a Cristo, pela conversão.
    Irmãos: aqueles que aceitam ser incomodados pela Bondade de Jesus, vão-se convertendo e, por fim, em desacordo com o mundo, podem dizer como S, Paulo: “Para mim viver é Cristo”. Porque não seguimos este exemplo?

    Evangelho Mt 20, 1-16

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho testemunha que a justiça querida por Deus, não é a que vem da Lei, mas da Bondade de Deus.
    Saudemos O Senhor que hoje nos vem falar da Sua Bondade.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, para Jesus, a unica saida, para a humanidade ser verdadeiramente humana, é necessário que Deus more e reine no meio dos homens. por isso Jesus, pregou a Boa Nova do Reino de Deus.
    Irmãos, anunciar a chegada do Reino de Deus, fazer compreender que O Reino de Deus, não se confundia com os reinos do mundo, foi uma tarefa árdua.
    Jesus explicou-o com Seu geito de viver, com palavras e comparações, chamadas parábolas.
    Fez gestos admiráveis, os milagres, e depois com a Cruz.
    Para compreendermos o Reino de Deus, hoje, O Senhor, vem-nos contar, a parábola dos trabalhadores da Sua vinha.
    – Quem de Nós, hoje, ficará a entender a relação entre o Reino de Deus e um proprietário que vai à praça, contratar trabalhadores para a sua vinha?
    Ajusta um denário por dia e procura-os,a toda a hora. Depois, paga a todos por igual, a começar pelos últimos.
    Há quem conteste, mas de facto os primeiros ficaram para o fim.
    -Quem entemde esta comparação?
    Uma coisa é certa. Nesta comparação, esconde-se a sabedoria do Reino de Deus, o modo, como Deus quer reinar no meio de nós.
    – A vinha, é O Reino de Deus, o seu proprietário.
    “O REINO DOS CÉUS PODE COMPARAR-SE A UM PROPRIETARIO”.
    – Os trabalhadores contratados para a vinha, somos nós.
    “SAIU …A CONTRATAR TRABALHADORES”.
    – O proprietário, faz contratos a toda a hora.
    “SAIU MUITO CEDO…A MEIO DA MANHÃ….ÀS TRÊS HORAS DA TARDE…AO ANOITECER”.
    – Ao pagar o salário, começa pelos últimos.
    “PAGA-LHES O SALÁRIO A COMEÇAR PELOS ÚLTIMOS”.
    Irmãos : até parece que isto, não dá para entender, e muitos não entenderam mesmo.
    “COMEÇARAM A MURMURAR CONTRA O PROPRIETÁRIO”.
    A questão da murmuração, está no tal “DENÁRIO” que o proprietário ajustou.
    “ESTES ÚLTIMOS TRABALHARAM SÓ UMA HORA E DESTE-LHES A MESMA PAGA”.
    Que “DENÁRIO” é este? que significa? É um dom. É a recompensa, do Reino de Deus, que é dada cada dia, cada hora e a cada momento. O “DENÁRIO” é Cristo.
    – O que desejei,já tenho. Este que falou assim acerca da recompensa do Reino de Deus, entendeu o significado do “DENÁRIO”.
    -Basta Senhor,basta que a recompensa é grande de mais. Este que falou assim, percebeu que o “DENÁRIO”, tinha valor eterno.
    – Para mim viver é Cristo. Este ficou a saber que o “DENÁRIO” era o dom da vida, era Cristo crucificado.
    E para nós o que significa o “DENÁRIO”? Aqueles que ainda não viram o seu valor,é porque têm um olhar mau e, estão incapacitados de verem a Bondade de Deus. Deus que é Santo e Bom a toda a hora e momento.
    “SERÃO MAUS OS TEUS OLHOS PORQUE EU SOU BOM?”.
    Irmão, terminemos com estas interrogãções.
    – Quem foram os primeiros do presépio de Belém? Foram os pobres pastores que eram os últimos.Depois foram os Reis Mágos porque vieram de longe porque os primeiros,os de perto, não deram pelo nascimento de Jesus.
    -Quem foi o primeiro a compreeder a morte de Cristo? Foi um último, um ladrão que estava numa cruz, ao lado de Jesus. Os primeiros. insultavam Jesus, dizendo: se és filho de Deus desce da cruz.
    – Quem foram os primeiros a saber da ressurreição de Cristo? Foram os últimos,as “Madalenas”, pecadoras públicas. Os primeiros mandaram soldados guardar o túmulo de Cristo.
    “OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS E OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS”.
    Irmãos, o maior acontecimento do nosso tempo, foi o Concílio Vaticano II.
    Quem foram os primeiros a acolher a menságem deste Concílio? Os primeiros, foram os últimos, foram os pobres da América Latina e aqueles que amavam e amam a Igreja Serva e Pobre. Porque os primeiros,começaram a fazer complicações, com as missas em latim e outras coisas assim.
    ” OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS E OS PRIMEIROS SERÃO OS ÚLTIMOS.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL”. Do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. por Dário Costa.

  110. Da´rio Costa says:

    Vigésimo quarto Domingo Comum, ano -A- ( S.Mateus)

    Primeira leitura Sir 27,30-28,9
    Irmãos: que bela meditação ouvimos nesta leitura!
    Quando os poderes do mundo,para imporem uma nova cultura, usam os métodos do rancor, do óddio e da vingança contra os crentes, no Povo de Deus, surgem movimentos de perdão e conversão.
    Irmãos: Jesus de Nazaré revelou, para sempre, a atitude de Deus O Seu Pai perante o pecado. O Pai Celeste pede-nos contas com o Seu coração, isto é, compadece-Se do pecador.
    Todos os que alcançam a Misericórdia serão bem-aventurados.

    Refrão do Salmo

    Segunda leitura
    Irmãos: para resolver as dúvidas e desentendimentos da comunidade cristã de Roma, como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervém e diz que diante da Morte, todas as discussões são ridículas.

    Rom 14,7-9
    Irmãos: como podemos ouvir, o único exemplo que permanece é a vida e a morte de Jesus, porque ressuscitou.
    Irmãos: nós pertencemos a Cristo, por isso é sempre ridículo viver para o mundo.
    O que importa é viver para Cristo que Se compadece dos pecadores.

    Evangelho Mt 18,21-25

    Irmãos:S. Mateus no seu evangelho afirma que com a vinda de Cristo, Deus já não nos pede contas pela Lei, mas por Jesus.
    Saudemos o Senhor que hoje nos anuncia a bem-aventurança do perdão das ofensas.

    Aleluia! Aleluia! Alekuia!

    Irmãos depois de meditarmos no Evangelho de Mateus, o anúncio do Reino de Deus e que os seus sinais só são captados pela fé, começamos a refletir quem são Os Filhos deste Reino.
    Não nascem da carne nem do sangue, nem da vontade do homem. Os filhos do Reino de Deus, nascem,surgem de uma mudança que não é um sentimento religioso. É a mudança da mente e do coração que se chama conversão. Os Filhos do Reino de Deus, são os covertidos a Cristo, pensam como Cristo pensa, sentem como Cristo sente.
    Quando Jesus pregava o Reino de Deus, as multidões disseram “É dura esta linguagem” e deixaram de andar com Ele. Nessa altura,Jesus disse aos aos discípulos, “Vós também podeis ir embora” e um respondeu-Lhe: ” Para onde? Só Tu tens Palavras de Vida Eterna”.
    Irmãos , foi o equívoco de se confundir o Reino de Deus, com os reinos deste mundo que levou Jesus à Cruz.
    – Jesus falava do Reino de Deus, e na mente e no coração dos discípulos estavam os reinos do mundo.
    – Os discípulos pensavam no novo rei e novas leis.
    Irmãos, a confusão era tão grande que um dia Pedro, com sentimentos legalistas, perguntou a Jesus,como será a lei do perdão no novo reino de Israel. Pedro pensava nas difíceis dificuldades de regulamentar as relações humanas, o velho problema que existiu e existe em todas as culturas.

    “SE MEU IRMÃO ME OFENDER, VÀRIAS VEZES, QUANTAS DEVEREI PERDOAR-LHE? ATÉ SETE VEZES?”

    A pergunta de Pedro caiu, como caem os edifícios sem alicerces.

    ” NÃO TE DIGO SETE VEZES MAS ATÉ SETENTA VEZES SETE”

    Irmãos, depois Jesus, com uma parábola, respondeu como se tratava do Reino de Deus, o problema das ofensas. Jesus usou a imagem do Rei e do servo.
    – Nos reinos deste mundo os reis exercem o domínio e os servos gravitam à volta do rei em lugares altos ou baixos, mas são sempre servos, de ordens que vêm de cima.
    – No Reino de Deus não é assim. No caso das ofensas não há rei nem servos. Todos são reis, todos são servos. Rei do perdão. Servo do perdão. Ouvimos a parábola.

    “O REINO DE DEUS É SEMELHANTE A UM REI QUE…CHEIO DE COMPAIXÃO… DAQUELE SERVO, DEU-LHE A LIBERDADE E PERDOOU-LHE A DÍVIDA”

    Depois, o tal servo quando se apanhou em liberdade, com a dívida perdoada, encontrou-se com outro servo que lhe devia uma pequena quantia. Vede como se comportou:

    “COMEÇOU A APERTAR-LHE O PESCOÇO DIZENDO:
    PAGA O QUE ME DEVES… FOI METÊ-LO NA PRISÃO”

    Irmãos, aquele que esteve aos pés do Rei do perdão, e se levantou totalmente perdoado, saiu para servir a ira e a vingança dos reinos deste mundo. Depois de ouvir a sentença do Rei do perdão, teve de receber aquela sentença que os reis deste mundo dão aos seus mãos servos.

    “O SENHOR DISSE-LHE: SERVO MAU… E…INDIGNADO ENTRGOU-O AOS VERDUGOS” (Carrascos)

    Irmãos, é terrível a situação daqueles que nas relações humanas não têm como referência O Rei do Perdão. Quem na vida não tem esta referência, anda perdido. E quem anda atrás do perdido, perdido está.

    “ASSIM VOS HÁ-DE FAZER TAMBÉM MEU PAI CELESTE, SE CADA UM DE VÓS NÃO PERDOAR A SEU IRMÃO DO INTIMO DO CORAÇÃO”

    Irmãos, terminemos a nossa reflexão. Mas como? Parece claro e simples o problema das ofensas. Pensemos e interroguemo-nos:
    – O perdão das ofensas, como muitos pensam, não é uma questão moral, ou algo que tem a ver com os passa culpas, que até defendem, se lhes convem, o servo mau da parábola.
    – O perdão das ofensas é uma referência vital ao Rei do perdão, é um serviço de reis e de servos. O Rei é servo o Servo é Rei.
    – O Rei do perdão é exigente, não na dívida mas no perdão, mas atenção, perdão pedido. O Rei do perdão dá o perdão a todo aquele que lho pede. Perdão pedido, perdão recebido.
    – Tantos, para evitarem incómodos, dão o perdão que não é pedido. Este perdão não existe, nem faz perdoados. É o perdão dos fracos. Perdoar não é uma fraqueza, nem de Deus nem dos seus servos.
    Os Filhos do Reino de Deus agem na vida, tendo como referência O Rei do Perdão que o dá a todo aquele que lho pede.
    Extraido do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-A, do Saudoso amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa e colaboração de Reinaldo Dinis.

  111. Mariaa Izabel de Oliveira says:

    Lindas as mensagens demonstrando grande sabedoria por parte do responsável. Além de enriquecer-me, muito contribuirá para a liturgia da Paróquia Sant’Ana – Wenceslau Braz, sul de Minas Gerais.
    Deus o abençoe e guarde.
    Att.
    Maria Izabel de Oliveira

  112. Dário Costa says:

    Vigésimo terceiro Domingo Comum. Ano-A- (S.Mateus)

    Primeira Leitura.EZ 33,7-9

    Irmãos:Nesta leitura, o Profeta Ezequiel,no exílio de Babilónia, sente-se como um sentinela no seu posto, em tempo de guerra.
    -Quem não compreende o sinal dado por uma sentinela, corre o risco de cair às mãos dos inimigos.
    -Quem não compreende o sinal, dado por Ezequiel,sentinela do Povo de Deus, este povo corre o risco de perder o seu próprio futuro e desaparecer, como os que morrem.
    O sinal do Profeta é este: o Deus Santo estava regeitado pelo Seu povo e só tinham um caminho,o arrependimento deste tão grande pecado.
    Irmãos: foi assim com Jesus, rejeitado numa Cruz pelos Seus.
    Os que se arrependeram deste pecado, reuniram-se à vólta de Cristo Morto e Ressuscitado e, assim, nasceu o Novo Povo de Deus.

    Refrão do Salmo:

    Segunda Leitura
    Irmãos:na comunidade cristã de Roma, os judeus impunham que a Lei, devia estar antes do amor de Cristo e o conflito foi grande.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervém para dizer que o cumprimento da Lei é a Caridade.

    Rom 13,8-10

    Irmãos: como acabamos de ouvir,o que nos aproxima de Deus e uns dos outros, não são regulamentos e leis.
    Quando Deus nos reune é no amor de Cristo, Seu Filho.
    Irmãos : no início de cada celebração, respondemos sempre assim:” Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”.
    Já sabemos o valor desta resposta?

    Evangelho Mt 18,15-20

    Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho, dis-nos que a relação do Novo povo de Deus, os batizados, não passa pela lei, mas pelo amor de Cristo.
    Saudemos o Senhor que hoje Se compromete a estar no meio de nós.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, o nosso Verão tem sido acompanhado com uma longa meditação acerca do Reino de Deus. Domingo a Domingo, de um modo novo, ouvimos o anúncio do Reino de Deus segundo o Evangelho de S. Mateus. Jesus, fez comparações, usou parábulas para nos dizer que o Reino de Deus não se mostra de uma maneira espetacular, dominadora e até aterradora, como muitos pensavam e ainda pensam. Jesus disse-nos:
    -O Reino de Deus é comparável a uma minúscula semente a um bago de trigo a nascer e a crescer ao lado de uma erva daninha, o joio.
    -É comparável ao fermento, porção pequeníssima em relação à massa, mas que a leveda.
    -É como um tesouro escondido num campo; é como uma pérola preciosa em mãos de um negociante desconhecido.
    Jesus disse-nos também que os sinais do Reino de Deus, só serão captados pela fé, porque são um Mistério, isto é,são sinais de um reino diferente. É outro em si mesmo, é outro nos meios e nos fins. O Reino de Deus não coincide com os reinos deste mundo. Os reinos deste mundo são passageiros, transitórios e caducos. Na história, o Reino de Deus é uma presença que não passa, permanece até desabrochar plenamente. Tem plenitude.
    Irmãos, hoje a nossa reflexão é sobre os Filhos deste Reino. Quem são eles? Como aparecem, como se identificam?Para que servem?
    Irmão, os Filhos do Reino de Deus não nascem da carne nem do sangue, nascemn de uma mudança que não acontece apenas por vontade própria, mas por intervenção do Espírito, dado por Cristo. Esta mudança chama-se conversão. A mente e o coração dos Filhos do Reino de Deus, refletem a mente e o coração de Cristo.
    Isto não acontece num plano imaginário, acima ou fora da vida.
    A conversão dos Filhos do Reino de Deus é um movimento que tem esta novidade:
    -O ofendido deve procurar, sem se cansar, aquele que o ofendeu.
    “SE O TEU IRMÃO TE OFENDER VAI TER COM ELE E REPREENDE-O A SÓS”
    -O ofendido deve fazer tudo, para ganhar para o Reino de Deus, aquele que o ofendeu.

    “SE TE ESCUTAR TERÁS GANHO O TEU IRMÃO”

    -O ofendido movimenta pessoas e instituições, não para se queixar, mas para ganhar aquele que o ofendeu.

    “SE TE NÃO ESCUTAR, TOMA CONTIGO UMA OU DUAS PESSOAS… COMUNICA O CASO À IGREJA”

    Irmãos, no Reino de Deus, a relação do ofendido com aquele que ofende, é assim. Porquê? É assim porque Deus atua também assim. Deus o Grande ofendido, procura aqueles que O ofendem.
    -Por isso, quando ganhamos aqueles que nos ofendem, ligamos a terra ao Céu.
    ” TUDO O QUE LIGARDES NA TERRA SERÁ LIGADO NO CÉU”
    -Quando aquele que ofende resiste ou foge ao movimento da Sua procura, dá-se uma desligação da terra com o Céu.

    “TUDO O QUE DESLIGARES NA TERRA SERÁ DESLIGADO NO CÉU”

    Irmãos, dentro das sociedades qual é o lugar do filhos de Deus. Só pode ser o mesmo que Cristo escolheu. Ele colocou-Se entre Deus, o Seu Pai e os homens. Lugar difícil, porque é o lugar do Servo Santo e Sofredor. Entre o grande ofendido e aqueles que O ofendem, só se pode estar crucificado. É aqui que se inicia e daqui que parte. Sempre, o movimento da procura dos outros. O Pai ouviu as súplicas de Cristo pregado na Cruz. Por isso ouve também as súplicas dos filhos do Reino de Deus.

    “SE DOIS DE VÓS SE UNIREM NA TERRA, PARA PEDIREM QUALQUER COISA, SER-LHES-Á CONCEDIDA POR MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS”

    Este é lugar de Cristo.Está no meio dos Seus com o Espírito Santo, O imortal animador do movimento da procura daqueles que cairam na negra orfandade da vida sem sentido.

