Santuário de Nossa Senhora do Sameiro: Há 150 anos no coração dos Portugueses

O Santuário do Sameiro começou a sua história há 150 anos. Foi no dia 14 de junho de 1863 que foi solenemente lançada a primeira pedra do que viria a ser um grande monumento em honra da Imaculada Conceição, cujo dogma havia sido definido nove anos antes pelo Papa Pio IX.

Os festejos tiveram início com a descida da imagem ao centro bracarense acompanhada processionalmente por uma impressionante multidão, afluência que foi nota marcante nesta peregrinação arquidiocesana.

No dia 15 a efeméride foi assinalada com um concerto comemorativo ao fim do qual teve lugar uma sessão de fogo de artifício sobre a esplanada do santuário.

O programa das celebrações continuou no domingo com uma celebração solene, na qual foi particularmente recordado o Papa João Paulo II, o único Chefe da Igreja que visitou o Sameiro.

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Congregados próximo ao santuário, junto à imagem do Papa, centenas de fiéis seguiram em procissão até à cripta, num cortejo especialmente marcado pela presença de uma preciosa relíquia do Beato João Paulo II portada por D. Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Braga.

Findada a procissão teve início a eucaristia presidida por D. Jorge Ortiga e concelebrada pelo Cónego José Paulo Abreu, Presidente da Confraria do Sameiro, o Pe. Luiz Henrique, superior dos Arautos em Portugal e ainda outros sacerdotes que quiseram desta maneira associar-se às comemorações.

Já próximo ao final da celebração foi lida uma mensagem de felicitação enviada pelo Papa Francisco, na sequência das festividades, acolhida com grande entusiasmo pela numerosa assembleia que logo fez ecoar pelo recinto os seus fortes aplausos.

Ao término da celebração a relíquia do Beato João Paulo II foi solenemente transportada para a Basílica do santuário onde deverá permanecer exposta para veneração.

Recorde-se que a primitiva estátua do santuário, cujo lançamento da primeira pedra dá mote a estas comemorações, foi o primeiro monumento do santuário. A iniciativa partiu do padre bracarense Martinho Pereira da Silva, que pretendia comemorar a proclamação do dogma da Imaculada Conceição, que aconteceu a 8 de dezembro de 1854.
Segundo se conta, esta estátua mariana, cujos restos estão expostos na cripta, tinha uma altura de 14 palmos e foi esculpida em mármore branco de uma só pedra. A misteriosa implosão da estátua, ocorrida na noite de 9 de janeiro de 1883, fez crescer o número de devotos e transformou o Sameiro num dos principais centros de peregrinação de Portugal.

Atualmente é considerado o segundo maior santuário mariano português, depois de Fátima, e um dos mais importantes destinos de peregrinação do norte do país.