    “ONDE ESTIVEREM DOIS OU TRÊS REUNIDOS EM MEU NOME AÍ ESTAREI NO MEIO DELES”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? É preciso corágem. Ao menos façamos algumas interrogações.
    -Nós Igreja,quando reunidos estamos no nosso lugar? Estamos, como Cristo, no lugar onde se parte para procurar os que necessitam de perdão?
    – Dentro das comunidades cristãs geram-se com frequência movimentos de condenação? Porquê?
    Estes movimentos põem-nos em causa. Já somos ou não filhos do Reino de Deus? Quem são afinal os filhos do Reino? Os condenados ou aqueles que condenam?
    Irmãos reparai:o Evangelho não fala de um perdão fácil,que pode ser institucionalizado.
    O perdão do Evangelho é um movimento.”SE TEU IRMÃO TE OFENDE VAI…” Vai é o sinal da partida para a maratona ou para a aventura.
    Quem são os Filhos do Reino de Deus? Como aparecem, como se identificam, para que servem? O perdão é um movimento e foi Cristo que deu o Sinal de partida. “VAI…”
    Extraido do livro: “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” Ano -A-do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  113. Reinaldo Dinis says:

    Vigésimo Segundo Domingo, Ano – A- S. Mateus

    Primeira Leitura Jer 20, 7-9

    Irmãos: é Deus quem suscita, no meio do Seu Povo. O profeta age, possuído de uma vocação e de uma missão, ao serviço da Salvação de Deus.
    Mas, como ouvimos, nesta leitura, um profeta de Deus, Jeremias, é surpreendido pelo escárnio, pela troça, pelo vexame e zombaria. Acusam-no de que o seu ministério é uma ruína.
    Jeremias pensa em abandonar a sua missão, mas vence esta tentação e na fidelidade ao amor de Deus assume a sua condição, de ser no meio do seu povo, um rejeitado.
    Irmãos: o que se passou com Jeremias, tornou-se definitivo com Jesus, aquele Messias que assumiu ser rejeitado, condenado e abandonado numa Cruz. A Cruz é o poder e a força dos discípulos de Jesus Cristo.

    Refrão:

    Segunda Leitura

    Irmãos: para que veio Jesus ao mundo? Esta interrogação perturbou a comunidade cristã de Roma. Mas como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervém e esclarece.

    Rom 12, 1-2

    Irmãos: como ouvimos, Jesus veio e não esteve de acordo com o mundo. Não o condenou, salvou-o pela misericórdia de Deus e, assim, ofereceu a Deus um mundo novo, com novas criaturas, os baptizados.
    Irmãos: e nós? Nós estamos de acordo com aquele mundo que rejeitou Cristo?
    Não somos deste mundo. Somos cidadãos de um mundo novo.

    Evangelho Mt 16, 21-27

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho, anuncia que o futuro do povo de Deus, é Cristo rejeitado na Cruz.
    Saudemos o Senhor que hoje nos convida a seguir o Caminho da Cruz.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, há domingos que escutamos no Evangelho, uma revelação única de Deus neste mundo. Jesus revelou-nos que Deus é Pai, Seu Pai e nosso Pai. Qual é o fundamento desta revelação? Que método usa Jesus, para fazer esta revelação? A nossa fé no Pai Celeste e a nossa vida de Filhos de Deus, é uma certeza luminosa da fé e não uma ilusão. Porquê?
    Sim, Jesus dá-nos a certeza. Esta certeza não vem de discursos nem de muitos e variados milagres, nem do jeito de Jesus viver. Esta certeza vem do modo como Jesus nos redimiu. Vem da Cruz.
    – É uma certeza da fé, porque Jesus não nos adquiriu, com ouro ou prata, ou outras motivações passageiras. Nós, cristãos, não somos convencidos com as persuasões dos sábios deste mundo. O ser cristão é um fruto de uma redenção. Fomos redimidos, fomos salvos, por um Crucificado. Cristo crucificado é o revelador do Pai Celeste. A Cruz é o único preço da nossa filiação divina. É pois, à Cruz de Cristo que devemos a graça de podermos dizer: Pai-nosso.
    Irmãos, depois de Jesus nos revelar o Pai Celeste, começou a explicar o modo, certo e seguro, como se chega ao conhecimento do Pai Celeste. Quem nos pode dar este conhecimento?
    Quem tem autoridade? Só Jesus. Ninguém conhece o Pai senão o filho e aqueles a quem Jesus o revelar.

    “ JESUS COMEÇOU A EXPLICAR AOS SEUS DISCÍPULOS QUE TINHA DE IR A JERUSALÉM E SOFRER MUITO DA PARTE DOS ANCIÃOS, DOS PRINCÍPES, DOS SACERDOTES E DOS ESCRIBAS QUE TINHA DE SER MORTO E RESSUSCITAR AO TERCEIRO DIA “

    Foi esta a primeira lição, acerca do modo como Jesus nos adquiriu. Mas Jesus não foi bem sucedido. Pedro, ao ouvir Jesus, que “TINHA DE SOFRER MUITO… E SER MORTO”, julgou que Jesus estava perturbado e “PEDRO… À PARTE COMEÇOU A CONTESTÁ-LO DIZENDO: DEUS TE LIVRE DE TAL SENHOR.ISSO NÃO HÁ-DE ACONTECER”.

    Irmãos, na primeira tentação ao iniciar a vida pública, o Tentador quis separar Jesus de Deus o Seu Pai, até lhe ofereceu os reinos deste mundo. Era a proposta de Satanás, Jesus venceu: Vai-te Satanás.
    Agora, já com um grupo à Sua volta, a prepararem-se para Apóstolos, Satanás volta disfarçado em Pedro, o sonhador com uma restauração do reino de Israel. A atitude de Jesus é a mesma, porque a tentação é a mesma também.

    “JESUS VOLTOU-SE PARA PEDRO E DISSE-LHE: VAI-TE DAQUI SATANÁS”

    Para grandes males, grandes remédios. A oposição de Pedro é diabólica, é escandalosa. Este escândalo também é dado muitas vezes pelos baptizados, como Pedro que tinha em vista as coisas dos homens e não as de Deus.

    “PEDRO…TU ÉS PARA MIM OCASIÃO DE ESCÂNDALO, POIS NÃO TENS EM VISTA AS COISAS DE DEUS, MAS DOS HOMENS”

    Irmãos, Pedro estava perto de Jesus, mas longe do caminho para conhecer o Pai Celeste. Conhecer o Pai Celeste é uma questão de vida ou de morte para a missão de Jesus.
    – Quem não se salva da negra orfandade da vida sem sentido, nasce em vão, perde a vida porque nasceu apenas para morrer. Vivem, mas a sua vida não passou pela Cruz de Jesus, não foi Páscoa. “QUEM QUISER SALVAR A VIDA HÁ-DE PERDÊ-LA”.
    – Quem conhece o Pai Celeste, deixa de ser órfão, valeu a pena ter nascido, a sua vida passou pela Cruz.

    “QUEM PERDER A SUA VIDA POR MINHA CAUSA, HÁ-DE ENCONTRÁ-LA”

    A vida daqueles que não passa pela Cruz, sem Páscoa, podem ter tudo o que o mundo dá.
    É tudo passageiro, não passou pela Cruz, perderam. Foi uma vida sem Páscoa.

    “QUE APROVEITA AO HOMEM GANHAR O MUNDO INTEIRO SE PERDER A SUA VIDA”

    Aqueles que, neste mundo, procuram alternativas para a vida, rejeitando ou excluindo a Cruz de Cristo, não encontram alternativa. “QUE PODERÁ DAR O HOMEM EM TROCO DA SUA VIDA?”
    Irmão, se Jesus rejeitasse o caminho da Cruz, traçado pelo Pai Celeste, a sua passagem por este mundo, seria inútil. Inglória. Mas não foi. Foi crucificado, a sua Cruz é o preço que redime, e o Pai glorificou-O. A glória do Pai brilha na Cruz.

    “O FILHO DO HOMEM HÁ-DE VIR NA GLÓRIA DO SEU PAI”

    Irmãos. Como terminar esta reflexão? É um caso sério.
    – Nestes dois mil anos da história da Igreja, houve sempre baptizados a preferirem um Cristo sem Cruz. Uns, eminentes pela sabedoria e pela inteligência, outros por terem visto as coisas do mundo.
    No nosso século que tem apenas onze anos, há sinais e grandes do engano de Pedro, opositor da Cruz. Há muitos baptizados que querem um Cristo sem Cruz. A estes, Jesus diz como a Pedro. “VAI-TE DAQUI SATANÁS…ÉS UM ESCANDALO”
    -Ao Cristo da Cruz, a mentalidade do mundo diz sempre: Vai-te crucificado, não te queremos neste mundo. Os baptizados evitam o encontro com o crucificado, a não ser para o lamentar, como as filhas de Jerusalém, a quem Jesus disse que não chorassem sobre ele. Acaso, o Crucificado será um desconhecido do nosso mundo e um marginalizado pelos baptizados?
    – Há milhares e milhares de cruzes, nas Igrejas, nos adros, nas casas, ao peito das pessoas, nas lojas para vender. Há crucifixos de ouro, de prata e de marfim, obras de arte pintadas e esculpidas. Mas a sabedoria da Cruz, o conhecimento do Crucificado, não funciona. Porquê?
    Porque o confronto da mentalidade da Cruz com a mentalidade do mundo exige sempre testemunho, combate, mas nunca violência.
    É ouvir, é ver, os comportamentos dos baptizados, como têm medo de desagradar ao mundo!…dizem logo, é preciso cautela, ir com jeito, e calam-se, são passivos e não agem, e a cruz está lá em casa pendurada na parede ou no fio pendurado ao peito. Assim, a Cruz não é testemunho, nem há mentalidade da Cruz.
    Irmãos, hoje, Jesus está no meio de nós a explicar-nos a Sua Cruz, “TENHO DE SOFRER MUITO E SER MORTO”. Houve controvérsias, mas hoje, como aos primeiros discípulos o Senhor faz este desafio:
    “SE ALGUÉM QUISER SEGUIR-ME…TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME”. Este é o caminho para o Pai.

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa, com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  114. Reinaldo Dinis says:

    Vigésimo Primeiro Domingo, Ano – A- S. Mateus

    Primeira Leitura Is 22, 19-23

    Irmãos: como ouvimos, um primeiro ministro do Povo de Deus, numa situação difícil, perante as ameaças de invasores, não usou aquela fé, que é a chave que abre sempre a porta do futuro.
    – Este ministro foi deposto e Deus entregou as chaves a outro, cheio de fé.
    Irmãos: a fé foi também a Chave, com que Jesus abriu os caminhos do futuro. Esta fé é a glória e a força dos discípulos de Cristo, é os alicerces da Igreja. Saibamos pois, pedi-la e acolhê-la.

    Refrão: SENHOR, DÁ-NOS A TUA FÉ, PORQUE ELA VENCEU O MUNDO

    Segunda Leitura

    Irmãos: a comunidade cristã de Roma, duvidou, hesitou na fé e, por isso, sofreu um abalo, como uma casa sem alicerces.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervém e faz uma chamada à fé.

    Rom 11, 33-36

    Irmãos: como ouvimos, a sabedoria da fé, é o alicerce da nossa vida. É também pela fé que alcançamos o nosso futuro.
    A fé projecta-nos em Deus.
    Irmãos: vidas sem fé, que vidas?! Que cativeiro, estar na vida, como um preso na cadeia.
    A fé é mais que a vida.

    Evangelho Mt 16, 13-20

    Irmãos: S. Mateus narra no seu evangelho que o alicerce da Igreja é a fé naquele Messias rejeitado na Cruz.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dar a sua fé.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, Jesus para nos fazer compreender a maneira como Deus, o Seu Pai, quer reinar neste mundo, usou o Seu jeito de viver, Sua Palavra, fez comparações e parábolas, enfim, fez um esforço que terminou com a Sua Morte e Ressurreição. E, mesmo assim na Ascensão, os Seus discípulos ainda lhe perguntaram se era aquele, o momento da restauração do reino de Israel.
    Irmãos, só a descida do Espírito Santo deu aos discípulos a verdadeira compreensão do Reino de Deus. Compreender a maneira como Deus quer reinar no meio de nós é um Dom do Espírito Santo. Já o temos? Já o pedimos, já compreendemos o Reino de Deus?
    Hoje, o evangelho fala-nos de uma bela comparação, a chave da porta da cidade do Reino de Deus. É mais que comparação, abrir e fechar as portas do Reino de Deus é um ofício, um ministério sagrado.
    Durante a Sua pregação, Jesus teve de responder, várias vezes, aos Seus opositores, responsáveis religiosos que falavam da Vinda do Reino de Deus, Jesus disse-lhes que eles eram portas fechadas que não se abriam nem se fechavam. Falavam da vinda do Reino de Deus, mas sem chave, isto é, eram incapazes de abrir as portas do Reino de Deus, fosse a quem fosse.
    Tinham a lei dos castigos e dos prémios, mas não tinham a chave daquela porta, por onde os pecadores eram chamados a entrar.
    Irmãos, Jesus sabia dos boatos que eram postos a correr a Seu respeito. Uns eram descrédito, sobretudo os que vinham dos opositores. Outros eram dúvidas, que vinham dos simples que são sempre sinceros. No meio desta confusão, Jesus, um dia, interrogou o Seu grupo.

    “ QUEM DIZEM AS PESSOAS QUE É O FILHO DO HOMEM “

    E a resposta foi o que ouviam:

    “ UNS…É JOÃO BAPTISTA…OUTROS ELIAS…JEREMIAS…UM PROFETA ”

    Eram estes os boatos duvidosos. Mas Jesus enfrentou o grupo e perguntou:

    “ E QUEM DIZEM VÓS QUE EU SOU “

    Pedro, por todos, deu uma resposta usando uma palavra que impressionou Jesus. Pedro usou a palavra Messias. Para o grupo Jesus era algo diferente. Não era João Baptista, nem Elias, nem um profeta.

    “ TU ÉS O MESSIAS, O FILHO DO DEUS VIVO “

    Porque Pedro e os companheiros não conhecem, ainda, o Messias Morto e Ressuscitado, porque o caminho da Cruz lhes repugnava, Jesus exigiu que se calassem.

    “ JESUS ORDENOU…QUE NÃO DISSESSEM A NINGUÉM QUE ERA O MESSIAS “

    Irmãos, o facto de saberem distinguir Jesus de um profeta do reino de Israel, já chegou para Jesus poder proclamar esta Boa-Nova:
    – Jesus era acesso directo a Deus o Seu Pai. Jesus era o modelo da relação de Deus com os homens. O tal Reino de Deus. O Reino dos Bem-aventurados Filhos de Deus.

    “ ÉS FELIZ SIMÃO…NÃO FORAM A CARNE E O SANGUE QUE TE REVELAM MAS MEU PAI QUE ESTÁ NOS CÉUS “

    – Jesus, como Messias de Deus nascido homem, Morto e Ressuscitado tinha nas suas mãos aquela Chave, capaz de abrir o que estava fechado e de fechar o que estava aberto. É mais simples dizer assim: Jesus pode fechar a porta do Inferno (símbolo da Casa do Mal) e abrir na terra a porta do Céu, as portas do Reino de Deus que não tem fim, as portas da eternidade.
    Irmãos, com a fé de Pedro e dos companheiros, Jesus lançou a primeira pedra de uma cidade nova na terra, a cidade de Deus, a Igreja.

    “ TU ÉS PEDRO E SOBRE ESTA PEDRA EDIFICAREI A MINHA IGREJA “.

    Os habitantes desta cidade, sempre atacados, devem saber que ela prevalece perante as forças do Mal.

    “ AS FORÇAS DO INFERNO NÃO LEVARÃO A MELHOR CONTRA ELA “

    Esta nova cidade, a Igreja, não é uma prisão. Deve ser uma cidade onde se circula com paz, segurança e na alegria do amor fraternal. Cidade Celeste, terra de amanhã, como cantamos. E Jesus é, ao mesmo tempo, a Chave e a Porta desta cidade de Deus. E no meio de todos os companheiros, os Apóstolos, Jesus quis confiar a Pedro a Chave da Porta da Cidade de Deus.

    “ TU ÉS PEDRO…DAR-TE-EI AS CHAVES DO REINO DOS CÉUS “

    E a Chave de Cristo ficou nas mãos de Pedro mas reunido com os seus companheiros, os Apóstolos, para o serviço do crescimento do Reino de Deus através dos tempos.
    Irmãos. Como terminar esta reflexão?
    – Uma coisa é certa, a tal Chave de Cristo continua na Igreja e nas mãos daquele a quem Jesus a entregou não como privilégio pessoal, mas sendo sempre o primeiro do grupo. É o Papa com os Bispos.
    – A lentidão e o medo, de se usar aquela Chave sagrada abriu tantas portas fechadas. Foi o Concílio Vaticano II. O Papa, à frente e no meio do Seu grupo, os Bispos, usou a Chave, as portas do futuro da Igreja abriram-se e, em toda a Igreja, houve júbilo. Elas estão abertas e ninguém as fechará, embora alguns pensem o contrário.
    Entremos todos, vamos confiantes, a Igreja renovar-se-á e renovará o mundo, evangelizando-o.
    Bendita Chave que abre o que está fechado e fecha as portas infernais.

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém.Por Dário Costa, com a colaboração de Reinaldo Dinis

  115. Angela Peres says:

    Boa noite
    É com alegria que visito o vosso site e acompanho a vida da Igreja e particularmente a Liturgia Dominical, onde habitualmente aprecio o comentário ao Evangelho de cada Domingo do Saudoso Padre António Mendes Rocha, que me ajuda em cada semana a enfrentar a mesma de forma, mais positiva.
    Caso seja possível, agradeço a publicação deste XX Domingo.
    Obrigado pelo site e por toda a informação publicada.
    Cumprimentos
    Ãngela Peres

  116. Dário Costa says:

    Vigésimo Domingo, Ano – A- S. Mateus
    Primeira Leitura Is 56, 1, 6-7

    Irmãos: como os desígnios de Deus são diferentes dos nossos!…
    Como ouvimos nesta leitura, o povo de Deus, depois do exílio de Babilónia, ficou reduzido a um povo minúsculo e já não era nada entre os outros povos.
    Foi nesta situação, de humilhação e pobreza, que Deus chamou de novo o Seu Povo, à prática da paz e da justiça e mandou-os abrir as suas portas aos pagãos para que O conhecessem.
    Irmãos: também assim aconteceu com Jesus, de um modo definitivo. Rejeitado pelo Seu povo, Jesus procura os pagãos e os povos da Terra vêm adorar o Filho de Deus feito homem.

    Refrão:

    Segunda Leitura

    Irmãos: na comunidade cristã de Roma, os judeus defendiam que primeiro estava a lei e só depois o evangelho. Criaram confusões e divisões e S. Paulo intervém para dizer que judeus e pagãos pecaram, cada um a seu modo.

    Rom 11, 29-32

    Irmãos: como ouvimos, S. Paulo interpreta assim o chamamento dos pagãos á fé.
    – Os judeus rejeitaram Cristo, e Cristo foi chamar os pagãos.
    – Reunidos na Igreja de Jesus, judeus e pagãos, encontram o mesmo acesso á misericórdia de Deus.
    Irmãos: a fé dos pagãos é para nós uma grande lição. Quem a aprende?

    Evangelho Mt 15, 21-28

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho, exalta a fé dos pagãos, para que a misericórdia de Deus fosse conhecida pelos judeus.
    Saudemos o Senhor que hoje vem acolher uma pagã.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, como pensava e como sentia o Povo Judeu, no tempo de Jesus? Sabemos que na Cruz, Cristo foi vítima desta maneira de pensar e de sentir.
    O Povo Judeu estava consciente das suas origens. Era um povo eleito por Deus, entre todos os povos da terra. A sua história assentava numa Aliança com Deus e a sua maneira de estar na vida era inspirada por uma lei que reconheciam ser dada por Deus a Moisés, eram os Dez Mandamentos. Um pouco mais tarde, o horizonte da sua história, começou a ser a Vinda do Messias Prometido por Deus.
    A origem do povo, salvo da escravidão do Faraó; a Aliança e os mandamentos; a Promessa do Messias de Deus.
    Em relação aos outros povos, em vez de os acolherem, tornaram-se intolerantes e orgulhosos. Condenavam-nos e desprezavam-nos, eram os gentios. Numa palavra, apoiados na sua Eleição, na Aliança, nos Dez Mandamentos e na Vinda do Messias, o povo Judeu fez-se um povo racista, não só pela raça, como pela religião.
    Irmãos, foi esta situação que Jesus encontrou.
    Quanto à Eleição, Jesus retomou a humildade perdida e consagrou-a no Presépio e na Cruz. Quanto á Aliança, fez uma Nova e Eterna. Quanto à Lei, materializada pelos estudiosos e mestres e falseada pelo farisaísmo hipócrita, Jesus, pelo Dom da Sua Páscoa, o Espírito Santo do Amor, transfigurou-a, fê-la nova. Revelou que Deus não era o supremo legislador, mas o Deus do Amor. E, quanto ao culto, a oferta foi substituída pelo serviço dos irmãos, a divina caridade. Na Última Ceia, nasceu o Novo Culto.
    Irmãos, Jesus enfrentou a mentalidade do Seu povo, com palavras e gestos. Hoje, é-nos dado ver Jesus partir para terras pagãs, e contactar com esses gentios, condenados pelos Judeus. “ JESUS RETIROU-SE PARA OS LADOS DE TIRO E DE SIDON”.
    Que vai acontecer? Na mentalidade dos discípulos, Jesus tinha de tomar atitudes duras contra os pagãos.
    Num dado momento, começaram-se a ouvir gritos. “…UMA MULHER CANANEIA…COMEÇOU…EM ALTOS BRADOS”.
    E logo perceberam porque gritava. Pedia socorro a Jesus. “ TEM COMPAIXÃO DE MIM SENHOR, FILHO DE DAVID”.
    Tratava-se de uma mãe aflita, por causa de uma filha. Era uma mãe pagã e uma filha também pagã. “ SENHOR…MINHA FILHA ESTÁ ATORMENTADA POR UM DEMÓNIO”. Que situação!…
    De um lado, uma mulher pagã, a gritar. Do outro os discípulos que representavam aquele povo que esperava que o Messias aniquilasse os pagãos. Jesus está no meio. Que situação!…
    Jesus fez silêncio, continua a caminhar, a pensar talvez no calvário. “ JESUS NÃO LHE RESPONDEU PALAVRA”.
    A mulher não se fica, segue atrás deles e continua a gritar. Os discípulos, acharam que eram gritos a mais, para uma pagã e disseram a Jesus. “ DESPEDE-A QUE ELA VEM A GRITAR ATRÁS DE NÓS”.
    Irmãos, atrás de Jesus, vem uma pagã, a gritar. Mas Jesus está consciente que o primeiro destinatário do Messias, é o povo Judeu, o Israel, isto é aquele povo que mereceu o nome de Lutador de Deus, o lutador, da fé e pela fé, e que agora, por infidelidade e por cegueira, se encontra bloqueado, na sua vocação e na sua missão. Não estava a fazer a sua história, como povo salvo e ao serviço da salvação. Ao ouvir os gritos da pagã, Jesus teve este desabafo: “ NÃO FUI ENVIADO SENÃO ÀS OVELHAS PERDIDAS DA CASA DE ISRAEL”.
    Mas a fé da mulher pagã, não se perturbou e fez o gesto dos que adoram a Deus, isto é, prostrou-se diante de Jesus. “ MAS A MULHER VEIO PROSTRAR-SE DIANTE DE JESUS E DISSE-LHE: SOCORRE-ME SENHOR”.
    Irmãos, chegou o momento de Jesus falar, Vai responder, mas a quem? À pagã ou aos discípulos?
    – Primeiro responde aos discípulos, dizendo-lhes. “ NÃO ESTÁ CERTO QUE SE TOME O PÃO DOS FILHOS PARA O LANÇAR AOS CACHORRINHOS”.
    Era a linguagem corrente, pois os Judeus exprimiam o seu desprezo pelos pagãos, chamando-lhes “cães”.
    – A fé da mulher pagã é semelhante à coragem do herói que vai vencendo todos os combates e desarmando os adversários. Perante a resistência, acabou por dizer a Jesus estas palavras tão corajosas:

    “CONCEDE-MO SENHOR: POIS TAMBÉM OS CACHORRINHOS COMEM DAS MIGALHAS QUE CAEM DA MESA DOS DONOS”

    E a mulher que lutou como um gigante, ganhou o combate. Foi o combate da fé. Venceu aqueles que diziam a Jesus, “manda-a embora, é pagã”. Venceu aquele povo, cego pelo orgulho da raça. Venceu o próprio Messias. Jesus, acabou por louvar-lhe a fé e esteve ao lado dela. “ MULHER GRANDE É A TUA FÉ. TERÁS AQUILO QUE DESEJAS. E A FILHA DELA FICOU CURADA”.
    Irmãos, quais são as conclusões desta reflexão? Vamos tentar encontrá-las.
    – Nós, por sermos baptizados, não estamos na situação da mulher pagã, embora hoje haja muitos baptizados que vivem como pagãos, por não assumirem o seu baptismo. Nós somos o Novo Povo Eleito; O Povo da Nova e Eterna Aliança; o Povo da Nova Lei e do Novo Culto. Somos o Povo Messiânico. Que é feito desta fé? Acaso temos de ir para o meio dos pagãos, para a encontrar? Entre nós, há ou não o combate da fé? Teremos caído em contradição, como aqueles discípulos que foram com Jesus aos territórios pagãos, de Tiro e de Sidon? Uma pagã assumiu o combate da fé, e eles a dizerem a Jesus: “ DESPEDE-A “:
    Afinal, eram eles que se tinham demitido do combate da fé. Será o nosso caso?
    – Os discípulos incomodaram-se com a fé da pagã, porquê? Porque sonhavam com outros combates e, nessa guerra, o Messias seria o Rei. Não andaremos nós, também preocupados com outros combates, pondo de lado a fé?
    – Em terras pagãs, Jesus disse à mulher: “ É GRANDE A TUA FÉ ”, isto é, o teu combate é admirável. Com os da Sua raça, não foi assim. Foi atraiçoado por um lutador político e, na hora da prisão, disse ao primeiro do Seu grupo: “guarda a tua espada”, este combate, não é de espadas. Daí a pouco este discípulo negou-O.
    Irmãos, há por aí tantos que se demitiram do combate da fé, para se entregarem a outros.
    O ganho, a recompensa destes, é o perdido no primeiro combate.
    A mulher pagã, vem dizer-nos, hoje, o que ganhou no combate da fé: “ TERÁS AQUILO QUE DESEJAS E A FILHA DELA FICOU CURADA”.
    Extraído do livro” Uma Experiência Pastoral” ano –A do saudoso e amigo, padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa, com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  117. Dário Costa says:

    Décimo nono Domingo Comum. Ano-A, S.Mateus

    Primeira leitura I Rs 19, 11-13
    Irmãos: que bela experiência de fé acabamos de ouvir!
    -O Profeta Elias, sozinho, cansado e perseguido,por denunciar a falsidade dos cultos aos ídolos, procura o refúgio na gruta de um monte.
    -A gruta do monte Horeb, numa noite de oração,o Profeta Elias espera aquele Senhor a quem serve. Mas, em vez do Senhor, surgem tempestades, ventanias,tremores de terra e vulcões. Elias acredita. Elias tem fé e espera pelo seu conhecido, espera pelo Senhor e o Senhor veio.
    Irmãos: esta fé de Elias. Jesus levou-a às últimas consequências. Morto e enterrado, Jesus esperou pelo Pai, que O ressuscitou. É esta afé dos cristãos: esperar pelo Senhor, diante de contrariedades. O Senhor é a nossa luz e salvação.

    Refrão: MINHA LUZ E SALVAÇÃO É O SENHOR. ALELUIA

    Segunda leitura
    Irmãos: na comunidade cristã de Roma, os judeus faziam discórdias e divisões, porque queriam impor a lei de Moisés.
    Como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo intervém para dizer que Cristo é mais que a Lei, porque é o esperado do povo judeu.

    Rom 9,1-5
    Irmãos: como acabamos de ouvir, a vinda de Cristo não é a perdição do povo judeu.
    Jesus, o Messias, é a salvação daquele povo que O esperou.
    E nós? Na nossa comunidade, Cristo acolhe-se ou regeita-se? Vivemos esperando o Senhor?

    Evangelho Mt 14,22-33
    Irmãos: S. Mateus, no seu evangelho, afirma que Jesus não é um “fantasma” para o povo judeu, é o seu verdadeiro Messias.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dizer: ” Sou Eu, não temais”.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos:
    – Nos reinos do mundo, as pessoas vivem de mãos dadas com o medo. Medo de tudo; tudo é medo. E, se vamos falar destes medos, nunca mais acabamos.
    Medos profundos que muitas vezes se transformam em fantasmas que arrastam tantos para estados doentios, deixando-os caídos nas margens das sociedades. Pobres marginais que até têm medo de viver.
    -No Reino de Deus não é assim, porque se vive de mãos dadas, não com medo,mas com a paz e a alegria. Teresa de Jesus, incompreendida e perseguida, exultava de alegria e repetia estas palavras de anunciação do Anjo Gabriel a Maria de Nazaré::” O Seu Reino não terá fim”.
    Irmãos: Jesus que inaugurou na história dos homens o Reinado de Deus, a Sua primeira atuação foi arrancar os Seus discípulos , às garras do medo, dos reinos do mundo, de todos os medos, até dos diabólicos.
    Por isso, submeteu os Seus discipulos a muitas provações. Algumas destas provações eram, deixa-los ir sòzinhos.

    “DEPOIS DE TER SACIADO A FOME ÀS MULTIDÕES, JESUS OBRIGOU LOGO OS DISCÍPULOS A SOBIREM PARA O BARCO E A SEGUIREM À FRENTE PARA OUTRO LADO”…

    Irmãos:-Discipulos sozinhos e de noite a atravessar o mar. O lugar de Jesus foi ocupado pelo medo.

    ” O BARCO JÁ SE AFASTAVA DA TERRA…E ERA AÇOITADO PELAS ONDAS”
    -jesus sozinho.
    “SUBIU…AO MONTE PARA ORAR…LÁ ESTAVA ELE SOZINHO”
    Quando Jesus está sozinho a orar, está com o Pai. E, certamente o pai disse a Jesus que o Seu lugar tinha sido ocupado pelo medo e Jesus partiu em socorro dos seus discípulos.

    “JESUS FOI TER COM ELES, ANDANDO SOBRE O MAR”
    Irmãos, algumas horas antes, na Multiplicação dos Pães,eram uns entusiastas, julgavam que Jesus seria de facto o rei de Israel. Agora, numa tempestade, Jesus até lhes parece um fantasma perturbador.

    “AO VEREM-NO ANDAR SOBRE O MAR…DISSERAM É UM FANTASMA,”
    Antes davam vivas ao Rei de Israel, agora gritam com medo.
    ” E GRITARAM COM MEDO”
    Quem ocupa o lugar do medo?
    -Sabemos por experiência e vemos todos os dias, como nos reinos do mundo, sobretudo os respponsáveis, se ameaçam mutuamente e metem medo uns aos outros. E o medo, muitas vezes, é uma arma terrível.
    – No Reino de Deus não é assim. Não há medos, porque o lugar do medo é ocupado por jesus.
    Irmãos, a segurança de um cristão, a ausência do medo, não é magia, nem uma força oculta, como os discípulos julgavam. Como Jesus, Pedro quis também andar sobre as águas.
    ” SENHOR MAnDA QUE EU VÁ TER CONTIGO… JESUS RESPONDEU-LHE: VEM.”
    -E Pedro gritou com medo. “SALVA-ME SENHOR”
    -E quando julgava morrer afogado, notou que uma mão o segurou.

    “JESUS ESTENDEU-LHE A MÃO E SEGUROU-O”
    Estava feita a experiência. Fé e medo não vivem juntos. Fé e medo não caminham de mãos dadas.

    “HOMEM DE POUCA FÉ, PORQUE DUVIDASTE?”
    Depois, no barco houve festa, a festa da profissão de fé.

    “NO BARCO,PROSTRARAM-SE DIANTE DE JESUS E DISSERAM-LHE: REALMENTE ÉS O FILHO DE DEUS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Interroguemo-nos assim!
    -Quem é o Cristo dos cristãos de hoje? Um fantasma?
    – Que Cristo querem os cristãos de hoje? Um Cristo mágico que faz caminhar pessoas sobre as águas?
    – Que Cristo é o nosso? É o Cristo dos homens de pouca fé?
    Entre nós, tantas vezes, vezes sem conta, o lugar de Cristo é ocupado pelo medo.
    Os criticos até escrevem livros, a provar que no meio de nós não há nada. Dizem e escrevem . Porquê?
    A Igreja foi durante séculos a Igreja dos mártires e dos confessores da fé. E hoje?
    Irmãos, hoje e aqui, nós que vamos na barca açoitada pelos ventos contrários,ouçamos o Senhor.
    “SOU EU, NÃO TEMAIS.”
    Extraido do livro,”UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano A, do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  118. Dário Costa says:

    Décimo Oitavo DomingoComum, Ano – A- S. Mateus
    Primeira Leitura Is 55,1-3

    Irmãos: como compreendemos hoje, a mensagem do profeta Isaías que acabamos de ouvir?
    – No meio de um povo destroçado, porque acaba de regressar de um exílio, um profeta clama assim: “Comprai sem dinheiro”.
    – No meio de um povo, pobre, sem nada e numa pátria sem nada, um profeta clama assim: porque vos cansais por aquilo que não sacia?
    O profeta Isaías sabia que o seu povo carenciado de Deus, faltava-lhe este “Pão”, aquele Pão que no deserto tinha caído do Céu.
    Irmãos: este Pão da Vida foi dado definitivamente por Jesus de Nazaré. Ele é o verdadeiro Pão das multidões.

    Refrão:

    Segunda Leitura

    Irmãos: à comunidade cristã de Roma, confusa e desunida por não compreender a novidade de Cristo no mundo, S. Paulo, dá-lhe o seu testemunho, o amor de Cristo.

    Rom 8,35, 37-39

    Irmão: como ouvimos, há dois amores que vencem o mundo.
    – O amor de Deus, revelado em Jesus, Morto e Ressuscitado.
    – O amor fraternal provado na cruz do Calvário.
    Irmãos: que procuramos nós? Onde nos queremos saciar? Que pão procuramos, o o mundo ou de Cristo?

    Evangelho Mt 14, 13-21

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho, narra que o dom de Cristo revelou-se na Multiplicação dos Pães.

    Saudemos o Senhor que hoje vem fazer connosco a Multiplicação dos Pães.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, o reino de Deus, isto é, Deus a reinar com os homens, só pode ser uma iniciativa de Deus. Deus tomou de facto esta iniciativa e quem a cumpriu, foi Jesus de Nazaré, o Filho de Deus feito homem.
    Vede, irmãos, Jesus fez tudo, consumiu-se e foi até à morte na Cruz, para que os homens compreendessem que o Reino de Deus tinha chegado.
    Com a Sua Vida, com a Sua Palavra, com os Seus Gestos e com Parábolas Jesus quis dar-nos a compreensão do Reino de Deus, O Reino de Deus.
    – Ao começar é simples e humilde como uma semente nas mãos de um semeador.
    – Ao nascer é humilde e cresce como o trigo junto do joio.
    – Não se impõe como os reinos do mundo que usam o poder e a força. Esconde-se e deixa-se procurar e adquirir como um tesouro escondido.

    Irmãos, hoje o Senhor não nos vem dar a conhecer o reino de Deus usando Parábolas mas fazendo um Gesto, a Multiplicação dos Pães.

    “ PARTIU OS PÃES E DEU-OS AOS DÍSCIPULOS E OS DÍSCIPULOS DERAM-NOS ÀS MULTIDÕES”

    Que se esconde neste Gesto do Senhor?
    Para o compreendermos temos de poder olhar mais além, não podemos ficar limitados pelos horizontes dos reinos deste mundo que, por serem finitos, não satisfazem as nossa aspirações profundas. Os filhos do mundo andam sempre insatisfeitos. A norma é ter mais. Mais dinheiro, mais prazer, mais velocidade, mais, mais, mais tudo e o vazio é cada vez maior.
    – Os filhos do mundo vão dizendo, Não chega.
    – Os filhos do Reino de Deus dizem: Basta, basta Senhor.
    Irmãos, é isto mesmo o que se esconde no gesto da Multiplicação dos Pães.

    “TODOS COMERAM E FICARAM SACIADOS”

    Como chegar aqui? Como entender e anunciar que o Pão do Reino de Deus sacia os corações?
    – Há que compreender como Deus quis reinar. Ao chegar ao meio de nós, o Rei e Senhor Jesus Cristo, não disse assim: Agora, sou Eu que tenho o poder e a força e vós sois os súbditos.
    Quando os discípulos lhe disseram é noite, o local deserto, a multidão não tem que comer, manda-os embora, Jesus respondeu:

    “ NÃO PRECISAM DE PARTIR, DAI-LHES VÓS MESMO DE COMER”.

    Os discípulos informaram Jesus:

    “ NÃO TEMOS AQUI SENÃO CINCO PÃES E DOIS PEIXES”

    Irmãos, agora tocamos no fundo do Gesto da Multiplicação dos Pães.
    – Para os discípulos eram apenas os cinco pães que contavam. Para quem seriam?
    Para Jesus, quem contava primeiro era a multidão. Os cinco pães tinham de ser para todos.
    Jesus disse-lhes:

    “ TRAZEI-MOS CÁ. ORDENOU…ÀS MULTIDÕES QUE SE RECOSTASSEM”

    Os cinco pães passem para as mãos de Jesus que tem diante de si uma multidão.
    Que situação? Jesus coloca-se entre Deus, o Seu Pai e a multidão, Intercede, roga, louva, dá graças e ali todos irão ser filhos da bênção de Deus.

    “ PEGOU NOS CINCO PÃES…ERGUEU OS OLHOS AO CÉU E PRONUNCIOU A BENÇÃO”.

    E, os filhos da bênção, receberam o pão abençoado.

    “ PARTIU OS PÃES, DEU-OS AOS DISCÍPULOS E OS DISCÍPULOS DERAM-NOS ÀS MULTIDÕES, TODOS COMERAM E FICARAM SACIADOS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Não é nada fácil, porque tocamos em algo fundamental da vida presente e futura.
    – Tocamos no corpo e na alma. “ O Pão-nosso de cada dia”, aquele pão que mata as duas fomes, a do corpo e a da alma. É o pão que está nas mãos de Cristo.
    – Tocamos em cada ser humano, em cada continente, nos brancos, nos negros e nos amarelos. Tocamos em todas as raças, em todas as sociedades.
    Acolá morre-se de fome, ali há excesso de pão. Noutros lugares, as mãos não ganham pão, pegam em armas, e o pão de cada dia são bombardeamentos, mutilados, fome, mortes, habitações destruídas. Em que mãos está o pão desta gente? Não está nas mãos de Cristo.
    O pão e tudo o que ele contém de justiça, paz, amor, graça, santidade, verdade e vida, tem de ser devolvido às mãos de Jesus porque só Ele o sabe multiplicar e reparti-lo, para que todos fiquem bem saciados.
    Irmãos, em que mãos está o teu pão? Está nas mãos de Cristo? Está no banco, no livro de cheques, no seguro, na herança?
    Por outras palavras de quem és filho? Do mundo ou do Reino de Deus?
    Ao sair deste mundo o testemunho de Jesus foi o Seu Pão. Uma ceia, uma memória, uma ordem, “fazei isto em minha memória, tomai e comei”. É o mistério do Pão-nosso de cada dia e do pão da vida eterna. Quem o comer viverá eternamente.
    É pela força deste testamento que nos encontramos hoje aqui, a celebrar o mistério do Pão de Cristo, o mistério da Multiplicação dos Pães.
    Quem são os que estão ou ficam saciados?

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa. Com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  119. Dário Costa says:

    E, os filhos da bênção, receberam o pão abençoado.

    “ PARTIU OS PÃES, DEU-OS AOS DISCÍPULOS E OS DISCÍPULOS DERAM-NOS ÀS MULTIDÕES, TODOS COMERAM E FICARAM SACIADOS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Não é nada fácil, porque tocamos em algo fundamental da vida presente e futura.
    – Tocamos no corpo e na alma. “ O Pão-nosso de cada dia”, aquele pão que mata as duas fomes, a do corpo e a da alma. É o pão que está nas mãos de Cristo.
    – Tocamos em cada ser humano, em cada continente, nos brancos, nos negros e nos amarelos. Tocamos em todas as raças, em todas as sociedades.
    Acolá morre-se de fome, ali há excesso de pão. Noutros lugares, as mãos não ganham pão, pegam em armas, e o pão de cada dia são bombardeamentos, mutilados, fome, mortes, habitações destruídas. Em que mãos está o pão desta gente? Não está nas mãos de Cristo.
    O pão e tudo o que ele contém de justiça, paz, amor, graça, santidade, verdade e vida, tem de ser devolvido às mãos de Jesus porque só Ele o sabe multiplicar e reparti-lo, para que todos fiquem bem saciados.
    Irmãos, em que mãos está o teu pão? Está nas mãos de Cristo? Está no banco, no livro de cheques, no seguro, na herança?
    Por outras palavras de quem és filho? Do mundo ou do Reino de Deus?
    Ao sair deste mundo o testemunho de Jesus foi o Seu Pão. Uma ceia, uma memória, uma ordem, “fazei isto em minha memória, tomai e comei”. É o mistério do Pão-nosso de cada dia e do pão da vida eterna. Quem o comer viverá eternamente.
    É pela força deste testamento que nos encontramos hoje aqui, a celebrar o mistério do Pão de Cristo, o mistério da Multiplicação dos Pães.
    Quem são os que estão ou ficam saciados?

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa. Com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  120. Dário Costa says:

    Décimo Sétimo Domingo, Ano – A- S. Mateus
    Primeira Leitura Rs 3,5,7-12

    Irmãos: como ouvimos, um rei do Povo de Deus, Salomão, ao subir ao trono, Deus pôs-se à sua disposição, mas Salomão não pediu a Deus um longo reinado, nem riquezas, nem poder e força para vencer os inimigos, nem conhecimentos políticos para governar e fazer boas alianças.
    – Salomão reconheceu Deus, vivo e escondido no meio do Seu Povo, e pediu-Lhe aquela sabedoria que distingue o bem do mal, a justiça da injustiça.
    – Salomão encontrou o “Tesouro escondido” da Sabedoria do Espírito e adquiriu-o renunciando à glória do poder.
    Irmãos: o tesouro da Sabedoria divina escondeu-se definitivamente no Filho de Deus feito homem.
    Em Jesus, todos podemos encontrar e adquirir o Tesouro divino, que Deus o seu Pai nos oferece.

    Refrão:

    Segunda Leitura

    Irmãos: será possível distinguir, o tempo antes de Cristo, do tempo depois de Cristo? Este problema perturbou a comunidade cristã em Roma, mas, como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo esclareceu dizendo que depois de Cristo há um novo projecto de vida.

    Rom 8,28-30

    Irmão: como ouvimos, a entrada de Cristo na história dos homens, assinala e revela o projecto de Deus acerca do mundo e de cada um de nós.
    – A nossa vida está escondida em Cristo.
    – Cristo é o tesouro da nossa vida.
    Irmãos: quem de nós procura este “Tesouro escondido”?

    Evangelho Mt 13,44-52

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho compara o Reino de Deus, trazido por Jesus, a um tesouro escondido.
    Saudemos a Senhor que hoje nos ensina a procurar este Tesouro.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, desde sempre que o Povo Bíblico, ao referir as intervenções de Deus, dizia: – Deus falou.
    Deus falou, isto é, a Palavra de Deus tornou-se uma norma. Pela Palavra, Deus comunica-se e revela-Se a quem O escuta.
    O ponto alto da história da Palavra de Deus, da fala de Deus ao seu Povo e a todos, é Jesus de Nazaré. Em Jesus, a Palavra de Deus humanizou-se, “ a Palavra de Deus fez-Se carne e habitou entre nós”.
    Irmãos, Jesus é pois a Palavra de Deus como uma expressão humana.
    Dar expressão humana à Palavra de Deus, foi para Jesus um martírio, porque teve de aceitar a incompreensão. Foi necessário morrer numa cruz para depois poder ser compreendido quando Ressuscitou e o Espírito Santo veio dissipar as trevas das mentes e dos corações aos seus ouvintes.
    Jesus, durante a Sua actuação terrena, fazia acompanhar o anúncio da Palavra de Deus com gestos, e também com Parábolas. Com gestos e Parábolas Jesus queria fazer compreender que o Reino de Deus tinha chegado ao meio de nós. Era a Sua missão. Para que todos compreendessem, Jesus fez comparações maravilhosas, como a do Semeador e a semente que caiu em terrenos maus e bons. A do Trigo e do Joio, acrescerem juntamente, mas com fins diferentes, o joio para o fogo e o trigo para o celeiro.
    Hoje outra Parábola nos interpela, a do Tesouro Escondido e da Pérola Preciosa.

    “ O REINO DOS CÉUS É SEMELHANTE A UM TESOURO ESCONDIDO NUM CAMPO…( e ) …A UM NEGOCIANTE…EM BUSCA DE BOAS PÉROLAS”

    Irmãos, hoje e aqui Jesus quer fazer-nos compreender que:
    – Nos reinos deste mundo, tudo é transitório e caduco. Tudo passa. Os ladrões roubam os tesouros e o tempo desfaz obras preciosas. Com os tesouros e valores deste mundo fazem-se exposições para visitante ver e pagar. Depois críticas e esquecimentos.
    – No Reino de Deus não é assim. Os valores são outros e não estão escondidos. Quem os desejar, não vai ás exposições, terá de colocar quanto possui no rol daquilo que é passageiro e caduco e só depois, poderá adquirir cheio de alegria o tesouro e a Pérola, isto é o Reino de Deus.

    “ O HOMEM QUE O ACHOU TORNOU A ESCONDÊ-LO E FICOU TÃO CONTENTE QUE FOI VENDER QUANTO POSSUÍA…AO ENCONTRAR UMA PÉROLA DE GRANDE VALOR, FOI VENDER TUDO QUANTO POSSUÍA E COMPROU-A”

    Irmãos, o que parecia ter valor, deixa de o ter. O que não parecia ter valor, passa a tê-lo, e acima de todos os valores. Que troca!…
    – Uma desvalorização, seja da moeda ou do que for provoca logo confusões, por vezes com consequências trágicas.
    Assim acontece com a Parábola do Tesouro Escondido e da Pérola Preciosa. Uma vez descobertos estes valores, os outros ficam desvalorizados, isto é, ficam reduzidos ao valor de tudo o que é passageiro, de tudo o que passa, o nada.
    Irmãos, como terminar esta reflexão? Já achamos o tal Tesouro? Já encontramos a tal Pérola?
    – Sim, não, parece, não sei, não estou interessado, deixem-me em paz. Tudo somado não se sabe quem achou o tal tesouro ou quem encontrou a tal Pérola da Parábola.
    Um desses apaixonados pela vida e seus prazeres que possuía todos os valores que o mundo pode dar, um dia, entrou desiludido, numa sala onde um bispo dava catequese. Sentou-se e ouviu a Parábola do Tesouro escondido e da Pérola preciosa. Depois este pecador exclamou assim: O Tesouro já sei onde está. A Pérola, já sei em que mão se encontra. Falta-me vender o que tenho. Este pecador foi Santo Agostinho. Trocou os valores passageiros pelos valores eternos e foi feliz.
    – Como pode ser isto nos nossos tempos, em que todo o mundo procura apoio nos valores passageiros? Hoje, o que vale, o que tem valor são os momentos que se vivem e a vida toda, são os momentos das aparências. Até a morte é um momento. O que importa é viver cada momento que passa. Tudo se vinculou ao passageiro e transitório da vida. Quer dizer, o Tesouro e a Pérola continuam escondidos. Para o mundo é natural porque é cego. Para nós é uma contradição que o tesouro e a Pérola estejam por descobrir.
    Irmãos em que ficamos?! Entre nós o Tesouro e a Pérola continuam por descobrir?

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa. Com a colaboração de Reinaldo Dinis

  121. Dário Costa says:

    Décimo Sexto Domingo, Ano – A- S. Mateus
    Primeira Leitura Sab 12,13,16-19

    Irmãos: a primeira leitura que ouvimos recorda-nos uma época, em que a fé teve que se confrontar com uma nova cultura.
    – Qual foi a atitude dos crentes?
    Voltaram-se para Deus e esperaram a hora em que a arrogância dos homens confundida e os humilhados fossem exaltados.
    Esta atitude tornou-se definitiva com Jesus de Nazaré que usou a paciência evangélica até que chegou a hora da intervenção, de Deus o seu Pai, a hora da última Palavra.
    Irmãos: neste mundo em que o Bem e o Mal andam lado a lado, como Jesus, os filhos do Reino de Deus aguardam também, com paciência evangélica, a hora do juízo de Deus.

    Refrão:

    Segunda Leitura

    Irmãos: que trouxe, Jesus, de novo para mudar o mundo, se tudo parece na mesma? Foi esta a dúvida da comunidade cristã de Roma. Mas como vamos ouvir nesta leitura, S. Paulo responde que a nossa existência já não assenta sobre o pecado, mas sobre o Espírito Santo.

    Rom 8,26-27

    Irmãos: como ouvimos, Deus, que conhece o íntimo dos corações, já não conhece no nosso íntimo os desejos pecaminosos, mas os desejos do Espírito Santo.
    Que admirável é a obra de Deus!…
    Irmãos: importa estar evangelicamente pacientes e atentos à acção do Espírito Santo em nós.

    Evangelho Mt 13,14-35

    Irmãos: S. Mateus no seu evangelho compara Jesus a um Semeador de boa semente que foi atraiçoado pelo semeador de joio.
    Saudemos a Senhor que hoje vem semear em nós as sementes divinas do Espírito.

    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, quando reflectimos a Parábola do Semeador, talvez ela nos deixe mais pensativos com a semente improdutiva comida pelas aves, caída em terrenos maus e que não enraizou, do que com a semente produtiva caída em terra boa.
    A semente improdutiva foi perca, isto é, por ela, o Reino de Deus não cresceu, a Palavra de Deus foi semente inútil. Só a semente caída em boa terra é que começou a frutificar. São os Mistérios do reino de Deus.
    Irmãos o crescimento do Reino de Deus tem segredos, jamais conhecidos pelos seus inimigos.
    Como hoje nos foi dado ouvir, na Parábola do trigo e do joio, o inimigo do Semeador da boa semente espera pela noite, e quando já todos dormem, vai semear no meio do trigo a má semente, o joio.

    “ ENQUANTO AS PESSOAS DORMIAM, VEIO O INIMIGO DELE, SEMEOU POR SUA VEZ JOIO NO MEIO DO TRIGO E RETIROU-SE”

    O mesmo campo, a mesma terra e dois semeadores.
    – Um semeia, à luz do dia, a boa semente, o trigo.
    – Outro, pela calada da noite, à traição, semeia a má semente, o joio.
    Trigo e joio nascem e crescem juntos no mesmo campo. Ninguém dá conta, pois parecem iguais na haste. Mas quando surgiram as espigas, houve grande espanto e os trabalhadores correram a dizer ao dono da seara:

    “SENHOR, NÃO SEMEASTE BOA SEMENTE NO TEU CAMPO? COMO É ENTÃO QUE TEM JOIO? ELE RESPONDEU-LHES: FOI UM INIMIGO QUE O FEZ.

    Irmãos, nós não estamos a ouvir a história de um semeador de trigo que tem um inimigo, que à traição vai semear joio no seu campo. Estamos sim, a reflectir uma comparação feita por Jesus.

    “JESUS DISSE…O REINO DOS CÉUS É COMPARÁVEL A UM HOMEM QUE SEMEOU BOA SEMENTE NO SEU CAMPO ENQUANTO AS PESSOAS DORMIAM VEIO O INIMIGO DELE, SEMEOU…JOIO NO MEIO DO TRIGO”

    Portanto, nesta Parábola, a intenção de Jesus é fazer-nos compreender, como Deus quer reinar neste mundo.
    – Deus não reina a medir forças com ninguém, como fazem os dos reinos deste mundo.
    Deus é Aquele que é.

    “QUEREIS POIS QUE VAMOS APANHAR O JOIO?…NÃO, PARA NÃO SUCEDER QUE AO APANHAR O JOIO ARRANQUES O TRIGO…DEIXO QUE AMBOS CRESÇAM JUNTAMENTE”
    – Deus está no princípio e no fim de tudo, isto é, a Ele pertence a primeira e a última palavra.

    “DEIXAI QUE AMBOS CRESÇAM ATÉ À CEIFA E NA ALTURA DA CEIFA DIREI AOS CEIFEIROS…”

    -Deus, porque é Santo, tem de ser também juiz, isto é, para Ele o Bem e o Mal são incompatíveis, é a Deus, o Supremo Bem, que pertence a última palavra.

    “APANHAI PRIMEIRO O JOIO E LIGAI-O EM MOLHOS PARA O QUEIMAR E AO TRIGO, RECOLHEI-O NO CELEIRO”

    Irmãos, é com interrogações que terminamos esta reflexão.
    – Como quer Deus reinar entre nós? A Parábola do trigo e do joio diz-nos alguma coisa?
    – Deus não reina, disfarçado, não é impessoal nem passivo. Deus é o que é, e não admite confusões. Trigo é trigo, joio é joio, mesmo a crescerem juntos.
    – Não nos é permitido arrancar o joio, mas é nosso dever, é sabedoria evangélica, saber distinguir o trigo do joio.
    – Aqui entre nós, a partir da Parábola do trigo e do joio, poderíamos escrever uma longa história, com factos certos, mas não a conto com receio de arrancar algum trigo. Mas pergunto que se tem passado nos nossos grupos, especialmente em alguns, como no dos jovens e adolescentes? Como a parábola do trigo e do joio, é tão real e tão visível. E, mesmo assim, muitos não querem, não sabem ou fingem não saber distinguir o trigo do joio. Convém. Que nos resta? Ter fé na Parábola: “DEIXAI QUE AMBOS CRESÇAM JUNTAMENTE ATÉ À CEIFA”.
    – A Parábola do trigo e do joio, não esconde, apenas, um futuro muito longínquo. Este tempo da ceifa é um acontecer do Reino de Deus. O joio, por aí vai aparecendo aos molhos para ser queimado e o trigo é recolhido no celeiro do Senhor. Joio aos molhos. Trigo aos grãos.
    Irmãos, o Semeador da boa semente e o semeador do joio são uma constante no anúncio do Reino de Deus. Que o Senhor nos dê a sabedoria, para sabermos distinguir o trigo do joio.

    Extraído do Livro “ Uma Experiência PASTORAL – ano A – do Saudoso amigo Padre António Mendes Rocha, da Diocese de Santarém. Por Dário Costa com a colaboração de Reinaldo Dinis.

  122. Dário Costa says:

    Décimo quinto Domingo, Ano -A- S. Mateus
    Primeira Leitura Is 55,10-11

    Irmãos:como ouvimos nesta leitura, Deus não renova os homens e as sociedades como nós pensamos ou queremos.
    – Foi pela Palavra que Deus fez tudo quanto existe.
    – É pela Palavra que Deus faz de novo todas as coisas.
    O profeta Isaias comparou a Palavra de Deus à chuva e à neve que regam e fecundam os terrenos.
    Jesus na Parábula do semeador, comparou a Palavra de Deus a uma semente que frutifica na terra boa. Ele é o Semeador desta Semente que é apalavra do Pai.

    Refrão: JESUS É O SEMEADOR E A SEMENTE É A PALAVRA DO PAI

    Segunda leitura
    Irmãos: a comunidade cristã de Roma quer saber o que é que mudou, com Cristo, porque parece que tudo ficou na mesma.
    Como vamos ouvir nesta leitura. S. Paulo intervem para dizer que os nossos olhos se abriram para um horizonte novo, desconhecido até Cristo.

    Rom 8,18-23
    Irmãos: como acabamos de ouvir,interroguemo-nos, se o nosso horizonte é o de Cristo ou do mundo.
    – Se o nosso horizonte é aquele que o mundo vê, nascemos, vivemos, gememos e morremos.
    – Se o nosso horizonte é o de Cristo, os gemidos da vida, já não são os nossos, são também os do Espírito Santo que habita em nós. São os gemidos do Espírito Santo, à espera de chegar-mos à plenitude do Dom da filiação Divina que recebemos do Batismo.
    Que os nossos olhos se abram para ver; os nossos ouvidos para ouvir e o nosso entendimento para entender o que está escondido aos olhos do mundo.

    Evangelho Mt 13,1-17

    Irmãos: S. Mateus afirma que compreenderam o evangelho, só aqueles que se colocaram na atitude de o receber.
    Saudemos o Senhor que hoje vem com a Semente da Sua Palavra e o Semeador é Ele próprio.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos: a consciência que Jesus de Nazaré tinha da Sua missão era, sobretudo,era a de anunciar com a fidelidade da Cruz a Palavra do Pai, como Ele dizia, “as palavras que vos digo não são minhas ouvi-as ao Meu Pai.”
    Jesus possui o Segredo do pder e da força silenciosa, da Palavra de Deus. Hoje, aqui estamos irmãos para nos confrontarmos com essa Palavra, viva e presente no meio de nós e que se chama Evangelho.
    Somos criticados de muitas e variadas maneiras, mas quem nos julga verdadeiramente é a palavra de Deus. Vamos pois aceitar esse julgamento, o julgamento daquela Palavra que nos foi confiada para ser o nosso alimento, ser anunciada com fidelidade.
    Irmãos que se cumpra hoje e aqui aquele gesto, da vinda do Anunciador fiel da Palavra do Pai, Jesus falava sentado num barco, à beira do mar e uma multidão, na praia, escutáva-O atentamente.

    “JESUS…FOI SENTAR-SE À BEIRA MAR…ENQUANTO A MULTIDÃO FICAVA NA MARGEM”

    Hoje, está aqui o mesmo Jesus para nos contar de um modo novo a Parábola do Semeador. A Parábula é a mesma, os ouvintes são outros, somos nós.
    – Parábula do Semeador ou Mistério da Palavra de Deus?
    – Parábula do Semeador ou Mistério da força silenciosa da Palavra de Deus?
    Nesta Parábula a força silenciosa da Palavra de Deus é comparada a uma frágil e minúscula semente, lançada à terra por um semeador.
    Irmãos, Jesus impressiona-Se com a certeza e a esperança do semeador. O Semeador sente que nunca semeia em vão, nem se deixa amedrontar ou vencer pela sorte da semente. Semeia sempre sem desanimar.

    “O SEMEADOR SAIU, PARA SEMEAR”

    -Como entrar no Mistério da Palavra de Deus, semelhante à semente nas mãos de um semeador?
    -Como entrar no Mistério da Palavra de Deus que tem a força própria do germinar como semente?
    Irmãos, neste Mistério da divina semente da Palavra de Deus, nós aqui reunidos, somos ao mesmo tempo, o Semeador e o Terreno onde cai a semente e Jesus é, ao mesmo tempo , Semeador e Semente.
    Não estais imprecionados com o destino da semente?
    Ela pode ser comida pelos pássaros; ao nascer pode ser queimada pelo sol, por não ter enraizado; pode ainda cair no meio de cardos que a sufocam.

    “…AS AVES VIERAM E COMERAM-NAS…QUANDO O SOL NASCEU FICARAM QUEIMADAS E POR NÃO TEREM RAIZ, SECARAM. OUTRAS…OS ESPINHOS…SUFOCARAM-NAS”

    -Não estais imprecionados com o destino da semente?
    Também cai em terra boa.Como? Quando frutifica.

    “OUTRAS CAIRAM EM BOA TERRA E COMEÇARAM A FRUTIFICAR UMAS CEM SEMENTES, OUTRAS SESSETA, OUTRAS TRINTA”

    Irmãos, como terminar esta reflexão? Como Jesus a terminou.

    “QUEM TEM OUVIDOS OIÇA”

    Quer dizer,sigamos atrás da Palavra de Deus que os nossos ouvidos auscultaram.
    -Segue, atrás da divina semente que entrou pelo teu ouvido e interroga-te.
    Em ti, qual foi ou é o destino dessa semente?
    -Vieram logo as aves e comeram-na? Quando assim acontece é sinal que não enraizou no teu coração.
    -Foi sufocada pelos espinhos? quando assim acontece é sinal que o teu coração a regeitou.
    À beira dos Caminhos, os sítios rochosos, os campos de cardos, não prestam para sementeira da palavra de Deus.
    -Qual é, pois, a terra própria? Onde está, ela? Como se conhece?
    A terra boa é a produtiva. muito ou pouco, produz.
    Irmãos como é entre nós? Não falemos das aves que levam a semente, nem dos corações duros onde a semente não enraiza. Procuremos entender o Senhor que acerca da Parábula do Semeador nos diz:
    “QUEM TEM OUVIDOS OIÇA”
    (Do livro ” Uma Experiência Pastoral” Ano -A- do saudoso amigo padre António Mendes Rocha). Por Dário Costa.

  123. Dário Costa says:

    Décimo quarto Domingo Comum, ano -A- (São Mateus)
    PRIMEIRA LEITURA Zac 9,9-10
    Irmãos: ao ouvir-mos esta leitura, o profeta Zacarias acredita e proclama que o Desígnio de Deus passa por um povo minúsculo e indefeso no jogo político dos grandes impérios.
    Os sábios, os poderosos hão-de cair dos seus tronos quando chegar a hora de Deus exaltar os humildes,os pequenos.
    Irmãos: a exaltação dos humildes tornou-se definitiva e segura com Jesus, o Filho de Deus feito homem, regeitado, condenado e abandonado numa Cruz pelo Seu povo.
    Pela ressurreição Deus O levou à glória e com Ele todos os humilhados.
    Porisso já podemos cantar que em Jesus se esconde a alegria e a paz dos bem-aventurados.

    SEGUNDA LEITURA
    Irmãos: os cristãos da comunidade cristã de Roma quiseram Cristo pelos caminhos da sabedoria dos homens e, como vamos ouvir nesta leitura, cairam na confusão.

    Rom 8,9,11-13
    Irmãos: Ao ouvir-mos esta leitura, os que conhecem Jesus libertam-se dos pesados fardos, dos jugos que o domínio da natureza corrompida impõe aos pobres mortais.
    Os que conhecem Jesus já não vivem segundo as tendências da natureza, mas segundo o Espírito Santo criador e santificador.
    Irmãos: nós já conhecemos Jesus Cristo? Como vivemos? Segundo a naturesa ou segundo o Espírito Santo?

    EVANGELHO Mt. 11,25-30

    Irmãos: S. Mateus narra no seu evangelho, como o povo judeu perdeu o Desígnio de Deus, que começou a passar pelos grupos que se reuniam à volta de Jesus Morto e Ressuscitado.
    Saudemos o Senhor que hoje nos diz: Vinde a Mim…
    ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

    Irmãos: na História da Salvação, podemos ver,como Deus escolhia pessoas, para lhes confiar uma missão.
    -Abraão foi escolhido para ser o Pai dos crentes.
    -Moisés foi escolhido para tirar o Povo de Deus da escravidão do Egito.
    Ao longo da História que Deus quiz fazer com os homens, os eleitos de Deus desempenharam aquelas missões que Deus lhes confiou diretamente.
    Uns, foram chefes, outros reis, outros profetas ou sacerdotes.
    Todos sempre ao serviço do Desígnio Salvador de Deus.
    Irmãos, no meio de todos estes que Deus escolheu, quem é Jesus Cristo? Qual é a missão específica que fora confiada por Deus?
    Enquanto os eleitos do passado tinham cada um a sua missão, Jusus tinha-as todas.

    “TUDO ME FOI CONFIADO POR MEU PAI”

    Quer dizer, com Jesus, a relação com Deus mudou radicalmente. Abraão, Moisés, reis, sacerdotes e profetas morreram e Cristo morreu e ressuscitou, isto é, permanece, é de ontem de hoje e de sempre.
    Antes de Cristo a relação com Deus passava pela Lei, cumprida por uns e transgredida por outros; uns com prémios e outros com castigos; agora a relação com Deus passa por Jesus. Ele será o desconhecido ou o conhecidpo. O pecado será não O conhecer. a graça será em conhece-Lo.

    “NINGUÉM CONHECE O FILHO SENÃO O PAI NEM NINGUÉM CONHECE O PAI SENÃO O FILHO E AQUELE A QUEM O FILHO O QUISER REVELAR”
    Irmãos, esse “tudo” que o Pai entregou a Seu Filho Jesus,foi precisamente isto: revelar O Pai. Tirar da negra orfandade da vida sem sentido aqueles que estavam sentados nas trevas e nas sombras da morte.
    Jesus não veio com ensino novo para novas escolas. Não veio despertar a inteligência dos inteligentes. nem enriquecer a sabedoria dos sábios. Jesus veio revelar, isto é,veio dar a conhecer O Pai. A Sua intimidade e para que tal aconteça basta ter a alma da Criancinha que confia nos pais. Era este o jeito de Jesus viver.
    Irmãos, qual não terá sido o entusiasmo, a alegria e até o espanto de Jesus quando pela primeira vez, viu que era compreendido, que a Sua missão se cumpria, que o Pai era conhecido?
    Quando o Pai começou a ser conhecido, Jesus exclamou assim:

    “EU TE BENDIGO PAI, SENHPOR DO CÉU E DA TERRA, PORQUE ESCONDESTE ESTAS VERDADES AOS SÁBIOS E AOS INTELIGENTES E AS REVELASTE AOS PEQUENINOS, DECERTO PAI, PORQUE ASSIM FOI DO TEU AGRADO”
    Irmãos, com esta experiência, Jesus lançava o grande desafio do Evangelho, aos reinos deste mundo.
    – Jesus não é um concorrente dos poderes deste mundo. ” O Meu Reino não é deste mundo”.
    – Jesus é a Porta que se abriu, neste mundo, aquela Porta por onde se entra no Reino de Deus. a essa Porta, Ele, Jesus pode desafiar os filhos dos reinos do mundo que caminham tristes, afadigados e sobrecarregados de preocupações.

    “VINDE A MIM TODOS VÓS QUE VOS AFADIGAIS E ANDAIS SOBRECARREGADOS QUE EU ALIVIAREI”
    Irmãos, o Reino de Deus e os reinos do mundo estão sempre em confronto.
    -Os reinos do mundo, para subsistirem, usam, cada dia, o jogo do opressor, aquela arma do poder que escraviza e destrói.
    -O Reino de Deus não usa o jogo do opressor, usa a Cruz do amor libertador que foi o “jugo” de Cristo manso e humilde. Por isso diz Jesus aos filhos do Reino de Deus.

    “TOMAI MEU JUGO SOBRE VÓS E APRENDEI DE MIM QUE SOU MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO”

    Os Reinos do Mundo todos são pesos e pesadelos mesmo a liberdade. no Reino de Deus tudo tem alívio, tudo é suave e leve.

    “ACHAREIS ALÍVIO PARA AS VOSSAS ALMAS POIS O MEU JUGO É SUAVE E A MINHA CARGA É LEVE”

    Irmãos, terminemos esta reflexão ou será melhor ficar por terminar? Que vos parece?
    -A resposta mais certa e segura que a Igreja tem para dar aos reinos do mundo é esta:- A Igreja é sinal do Reino de Deus na História. Nós já somos aqui esse sinal?
    Jesus,já pode vir ao meio de nós e dizer assim:”EU TE BENDIGO Ó PAI” porque aqui já há pequeninos que Me conhecem e Te conhecem?
    -Não é verdade que muitas vêzes pomos os sábios e os inteligentes, acima daquilo que Jesus lhes escondeu e que a nós foi revelado?
    -O Pai dá a conhecer o Filho e O Filho dá a conhecer o Pai. Isto está acontecer entre nós? Se não acontece porque será?
    Irmãos, ouçamos hoje a Voz de Jesus a dizer-nos:

    “VINDE A MIM…APRENDEI DE MIM…”

    Quem escutar estas palavras conhecerá o Pai, será Filho do Reino de Deus.
    (Do livro “UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL” ano-A- do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha). Por Dário Costa

  124. Dário Costa says:

    Tempo Comum

    Com a festa da SS. Trindade, prosseguem de novo, até ao fim do Ano Eclesial, os domingos comuns, que foram interronpidos pela Quaresma e Tempo Pascal.

    Décimo Terceiro Domingo Comum,
    1ª Leitura IIRs.4,-11,14-16a

    Irmãos: Na história do povo de Deus, há pecadores e infidelidades mas, como ouvimos na primeira leitura, também há obras maravilhosas, da fé na Palavra de Deus.
    – Uma mulher acusada de maldição por ser estéril, acolhe o servo da Palavra de Deus, o profeta Eliseu. Deus recompensou o acolhimento ao Seu Servo, dando-lhe um filho.
    São as recompensas inesperadas e desconhecidas de Deus.
    Irmãos: é sempre grande , inesperada e desconhecida a recompensa dos que acolhem Cristo regeitado, condenado e abandonado na Cruz.
    É sempre grande, inesperada e desconhecida a recompensa daqueles a quem Jesus enviou a anunciar o Evangelho.
    Esta recompensa grande, inesperada e desconhecida, é para aqueles que tomam a Cruz para seguir Jesus.

    Refrão: QUEM QUISER SEGUIR JESUS, PEGUE NA SUA CRUZ

    2ªLeitura
    Irmãos: Quando a comunidade Cristã de Roma quis saber a diferença entre um batizado e um não batizado, caiu na discussão. Como vamos ouvir na segunda leitura, São Paulo intervem para dizer que os batizados nascem de uma nova orígem.

    Rom 6,3-4,8-11
    Irmãos: Ao ouvir-mos a segunda leitura, s. Paulo diz que os batizados, pela morte de Cristo, desligam-se da primeira orígem,a do pecado de Adão e, pela Ressurreição de Cristo, ligam-se a uma nova vida,a Cristo Filho de Deus.
    Irmãos: já estamos a viver como batizados?

    Evangelho Mt. 10,37-42
    Irmãos: São Mateus ensina no seu evangelho que a nova vida vem da Cruz. Saudemos o Senhor que hoje nos vem dizer para tomar-mos a Cruz.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, as primeiras comunidades cristãs que nasceram daquele povo, que pediu a morte para Jesus, e que reconheceram depois que o Reino de Deus chegou pela Cruz, esses grupos reunidos à volta de Cristo Ressuscitado, faziam a experiência feliz da debilidade evangélica.
    – Não sentiam a fortaleza dos reinos do mundo que são sempre arrogantes e poderosos.
    – Sentiam-se “pequeninos”, isto é, indefesos, débeis segundo o Evangelho. Eram os recém-nascidos, os filhos do Reino de Deus.
    Aqui estamos hoje, irmãos, para compreender quem são esses “Pequeninos” que anunciam o Reino de Deus. Esses “Pequeninos” têm tal dignidade, são tão amados po Deus que a eles se aplicam aquelas palavras que Deus disse ao revelar ao mundo o Seu Filho Jesus,”Este é o Meu Filho querido”.
    Irmãos, esses “Pequeninos” de que fala o Evangelho são os “filhos queridos de Deus” e de tal maneira queridos que Deus até recompensa todos aqueles que lhe fazem qualquer bem, mesmo insignificante.
    “E SE ALGUÉM DER A BEBER, NEM QUE SEJA UM COPO DE ÁGUA FRESCA, A UM DSTES PEQUENINOS POR SER MEU DISCÍPULO…NÃO PERDERÁ A SUA RECOMPENSA”

    Ser Pequenino de Deus!… Ser Querido de Deus!… Este Dom que vem do Pai Celeste está acima de qualquer dom deste mundo, mesmo os maiores e os mais dignos, como é o amor dos pais para com os filhos e dos filhos para com os pais.

    “QUEM AMA O PAI OU A MÃE… QUEM AMA O FILHO OU A FILHA MAIS DO QUE A MIM, NÃO É DIGNO DE MIM”.
    Irmãos:
    – O Pequenino do presépio de Belém, foi sempre um Pequenino do Reino de Deus, sobretudo na Cruz. Na Cruz sabia que era o Filho Querido de Deus. Sem Cruz não há Pequeninos do Reino de Deus, nem há Queridos de Deus.

    “QUEM NÃO TOMA A SUA CRUZ PARA ME SEGUIR, NÃO É DIGNO DE MIM”

    – O Pequenino, O Querido de Deus, achou a vida,, sobretudo, quando, segundo o mundo, o perdeu na Cruz.

    ” QUEM TIVER ACHADO A PRÓPRIA VIDA, HÁ-DE PERDÊ-LA E QUEM TIVER PERDIDO A VIDA POR MINHA CAUSA HÁ-DE ENCONTRÁ-LA”.

    Ser Pequenino de Deus! Ser Querido de Deus!…Este Dom que vem do Pai Celeste, dignifica os maiores pecadores, porque o Querido de Deus, Jesus de Nazaré, desceu ao nível da nossa baixeza para nos instruir nos segredos do amor do Pai Celeste. Por isso quem acolhe os Pequeninos do Evangelho, acolhe o próprio Jesus, e estes são compensados como se recebessem O próprio Cristo.

    “QUEM VOS ACOLHE, ACOLHE-ME A MIM…E… RECEBERÁ A RECONPENSA DO JUSTO”.

    Não são as recompensas passageiras do mundo,são as reconpensas eternas do Reino de Deus, o Reino que não terá fim…
    Irmãos, como terminar esta reflexão?
    Procuremos primeiro saber, se estamos a fazer com o Evangelho um diálogo de surdos.
    – Ser filho do Reino de Deus para nós o que significa? Este Dom que é do Pai Celeste, pomo-lo acima dos dons do mundo?
    Eis o drama daquele povo que regeitou, condenou e abandonou Cristo numa Cruz. Eles não quiseram pôr o Dom de Deus acima
    dos reinos do mundo. Até escreveram no alto da Cruz: ” Jesus de Nazaré Rei dos Judeus”.
    – As comunidades do Evangelho de São Mateus puseram o Dom de Deus acima de tudo.Acima do pai e mãe, acima do filho e filha. acima da própria vida. Eram os Pequeninos do Reino de Deus,eram os queridos de Deus. Que felizes, que Bem-aventurados foram eles.
    – Quando Jesus começou a anunciar a Vinda do Reino de Deus, criou-se logo um mau clima, porque não havia quem pusesse o Dom de Deus acima dos reinos deste mundo.
    Ser Filho do Reino de Deus era entendido como uma blasfémia,e o Querido de Deus foi levado à Cruz.E eu pergunto: este mau clima não existe entre nós?
    – Ter as defesas dos reinos deste mundo, ou ser Filho do Reino de Deus, o que é mais?
    Só a sabedoria do Evangelho nos ensina quem é o Pequenino do Reino de Deus, quem são os Queridos de Deus.
    (Do livro “Uma Experiuência Pastoral” ano -A do Saudoso padre António Mendes Rocha). Por Dário Costa

  125. Dário Costa says:

    Os sinais e tradições que nos unem a Cristo.

    O Saudoso Padre António Mendes Rocha, no final de cada celebração da Eucaristia,tinha sempre uma menságem de confiança e um gesto que fortalecia a mente do povo de Deus ali reunido.
    No domingo da SS.Trindade,lembrava aos presentes, que na Quinta Feira a seguir, era a Festa do Corpo de Deus: pedia àquele povo que toxessem pétalas de rosas, para oferecerem a Cristo Sacramentado, que em procissão iria passar junto de Seu povo.
    Era comovente participar nessa celebração, ao ver cair uma chuva de pétalas de rosas de todas as cores,sobre Cristo Sacramentado exposto na custódia dourada, que o padre Rocha segurava com Fé em suas mãos, no meio de tanta gente, que entoava cânticos de louvor, em que as lágrimas eram visíveis nos olhos de quem comovido, cantava e atirava flores em honra do Corpo de Cristo Sacramentado que passava; antes da benção do Santissimo,ainda chuviam as petalas de rosas sobreo altar que formavam uma piramide à volta da custódia que expunha o Senhor Jesus; por trás do Corpo de Cristo, o Padre Rocha com o seu olhar humilde e de santidade, fixo em tão grande Mistério, esperava calmamente, até terminarem os gestos de louvor, em honra do Santíssimo, Corpo de Cristo. Corpo de Deus.Por fim a Benção do Santíssimo, que fortalecia a Fé, do povo de Deus ali reunido, que perdia a noção do tempo, ao participarem nas celebrações de louvor a Deus presididas pelo saudoso amigo padre Rocha. Estes gestos de louvor, faziam-me recordar os meus tempos de criança: No dia do Corpo de Deus, Cristo ia passar em procissão à nossa porta (assim me dizia minha saudosa mãe);com cinco anos,debruçado sobre uma colcha de seda, há janela da modesta casa onde nasci,junto de minha boa mãe,com os pés em sima de um pequeno banco, atirava-mos flores a jesus,exposto naquela custódia de prata que o scerdote tranportava em suas mãos debaixo do pálio; flores essas que minha saudosa mãe, colocara numa simples badeja, antes de irmos para a missa. Que pena Em Riachos não haver estes sinais que poderiam atrair e avivar a fé, de tantas pessoas, que sentem saudades do amigo pdre António Mendes Rocha. Dário Costa

  126. Dário Costa says:

    Festa do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo (Corpo de Deus)

    A Igreja celebra o aniversário litúrgico da instituição da Sagrada Eucaristia em Quinta Feira santa, pois foi na véspera da Sua Paixão que jesus,levando até ao estremo o Seu amor pela humanidade (jo.13,I),nos deixou o memorial do Seu Sacrifício redentor.
    Nesse dia, porém, a sombra da Cruz projeta-se já na liturgia e a Igreja não pode por isso, manifestar todo o seu júbilo por este Dom inefável.
    Deste modo, a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, apareceu, no século XIII, para responder a uma necessidade íntima da (Igreja) Esposa de Cristo.
    Com esta solenidade, a Igreja, de coração inundado ainda pelas alegrias pascais e no fervor do Espírito Santo, dá largas ao seu entusiasmo para celebrar,numa atmosfera de louvor e de exaltação espiritual, o Mistério da presença amorosa e operante no meio dos homens.
    Sem perder a sua ligação profunda e essencial com Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor, a Solenidade do Corpo de Deus oferece-nos a oportunidade para:
    -refletirmos sobre as enesgotáveis riquesas da Eucaristia;
    -darmos “graças” a Cristo pelo dom total de Si mesmo, em Corpo e Sangue, como alimento e bebida (jo. 6, 51-58;
    -anunciarmos aos homens, com a nossa participação consciente na procissão do Corpo de Deus, que só na Eucaristia ( que é Cristo a percorrer os caminhos do mundo) está o sinal da unidade, o vinculo do amor, a única força capaz de transformar a humanidade, tão ansiosa de união, na única família dos filhos de Deus, destinados a viver, em Cristo, na comunhão perfeita com Deus e com os homens. (Do missal popular dominical) por Dário Costa

  127. Dário Costa says:

    PRIMEIRA LEITURA Êx 34,4,8-9
    Irmãos: ao ouvir-mos a primeira leitura,Moisés tem dificuldades em conduzir um povo tão rebelde.Pensa que é necessário uma lei que os obrigue.
    E, quando Moisés foi pedir a Deus esta lei,ficou admirado,caiu por terra e protrou-se ao ouvir Deus a dizer que preferia a clemência,a compaixão; Moisés,então
    orou e pediu a Deus que viesse habitar no meio deles.
    Irmãos: em Jesus não foi a lei que triunfou,mas o amor misericordioso de um Deus Pai que dá ao mundo o Seu Filho concebido pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria.
    Hoje festa da Santíssima Trindade,meditemos e cantemos a obra de salvação de Deus Pai, de Deus Filho e, de Deus Espírito Santo.
    REfrão:AO SENHOR TODA A GLÓRIA E LOUVOR PELOS SÉCULOS SEM FIM.AMEN

    SEGUNDA LEITURA
    Irmãos: quando S.Paulo teve de enfrentar a comunidade rebelde de Corinto,aparece no meio dela a oferecer os dons da SS.Trindade.
    II Cor 13,11-13
    Irmãos: como acabamos de ouvir,os sinais da SS. Trindade que habita em nós e no meio de nós, são: a paz, de alegria e de união fraterna.
    Irmãos: hoje, festa da SS. Trindade, interroguemo-nos. <ela habita em nós e no meio de nós? Há sinais de paz, de alegria e de união fraterna?

    EVANGELHO Jo 3, 16-18

    Irmãos:S. João no seu Evangelho, testemunha que o grande sinal do amor de Deus por nós, é ter dado ao mundo o Seu Filho Jesus.
    Saudemos o Senhor que hoje vem dizer-nos que salva quem acredita n,Ele.
    ALELUIA! ALELUIA! ALELUIA!

    Irmãos; a diferença entre os deuses que sempre proliferaram no mundo pagão e o Deus verdadeiro, é esta:
    – Os deuses dos pagãos, sairam da inteligência ou do coração do homem que os inventou, fabricou, para satisfazer os seus desejos ou carências. Quiseram encontrar a Deus fora de Deus e enganaram-se.
    – O Deus Verdadeiro, não saiu da inteligência, nem do coração do homem, nem da sua vontade. Não foi inventado nem descoberto, mas mostru-Se, revelou-Se deu-Se a conhecer à inteligência e ao coração daqueles que pela humildade quiseram encontrar Deus em Deus.
    E, assim revelando-Se, Deus inaugurou uma história, feita em comum com os homens. É a história de um Deus que ama, salva e perdoa.
    Irmãos, amar, salvar e perdoar, é o modo como Deus se revelou e se revela. esta Revelação,atingiu o Seu ponto mais alto, com Jesus de Nazaré, o Messias de Deus.
    – Em Jesus, o amor de Deus revelou-se assim:"DEUS AMOU DE TAL MANEIRA O MUNDO QUE ENTREGOU O SEU FILHO ÚNICO"
    – Em Jesus, o perdão de Deus revelou-se assim: "DEUS NÃO ENVIOU O SEU FILHO AO MUNDO PARA CONDENAR O MUNDO"
    – Em Jesus, a salvação de Deus revelou-se assim:"DEUS NÃO ENVIOU O SEU FILHO AO MUNDO PARA CONDENAR O MUNDO MAS PARA ESTE SER SALVO POR SEU INTERMÉDIO".

    Irmãos, Jesus é pois o Revelador de um Deus que ama, salva e perdoa.
    – Jesus não agiu a partir de si mesmo, nem da Sua vontade, nem da Sua inteligência, nem do seu coração, nem dos seus desejos.
    – Foi no serviço e na obediência que jesus nos testemunhou a fé, no Seu Deus. Na condição de servidor de sofredor e de Obediente,revelou Deus o Seu Pai.
    Quem é pois o Deus de Jesus Cristo? Quem é?
    – É um Pai.O jeito de Jesus viver,o modo como esteve no meio dos homens, foi o jeito e o modo de verdadeiro Filho de Deus.
    Ser filho de Deus, começou por ser uma interpelação, depois uma dúvida e, por fim, uma blasfémea que O levou ao tribunal. Quando o juiz O interrogou se era Filho de Deus, Ele respondeu "Sim sou Eu".E foi condenado à morte. Foi esta condenação que provou, ser de fato, Jesus o Filho de Deus."Na verdade este homem era o Filho de DEus", exclamou o oficial romano, encarregado de manter a ordem no calvário.
    – Jesus é o Filho de Deus, porque dizia que a Sua palavra era de Deus o Seu Pai, a quem sempre ouvia."A palavra que vos digo, não é Minha mas do Meu Pai".
    – Jesus é o Filho de Deus, porque ao agir, dizia assim:" As obras que Eu faço, não são minhas mas do Meu Pai".
    – Jesus é o Filho de Deus, porque n,Ele brilhou a plenitude do Espírito Santo de Deus. Nos Seus dias mortais, atuou pelo poder do Espírito Santo e,ao despedir-Se dos Seus discípulos, para subir ao Céu, prometeu-lhes esse mesmo Espírito. E o Pentecostes aconteceu.
    Irmãos, a revelação de Deus na história dos homens, foram ações de um Deus Pai, de um Deus Filho e de um Deus Espírito Santo. Tudo isto é tão simples,como simples, é uma criança ao aprender a fazer o sinal da Cruz, da fronte ao peito, do ombro esquerdo ao ombro direito, dizendo ao mesmo tempo:" Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".
    A SS.Trindade, da unidade e da Trindade de Deus, é o ponto alto, da revelação aos homens, do Deus escondido, isto é, do Mistério de Deus.
    – Onde está a SS. Trindade? Está nela mesma. Não habita em lugares, mas está, verdadeiramente pela Graça, em nossos corações. É ponto de Partida e ponto de Chegada, pricípio e fim, para quem faz a peregrinação dos mortais.
    – Como se conhece a SS. Trindade?
    Conhece-se pela fé, aquela fé, que se esconde na vida e no jeito de Jesus viver,nas Suas palavras e nos Seus gestos. Aquela fé, que neste mundo, distingue os condenados e os salvos, isto é, os retidos na negra orfandade da vida sem sentido, dos Filhos e irmãos de Deus, santificados pelo Espírito Santo.
    "…PARA QUE TODO O HOMEM QUE ACREDITA NÃO SE PERCA MAS TENHA A VIDA ETERNA…QUEM NÃO ACREDITA JÁ ESTÁ CONDENADO".

    Irmãos , ao terminarmos a reflexão da Festa da SS.Trindade, encontramo-nos diante, do que foi dito e escrito acerca da SS.Trindade e, diante da própria SS.Trindade, e temos de reconhecer assim:
    – Aqueles que quiseram meter a SS.Trindade no seu raciocínio, na cabeça dos outros, acabaram por sercomo aquele que sem o verdadeiro uso da razão, queria meter o mar numa cova,por ele aberta com as mãos, na areia de uma praia.Era o engano do impossível. Procurava Deus fora de Deus. E, Deus fora de Deus,pode ser uma ideia, um ídolo, alienação,mas nunca uma pessoa.
    – Aqueles que procuram Deus em Deus, encontram senpre o Pai do Eterno amor, Aquele Bom Irmão que ama com amor crucificado e, Aquele Amor que une esse Pai com o Seu Filho,esse Amor é o Espírito Santo.
    Aqueles que procuram Deus em Deus, encontram pessoas e não ideias.É a Pessoa do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
    Irmãos, o Deus em pessoa, o Deus Pessoal,é o Deus do encontro. Ouve, vê, espera, está, fala, responde, dá-se como Pai,como irmão e em Espírito.
    Afinal, que nos falta? Falta-nos conhecer as Pessoas Divinas. Aquele a quem Jesus Chamava Pai, é uma Pessoa. Aquele Espírito Santo, o substito de Cristo, através dos tempos, é uma Pessoa. Falta-nos a relação com as pessoas divinas. Falta-nos assumir aquele gesto que aprendemos em criança e que se chama o sinal da Cruz:-EM NOME DO PAI DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO.Amen.
    (Do livro "UMA EXPERIÊNCIA PASTORAL" do saudoso e amigo, padre António Mendes Rocha.) Por Dário Costa

  128. Dário Costa says:

    Primeira Leitura Act 2, 1.11

    Irmãos: Ao ouvir-mos a primeira leitura, foi assim que S.Lucas anunciou ao mundo pagão, o Dom da Páscoa de Cristo, o Espírito santo.
    – O Pentecostes, no mundo pagão, passou também a ser,um movimento que tocava os corações e renovava a face da Terra.
    – Os pagãos recebiam o Espírito Santo.
    Irmãos: nós chamados hoje a celebrar o Pentecostes, com corações dóceis, acolhamos também o Espírito Santo.

    Salmo
    Refrão: Mandai Senhor O Vosso Espírito e renovai a Terra.

    Segunda leitura
    Irmãos: quando a comunidade de Corinto,confundiu os Dons do Espírito Santo, com dotes humanos, anulou a ação do Espírito e desorientou-se,
    Como vamos ouvir nesta leitura, S.Paulo intervem para dizer que é necessário deixar atuar o Espírito Santo.

    1 Cor 12,3-7,12-13

    Irmãos: Ao ouvir-mos a segunda leitura, S.Paulo diz-nos,que o Espírito Santo, não anula a personalidade, age e faz muitas coisas diferentes por pessoas também diferentes.
    As ações do Espírito Santo são muitas e variadas, sempre a favor dos outros e não em proveito próprio. Mas a Fonte é única, é sempre o Espírito Santo.
    Irmãos: neste dia de Pentecostes, voltemo-nos para a única Fonte e bebamos dela, para que entre nós as ações do Espírito sejam muitas e variadas.

    Evangelho Jo 20, 19-23

    S. João no seu Evangelho apresenta Cristo Ressuscitado como o Grande Sinal da obra e do poder do Espírito Santo.
    Saudemos o Senhor que hoje nos vem dar o Seu Espírito.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, nós celebrámos, há cinquenta dias, o acontecimento feliz da Páscoa do Senhor e, com ele,inaugurámos também um tempo feliz -Tempo Pascal-. Durante este Tempo cantámos a alegria da presença do Ressuscitado, vivo e presente no meio de nós.
    Sim, que alegria, o Ressuscitado vivo e presente no mei de nós! Mas quem O conhece?
    Como se dá por esta presença, razão única que justifica estar-mos reunidos e sermos comunidade Cristã?
    A presença do Ressuscitado, só se conhece pelo Espírito Santo, Dom do próprio Ressuscitado.

    “JESUS VEIO COLOCAR-SE NO MEIO DELES E DISSE-LHES:…
    RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”

    Irmãos,hoje celebramos a Festa do Espírito Santo e com a descida do Espírito prometido, encerramos o Tempo Pascal.
    – Jesus anunciou a Palavra do Pai e o Seu Reino, e a Sua boca calou-se para sempre, quando morreu na Cruz. Mas a atuação terrena de Jesus continua. Como? Com quem?.
    – Jesus ressuscitou, voltou a reunir os discípulos dispersos com a Sua morte,encontrava-se e comia com eles à mesa, até que deixou de aparecer. Ocultou-se para sempre, porque o Pai O elevou à glória. Foi a Ascensão Gloriosa. Quem substituiu a presença de Jesus diante do s Seus,se,ao partir, lhes garantiu que estava com eles até ao fim dos séculos? Quem dá a conhecer a presença do Ressuscitado no Meio dos Seus?
    Irmãos:
    Quem nos dá a conhecer a presença de Cristo Vivo no meio de nós é o Espírito Santo.
    – Quem nos garante a contnuação da atuação terrena de Jesus através dos tempos, é o Espírito santo.
    Por isso aqui estamos hoje a suplicar, cantando, “MANDAI SENHOR O VOSSO ESPÍRITO”.
    É a festa da descida do Espírito Santo. Também, a nós, nos é dada hoje aquela graça que os primeiros discípulos receberam quando o Senhor Ressuscitado lhes disse:

    “RECEBEI O ESPÍRITO SANTO”
    – Ao medo sucedeu a paz total. Nunca mais se deixaram intimidar.

    ” ESTAVAM AS PORTAS FECHADAS POR MEDO DOS JUDEUS. JESUS VEIO…E DISSE-LHES: A PAZ ESTEJA CONVOSCO”

    – A tristeza converteu-se em alegria.

    “FICARAM CHEIOS DE ALEGRIA AO VEREM O SENHOR”

    – A ignorância e a incompreensão da Paixão e Morte deu lugar à sabedoria da Cruz.

    “MOSTROU-LHES AS MÃOS E O LADO”

    À negra orfandade da vida sem sentido, àqule pecado, que provoca o vazio dos corações, sucedeu a alegria dos filhos de Deus. O Espírito Santo veio iluminar e habitar os corações, lavando-os de toda aculpa.

    “SOPROU SOBRE ELES… OS PECADOS FICARÃO PERDOADOS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão do dia de Pentecostes? Tudo é tão claro. Todos estamos de acordo. Precisamos tanto do Espírito Santo.
    – Necessitamos do Espírito Santo, porque sem Ele, continuam os nossos medos e a negra orfandade da vida sem sentido. Sem Ele continuamos a ser aqueles ignorantes, e aqueles fracos que desconhecem a sabedoria e o poder da Cruz.
    Irmãos,alegrai-vos, confiai porque hoje é o dia do Espírito Santo descer sobre nós. É o dia do Espírito Santo descer aos nossos corações e acender neles o fogo do Seu amor.
    (Do livro “Uma Experiência Pastoral” ano-A do saudoso e amigo padre António Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  129. Dário Costa says:

    O PENTECOSTES

    ENCERRAMENTO DAS FESTAS PASCAIS

    A realidade viva que mais impulcionou a Primitiva Igreja foi esta experiência: depois da Ressurreição, os gestos de Jesus repetiam-se nos Seus discípulos. E esta realidade, os batizados atribuiram-na dede o início ao Espírito Santo, o mesmo Espírito que animava a atuação terrena de Jesus de Nazaré,e que Ele deixou vinculado à Sua Páscoa, como Dom.
    Os Evangelhos focaram de diferentes modos esta experiència da primitiva Igreja. As comunidades de judeus convertidos ao cristianismo, que o Evangelho de Mateus representa, ao repensarem toda a sua história, viram em Jesus o Messias, que veio com a plenitude do Edpírito Santo, como os profetas tinham anunciado.
    Esta manifestação do Espírito Santo em Jesus,começou a dar-se quando foi concebido, e repetiu-se em todos os acontecimentos importantes da vida de jesus – Batismo, a ida para o deserto,e, de uma maneira geral, toda a atuação terrena, em que Jesus se mostrou sempre dependente do Espírito.
    Mas, o Acontecimento da Vida do Senhor, fixado para sempre na vida e na memória da Igreja,é a Eucaristia. Com o novo Banquete do Reino de Deus começa uma Nova Aliança que ultrapassa a do Sinai – a Aliança do Espírito Santo, que fêz nascer e anima a Igreja,a Nova Comunidade dos salvos, para que dê testemunho de Cristo e anuncie o Evangelho em todos os tempos e a todos os povos da Terra.
    (Introdução sobre o Pentecostes,da autoria do saudoso padre Antóniop Mendes Rocha. Por Dário Costa.

  130. Nana Houk says:

    A Primeira leitura dos Atos dos Apóstolos 1,1-11 São Lucas diz-nos que Cristo ressuscitado, reuniu os discípulos, dispersos por causa da Sua morte na cruz. Depois de os reunir a todos, mandou que esperassam a vinda do Espírito Santo e separou-Se deles.Esta separação, é uma exigência. A atuação terrena de Jesus, passa a ser feita pelos discipulos , animados pelo Espírito Santo. Esta separação que provoca a vinda do Espírito, chama-se Ascensão Gloriosa de Cristo.Irmãos: na manhã da Ressurreição, vieram mensageiros de Deus dizer às mulheres que Jesus tinha ressuscitado. No dia da Ascensão, estes mensageiros vieram avisar aos Homens da Galileia que não estivessem, pasmados e boquiabertos, a querer ver Aquele que já não se podia ver, mas que estivessem atentos para receber Aquele que estava para vir, o Espírito Santo.Hoje ao celebrar-mos a Festa da Ascensão do Senhor, ouçamos o aviso do mensageiros de Deus aos Homens da Galileia.Ef 1,17-23Irmãos: a Segunda leitura diz-nos que com a Ascensão gloriosa de Cristo, com Jesus junto do Pai, é possível em todos os tempos, o anúncio do Evangelho. Irmãos: hoje, Festa da Ascensão do Senhor, pensemos que somos nós os herdeiros do poder do Evangelho e da Força do Espírito Santo.Evangelho Mt 28,16-20Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho, assinala que os ensinamentos de Jesus suplantam os da lei dew Moisés.Saudemos o Senhor que hoje nos envia os seus ensinamentos.Aleluia! Aleluia! Aleluia!
    +1

  131. Dário Costa says:

    A Primeira leitura dos Atos dos Apóstolos 1,1-11 São Lucas diz-nos que Cristo ressuscitado, reuniu os discípulos, dispersos por causa da Sua morte na cruz. Depois de os reunir a todos, mandou que esperassam a vinda do Espírito Santo e separou-Se deles.
    Esta separação, é uma exigência. A atuação terrena de Jesus, passa a ser feita pelos discipulos , animados pelo Espírito Santo. Esta separação que provoca a vinda do Espírito, chama-se Ascensão Gloriosa de Cristo.
    Irmãos: na manhã da Ressurreição, vieram mensageiros de Deus dizer às mulheres que Jesus tinha ressuscitado.
    No dia da Ascensão, estes mensageiros vieram avisar aos Homens da Galileia que não estivessem, pasmados e boquiabertos, a querer ver Aquele que já não se podia ver, mas que estivessem atentos para receber Aquele que estava para vir, o Espírito Santo.
    Hoje ao celebrar-mos a Festa da Ascensão do Senhor, ouçamos o aviso do mensageiros de Deus aos Homens da Galileia.
    Ef 1,17-23
    Irmãos: a Segunda leitura diz-nos que com a Ascensão gloriosa de Cristo, com Jesus junto do Pai, é possível em todos os tempos, o anúncio do Evangelho.
    Irmãos: hoje, Festa da Ascensão do Senhor, pensemos que somos nós os herdeiros do poder do Evangelho e da Força do Espírito Santo.
    Evangelho Mt 28,16-20
    Irmãos: S. Mateus no seu Evangelho, assinala que os ensinamentos de Jesus suplantam os da lei dew Moisés.
    Saudemos o Senhor que hoje nos envia os seus ensinamentos.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, como olhar para a Ascensão gloriosa do Senhor, cuja Festa hoje celebramos? Como entendê-la hoje?
    Nas urígens da Igreja a Ascensão do Senhor foi contestada desta maneira:

    “ESTAVA DE OLHOS FITOS NO CÉU ENQUANTO JESUS PARTIA, QUANDO… DOIS HOMENS VESTIDOS DE BRANCO… DISSERAM. HOMENS DA GALILEIA, PORQUE FICASTES A OLHAR PARA O CÉU”
    Era a tentação da passividade que se tornou depois numa constante nas comunidades religiosas primitivas.

    “PORQUE FICASTES A OLHAR PARA O CÉU”.
    Sabemos que a morte de Cristo na Cruz, provocou no Seu grupo uma crise, semelhante ao rebanho que se dispersa quando matam o pastor. Mas este rebanho disperso foi de novo reunido pelo Ressuscitado.
    E, se os discípulos antes, não se habituaram a viver com o Cristo mortal, depois habituaram-se depressa a viver com o Cristo Ressuscitado. Este jeito de Cristo estar presente, tinha finalidade, o ressuscitado tinha uma missão a cumprir. Cristo nasceu homem com a missão de anunciar a Palavra e o Reino de Deus, ressuscitou e recebeu do Pai a missão de dar o Espírito santo. Por isso ao tempo das apariçôes do Ressuscitado, segue-se o Tempo do Espírito.
    – A Ascensão gloriosa assinala pois a passagem aos Tempos do Espírito.

    “ORDENOU-LHES…QUE ESPERÁSSEM A PROMESSA DO PAI…JOÃO BATIZOU COM ÁGUA, VÓS PORÉM SEREIS BATIZADOS NO ESPIRITO SANTO…”
    -A Ascensão é o marco da passagem dos discípulos que trancam as portas com medo dos Judeus aos discipulos testemunhas de Cristo Morto e Ressuscitado.

    QUANDO O ESPÍRITO SANTO VIER SOBRE VÓS, RECEBEREIS UMA FORÇA E SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS”
    Irmãos, quando as ausências são preenchidas por novas presenças, deicham de ser ausências, são a força da continuidade.
    – A Ascensão de Cristo. não é ausência é manifestação da glória e do poder de Cristo através dos tempos.

    “TODO O PODER ME FOI DADO NO CÉU E NA TERRA”

    – A ascensão de CRisto é a hora de opurtunidade dos discípulos, a hora da entrada da Igreja na história. Não é um novo poder que nasce,é uma nova consciência, para a sociedade. A consciência de servo, de serviço dos irmãos, os continuadores do Santo Servidor do Pai Celeste. Esta nova consciência, esta nova ordem, propaga-se e transmite-se por um sinal santo que se chama batismo.

    “IDE, POIS, FAZER DISCÍPULOS DE TODAS AS NAÇÕES, BATIZAI-OS EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO”
    -A Ascensão é uma prova de tudo o que Cristo disse e fêz.
    A Obra de Cristo continua? Esta interrogação tem tido uma constante na história e, não tem faltado desanimados e quem queira acabar com ela,pela ação organizada.
    Com a Sua Ascensão, o Senhor passou a dar esta cobertura aos Seus Grupos.

    ” EU ESTOU SEMPRE CONVOSCO ATÉ AO FIM DOS TEMPOS”

    Irmãos, como terminar esta reflexão da festa da Ascensão do Senhor? Interroguemo-nos.
    – Estamos aqui a celebrar a festa da ascensão de Cristo.
    Qual Ascensão?
    a Ascensão daqueles homens da Galileia que perante a ausência visível de Cristo ficaram parados sem Espírito, para anunciar o Evangelho?Esta Ascensão não faz tesmunhas de Cristo. E se for esta, também a nossa Ascensão? Então temos de procurar de novo o batismo no Espírito Santo que produz as testemunhas de Cristo.
    Irmãos, estamos aqui a celebrar aquela Ascensão que gera a universalidade daquele batismo que nos tira as dúvidas de termos nascido. Aquela Ascensão que encerra a urgência da evangelização.

    “IDE… FAZER DISCÍPULOS…BATIZAI-OS”.

    é ESTA A aSCENSÃO QUE HOJE CELEBRAMOS.

    (Do livro “Uma Experiência Pastoral” do Saudoso Padre António Mendes Rocha)
    por Dário Costa

  132. Dário Costa says:

    São Lucas, nos Atos dos Apóstolos, na primeira leitura do 6ºDomingo da Páscoa. diz-nos que a Igreja nascente,estava consciente de que sem o Espírito Santo não havia vida cristã. Um batizado é filho de Deus,mas sem o Espírito Santo é semelhante a um órfão.Por isso, os Apóstolos, vigiavam para que o Espírito Santo fosse dado àqueles que acreditavam no Evangelho e eram batizados. Foi por uma grande manisfestação do Espírito Santo, que a Igreja se tornou visível na sociedade.Que o Espírito Santo, Dom da Páscoa de Jesus,seja também recebido por nós, para sermos, por Ele,a Igreja visível.
    – Segunda leitura I Pe 4, 13-16
    S. Pedro diz às Comunidades que o importante é sofrer como cristãos. Sofrer a perseguição por amor a Cristo, não é uma vergonha, mas uma glória, porque sofrer como cristãos é revelar ao mundo, Cristo vivo e presente no meio dos Seus.
    Quando a sociedade diz que somos os piores, quando fazem de nós malfeitores, já sabemos sofrer como cristãos? Que o Espírito Santo venha em Nosso auxílio.

    Evangelho Jo 14,15-21

    No evangelho de S. João, o sinal de Cristo Ressuscitado é o Dom do Espírito Santo.Saudemos o Senhor que hoje nos promete o Espírito Santo.
    Aleluia! Aleluia! Aleluia!

    Irmãos, a celebração do Tempo Pascal aproxima-se do fim. Falta-nos celebrar a Ascensão e com o Pentecostes encerramos as Festas Pascais.
    Hoje, é oportuno interrogarmo-nos.
    -Tem nascido no meio de nós, a presença do Ressoscitado?
    -Caminhamos de mãos dadas com O Ressuscitado ou conservamos no coração as lágrimas daqueles que ainda não sábem para que nasceram?
    -Que ideia fazemos da Ressurreição? Uma ausencia ou uma presença?
    Irmãos: o Tempo Pascal encerra esta graça, a graça de passarmos da ausencia para a presença. isto é, a presença de Cristo vivo e presente no meio de nós, renasce de um modo novo, é a nossa grande alegria,o nosso título de glória, levamos no meio de nós um vivo e não um morto.
    O mundo diz que Jesus morreu e nós afirmamos que Ele está vivo no meio de nós.
    Irmãos quem nos dá a conhecer tudo isto? Quem nos defende nesta contradição: para o mundo, Cristo é dado como morto e para nós é o Vivo, Imortal dos séculos.Quem é o nosso Defensor,nesta situação, neste sinal de Contradição? Importa ouvir o que o Senhor diz aos Seus discípulos na hora de se ausentar para junto do Pai:

    “EU PEDIREI AO PAI QUE VOS DARÁ OUTRO DEFENSOR PARA ESTAR SEMPRE CONVOSCO: O ESPÍRITO DA VERDADE QUE O MUNDO NÃO PODE RECEBER PORQUE NAO O VÊ NEM O CONHECE.”

    Irmãos: quem nos dá a compreensão da presença de Cristo Ressuscitado, Vivo e presente no meio de nós, é o Espírito Santo.
    “VÓS É QUE O IDES CONHECER,PORQUE PERMANECE CONVOSCO E ESTÁ EM VÓS”.
    A diferença, o que distingue uma comunidade cristã,um cristão do mundo, não são leis,ritos ou instituições, mas o Espírito Santo, enviado pelo Pai Celeste, a pedido de Cristo Ressuscitado.
    “O MUNDO NÃO O PODE RECEBER,PORQUE O NÃO VÊ NEM CONHECE…vÓS É QUE O IDES CONHECER,PORQUE PERMANECE CONVOSCO E ESTÁ EM VÓS”.
    Irmãos, quem assegura, sustem e garante a presença viva de Jesus na história, não são as intituições, mesmo a Igreja, como instituição. O garante de Cristo Ressuscitado no meio de nós é o Espíorito Santo.
    Ouvi como o Senhor falou na hora da despedida:

    ” PEDIREI AO PAI O ESPÍRITO”

    O Espírito vem ocupar o lugar de Cristo. É dando o Espírito Santo que o Ressuscitado cumpre a sua missão na história dos homens.
    -Os discípulos não ficam ófãos:

    “NÂO VOS DEIXAREI ÓRFÃOS,vOLTAREI PARA JUNTO DE VOS”
    -Quando o mundo deixou de ver Cristo mortal,os discípulos começaram a ver o Cristo Imortal.

    ” O MUNDO JÁ NÃO ME VERÁ, MAS VÓS HAVEIS DE VER-ME. PORQUE EU VIVO E ÓS VIVEREIS”

    _Os discípulos entram na intimidade do Pai.
    ” EU ESTOU EM MEU PAI…VÓS ESTAIS EM MIM E EU EM VÓS”
    – O discípulo de Cristo pode exclamar: Sou um amado de Deus.

    “QUEM ME TEM AMOR SERÁ AMADO POR MEU PAI”

    Irmãos terminemos a reflexão do 6º Domingo Pascal,com esta interrogação.
    – Estamos aqui a celebrar a Missa.a Eucaristia e esta celebração é o sinal certo e seguro da Igreja visível. Quer dizer: numa missa o mundo vê a Igreja. A Igreja é visível o mundo é visível, como se distingue um do outro? Como se distingue a Igreja do mundo? Eis uma pergunta delicada porque estamos no mundo e não somos do mundo.
    – A diferença, a distinção está nesta Palavra do Senhor.

    “EU PEDIREI AO PAI O ESPÍRITO…QUE O MUNDO NÃO PODE RECEBER…NÃO O VÊ NEM O CONHECE”

    E se nós deixamos de ver e conhecer o Espírito dado pelo Ressuscitado? Então a Igreja é uma simples instituição. Cristo é do passado. O Evangelho letra morta e as celebraçõs são velharias.
    Irmãos, o Dom do Ressuscitado é o Espírito Santo. É a nós que Ele diz:” ´VÓS É QUE O IDES CONHECER”
    Ai de nós se perder-mos o Espírito Santo!..Ai de nós se somos indiferentes à presença do Ressuscitado presente no meio de nós.

    ( Admonições e homilia do 6º Domingo da páscoa Ano -A: Livro “Uma Experiência Pastoral” do meu amigo e saudoso padre António Mendes Rocha, que a seu pedido e na sua presença,em 2003, coloquei tudo por ordem antes de seguir para a tipografia. Trabalho de longas horas, à noite, para Glória de Deus.)
    Por Dário Costa

  133. Filomena Andrade says:

    É muito bom ler e as liturgias. Meditar nos comentários.Parabéns,obrigado.

  134. Carlos Tavares says:

    Muito bom ! …
    Só falta mesmo é a reflexao catequetica aos textos bilbicos.

  135. amelia cunha says:

    Eu gosto muito de me preocupar com estes depoimentos…ajuda-nos a crescer para DEUS e vamos mais elucidados para a Eucaristia, bem hajam todos os que se procuram este site .uma semana na paz do SENHOR

  136. amelia cunha says:

    Sempre vos procuro pois ajuda-nos a ir-mos mais elucidados para a Eucaristia,

  137. JOÃO MEDEIROS says:

    GOSTO MUITO DE PODER LER E ESTUDAR AS LEITURAS ATRAVES DO VOSSO SITIO NA NET,ASSIM AO DOMINGO QUANDO FAÇO UMA LEITURA JA ESTOU MAIS PREPARDO, OBRIGADO

  138. M.CELESTE.ARANHAm says:

    Peço-vos que rezeis por mim e pela união da minha paróquia.
    Obrigado bem hajam.

  139. obrigado pelas leituras salmo e evangelho já vou mais actualizada para a eucaristia mas como pertenço a um grupo coral muito fraquinho gostava que publicasem tão bem os canticos conrrespondentes as leituras dominicais obrigados. bem hajam

  140. Izeldina A. Moreira says:

    Que Deus os abençõe por tão sábio trabalho em prol da evangelização, com palavras simples e profundas nos traz a boa nova de Jesus; força e luz em nossas vidas.Que o Espírito Santo os anime e fortaleça nesta missão. Muita paz e todo bem.

  141. KATCHAMBALELE Jacinto(CSSp) says:

    Desejo-vos progresso e felicidade no trabalho que nos é válido, útil. Para quem quer, encontra sempre pormenores importantes nesses comentários que fazeis. Sou sacerdote angolano e a trabalhar em Angola. Não faço minha homilia dominical sem passar por vós. Tende coragem. Continuai a fazer esse bem maior para a glorificação do nome de Jesus. A maneira como trabalhais, só por si fala e (evangeliza). É claramente um serviço aos irmãos e isso é que é cristão, de facto.

  142. leonel vieira says:

    que DEUS vos ilumine como seu espírito,e vos encha de graças

  143. Nuno says:

    Quero apenas agradecer, a todos quantos contribuem para que este espaço de partilha exista e ilumine as nossas consciências, todo o vosso esforço e dedicação!!

    Obrigado.

    Bem Hajam!

  144. Diamantino Lopes says:

    Era bom que em todas as paróquias houvesse um bom sistema de som e que todos os leitores lessem alto, pausadamente, com boa pontuação e entoação. Trata-se afinal de pronunciar a “Palavra de Deus”. Honra Glória e Louvor ao nosso Deus para todo o sempre.

    Diamantino Lopes
    Formigais

  145. Mota Pereira says:

    Agradeço ás pessoas que colaboram neste sitio, porque tanto nas leituras diárias como dominicais os comentários ás mesmas são excelentes, assim como a organização do mesmo.

    O meu obrigado, e que o Senhor vos dê força para continuar.

  146. Cristina Freitas says:

    Olá, só venho agradeço o vosso empenho.
    Rezo para conseguirem manter o excelente trabalho feito.

    OBRIGADA
    CF

  147. manuel olivrira says:

    Parabens pelo vosso sitio eu sei que é pedir muito mas dáva-me muito jeito uma ajuda para escolher canticos que tenham aver com a liturgia de cada domingo.
    Mais uma vez parabens estão no bom caminho.

  148. Fatima Franco says:

    Canto num grupo coral da minha Paróquia, e tenho também a função de ajuda na escolha de cânticos adequados às leituras, será que poderiam incluir também essa ajuda preciosa no vosso sítio? É uma ajuda tão preciosa a nível de leituras e reflexões; falta mesmo só, e apenas os cânticos. BEM-HAJAM

    Fátima Franco
    Ermesinde

  149. custodio adelino says:

    muito agradecido por esta bela organização. Grande sitio. muitos parabens!

  150. Aurora Costa says:

    Não conhecia este site, mas hoje encontrei-o e gostei. Todas as semanas leio as leituras da semana noutro site, mas hoje gostei deste pois me despertou interesse. Gosto muito da ler e aprofundar estes temas. obrigado.

  151. Fernando T. says:

    Realmente o Advento está aí. S. Mateus fala-nos do dia da vinda do Senhor está à porta, não sabemos o dia mas está próximo, não daremos por nada mesmo que ocorra dilúvios. Acho que se refere também nos dias de hoje, mesmo com as guerras, os divórcios, os filhos a baterem nos pais, os pais a abusarem dos seus filhos, mesmo assim, Ele Jesus Cristo virá. Termina dizendo: Estai atentos porque o dia virá. É isso, nós os cristãos e hoje mais do que nunca, devemos estar atentos, de dia ou de noite não sabemos, devemos estar em “Alerta”, não devemos estar distraídos. Por isso penso, terei que aproveitar este início de preparação para a vinda de Jesus o Messias. Assim farei…

  152. Rogério Proença says:

    Obrigado por disponibilizarem aqui neste sitio, a liturgia actualizada. É-me muito útil. O Salmo deste domingo, que irei ter o privilégio de cantar, é muito bonito.

    Bem-hajam.

  153. Fernando Teixeira says:

    Caros amigos e irmãos. Quererão refletir comigo para ver se estou certo?
    A 1ª leitura da Profecia de Malaquias, dá-nos um toque mordaz, para com o ímpio, deste mundo, reservando uma certa condescendência, acenando-lhe para este, nascerá a justiça, a salvação. Tento entender o seu conteúdo mas acho que o sol nascerá para todos, sem excepção. Até ao dia final, os ímpios podem arrepender-se. A Porta do Céu continua entreaberta para eles.
    O Senhor virá governar com justiça um dia, foi por isso que ressuscitou ao Céu e lá nos acolherá. Que assim seja feita a sua vontade.
    Saudações

  154. Fernando Teixeira says:

    Reflitam comigo…
    As leituras deste domingo a 1ª e a do Evangelho, é algo complicado de entender e na minha modéstia interpelação penso o seguinte:
    – Na 1ª leitura, fala-nos da submissão à morte, por parte dos sete irmãos, se fosse necessário, sem temer às mãos do Rei da Síria, a morte só pelo facto de que queriam respeitar as tradições dos seus pais. Trata-se de uma reflexão do antigo testamento, que põem em foco, o respeito dos antepassados.
    Mas na 3ª leitura, no Evangelho dá sentido da leitura nos diz que Deus é dos vivos, continua vivo, numa esquina, avenida, no sentido que damos às coisas que Deus nos dá. Acho que Deus é a Ressurreição dos vivos e dos mortos. Deus deixou-nos os seus filhos Muito Amado Jesus Cristo que ao ser crucificado, nascemos para a vida eterna, que um dia nos está reservado.

  155. Na 1ª leitura, ensina-nos a pensar que não devemos ter medo de Deus. Se reconhecermos que que somos pecadores Deus, perdoa-nos. Este perdão é objectivo. Basta pedirmos nas nossas orações diárias que Deus, virá em nosso auxílio. Este reconhecimento na qualidade de pecadores está salvaguardado e no Salmo está bem vincada a forma sublime de louvor a Deus. Exaltemos a Vós Deus do universo, da bondade porque Ele, é misericordioso.
    Rezemos todos os dias.

  156. Fernando Teixeira says:

    1ª Ideia. 2º Leitura: S. Paulo realmente foi um verdadeiro combatente no anúncio. O mestre disse: Ide e anunciais as minhas palavras e o meu exemplo pelo mundo inteiro. Foi assim mais ou menos a frase. S. Paulo não desistiu, combateu até ao fim para poder beber da Taça o líquido que foi derramado por todos nós. Embora só abandonado por muitos seus companheiros irmãos na fé em Jesus Cristo, sentindo a sua libertação da boca de leão (males da terra e de pessoas), pede a Deus o reino celeste por todos séculos. Acho que conseguiu. É o meu Apóstolo preferido.
    2ª Ideia. Evangelho: Acho que a oração em assembleia litúrgica tem mais valor, mais força, porque é feita em conjunto entre irmãos em comunhão com Deus Jesus Cristo, emprestando a sua palavras e a sua voz com cânticos, recordando que Cristo está ali, Vivo, que nos dá a força ao combate diário na prática como cristãos, fazendo com S. Paulo. Combate pelo anunciar que o seu, o nosso messias está connosco.

  157. Tierri borges rodrigues says:

    Estou a ler as vossas publicações. Já nao é de agora, mas hoje com a internet tornou-se tudo mais fácil.
    Tenho gosto em ler as obras dos Arautos embora com um sentimento de tristeza porque era um de vocês e desisti. Mas Deus deu-me uma segunda opurtunidade. Obrigado. Tierri

  158. Fernanda says:

    É uma forma de evangelizar através da net.
    Cada vez é mais necessário esta forma de actuar.
    Parabéns pela iniciativa.

  159. Fernando Teixeira says:

    Hoje vesperas de mais um dia 13 de Outubro. Poderiamos pensar em conjunto coms os nossos peregrinos que se preparam para viver mais um dia de peregrinação a Fátima e muitos deles que tem promessas pessoais outros que aproveitam o dia para rezar pelo país, pelos homes e mulheres que se encontram nestes últimos tempos aflitos na falta de emprego, poder haver degradação no ambiente familiares por falta de esperança e fé em melhores dias. Acho que poderiamos fazer como Moisés em memória e em conjunto com os peregrinos, rezar, nem que seja 10 minutos hoje e amanhã dia 13 de Outubro, solicitando a Maria Mãe de Jesus Cristo, a sua intervenção junto do seu filho, que dê; esperança, fé e que há-de surgir dias melhores com empregos que é o sustento das famílias e ao direito à felicidade e amor entre filhos de Deus. Da minha parte hoje estarei em comunhão com todos eles e com outros que estarão em suas casas, rezando a AVÉ MARIA, cheia de graça o senhor está convosvo, bendita sois vós entre as mulheres, bendita o fruto, do vosso ventre Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora, da nossa morte. Amen.

  160. Fernando Teixeira says:

    Um dos pontos comuns que encontro nas três leituras é dedicado à (oração) e realmente hoje antes de ler as leituras para próximo domingo veio à minha mente, dei comigo de joelhos virado para o santíssimo fazendo um ponto de reflexão! Eu, não tenho rezado todos os dias como fazia mais novo, parece que perdi o “hábito” de rezar pelo menos à noite. Digo algumas vezes que em qualquer sítio ou local, se pode rezar. Talvez seja, mas parece que tenho que fazer como procedeu Moisés no cimo da colina a rezar incessantemente ao Pai, mesmo que para isso tenha que segurar os meus braços para que de mãos postas me lembre, que é necessário, preciso não esquecer que a oração é a melhor coisa onde se pode buscar forças para o combate aos nossos pecados.
    Com as minhas saudações, foi como melhor Interpretei os textos.

  161. Fernando Teixeira says:

    Vou ser rápido porque estou a escrever um pouco de improviso porque fui operado a uma catarata, a visão é pouco estando à espera de uma lentes. No entanto numa visão geral ao site, entendo que é bastante útil, um pouco igual no preposito de divulgação das leituras dominicais como é (Voz Portucalense) mas, no entanto mais actualizado. Bom trabalho e uma ferramenta de trabalho para leitores e outros interessados.
    Farei intenções de visitar este local e dentro da utilidade farei os meus comentários ou pedidos de ajudas/esclarecimentos. Obrigado e bem hajam.

  162. Ermelinda Alves says:

    Parabéns pelo trabalho! É de grande ajuda para os cristãos empenhados na vida pastoral das suas paróquias. A clareza com que são feitos os comentários à liturgia permitem uma reflexão mais profunda.
    _ Será que não poderiam incluir a sugestão de alguns cânticos para cada Eucaristia Dominical?
    Obrigada e continuação de bom trabalho.
    Ermelinda Alves

  163. pe.Odair Doniseti Panhosi says:

    Sou padre missionário, de SP para o Tocantins. Todo final de semana gosto de preparar bem a homilia, pesquisando em vários sites. Agradeço pelo subsidio q vcs oferecem. Q nosso Bom Deus os abençoe. pe.Odair-Palmas-TO

  164. virgilio s.r. borges says:

    Durante a missa, recomendo a todos os leitores que proclamem em voz alta e respeitem bem a pontuaçao, porque o que vao transmitir e de facto a « palavra do Senhor»

  165. Fátima Cardoso says:

    Parabéns e obrigado pela existência deste site!!
    Sou leitora na Capela da Santa Isabel, na Paróquia de São Pedro de Avintes e nem sempre é fácil fazerem chegar até mim as leituras afim de me preparar.
    Com este site, tudo é mais fácil, está muito bem conseguido!

  166. Rení Wingert says:

    Parabéns pelo site, principalmente por estar sempe atualizado!
    eu o vejo todas as semanas em busca de subsídios para as nossa celebrações dominicais. Que Deus continue a iluminá-los.

  167. Mariana says:

    Obrigado por terem incluido a oração dos fiéis . É de grande ajuda o vosso site .

  168. Business Credit Card says:

    Arquivos como este, em que vocês colocam na Mídia a Liturgia Dominical, facilita muito a todos nós, cristãos, que nos dispomos a participar ativamente do Santo Sacrifício da Missa aos domingos, pelo menos! A gente participa com mais consciência. Obrigada, por essa ajuda sem dimensões mensuráveis aos nossos olhos! Que Deus os ilumine sempre, e que a Mãe e Rainha esteja sempre conosco, como esteve com Seu Divino Filho, e está, ainda com Ele, porque Ela está em corpo e alma, na glóra eterna!.Therezinha
    +1

  169. Sofia says:

    Será que podiam acrescentar a oração dos fiéis juntamente com as leiruras do domingo a que correponde.
    Para mim seria de grande ajuda.
    Obrigado

  170. Para que os paroquianos possam interpretar a liturgia, cabe ao leitor fazer a sua leitura correcta. Vejo com enorme satisfação que estão a evoluir cada vez mais no vosso site. Parabéns. Saudações fraternas em Cristo.

  171. Eleneuza Santos says:

    Gostei muito das publicações. A palavra de Deus é muito importante. Obrigada.

  172. Eleneuza Santos says:

    Fico muito feliz quando na internet,leio artigos que me fazem crescer espiritualmente.Gosto muito de ler a palavra de Deus que eu possa a cada dia mudar, seguir fielmente os preceitos do Senhor Jesus.
    Gosto todos os dias meditar e cantar o salmo.É maravilhoso, amanhecer cantando louvores ao Senhor, ele que reina para sempre.
    Parabéns, pelas publicações, fiquem com Deus e nossa mãe Maria. Obrigada

  173. Therezinha Barros da Silva says:

    Arquivos como este, em que vocês colocam na Mídia a Liturgia Dominical, facilita muito a todos nós, cristãos, que nos dispomos a participar ativamente do Santo Sacrifício da Missa aos domingos, pelo menos! A gente participa com mais consciência. Obrigada, por essa ajuda sem dimensões mensuráveis aos nossos olhos! Que Deus os ilumine sempre, e que a Mãe e Rainha esteja sempre conosco, como esteve com Seu Divino Filho, e está, ainda com Ele, porque Ela está em corpo e alma, na glóra eterna!.
    Therezinha

  174. Helena says:

    Que feliz ideia este site!… Como me vai ajudar a preparar o guião para a profissão de fé. Obrigada….
    Gostaria de receber informações actualizadas
    A quem preparou esta maravilhosa infomação, Bem haja.

  175. Eduarda says:

    Pergunta:
    Olá, parabéns, gostei muito do vosso site,
    Só uma pergunta, isto é actualizado?
    É que como eu sou leitora, gostaria sempre de cá vir, dar uma vista de olhos sempre antes da eucaristia..
    Obrigada

    Resposta:
    Sim, esta página é actualizada semanalmente, com a liturgia da palavra do próximo domingo.
    De facto, a leitura dos textos antes da missa permitem-nos tirar um maior proveito espiritual tanto da Eucaristia como da homília do sacerdote ou bispo que a preside.

  176. Teresa A. Ferreira says:

    Gosto muito da ideia. Divulgar pela internet e e-mail a palavra de Deus, é uma boa forma de uso dos actuais meios ao nosso dispor. Parabéns pelo site! Está muito bonito e de fácil navegação.

  177. Carlos Alberto Cunha Santos says:

    Com a publicação das leituras Dominicais e como sou Leitor na minha Paróquia muito me agrada a V/forma de comentar as leituras. Obrigado

  178. Geraldo Scano says:

    Parabens pelo site. Muito bem organizado e com comentários à liturgia interessantes. Obrigado

  179. luis camuele says:

    Gosto de ler as vossas publicações. Obrigado.

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